sábado, maio 03, 2008

Eu acredito!

A edição deste sábado do Expresso traz uma entrevista com a candidata que eu espero que venha a ser a próxima Presidente do PSD. Deixo aqui alguns excertos. Eu acredito que é possível ganhar 2009.

O que é que a distingue dos outros candidatos?
Eu não gostaria de fazer comparações com as outras candidaturas. Sou candidata com um objectivo muito concreto, que é credibilizar o PSD. O partido deixou de ser ouvido e deixou de ter crédito, e sem isso não é possível apresentarmo-nos a eleições dizendo que as vamos ganhar. Se não aparece um candidato que a opinião pública olhe como alguém com credibilidade para ser primeiro-ministro, o PSD não recupera. As diferenças entre os candidatos estão basicamente aqui: qual o que melhor potencia a possibilidade de a opinião pública o olhar como futuro PM.

E qual é?
Os militantes dirão.

Sendo que um deles, Santana Lopes, já foi PM.
Os portugueses dirão se mudaram a sua opinião desde as últimas eleições.

Falta-lhe energia para este combate?
Não sinto nenhuma diferença entre a força que sinto hoje e a que sentia há dez anos. Cheira-me que ainda vou ver alguns mais cansados do que eu.

Já confessou ter dúvidas sobre se é possível ganhar eleições sem promessas simpáticas. Vai abdicar dos seus princípios?
Seria a primeira vez na minha vida que abdicaria de princípios ou deixaria de dizer o que penso. Tenho uma longa vida política, centenas de horas de negociação com sindicatos, afrontamentos tremendos em vários sectores, pessoas que não gostam nada de mim, mas não vai encontrar uma única pessoa que diga que alguma vez a enganei. Essa é uma diferença entre mim e o eng. Sócrates. Ninguém olha para mim a pensar que eu minto e muitas pessoas olham para o eng. Sócrates com a certeza de que ele lhes mente.

Santana Lopes também veio demarcar-se da sua política económica, acusando-a de ter paralisado a economia, sem resultados.
A ideia de que a recessão que se sentiu na altura em termos de crescimento económico tinha a ver com a política orçamental, já quase não tem economistas que a defendam. Além disso, quem acha que uma política é susceptível de dar resultados ao fim de um ano e meio não está dentro do que são os efeitos da política económica. Eu quando saí do Ministério deixei Portugal sem processos em Bruxelas e todos os diplomas da reforma da administração pública estavam discutidos com os sindicatos e aprovados na AR. Fiz a reforma do património e estabeleci as bases para a evolução da receita fiscal, a grande bandeira de hoje. Sinto que o que fizemos era necessário.

Já tem na cabeça um nome para a câmara de Lisboa?
Não, esses são os segundos passos. Vale de pouco arranjar grandes nomes se não tivermos recuperado a imagem do partido.

Admitiria voltar a sentar-se à mesa do conselho de ministros com Paulo Portas?
Eu sentei-me à mesa do conselho de ministros com o dr. Paulo Portas e nunca senti vontade de me levantar.

Tem a trabalhar consigo alguma agência de comunicação?
Não tenho, nem terei.

Quanto pensa gastar na campanha?
O mínimo possível. Não vou ter cartazes, não vou ter almoços, não vou ter jantares.

Passos Coelho tem cartazes muito apelativos.
Quando se tem dinheiro é assim...

Podemos terminar a entrevista com meia dúzia de perguntas-relâmpago?
Não, não pode. Recuso terminantemente. Numa entrevista séria não se pode acabar com perguntas de algibeira. Isto não é um concurso para ganhar prémios no fim."

79 comentários:

Anónimo disse...

Podemos terminar a entrevista com meia dúzia de perguntas-relâmpago?

Não, não pode. Recuso terminantemente. Numa entrevista séria não se pode acabar com perguntas de algibeira. Isto não é um concurso para ganhar prémios no fim.


A B S O L U T A M E N T E

G E N I A L!

Anónimo disse...

Qual seria o pior cenário, caso perca as directas? Uma vitória de Santana ou de Passos Coelho?
Os eleitores é que vão ter pensar o que é que esperam do próximo líder do PSD. O pior é apresentarmo-nos às legislativas de 2009 com alguém em quem as pessoas não vejam um futuro PM. Se formos por aí não ganhamos crédito, porque isto não é um concurso de beleza, ou outra coisa qualquer. Estas eleições são decisivas e se não ganhar alguém com capacidade para ser PM, o partido corre o risco de ficar afastado do poder durante muitos anos.


Esta é, para mim, a grande questão das Directas: quem pode ser PM?

Tiago Mendonça disse...

Gostei muito do final da entrevista. A frontalidade é, de facto, uma das caracteristicas que mais aprecio em Ferreira Leite.

jfd disse...

Ainda bem que está aberto o precedente ;)

Anónimo disse...

Qual precedente?

Tânia Martins disse...

A nossa dama de ferro!

Fantástica!

Paulo Colaço disse...

Deixem-me citar aqui o que mais gostei da entrevista:

Falta-lhe energia para este combate?
Não sinto nenhuma diferença entre a força que sinto hoje e a que sentia há dez anos. Cheira-me que ainda vou ver alguns mais cansados do que eu.

Paulo Colaço disse...

II

«Essa é uma diferença entre mim e o eng. Sócrates. Ninguém olha para mim a pensar que eu minto e muitas pessoas olham para o eng. Sócrates com a certeza de que ele lhes mente.»

Paulo Colaço disse...

E III:

Passos Coelho tem cartazes muito apelativos.
Quando se tem dinheiro é assim...

Paulo Colaço disse...

Acho que o precedente de que fala o Jorge é a publicação da entrevista.

O Jorge deve estar a preparar alguma...

Que prepares, Fonseca, desde que com contenção hihiih

Anónimo disse...

Uau!

