sábado, dezembro 30, 2006

O fim de uma era?


Como já todos devem saber, eram hoje três da madrugada quando o ditador Saddam Hussein foi enforcado no Iraque. Bem, eu não consigo deixar de expressar a minha opinião sobre este polémico tema que me deixa revoltada e indignada, não só enquanto pessoa, mas também como cidadã de um mundo que aprova a pena de morte.
Em primeiro lugar, contesto o facto de ter sido julgado num Tribunal Iraquiano, o seu julgamento deveria ter tido lugar num Tribunal Internacional e Independente.
Em segundo lugar, contesto a pena em si. Não consigo perceber se o conceito de Justiça em vigor no Iraque é o mesmo que no mundo ocidental, pois de facto não é. Não consigo perceber a lógica de a sua pena ter sido a mesma pelo qual foi condenado, ou seja, Saddam matou e qual é a pena que lhe é aplicada? A morte. Para mim não faz qualquer sentido. Mas percebo também que, se por um lado a sua pena fosse a prisão, planos e estratégias para o retirarem de lá não iriam faltar e, muito provavelmente, conseguiria escapar, mas por outro lado, tendo sido executado também irá trazer consequências, como aliás já trouxe, carros bomba que mataram até agora 30 pessoas. Ambas as situações iriam trazer represálias, mas eu continuo a achar vergonhoso que lhe tenha sido aplicada a pena de morte. Por todos os actos que cometeu, este ditador merecia ficar na prisão e morrer humilhado, sem dignidade.
Há quem diga que isto foi o fim de um ciclo de terror e crueldade e há também quem diga que esta morte só veio intensificar o horror que ainda está para vir...
Eu faço minhas as palvras do Vaticano, o que se presenciou hoje foi uma tragédia que, apenas e só, irá provocar uma onda ainda maior de agressões.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Nem Tudo o que Luz é Ouro…


194 milhões de euros movimentados por cada dia da quadra natalícia, 459 milhões de mensagens de telemóveis enviadas nos mesmos dias, destinos turísticos de luxo esgotados para passar a passagem de ano….foi certamente deslumbrado com estas realidades que José Sócrates teve a veleidade de se apresentar aos portugueses na habitual mensagem de Natal com um optimismo completamente descabido…então o Primeiro Ministro de Portugal não sabe que Portugal ocupa a 18ª posição em valores de desenvolvimento e riqueza e não sabe que a maioria das famílias portuguesas estão completamente endividadas e que a situação seguramente é para piorar com os preços a aumentar já em Janeiro e o Presidente do Banco Central Europeu a vaticinar um novo aumento dos juros já no primeiro trimestre do próximo ano?...o pior é que Sócrates sabe isso e muito mais e teimosamente insiste, na sua sistemática campanha propagandística, em esconder a dura realidade daqueles que ontem como hoje serão as principais vítimas da crise que ao contrario do que ele apregoa persiste.

E assim, passo a passo e tendo como bengala o reiterado discurso do faz de conta deste governo vamos caminhando até ao abismo pois nem tudo que luz é ouro e há para aí muito lobo disfarçado de cordeiro…

O que nos reserva 2007?


Com o ano de 2006 a acabar, cabe fazer a pergunta inevitável: o que nos reserva 2007?
Sinceramente, penso que não reservará nada de novo para o plano político nacional. A “direita” (se é que ainda podemos utilizar esta expressão) encontra-se, a meu ver, refém de alguém que, qual D. Sebastião, insiste em não aparecer. Falo de Paulo Portas. A situação do CDS-PP é miserável, com um consenso alargado relativamente à fraca prestação de Ribeiro e Castro como líder na oposição, nada ajudado pelo forte grupo parlamentar liderado por Nuno Melo, a verdade é que a situação do PSD também não é melhor. Não acredito que a maioria dos militantes esteja contente com Marques Mendes, mas que solução?
A travessia do deserto ainda nem vai a meio, e a “direita” continua apagada aos olhos dos portugueses. Depois disto, só alguém muito especial poderá dar a volta para as eleições de 2009. Mas quem?
O futuro é incerto…

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Venham mais!


Hoje é Natal!

É o primeiro Natal deste psico-espaço.

Um blog que juntou pessoas muito diferentes entre si, quer em idades, proveniências regionais, formas de pensar e de olhar o Mundo. Há várias coisas que nos unem. Uma delas é o gosto pela polémica. Leia-se: a paixão pelo debate de ideias, aliada à consciência de que é assim que se evolui.

Que passem mais Natais, Páscoas, Ramadões, Pentecostes e outras festas mas que nunca se apague a chama da discussão.

Estes 16 psico-bloggers desejam boas festas a todos os seus clientes e amigos!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Olé!


Nuestros hermanos, pela voz da Ministra do Ambiente, Cristina Narbona, querem seguir o nosso exemplo para proibir os touros de morte. No país das touradas vem agora à arena a legislação portuguesa, que determina que depois do “espectáculo” os touros sejam retirados da arena e mortos longe do público. Segundo Cristina Narbona, os touros merecem ser mortos de uma forma mais digna!

