quinta-feira, julho 03, 2008

1º Round

Vs

Sem Manuela Ferreia Leite no Parlamento, este foi o primeiro grande duelo da nova líder do PSD.

Quem ganhou?

33 comentários:

Paulo Colaço disse...

Novamente, não vi a entrevista. Apenas dois excertos na SICN.

Pelo que vi (e corro o risco de estar a ser injusto com José Alberto Carvalho e Judite de Sousa)
MFL enfrentou um pelotão de fuzilamento e Sócrates esteve reunido com o Clube da Amizade.

Um dos excertos que vi faz-me acreditar que MFL tem dado o mote ao Governo. Falou do IMI, eis que Sócrates vem mexer no IMI.

Está fragilizado este rapaz...

Diogo Agostinho disse...

Marcação bem cerrada do Eng. Sócrates. Mas até considero salutar, apesar de para mim preferir Manuela Ferreira Leite a falar depois.

Manuela Ferreira Leite tocou e bem no ponto de estar tudo invertido relativamente ao papel de oposição e governo.

No debate, considero que 1 hora quase a falar de obras públicas acabou por ser prejudicial, se calhar a Constança Cunha e Sá é culpada, mas apenas e só Economia se falou na TVI.

Sócrates é sonso, porém teve dois grandes momentos. Desarmou a ideia dos custos/beneficios nas obras públicas, referindo apenas que os estudos são obrigatórios, estão na net e é preciso é lê-los. E depois, falou em esperança e acção. Que era contra o pessimismo.

Pessoalmente esta ideia de ir contra as Obras Públicas é igual ao cartaz de Durão Barroso. Sem tirar nem pôr.

Manuela Ferreira Leite, deve ter um partido completamente desajustado, sem assessores e sem ideias. Nota-se. Vai sofrer o que Mendes e Menezes sofreram.

Havia tanto por onde atacar Sócrates...e ele venceu este round. Mas ele é de plástico. Manuela Ferreira Leite é autêntica, espero mais, para nosso bem.

Filipe de Arede Nunes disse...

Não vi nenhuma das entrevistas.
Seja como for, parece-me que Ferreira Leite começa bem.
No dia imediatamente a seguir a dar uma entrevista na televisão, vem o Primeiro-Ministro responder-lhe.
Vamos ver. É preciso dar tempo. Não se pode esperar que se faça tudo de uma só vez.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Anónimo disse...

Não concordo Diogo. MFL venceu claramente este primeiro confronto, ainda que Sócrates tenha estado reunido com "o clube da amizade", como diz o Colaço.
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MFL tocou em 2 pontos essenciais, que não vi respondidos cabalmente por Sócrates: a questão dos novos pobres e a questão relativa ao periodo de carência das novas obras públicas.
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Sócrates tentou dizer que está a ajudar os "antigos pobres". Será mesmo assim? E por outro lado, falou em esperança. Mas que "esperança" é esta, que hipoteca o futuro de todos nós, durante 20 ou 30 anos com dividas para pagar? Não estamos já hoje a pagar os erros da governação de Guterres, com as más decisões de Cravinho quanto às Scuts?
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A história dos estudos para mim equivale ao mero fogo de artificio. Qualquer um pode encomendar um estudo, um power point ou uma apresentação que o favoreça. Nisto o gabinete de Sócrates é exímio...
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No entanto acho que MFL esteve bem em focar o seu discurso na economia, pois sem crescimento, sem emprego e sem oportunidades, esqueçam tudo o resto e na realidade, em nenhum destes dominios Sócrates aponta qualquer decisão credível.
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Ps(D): tou curioso para ver a reacção de Fernando Ruas quanto à redução do IMI. Ou será que Sócrates pensa que as autarquias do partido socialista não irão estar contra esta "proposta"?

Diogo Agostinho disse...

Presidente da ANMP discorda da baixa do IMI

O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, disse hoje à Lusa compreender a necessidade de «medidas para agradar aos cidadãos», mas discorda da baixa do Imposto Municipal de Imóveis (IMI) anunciada pelo primeiro-ministro.
«Achamos normal, até desejável, que se tomem medidas para agradar aos cidadãos, mas o que não percebemos é porque razão se faz uma redução com dinheiro alheio», afirmou Fernando Ruas.

O primeiro-ministro anunciou na quarta-feira, em entrevista à RTP, que vai propor ao parlamento medidas concretas para travar o aumento do IMI.