A ser que seja a do JN eheh. Já tenho umas malandrices preparadas para a saga Cara Nova, velhos hábitos :)

Mais sériamente: ainda não tirei a resposta final de MFL à entrevista... quantas pessoas diriam não aquela sugestão? E tem razão a petiz ;)

Estamos sempre a aprender com estes arrogantes eheh

jfd disse...

Ó Né, Absolutamente genial, e sublime, são os adjectivos mais banalizados neste blogue, e servem para qualquer coisa...
É uma excelente resposta. Mas até quando poderá a candidata alimentar a imprensa de respostas do género?

Colaço, uma campanha não tem precisa de gastar dinheiro, a outra necessita afirmar-se gastando. E o problema nisso é? Explica-me.
Qual foi a campanha, em que partiste do último lugar, que fizeste sem dinheiro? Que maravilha tem essa resposta, de quem parte em primeiro lugar, para te agradar tanto?

Né, se tens as tuas malandrices preparadas, venham elas. Interessante o tempo dispendido numa campanha sem futuro :P

Anónimo disse...

Relaxa Jorge, relaxa. ;)

Não procures inimigos onde não existem. A malta do PPC está muito na defensiva eheh

Ninguém aqui duvida de PPC para além do óbvio: não é a pessoa mais indicada para enfrentar Sócrates. Não foi devidamente testado na firmeza das suas posições, não foi devidamente escrutinado nas práticas nem é, para mim, a imagem certa.

Disse-o várias vezes: gosto de Pedro Passos Coelho e do seu discurso, simplesmente não é a melhor invenção desde a Coca-Cola. Eu acredito em Manuela Ferreira Leite e Portugal precisa de Manuela Ferreira Leite.

P.S. Se não te importas, cada vez que achar algo "absolutamente genial" vou usar, ok? Eu só podemos discutir enquanto tu queres e com as expressões que quiseres? ai esta gentinha :)

P.S.S. A entrevista tem mais perguntas... lê-as.

jfd disse...

Eu não sou a "malta", sou eu.
Estarás habituado a outro tipo de interlocutores, mas represento simplesmente eu próprio. Portanto não generalizes.

Achas o que quiseres, e eu cá estarei para opinar o que bem me apetecer.

Anónimo disse...

Não te abespinhes, tem calma contigo. Vá lá ;)

E posso generalizar... é só ver o tipo de guerras que a malta do PPC tem andado a comprar com outros blogues.

Está-se a tornar um estilo eheh ;)

jfd disse...

E esses blogues são???
E essa malta é?

Tiago Sousa Dias disse...

Não tenho palavras para a resposta à última pergunta.
BRILHANTE MESMO.

Anónimo disse...

Como são teus colegas de blog suponha que soubesses.

Vai ao ofuturoeagora.blogs.sapo.pt e descobre.

P.S. E relaxa. Estás muito agressivo hoje. :)

Bruno disse...

No mesmo dia em que o Expresso publica entrevista com Manuela Ferreira Leite, o Sol publica duas: uma com Santana e outra com Pedro Passos. Isto da concorrência é assim: uns preferem a qualidade e outros a quantidade ;)

Bruno disse...

Fui líder da JSD, vice-presidente da bancada durante quatro anos e porta-voz do grupo parlamentar, e tive uma passagem episódica pela vice-presidência da direcção de Marques Mendes

É Pedro Passos Coelho quem se auto-define assim... Eu próprio pensava que havia mais para dizer :S

jfd disse...

Lol Bruno ;)

Tu podes Dias, não aí a atirar adjectivos a tudo o que mexe e te convém.

Tu Né, não és bloguista o suficiente para ir lá então fazer o teu "terrorismo"? Ou preferes a segurança de teres o teu target do costume? Blá Blá Blá.

ps - viste-me em algum local divulgar essa informação? Mas faz parte da tua tática de condicionar os acontecimentos... ARGH!

Bruno disse...

Já Santana apresenta este cartão de visita:

E as pessoas vão entender que eu aprendi o que tinha de aprender.

(...)

Que para exercer o poder num país como Portugal só com a legitimidade da eleição. E há uma coisa que não vou fazer nunca mais, para não ser alvo de injúrias: não me vou queixar da comunicação social nunca mais.

jfd disse...

Possa Bruno continuas a bater na mesma tecla?? Isso está assumido desde o dia em que declarou a sua candidatura!

Ainda não te tinha dito nada pessoalmente, mas começo a estranhar essa tua fixação com o PPC... Daqui a pouco vais dizer que gostas muito dele e que é o teu ídolo, para no mesmo parágrafo dares mais uma no ceguinho?

Vocês parecem putos que apanham os confettis do chão, atiram ao ar, e fazem a festa all over again :P

Anónimo disse...

Eu não sei qual é o teu problema Jorge.

Não faz parte da minha natura fazer terrorismo ou ir para páginas oficiais de candidatura estragar "a festa" das pessoas.

Muito menos comprar guerras fúteis. E já comentei naquele espaço sempre que achei necessário.

Preferia que fosses mais civilizado quando falas comigo ou sobre mim. O respeito é base essencial numa discussão.

P.S. Tem calma, relaxa e perde a mania da perseguição. Ninguém aqui quer mal ao PPC ou fala mal de PPC. Simplesmente colocamos perguntas incómodas para as quais o candidato não oferece respostas sólidas. É a vida, mas a culpa não é minha.

jfd disse...

O teu interlocutor aqui não é o canditado é o teu amigo e colega de blog, jfd.

O blog não é oficial.

Anónimo disse...

Óptimo, eu não falo das tuas respostas, falei das dele.

A acumular com a vergonha que devo ter agora acusaste-me de ser terrorista.

Como já disse, para mim as palavras têm significado e peso sempre o que escrevo. E ofende-me quando usam esse tipo de linguagem.

P.S. Certo. É um blog de apoio à candidatura. I stand corrected.