Duas notas:
Os espanhóis nunca vão atrás dos portugueses, mas sim os portugueses atrás dos espanhóis!
Os espanhóis estão a dar demasiados “tachos” aos verdes e agora queixam-se!

Comentário pessoal:
Eu gosto de touradas e nas touradas não há mortes dignas! A carnificina do touro já é por si só um acto de extrema violência, logo não há nada que o dignifique.

domingo, dezembro 10, 2006

O regresso de Berlusca


Berlusconi vaticina queda de Prodi antes do final do mandato

Silvio Berlusconi, numa carta publicada hoje no jornal "Messaggero", disse que na sua opinião o Governo Italiano cairia antes do fim do mandato.

Existe um provérbio anglo-saxónico que creio que se aplica e que enuncia: "Há quem faça as coisas acontecer, há quem veja as coisas acontecer, e há quem se pergunte 'O que acabou de acontecer?'".

Pode ser que Berlusconi seja o primeiro, e se o Governo não tem cuidado, pode ser que Prodi seja o último.

Para o bem ou para o mal, uma previsão destas feita por alguém na posição de "Berlusca" não é para ser ignorada.

Atropelamento e fuga



Todos temos o direito à morte. Convém é deixar as dívidas pagas!

Imagina um senhor que te deve algo valioso. Tão valioso que uma parte significativa da tua vida está efectivamente encerrada na dívida por cobrar.
E imagina que a morte do senhor extingue toda a tua esperança de reaver o que é teu?
É esse o efeito da morte de Pinochet. Morre com uma dívida monstruosa: deve um pedido de desculpas aos órfãos que deixou, às viúvas que provocou, aos cadáveres enterrados em valas comuns.
Deve o cumprimento duma pena que nunca será executada.
Sobretudo, a sua morte não consola os que queriam Justiça para apaziguar a alma. A dos homens, não a de um Deus com mais que fazer.

Morreu um dos maiores devedores da historia, e os seus credores jamais serão ressarcidos.

Espero bem que, se luz ao fundo do túnel ele viu, que fosse a de um comboio em sentido inverso!

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Duas aquisições


9 dos 14 Psicobloggers passaram estes últimos dias em Bruxelas. Foram dias muito divertidos em que os Psicos estiveram mesmo em alta!

Entretanto, já no regresso, por maioria, os Psicos deliberaram aceitar no seu hiper-espaço dois novos bloggers: Magda Borges e Luís Sardinha.

A ambos os nossos votos de bom trabalho por estas bandas.

PS: cuidado com ele, porque ele envolve-te…

segunda-feira, dezembro 04, 2006

É Natal!(?)

Há uns anos atrás passei uma noite de copos com uns amigos que repetiram vezes sem conta a frase: "Odeio o Carnaval!" (não, não é gralha! eu sei que o título é sobre o Natal). Pois bem aquilo que realmente nos parecia ridículo na altura era que as pessoas precisassem de uma desculpa para se divertirem, andarem na borga e fazerem figuras tristes. É que nós estávamos disponiveis para isso diariamente! Ou melhor, nocturnamente porque agradavam-nos mais as noites.

E é por isso que, sem odiar o Natal eu também poderia dizer: "Odeio o Natal!". Mas não digo! Por várias razões. Primeiro porque parecia mal a 1ª Crónica ser logo num tom tão negativo. Depois porque eu até gosto de receber prendas e de ver as ruas iluminadas. Finalmente porque aquilo que eu detesto é a hipocrisia que anda no ar, poluindo ainda mais que as musiquinhas natalícias!

Aquilo que me faz confusão é o facto de as pessoas andarem um ano inteiro a marimbarem-se para aquele amigo mas fazerem questão de em Dezembro lhe comprar uma prenda. Pior ainda quando compram algo caro e vistoso, não porque querem demonstrar consideração mas para não lhe ficarem atrás porque ele dá sempre prendas melhores. Tudo isto quando temos que aturar todos os dias o discurso da crise e de que "isto 'tá mau", etc. e tal... Já para não falar das famílias que se reúnem à mesa para a ceia e de repente percebem que não têm nada para conversar uns com os outros simplesmente porque não convivem durante o ano e não partilha experiências. É óbvio que o tempo é sempre preenchido com os "estás tão crescido" ou "como foram as tuas notas?" em que, como é normal que se lixa é o mexilhão (neste caso os putos).

Por isso, eu faço questão de jantar muitas vezes com os meus amigos, desejar-lhes felicidades em qualquer altura do ano, e só não lhes dou prendas com mais frequência porque as restrições orçamentais a isso me obrigam (não keriam mais nada não? cambada de chulos!). Assim sendo, desejo a todos um Grande Dia 21 de Dezembro e amanhã cá estaremos para tratar do 22!

Beijos e Abraços
Bruno

in http://cronicasdeumcronico.spaces.live.com/
21 de Dezembro de 2005