Sócrates, durante a entrevista, lamentou o recente aumento de 15 por cento nos valores máximos do IMI e destacou que, para a nova solução, conta ter a compreensão das autarquias.

Fernando Ruas disse não entender o motivo por detrás da intervenção do governo e que se podem encontrar outras medidas que não interferem no «dinheiro dos outros».

«Não percebemos porque razão o governo não resolveu mexer no seu dinheiro. Podem ter uma série de medidas, como por exemplo, mexer directamente no IRS ou no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) e que não implica alterarem o IMI», afirmou.

Diogo Agostinho disse...

Eu afirmo que ele ganhou, mas é a vitória de plástico e por falar depois dela. Só.

Considero que os problemas dos novos pobres é um tema que a Manuela deve e faz muito bem em referir. Mas mais.

Ontem o Sócrates falou dos recibos verdes, dos jovens. É esse discurso que também nos faz falta.

Eu quero vê-la a dizer as mentiras que ele cometeu quando chegou ao Governo. Que ela o confronte ainda mais, no estilo Manuela. No estilo de ser directa como é. Temos tempo.

Ele relativamente ao período de pagamento das obras vai continuar a acenar com o mesmo que Durão e ela faziam...por isso, penso que não deveríamos ir por aí...penso eu.

Mas este Sócrates é fácil de derrotar. Eu acredito que sim!

Paulo Colaço disse...

Sócrates é fácil de derrotar.
Também acredito.
Note-se, contudo, nisto: é em proximidade eleitoral que os portugueses decidem em quem votam,

Diogo Agostinho disse...

Ele vai cair de podre. Não seremos nós a ganhar, mas sim ele a perder.

Acredito que até Patinha Antão lhe ganhava em 2009...

E disse...

Análise do Luís Nogueira: muito boa.

MFL portou-se bem (tirando o facto de se referir à homossexualidade como um problema). Racional q.b. . É pouco dada a emoções. Temos líder no PSD. Nem se pode comparar com o Menezes. Nem o Santana.

Sócrates respondeu às expectaticas e quebrou o tabu da recandidatura.

Anónimo disse...

Sócrates esteve melhor e ganha o debate. Porquê? Porque veio desarmar o primeiro ataque de MFL, porque veio falar de País, porque veio falar do que quer.

Terá um problema: aquilo que alguns criticaram de MFL ter sido muito mono-temática será, para mim, o principal ponto forte de MFL.

A entrevista de Sócrates não fica, apazigua mas não concilia.

MFL teve a lógica do stay on message. Já o tínhamos visto nas directas: os outros candidatos falavam de vários temas, MFL ia escolhendo sobre o que falava semana após semana. E marcava a agenda.

Sócrates, com as promessas, entrou em pré-campanha. É muito tempo para estar em pré-campanha. Será muito desgastante.

MFL faz bem em não falar de muitos temas. Tudo para desgastar Sócrates a pouco e pouco.

P.S. Eficiência na mensagem: MFL falou da descida de IMI numa GE da RTP - o Governo foi atrás e desce. Até agora, a melhor líder de oposição a gerir mensagem. Há que melhorar na telegenia e na própria transmissão da mensagem.

Anónimo disse...

[Estava a reler o meu comentário e penso que não ficou claro o que dizia... isto de estar doente :(]

Resumo do que escrevi antes: no curto prazo, ganha Sócrates. Foi limpo e eficaz na marcação.

No médio e longo prazo, a mensagem de MFL é mais resiliente, fica presa, e ainda que ofuscada não ficará esquecida. Ficam as sementes para que a próxima entrevista e\ou declaração sejam ouvidas com redobrada atenção.

jfd disse...

Uma questão muito simples a esta análise Nelson; ficam as sementes para quem? Quem irá ouvir com redobrada atenção?

Tendo em conta a ideia do Colaço que já discutimos noutros comentários de que o povo tem memória curta e decide perto do momento, que valor terão essas sementes?
Ou, pondo de outra forma, que deveremos fazer para que essas sementes germinem?

Por si só, não lhes consigo encontrar demasiado valor fora do nosso circulo de pessoas interessadas e, acima de tudo, informadas...

Anónimo disse...

É verdade que as pessoas têm memória de curto prazo... mas foi para isso que tivemos uma semana e meia a batalhar no tema.

Este foi o momento de bater forte na mensagem.

Quando se recupera: no próximo OE. Volta-se a levantar o tema e, como desta vez a mensagem colou bem, rápidamente as pessoas associarão a mensagem à imagem PSD.