Bruno disse...

Ainda não te tinha dito nada pessoalmente, mas começo a estranhar essa tua fixação com o PPC... Daqui a pouco vais dizer que gostas muito dele e que é o teu ídolo, para no mesmo parágrafo dares mais uma no ceguinho?

Pois é Jorge... Eu não gosto nada que as pessoas fiquem confusas com as minhas opiniões ou palavras. Por isso quero esclarecer-te:

Eu não conheço Pedro Passos Coelho de agora. De resto, penso que tu também não. Eu não sou daqueles a quem ele precisa de dizer quem é. Eu sou militante do PSD e entrei para a JSD quando ele era Presidente. Gosto muito dele sim! Tenho admiração por ele sim! Mas se não queres que eu o diga mais... aguenta e não chores porque eu vou continuar a dizê-lo ;)

Outra coisa diferente é dizer amen a tudo o que ele defenda ou faça só por gostar dele. Aí não! Bem pelo contrário! As pessoas de quem mais gosto são aquelas que mais facilmente me poderão desiludir porque das outras não espero muito. E PPC desiludiu-me algumas vezes. Mas continuei e continuo a acreditar nele. Só que...

Só que esta ocasião não é o tempo dele. A verdade é essa! E mais: como não é o tempo dele e a sua candidatura é contra-natura ele está a cometer alguns erros. Ao contrário da minha candidata que apenas está a confirmar aquilo que eu já esperava dela.

E sabes quais são os erros, Jorge? Eu digo-te:

1º Apresenta-se como o candidato da inovação mas não tem ideias inovadoras;

2º Diz que quer romper com o passado e que o PSD precisa de apresentar cara novas ao país. O que é que isto quer dizer? Se for eleito PM não terá nenhum ex-Ministro dos nossos governos consigo? Renega o passado?

3º Está mal acompanhado!* Tenho dúvidas (que me incomodam) sobre a influência de Angelo Correia neste processo, não reconheço a Luís Menezes (Jr) percurso para ser Mandatário Nacional a não ser dar o sinal à carneirada Menezista de que "é para ir por aqui"...

*sobre este aspecto devo referir que também há muita gente boa com ele, entre os quais o meu grande amigo e refrência Nuno Matias!

Bruno disse...

Correcção: parece que o filho de Menezes não é mandatário nacional para a juventude mas sim ditrital. Seja como for...

jfd disse...

Bruno gosto de falar contigo! Não te pões com joguinhos nem brilharetes. Estamos de igual para igual, na discussão de ideias.

Quanto ao primeiro ponto, compreendo que te sintas seguro com o o já conheçes, eu prefiro arriscar, esperar para ver o programa, mas tenho a esperança de que será algo que me irá agradar ainda mais que os valores ja divulgados.

No segundo ponto, para mim, por vezes, assim tem de ser. Seguir em frente. Mudar de geração. Aprendeu-se com o passado, virou-se a folha e seguiu-se em frente. Não se renega, apenas se segue em frente.

No terceiro ponto, será mesmo o Nacional? As listas não estão oficialmente divulgadas. Aguardaremos serenamente. Com a certeza de que teremos de engolir em seco várias vezes em casa lado das candidaturas ;)

Tu és jovem. És virado para a frente. Tens ideias frescas. Decides-te pelo que já conheces. Eu na mesma posição que tu, decido-me pelo tal "tiro no escuro".
Faz-me espécie que mais de vocês não o façam. Pensaria (e mal pelos vistos), que mais tomariam esta viagem.
Mas eu sou e estou totalmente sem amarras. Outros motivos vossos não sei.
Mas pronto. Temos todos o mesmo objectivo ;)

jfd disse...

* seja como for não Bruno, vai uma grande diferença. Mas pronto como é Sabado de manha, e o dia tá bonito. Não te stresso mais ;)

Anónimo disse...

Gostava era de saber onde estão as ideias da Manuela,porque a única coisa que ouvi foi: "não falo para o País enquanto não ganhar o Partido!" O que me surpreende é que num partido como este, não se fale para o País. Mas compreendo, deve andar a maturar como vai explicar aos portugueses que concorda com Sócrates em tudo (pelo menos no essencial), mas que é séria. Que diferenças são estas que se baseiam apenas na seriedade da pessoa (sendo que o resto é tudo igual).

jfd disse...

LOL
Este anónimo teve graça...
Isto é verdade, copinhos de leite?
MFL não fala para o país?

Bruno disse...

Amigo Jorge, para desanuviar deixa-me dizer-te que é perigoso TU defenderes "um tiro no escuro" ;)

Quanto ao "seja como for", é óbvio que vai uma grande diferença mas eu digo isto porque não me parece que uma pessoa sem história seja mandatário por um distrito como o Porto. Se é por ser filho de Menezes então que se assuma!

Quanto à tua resposta ao meu 2º ponto, aqui é que eu fico preocupado! As tuas palavras são ainda mais vagas que as de PPC. Qual é a ideia? Quem são as pessoas que têm que se afastar? Porquê? Estão velhas? caducas? erradas? não servem agora ou nunca serviram?

Bruno disse...

Caro anónimo ou anónima,

Manuela Ferreira Leite fala, obviamente para o país! Aliás, deixou bem claro na apresentação da sua candidatura que o fazia porque o PSD precisava de se apresentar forte para poder reconquistar a confiança dos portugueses.

Aquilo que pode causar alguma incompreensão a pessoas mais desatentas ou menos bem intencionadas (isto, não acreditando que sejam problemas de raciocínio...) é que MFL fala com demasiada clareza e pouca vacuidade para aquilo a que estão habituados.

Em primeiro lugar é preciso ganhar o partido e isso é óbvio. Os militantes têm que ter a noção que não estão a eleger a direcção do clube de bairro que só diz respeito a uma dúzia de amigos. Estão a eleger o líder. Que, neste caso é a líder!

Em relação ao absurdo de MFL concordar com Sócrates em tudo ou quase tudo: oh Meu Deus! Perdoai-lhes... Então se foi ela quem sempre defendeu que não apresentássemos a desculpa de que o Governo estava a por em prática as nossas políticas. Chamou tantas vezes a atenção para o facto de o PS ser muito diferente de nós (o que aliás se nota: aumentam o IVA depois de nos terem criticado e depois baixam-no contra todas as recomendações...).

Se nos perguntam onde estão as ideias dela também vou ter que responder o óbvio: MFL não fez nenhum lifting para se apresentar agora a eleições. As ideias dela são conhecidas. Nem ela anda por aí a dizer que tem ideias inovadoras e de ruptura, certo?

Por isso, cara anónima (ou anónimo) se não conhece as ideias de MFL diga que trazemo-lhas aqui mas tem havido por aí muita falta de atenção ;)

Anónimo disse...

Agradeço o atestado de burrice.Não escrevi aqui se apoiava alguém, aliás nem sequer se militava ou simpatizava com o PSD. Fiz afirmações provadas pelas declarações da senhora na comunicação social, local onde acompanho a vida política. E sim a Drª Manuela disse à comunicação social em duas ocasiões distintas: não falo para o País; e , a diferença entre mim e o eng. Sócrates é que não minto às pessoas.
Ora que leitura fazer disto? Não se fala para o País? Mas não estão os militantes do partido preocupados com o País? Não são eles também afectados?
A única diferença é não ser mentirosa? Mas que diz isso? Concorda mas não mente? Nada mais tem a dizer sobre o primeiro-ministro?
As pessoas podem "dar opiniões, fazer contestações!" com aquilo que ouvem, não precisam de apoiar candidatos, andar atrás deles. A imagem que os portugueses retiram vem das declarações nos media, e não das ideias apresentadas por apoiantes acérrimos em blogs.

jfd disse...

Bruno, apenas posso falar por mim ;)
E penso que nestas minhas palavras de 24 de Abril na posta Vira Casacas, encontrarás as respostas às perguntas que me colocas:

Eu não defendo a instituição, pela instituição. Defendo-a pelo conjunto de ideias. Defendo-a desde que venham de encontro aos tempos que correm e ao que passa na minha mente. Tudo o resto para mim é blá blá blá.
Passados, presentes, futuros. Apenas me interessam se tiverem consequências concretas naquilo que me interessa ver acontecer. Tudo o resto para mim é blá blá blá.
Não estou ligado por cordão umbilical à instituição. Estou à vontade. E é um à vontade muitas vezes confundido com muitas outras coisas. Coisas mais divertidas, coisas menos divertidas, coisas nada divertidas. Passa-me ao lado. A política é um meio para atingir um fim público, e não um fim privado.
Olhem à vossa volta e quantas vozes se levantam desde que o líder avisou o fechar da porta. Quantas são legítimas? Quantas são gritos de terror? Quantas são assobios para o lado? Quantos são os Sir Humphreys que querem salvar a sua pele? Nos lugares políticos, nos seus círculos de influências, nas suas secções, distritais e afins...
E que acontece a quem vem falar e parece fazer sentido? É louco! É vilão. É doido! Não sabe o que diz!
Afinal este partido não é de quem não sabe! É de quem sabe! É de quem domina a máquina. É de quem sabe quem é quem, e sabe quem fez o quê a quem e quando o fez. É de quem faz declarações de intenções verdadeiramente circunstanciais, para no dia seguinte, alterar e dar o dito pelo não dito. Só há lugar para a coerência instituída, não há lugar para a incoerência de quem se procura assentar no espaço político (que já por si não é, nem pode ser, estável!). Não há lugar para a conversa directa. Tem sempre de haver entrelinhas, segundos sentidos e paranóia generalizada. Se calhar não é só este. Serão todos.
Vira casacas? Isso não existe! É preconceito. Cada um é livre de pensar e votar naquele que julga capaz. Ou não?

Não podemos todos liderar. Só há lugar para um. E os lugares em volta devem ser cada vez menos. Assim talvez os objectivos não se percam. Saíamos do dentro-para-dentro e partamos rapidamente para o dentro-para-fora...

Anónimo disse...

Caro Anónimo,

Até este momento nenhum candidato apresentou ideias para o País consubstanciadas... apenas soundbites, as razões porque se candidatam e porque avançam.

Mas não podemos dizer que não se conhece ideias de Manuela Ferreira Leite para o País, nem que ela seja igual ao Sócrates: Manuela Ferreira Leite não subscreve a política de investimento público deste Governo; não subscreve a solução que encontraram pelo défice, ainda que o tenham feito com recursos que ela adquiriu; não subscreve a política de negar as PPP do Engenheiro Sócrates; não subscreve um Governo da aparência.

A opinião de MFL está mais que publicitada: crónicas quinzenais no Expresso e o seu programa de RR. Ela não sente essa mensagem como urgente nesta fase da campanha.

MFL está a centrar a sua mensagem naquilo que o Partido mais precisa para ajudar o País: credibilidade. Este é o meio. Quer relembrar aos militantes que estamos a escolher o próximo PM de Portugal: este é o meio. Quer que todos se apercebam da seriedade do momento para que, na sua óptica, escolham aquela que todos sabem estar pronta para governar.

É uma estratégia. A si pode não lhe dizer nada; a mim diz-me muito, pois era isto que eu pedia para o PSD e é disto que o PSD precisa.

A campanha de MFL começou nem há uma semana. Estamos na primeira fase de uma campanha séria, sem espectáculo e honesta. Observemos a campanha até ao fim e veremos o rumo que MFL apresentará ao País.

Bruno disse...