Óbviamente não é tão simples como descrevo, mas penso termos os ingredientes suficientes para maximizar este tema.

jfd disse...

Entendo perfeitamente, em parte! Mas não entendo é quando dizes que a mensagem colou bem. Colou bem a quem?

Esta angústia é-me muito pessoal... Às vezes penso que falamos muito para nós, e na nossa linguagem...

Paulo Colaço disse...

Sim, as pessoas têm memória curta.
Um presidente de CM cria um gabinete de atendimento ao munícipe. Passado um tempo as pessoas criam a ilusão que aquele serviço sempre lá esteve.

Constroi-se uma ponte. Passada a excitação do brinquedo novo, a rapaziada já não se lembra quem a inaugurou nem como eram os tempos antes da ponte.

Quando os executivos inaugura obra em cima das eleições eles estão, entre o oportunistica e o pragmaticamente a dizer: eu quero colher os frutos do que plantei.

No entanto, uma boa estratégia pode fazer as pessoas reterem informação. Veremos como se safa MFL.

Num ponto concordo com o Diogo: o Poder perde-se, não se ganha.

Anónimo disse...

Eu digo que a mensagem colou porque a conseguimos manter num ciclo noticioso de uma semana e meia.

O tema foi lançado no Domingo do congresso e eu, honestamente, nem o considerei muito forte. Mas esteve presente virtualmente todos os dias na imprensa. Foi uma mensagem com sucesso. Desde Marcelo que não via uma oposição a condicionar a mensagem.

Vamos conseguir explorá-la ao máximo? Se não formos gananciosos e a deixarmos andar mais um pouco... talvez.

Anónimo disse...

Na minha opinião o resultado foi:

Sócrates( como se previa pela jogada feita por MFL no dia anterior) fez xeque à Rainha , comendo-lhe um Cavalo e uma Torre.

Nada está perdido.

Mas convém ter mais cuidado com a mensagem e os alvos a atingir em cada jogada.

Sobre os períodos de carência isso não é nada de novo e ele até respondeu. Já MFL nos seus governos os fez e pelo mesmo período. Vejam como foi com a Ponte Vasco da Gama...

Uma última questão. Como eu já tinha escrito noutros comentários, não é possível avançar com este tipo de criticas sem ter jogo na mão. Fica a pergunta: o que andaram a fazer os gabinetes de estudo no PSD neste últimos anos? E a nossa gente que est nos gabinetes Europeus não disponibilizam dados reais? E as informações que se recolheram durante a nossa estadia nos ministérios? o Deputado Jorge Costa não foi Secretário de Estado do MOP!?

A equipa de Sócrates é muito profissicional e muito boa. É preciso mais profissionalismo e melhor preparação para as próximas jogadas neste tabuleiro.

jfd disse...

Continuo sem perceber a quem cola a mensagem? Á imprensa? É ela que vota? E se o poder se perde e não se ganha, como muda essa figura de colagem de mensagem?

Já no que toca à impressão da mensagem que se referiram duas pessoas, podem especificar? O que se passou?

Paulo Colaço disse...

Acha mesmo que MFL ficou sem Cavalo e Torre?

Quem joga xadrez sabe que só um jogador desastrado perde Cavalo e Torre com tão pouco jogo decorrido.

Não será que o seu apoio a outro candidato (derrotado) faz ver desgraça em todo o lado que circunde MFL?

Se não tiver calma e serenidade amanhã vai estar a falar em promoção de Peão a Rainha ;)

Paulo Colaço disse...

Fonseca Dias na idade dos porquês...
;)

Anónimo disse...

O cavalo ( de batalha) :
As obras públicas atacadas na generalidade como um reverso de apoios sociais.

A Torre : a infalibilidade e competência da Nossa Rainha em dossiers de índole económica.

Sim terei difículdade em não pensar: "com o outro não teríamos este flanco exposto" ..... provavelmente teríamos outros, mas nunca de olhar para o que fizemos antes.

Mas como disse nada está perdido, eu até prefiro jogar xadrez depois de perder a Rainha,após fazer grandes estragos no adversário.

Mas que exista mais cuidado quando se vai ao jogo. Porque isto ainda está em aberto.

Anónimo disse...

Paulo,

eis um lado que só conheci tão recentemente: a cegueira.

MFL faz um discurso que gera um ciclo noticioso de uma semana e meia, tem a opinião publicada a dizer que faz um alerta pertinente... e tu dizes que perdemos trunfos?

Paulo Colaço disse...