Anónimo disse...
Agradeço o atestado de burrice

Bruno disse...
Caro anónimo ou anónima,

(...)
Aquilo que pode causar alguma incompreensão a pessoas mais desatentas ou menos bem intencionadas (isto, não acreditando que sejam problemas de raciocínio...)


Há coisas a que nem vale a pena responder...

Tiago Mendonça disse...

Mais uma boa discussão e reflexão aqui no PSICO.

Bruno:

Não tive tempo de ler todos os comentários, pelo que se já tiveres respondido, remete-me para aí ou transcreve aqui o que já afirmaste.

Dá-me 5 ideias para o País de Manuela Ferreira Leite.

Dá-me 5 pontos onde Manuela Ferreira Leite divirga claramente de Passos Coelho e, nessa perspectiva, influencie o teu apoio (ou voto?).

Um abraço.

xana disse...

Bem, primeiro, como já dizia no blog do ex-psico Jo´se Baptista, eu não apoio ninguém!

Quem sou eu para apoiar? Eu apenas digo que voto em PPC. É o que a minha militância me permite, desde já respeitando a militãncia de tantos outros, que pelos cargos que ocupam ou ocuparam, ou pelo trabalho que fazem nas campanhas para estas directas poderão dizer que apoiam m candidato.

Depois, acho que este conjunto de comentários demonstra bem o que se passa no PSD. Há certo tipo de argumentos que me deixam perplexa. E que tal discutir as ideias ou mesmo os candidatos (que mal tem isso?) com argumentos válidos?

É preciso invocar certo tipo de coisas? Apelidar de terrorismo uma opinião diferente ( ou uma tomada de posição, uma pergunta pertinente, etc...) sérá necessário?
Será necessário, requisitar "5 ideias para o país de MFL"?

Será por aí?

Cada um tem o direito de votar em quem quer, uns com argumentos muito válidos, outros sem argumentos desse género!

Não se costuma dizer que o mais bonito na política é mesmo quando vemos alguém que consegue emocionar o povo? Que consegue imobilizar um mar de gente, porque há algo chamativo a esse nível?
Serão preciso sempre argumentos tão racionais para tudo?

Será por isso que a política está cada vez mais afastada das pessoas?

Fala-se muito em Sá Carneiro, e eu, uma jovem que vai fazer 24 anos, como é óbvio, não fala com propriedade de experiência própria, mas os meus pais, os meus tios, etc., se há coisa que dizem é de facto o quanto Sá Carneiro chegou às pessoas. A tal emoção que não se explica necessariamente com argumentos racionais baseados em opções económica e sociais de cada candidato.

Será que é disso que o PSD precisa? Será que é disso que o país precisa?

xana disse...

errata:
onde se lê "imobilizar" deve ler-se mobilizar

Ainda que muitos preferissem a primeira...

Anónimo disse...

"Dá-me 5 pontos onde Manuela Ferreira Leite divirga claramente de Passos Coelho e, nessa perspectiva, influencie o teu apoio (ou voto?)."

Vou usar a resposta última de MFL com as respectivas alterações:

"Não, não dou. Recuso terminantemente. Num debate de ideias sério não se pode acabar com pontos de algibeira. Isto não é um concurso para ganhar prémios no fim."

jfd disse...

Nelson disse;

A campanha de MFL começou nem há uma semana. Estamos na primeira fase de uma campanha séria, sem espectáculo e honesta. Observemos a campanha até ao fim e veremos o rumo que MFL apresentará ao País.


Idem para a campanha de PPC. Só que tem espectáculo, tem cartazes, e não é a imcumbente! Tem de se afirmar pela luta eleitoral! Será que não merecerá o mesmo tempo para no fim, se verificar que rumo tomou, de facto?? Assim como Santana? Ou como eu referia noutro post, os outros dois candidatos?

Anónimo disse...

Mas alguém criticou a falta de ideias em PPC?

MFL tem uma mensagem muito simples, e é nesse enquadramento que estava o excerto: credibilidade e seriedade é o que o Partido e o País precisa.

PPC fala dos seus valores liberais.

São estratégias. Só que MFL diz claramente o que é necessário para o Partido e, mais uma vez, não precisa de ser escrutinada: as pessoas conhecem-na.

Quem se quer afirmar como alternativa precisa de se mostrar bem como à garra das suas convicções. É isso que esperamos em vez de ataques aos outros candidatos.

E isto não é uma questão de ser melhor ou pior: era o que eu gostaria de ver.

jfd disse...

Né,
Compreendo perfeitamente o que dizes.
Agora vê se tentas perceber o que te tenho vindo a tentar explicar.
Claro que da pole position podes-te dar ao luxo de dizer isso!

É um pouco utópico e idílico o cenário que nós os dois gostaríamos de ter... Um level playing field, onde as oportunidades são idênticas e a discussão é estritamente no plano das ideias concretas!
Mas assim não é, nem vai ser!
Não se concordas, se me fiz explicar melhor?

Margarida Balseiro Lopes disse...

Né, talvez no seguimento do teu comentário ;)

José Júdice, no Eixo do mal da Sic Notícias disse que:

"O que distingue Pedro Passos Coelho não é a virgindade, mas sim a vacuidade"...
Dá que pensar...

jfd disse...

Que grande orgulho.....

Anónimo disse...

Não acho que seja boa política nem que isso o ajude.

Se calhar comete o erro dos que se apaixonam pela própria ideia de si: vendo que recolhe apoios da estrutura (o que não se previa com uma candidatura forte da ala menezista), vai lutar pela vitória.

Mas estará disposto a pagar o preço?

Compreendo tudo, mas voltamos à vexata qaestio: onde é que está a novidade? Vai-se tornar um candidato cada vez mais parecido com os outros.

Mas continuo a gostar dele e da sua mensagem.

P.S. Há medida que PPC for falando de grandes ideias sem exemplificar, as perguntas vão-se tornar mais específicas. Daí a ideia que pode começar a assentar de vacuidade. Como já disse antes: o discurso liberal é simples de apreender, mas será que PPC tem resistência para o defender?

jfd disse...

Né! Perfeitamente percebido!
E é aqui que o nosso argumentário se toca;

Tu pedes tempo para MFL passar a mensagem, e eu acredito que com o mesmo tempo PPC certamente provará a sua mensagem!

Só isso, nada mais;)

Sem spin!

É a falar que a gente se entende;)
Terrorismos e más diposições matinais, à parte! LOL

Margarida Balseiro Lopes disse...

Orgulho? Talvez...
Mas não seria a primeira vez que o Né acertaria em cheio nas suas quase "proféticas" opiniões sobre estas eleições. ;)

Anónimo disse...

lol

Só o tempo o dirá.

jfd disse...

Margot, o Né é expert em tarot. Aprendeu em grandes noitadas no Bhudha... Adivinha com quem ;))))

Margarida Balseiro Lopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Coneçaram???

lol

É um bom diagnóstico e de um tema que os candidatos ainda não abordaram.

Esteve bem.

Margarida Balseiro Lopes disse...

"Torres Vedras, Lisboa, 03 Mai (Lusa) - A candidata às eleições no PSD, Manuela Ferreira Leite, acusou hoje, em Torres Vedras, o ministro da Agricultura de desvalorizar as consequências para Portugal de uma eventual crise alimentar decorrente do aumento do preço dos cereais

Segundo a ex-ministra das Finanças, o aumento dos custos com os cereais "pode levar muitas empresas a alterar a sua estratégia", considerando que Jaime Silva está "errado" ao mostrar-se "convencido" de que "o problema da fome e da escassez de cereais não nos afecta".

Apesar de admitir que esse é um problema que "nos próximos tempos" afectará mais os países desfavorecidos, Ferreira Leite alertou que o Governo tem de ter a capacidade de "antecipar esses problemas e ajudar a minimizá-los"."

Queriam ideias? Já começaram...

Paulo Colaço disse...

Há 29 anos (4/Maio/1979) uma senhora tornava-se a primeira mulher a comandar um Governo britânico.

Veremos se, daqui a uns dias, teremos uma também primeira mulher a comandar o PSD...

Eu acredito!

Bruno disse...

Não respondi ainda ao Tiago, não por desinteresse mas por falta de tempo uma vez que só agora voltei ao Psico.

De qualquer forma, Tiago, a remeter para alguma coisa que tenha sido dita, remeto para os vários comentários, a este post e a outros, em que já disse (escrevi) e repeti várias vezes: o problema que aponto a PPC não é falta de ideias porque acredito que as tenha. O que não acredito é que tenha uma fórmula mágica para, de repente resolver os problemas todos da política e conseguir fazer uma equipa só com políticos novos e que sejam todos fantásticos, competentes e trabalhadores...

Quanto à questão das 5 "isto e aquilo" espero que tenhas percebido o comentário do Sawyer e a resposta de MFL na entrevista ao Expresso. Espero que tenhas percebido e concordado. Acho que isso ajudaria a fazer de ti um melhor quadro político que todos queremos que sejas. Com todo o respeito e sem qualquer paternalismo. Não me leves a mal.

Mas, ainda assim, digo-te algumas diferenças que me levam a apoiar Manuela Ferreira Leite em detrimento de PPC e também de Santana Lopes (acham mesmo que devemos continuar a ignorá-lo depois do resultado que teve na sondagem SIC-Expresso?!?!?!?!):

- MFL é a única solução que me dá garantias de unificar o partido;
- MFL é a candidata melhor preparada para liderar um Governo;
- MFL é, em consequência, a melhor solução para apresentarmos ao eleitorado português sem depois os desiludirmos.

Anónimo disse...

A grande diferença é que um precisa de Marco António Costa; Manuela Ferreira Leite não.

Tiago Mendonça disse...

Caro Bruno,

Quanto ao melhor quadro político, esforco-me diariamente para o ser. Pelo menos tentando honrar os meus valores e aquilo em que acredito, previligiando a consciência tranquila em detrimento de apoios conjunturais que me rendam esta e aquela posição. Prefiro o conteúdo à forma, e digo o que tenho para dizer onde entendo, quando entendo e como entendo. Quanto a isto acho que concordas!

Quanto às perguntas que te fiz, desculpa insistir, mas não fiquei esclarecido.

Achas Manuela Ferreira Leite a única capaz de unificar o Partido. Ok. Porquê?

Achas Manuela Ferreira Leite a melhor preparada para liderar o Governo, sem desiludir os portugueses. Ok. Porquê?

Um abraço para ti

Anónimo disse...

As perguntas são para o Bruno mas dou a minha opinião:

MFL PM porquê?
MFL tem experiência de governo, tem uma voz certa sem saltos ou zigue-zagues, de competência reconhecida, séria, rigorosa, com opinião publicada sobre as matérias do País, conhecedora das necessidades da Nação. Em qualquer discussão séria se tem de reconhecer isto a MFL.

O ser mais unificadora?
Não é uma candidata de facção nem luta pela sua sobrevivência ou afirmação políticas. Luta por um PSD que perdemos nos últimos anos, com liderança na Oposição e com um projecto alternativo para o País.

Tiago Mendonça disse...

Nélson,

Uma pergunta: Porque é que Ferreira Leite não é candidata de facção mas Pedro Santana Lopes já o é?

Supondo que Manuela Ferreira Leite ganha, com 33% ou 34%, continuas a achar que não é candidata de facção? - Outra pergunta.

Se noutra eleição qualquer, numa outra circunscrição, uma candidata ou um candidato tiver 28% a 32% é candidato de facção? - Ainda mais uma.

O candidato que consiga 70% dos votos é um candidato unificador? - apenas mais esta.

Anónimo disse...