Numa coisa concordamos: nada está perdido.
Porém, o meu "nada" tem uma conotação diferente do seu.

Quanto à sua dificuldade não esteja tão certo. Até porque o "outro" perdeu na eliminatória que dava acesso ao "torneio" com Sócrates.

Rui disse...

Depois de ler os comentários e de ver a entrevista do PM (disponível no site da RTP), tenho a ligeira impressão que a equipa do nosso PM não é assim tão profissional e mesmo a agência de Comunicação, por vezes não consegue preparar tão bem a equipa, incluindo o PM.

Na princípio da entrevista notei num Sócrates ligeiramente pressionado com algo (todos nós sabemos do que se trata). Sentiu a necessidade de mostrar propostas que só serão apresentadas no dia 10 de Julho e aprovadas no formato RAPIDEX, para que MFL não incomode mais a falar sobre políticas sociais.

Apresentou as propostas do Governo numa fase tão embrionária que nem sabe quantas pessoas irão ser afectadas com essas medidas, qual é o impacto financeiro dessas medidas para o Estado, dizendo apenas que "serão umas dezenas significativas de milhões de euros" (palavras do próprio). Promete baixar o IMI, que é uma das principais ou até a principal fonte de rendimento das autarquias (o IMI aumentou, porque o Estado diminuiu o “dinheiro” que dava aos Municípios), sem falar com ninguém, e diz que não se quer comprometer com pormenores nem com detalhes. Nota-se bem que tipo de discurso é este, faz-me lembrar a célebre pessoa da frase "é só fazer as contas".

Regozija-se com algumas medidas que efectuou, que se mostraram escassas com o passar do tempo e para minha surpresa, diz que afinal este Governo não lançou o conjunto de grandes obras públicas, apenas se tinha limitado a executar. (mas para as inaugurar a autoria das obras já é sua)

Apelou ainda para irem à "net" e verem os estudos sobre os custos/benefícios, antes de falarem.

Eu assim o fiz e agora pergunto, no estudo sobre o TGV, não deveria estar presente os pontos fortes e fracos? as ameaças e oportunidades?, ou seja uma análise swot bem feita. Até em Publicidade e Marketing se fazem estudos mais exaustivos e elaborados.

Rui disse...

Peço desculpa, mas o estudo não era este, mas sim o que está nesta página

Diogo Agostinho disse...

"diz que não se quer comprometer com pormenores nem com detalhes"

Este ponto foi notório. Muito bem dito.

Concordo aqui, Sócrates demonstrou uma atitude de receio, e de boa memória. Aprendeu que deveria fazer tudo ao contrário de Guterres e continua nessa caminhada. Não faz contas, não lança números, nem cenários. Nem entra no famoso "diálogo". Com ninguém.

jfd disse...

Fonseca Dias na idade dos porquês...
;)


Sabes porquê? (LOL)
Quero perceber os pontos de vista. Cimentar a minha posição, consolidar a minha mensagem e impregnar a cambada de socialistas que me rodeiam.

A conversa que aqui temos não me parece conversa para se ter com o "povo" mas sim conversa digna, de reunião de comissão política ;)

E disso estou cansado.
Quero levar o meu (nosso) PSD às pessoas que me rodeiam, e assim, fazendo a diferença, ajudar a levar a líder ao lugar do licenciado em Engenharia pela Universidade Independente, Sócrates.

Paulo Colaço disse...

Citando o caro Rui: "Apelou ainda para irem à "net" e verem os estudos sobre os custos/benefícios, antes de falarem."

Como?!

Será esta a versão Socrática do "é fazer as contas!" ?

Anónimo disse...

Do ponto de vista da forma, o Sr Ministro esteve no seu melhor:
a falar do que quer, como quer e até onde quer, não respeitando o espaço e o tempo dos entrevistadores.
Bem feito para eles, a entrevista não deveria ser uma conversa entre amigos.
MFL, igual a ela própria: respeitadora mas firme, sem rodeios e clara na sua exposição.
Quanto ao conteúde: penso que já ninguém tem dúvidas de que MFL não está colada a Socrates. Austera e cautelosa quanto ao aumento das despesas; ponderação no consumo; definição de prioridades. Em oposição a uma esperança e optimismo sem sentido do JS.
MFL mono-temática? Culpa da entrevistadora, andou à volta do mesmo tema cerca de 20 minutos. Se MFL não fosse tão respeitadora e estivesse como JS, teria ela mesmo conduzido a entrevista e passado pelos temas que lhe interessavam, por isso:
1-0 ganha a Senhora

Rui disse...