Isto da FDL deve ter feito de ti um grande adepto de orais lol

Às tuas perguntas a resposta é a mesma: não é o resultado das directas que torna um líder representante de facção. Uma facção até pode ser 90% do partido, se o todo apenas se motivar pelo projecto pessoal de um, centrado numa só pessoa, em vez de partilhar uma visão do País e do Partido.

É a sua agenda política: quem apoia Manuela Ferreira Leite não a defende como a Suprema Encarnação da Ideia, não a apoia por ela em si e por si ser a única solução e a Salvadora. Apoia-a porque ela tem o perfil certo para o momento que atravessamos e representa o PSD.

Não é uma demanda pessoal, cujo alfa e ómega se centra numa personalidade: é todo um ideário, um simbolismo que parece termos perdido no PSD.

Exemplo: Berlusconi é Primeiro-Ministro de Itália e não deixa de ser líder de facção. Porquê? O único elemento em comum que o seu partido tem é a sua figura, a sua visão e a sua ideia. Sai Berlusconi e acaba o Partido.

Tiago Mendonça disse...

Caro Nélson,

De facto a FDL não me trouxe grande gosto pelas orais do tipo pergunta-resposta, pois ainda não tive oportunidade de fazer nenhuma. Mas com a mudança de regime de avaliação, talvez necessite de fazer alguma e depois logo te digo se gostei da experiência ou não.

Mas enfim, duas breves notas:

Respondeste-me, na minha opinião, de forma pouco objectiva, às perguntas e uma delas nem respondeste, o porquê de Santana Lopes ser menos capaz de ser lider aglutinador do que Ferreira Leite.

De qualquer forma não sei se percebi muito bem a ideia de facção que deste, por isso depois de me elucidares aprofundo a minha discordância ou concordância.

Quanto a mim, acho que uma facção é uma parte de um todo, parte essa que é suficientemente ampla para condicionar o todo ou mesmo liderar o topo. Acho que neste momento, tirando Passos Coelho, que é novo nestas andanças, tanto Ferreira Leite como Santana Lopes simbolizam duas formas de ver o partido, a política e Portugal muito distintas. Ambos representam uma facção dos militantes. Depois, das eleições, se os críticos permitirem, é que passarão a ser lideres de um todo e não de facção. Neste momento são os dois, e os outros tentam construir a sua pequena facção.

Dou-te dois exemplos da JSD, para exprimir a minha opinião.

Nas eleições para a CPN, os resultados de ambos os candidatos foram muito aproximados. Ambos lideravam uma facção ou fracção da JSD. Representavam formas de ver a JSD de forma diferente. Após a vitória do actual presidente, ele passou a ser lider de um todo, contando para isso, com a postura de louvar do candidato perdedor dessas eleições. Mas existiam duas facções.

As eleições para a Jurisdição na JSD/Lisboa - Não havia facções porque um dos lados representava uma maioria tão esmagadora que do outro lado não existia algo a que pudesse ser chamado de facção. Existiu do príncipio ao fim uma lógica de liderança do todo.

São situações diferentes, e que penso que concordarás se te posicionares de forma equidistante.

Quanto às opiniões de Ferreira Leite, são opiniões, logo subjectivas, pelo que têm o valor que têm. Respeito a tua opinião e concordo em alguns pontos embora discorde em muitos outros.

Anónimo disse...

Não percebo o porquê de estares na defensiva na questão das orais. Não vejas um ataque, era uma brincadeira. :)

A resposta à pergunta do Santana está lá, não escrevi foi o seu nome. Pensei que o ias identificar de imeadiato como líder de facção. My bad

Os exemplos da estrutura não servem: os apoios para Congressos são, a maior parte das vezes circunstanciais. Não havia duas facções em confronto, até porque, pela tua ideia de facção, havia várias.

Nos termos em que falamos no partido, facção é o grupo de apoiantes de um projecto pessoal de afirmação que se esgota em si mesmo, sem outro substrato. MFL é a candidatura em que muitos se revêem e apoiam, mas não é a sua afirmação ou sobrevivência política que está em causa: é uma ideia de PSD.

Pensei estar a ser claro. Não consigo fazer-me entender. Peço desculpa.

P.S. Mais uma vez o apelo: apreciava que não falássemos de estrutura no Psicolaranja :)

Tiago Mendonça disse...

Nélson,

Parece que desta vez estás mesmo em directo! ;)

Quanto à questão das orais, também a resposta foi num tom de brincadeira, como dizias num outro post, não temos que por smiles em tudo.

Foste mais claro agora. Não acho que Santana seja um líder de facção, na tua ideia de facção. Não percebo porque alegas que ele representa um projecto pessoal de afirmação que se esgota na sua figura. Percebi e concordo com a lógica que deste no exemplo Berlusconi. Ou em Portugal, o PND como projecto político pessoal de Manuel Monteiro que termina, se é que existe, com a sua saída.

Concordo que os apoios em congressos ou onde quer que seja, representem um circunstancialismo. Não deveria ser assim. As pessoas devem integrar-se em projectos a médio longo prazo e não em eleições no curto prazo. Já falámos disto em privado.

Quanto à questão de não se falar da estrutura, elucida-me então, qual o critério "editorial".

Podemos fazer post's ou comment's a afirmar que o líder do nosso partiodo é um homem bomba e que terá sido o pior lider de sempre, mas não podemos fazer comentários críticos ao líder da CPN da JSD?

Podemos afirmar que determinado candidato tem um projecto político pessoal, mas não podemos afirmar que determinado presidente de secção tem um projecto político pessoal?

Não percebo. O critério é poder falar, da estrutura, no plano interno, do PSD mas não o fazer relativamente à JSD?

Estou só a perguntar.

Anónimo disse...

A questão estrutura à vida interna das secções, distritais ou mesmo congressos. Para que o psico seja entendido por qualquer leitor.

A crítica será sempre bem-vinda, desde que bem fundamentada. Não temos falsos pudores eheh

PSL parece-me um líder de facção: a facção identifica-se e caracteriza-se pelos seus apoiantes, cujo único ponto em comum, cujo álfa e ómega, é o seu líder.

Manuel Monteiro é facilmente identificável como líder de facção, mas olhemos então para o nosso lado. CDS-PP: Paulo Portas teve 70% das directas? Não é ele um líder de facção? O seu projecto político pessoal não se centra somente nele e no seu ideário? E o derrotado Ribeiro e Castro, com os seus modestos 30% (se não me engano, mas os números andavam por esta ordem)? Não simbolizava ele muito mais que aquilo que ele era, o tal CDS democrata-cristão?

E eu gosto mais de PP do que de RC, mas é na forma como os apoiantes lidam com o projecto político que se vê a diferença.

Nota: nem todos os que gostam de Santana são parte da facção, e o mesmo se pode dizer de LFM. Eu gosto de Santana e já votei LFM sem nunca ter sido de uma ou outra facção.

Anónimo disse...

A cara de sempre, a arrogância do costume! Está na hora de mudarem de rumo.

Bruno disse...

Oh Tiago, tinhas-me colocado por aí umas questões. O Né já te respondeu. Estão bem respondidas (por mim, pelo menos) e eu subscrevo aquilo que o Né tem dito em relação a estas directas. Aliás, acho que raramente estivemos tão "de acordo" :P

jfd disse...

/me vomita :)

Anónimo disse...

De há sensivelmente um ano para cá tornou-se um hábito Bruno ;)

Paulo Colaço disse...

Confesso que tenho andado arredado dos posts e comentários sobre a campanha. Leio na diagonal alguns.

Como diria o Rodrigo Saraiva, são poucos os militantes envolvidos no dia a dia do PSD (ou que opinam frequentemente) que ainda não tomaram posição.

Não é aqui que os vamos convencer. Dificilmente será com palavras (sobretudo nossas) que alguém dirá: "epá, estava enganado, afinal vou mudar o meu sentido de voto" ou então "ena, bom ponto de vista: decidi votar em X".

Dito isto, eis algumas opiniões pessoais sobre três pontos específicos:

- Tipo de campanha: creio ser MFL quem menos razões tem dado aos adversários para se vitimizarem. Por outro lado, é ela quem tem sido algo de palavras menos correctas. Pedro Passos até fez uma iniciativa para que um dos seus apoiantes atacasse MFL.

- Os apoios: pela qualidade do séquito se vê a qualidade do monarca. Todos os candidatos têm gente incapaz ou pouco séria com eles. O perfume da vitória, o cheiro a lucros ou o mero gosto por estar ao lado de alguém "importante", (ainda que não ganhe), tudo isso atrai todo o tipo de gentalha.
Não gosto de ver Helena Lopes da Costa atrás da minha candidata.
Sei que todos os candidatos reconhecem, de entre os seus apoiantes, os bons dos maus.
Mas, (E ISTO É IMPORTANTE), estou convicto que, no dia a seguir à vitória, só Manuela Ferreira Leite tem o desprendimento suficiente para meter os maus no seu lugar.

Os restantes estarão reféns.

- a segunda volta: ter maioria absoluta não é essencial para se ser lider ou fazer um bom trabalho. A 2a volta nunca foi requisito no PSD.

jfd disse...


Mas, (E ISTO É IMPORTANTE), estou convicto que, no dia a seguir à vitória, só Manuela Ferreira Leite tem o desprendimento suficiente para meter os maus no seu lugar.

Os restantes estarão reféns.


Paulo e até lá?
Que fazem na sua campanha?
Servem para os votos??????
Humpft :P

Anónimo disse...

A diferença que o Paulo faz é muito relevante.

Já o disse antes: todos têm o seus demónios, e não se deve recusar apoios só porque sim.

É a sempiterna questão: com PPC não sabemos, com a Manuela sabemos que ela os põe no lugar ;)

Mas que mandatários terá Manuela que contribuiem para o descrédito da sua candidatura???

jfd disse...


Já o disse antes: todos têm o seus demónios, e não se deve recusar apoios só porque sim.


LLLoooLLL

;))))))))

Paulo Colaço disse...

Jorge, dizes: "Paulo e até lá?
Que fazem na sua campanha?
Servem para os votos??????"

Creio que sim, que servem para os votos.
Houve comunistas que votaram no Cavaco (a Margot já aqui disse que o nosso PR ganhou na Marinha Grande), e não me lembro de Cavaco ter dito que só queria votos dos laranjas e dos moderados.

O que estou a dizer, e não tenho medo de falar em nomes, é que as Helenas Lopes da Costa desta vida condicionarão muito pouco a Dra. MFL.

jfd disse...

Eu tenho problemas em mencionar os nomes, porque a minha parca experiência, não me dá legitimidade para tal. E porque já aqui aprendi a não disparar para todo o lado, impunemente! Fica o ponto assente. E como abordaste a questão com cavalheirismo, aqui tens a minha resposta sincera.

Quanto a Cavaco, não os teve na campanha.
Contar com o inimigo é uma coisa. Dormir com ele é outra completamente diferente.
Usar e deitar fora ainda é outra.
Se vale tudo para os votos, como podes criticar os ataques de uma normal campanha política?

Anónimo disse...

Tu já disparaste jorge, ficaste foi à espera de ter acertado em alguma coisa.

Se isto fosse batalha naval diria:
ÁGUA!

P.S. Várias vezes o disse, e mantenho o que disse: temos de ter muitas certezas no que dizemos para não ser apanhados em falso. Corremos o risco de não termos respostas. E aí a culpa não é do interlocutor...

jfd disse...

Tá fresquinha?

Anónimo disse...

Hoje está meio de chuva, eras capaz de te constipar. :)

É melhor guardar para outro dia lol