O Público de hoje, diz que afinal as promessas do PM, quase não se vão sentir, pois as famílias que estiverem nos 3 primeiros escalões do IRS pode poupar até 14 euros mensais. E no IMI, as famílias mais carenciadas estão isentas de pagar. Ou seja, as duas medidas que o PM apresentou ao País com grande alarido, quase não irá beneficiar os contribuintes.

Vamos ver o como é que descalça esta bota, no dia 10 de Julho.

Por isso o primeiro round foi ganho pela MFL. E olhando para as sondagens que a SIC apresenta, o PSD é o único partido que sobe as itenções de voto.

Então diria que foi uma goleada à antiga!! (para já.. É preciso continuar)

Anónimo disse...

Caro Nelson,

Segundo Padre António Vieira existem 3 tipos de Cegueira:

"A primeira é de cegos, que vêem e não vêem juntamente; a segunda de cegos que vêem uma coisa por outra; a terceira de cegos que vendo o demais, só a sua cegueira não vêem"

Não apoiei MFL pelas razões que aqui sempre defendi.Mas agora quero que em 2009 o PSD seja governo com a MFL.

Mas isso não quer dizer que eu deixe de fazer uma análise política e téncica sobre as suas intervenções dentro do mais profissional possivel e não embuído da emoção de querer tirar aqueles aldrabões do poder.

Eu já disse que não gostaria que o PSD chegasse ao poder por podridão do PS. Quero que chegue a governo porque disse aos portugueses que tem melhores caminhos para resolver os seus problemas.

Infelizmente tenho que manter: que o alvo das obras públicas foi errado, porque estava mal preparada e estava demasiada envolvida no governo PSD. Porque falar mal, dizer que tem dúvidas e não dizer o que faria...é precisamente o mesmo tipo de comunicação que faz o BE e o PP.

Já vi muitas criticas válidas ás propostas do Socrates, entre elas a do IMI, o que por acaso até foi uma das poucas ideias que MFL tansmitiu nas entrevistas ás tv´s durante as directas. Antes era boa , agora já é má.

Nelson, por vezes é a LUZ que nos Cega.

MFL que entre nas questões da justiça, da reforma da função pública, da Educação,da fiscalidade.

Curiosidade : Já se volta a falar da descida do ISP..ironia uma proposta "demagógica" de PPC.... é só ouvir a entrevista de Medina Carreira na SICn.

Por mim eu Levo-a ao colo se for preciso para S.Bento mas que se comece a trabalhar melhor,porque o outro já está em campanha!

Abraço Amigo

Anónimo disse...

Paulo,

MFL marca um ciclo noticioso durante uma semana e meia, obrigou o PM a vir a terreiro defender-se e o PS a ter de vociferar. Há quanto tempo não nos levavam a sério? :)

Acho que foi uma boa aposta comunicacional.

Anónimo disse...

Olha a coincidência ;)

Obras públicas deterioram relações entre Cavaco Silva e José Sócrates

Cavaco Silva não está satisfeito com a chamada cooperação estratégica entre o Governo e a Presidência da República e as várias declarações que fez ao longo de ontem foram, acima de tudo, alertas a José Sócrates para a insatisfação do Chefe de Estado com alguns comportamentos políticos do primeiro-ministro. E a matéria que está a contribuir para esta deterioração das relações não podia ser mais delicada: obras públicas.

O actual Presidente da República não diz nada por acaso. E não foi por acaso que escolheu o dia seguinte à entrevista do primeiro-ministro à RTP para falar de obras públicas, dando o exemplo de uma autarquia que pedia pequenas obras em vez de grandes investimentos. Mais tarde, alertou para a “difícil situação” do país e para o facto de o “endividamento poder atingir situações insustentáveis”.

Como se não bastasse, ontem o semanário "Sol" noticiava que o Chefe de Estado pediu há dois meses informações ao primeiro-ministro sobre os estudos financeiros das novas concessões rodoviárias e até agora não obteve qualquer resposta.

O PÚBLICO confirmou esta informação e sabe que é com surpresa e apreensão que Cavaco Silva vê serem anunciadas sucessivamente novas obras, numa altura em que o país, como salientou o Presidente, está numa “situação difícil”. Aliás, a divulgação desta negação do Governo em prestar informações ao Presidente da República é um sinal claro da insatisfação de Cavaco Silva. Em Belém nada acontece por acaso.


Se calhar até é um bom tema, não achas Paulo?

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1334571&idCanal=12