Reflecte-se em tudo: no IVA, no ISP, no imposto sobre veículos, no imposto sobre tabaco... mas tal não é surpreendente. É mesmo natural que durante a crise a receita do Estado se ressinta.
O problema reside na famigerada consolidação orçamental, que está de tal forma assente na receita fiscal que se encontra sériamente ameaçada. E foi esta uma das ilusões do nosso Governo!
O Governo era - há dois anos - reformista, dinâmico e capaz de controlar o défice. Afinal, as reformas foram remendos, a dinâmica não passava de agitação, o controlo de défice não passou do estupro dos rendimentos dos portugueses.
Temos andado de Ilusão em Ilusão até à Desilusão!
59 comentários:
Eu penso que não ganhamos é nada em constatar o óbvio, sem que no fim desse discurso se vislumbre uma solução, numa nota de esperança.
Nem mais Jorge.
E agora tens a oportunidade de fazer a tua nota de esperança.
Não tenho Nélson, por isso estou calado sobre o assunto.
O pior é isso mesmo, é que não se vislumbra qualquer esperança imediata, a não ser, ainda mais sacrificios por parte de todos nós... Precisamos de soluções sérias, para viabilizar economicamente o país. Gostava de ouvir MFL sobre isto.
Ora aí está!
Aguardo pacientemente!
Se há nota de esperança, é que o PSD há-de ter um voto na matéria, se Deus quiser!
O problema é que não há soluções faceis nem mezinhas milagrosas neste momento...
Não existe poupança, seja privada, pública ou externa, para absorver o choque. O que nos ainda tem aguentado e absorvido parte do choque é o facto de estarmos integrados no euro [Sim, esse euro dominado por essa instituição do "demónio" chamada BCE ;)]
Vamos pagar a factura dos excessos dos últimos anos e do laxismo nas reformas e ajustamentos, e aqui não existe grande nota de esperança a dar!
O que podemos fazer é garantir que quem realmente precisa de apoio dele não tenha falta [enfase no "realmente"... gostaria que os meus impostos não fossem usados para subsidiar casas a 4 euros por mês a familias que depois se queixam que levaram os seus plamas num assalto], de incentivar quem pode a uma cultura de maior tomada de risco, e de uma vez por todas fazer as reformas estruturais que o país precisa - que não envolve mais regulação, JFD ;)
Mesmo sem saber o que pensa Manuela Ferreira Leite sobre o assunto e o que dirão os socialistas quando já não conseguirem ter mais lata para disfarçar o indisfarçavel, arrisco uma posição: o PSD sempre me deu mais garantias do que o PS de que sabe governar de forma séria!
Tenho toda a confiança de que é já em 2009 que vamos começar a arrancar para um novo ciclo positivo em Portugal. MFL sabe o que quer mas não contamos com ela para políticas de demagogia ou propostas imediatistas. Também eu gostava de saber tudo o que ela pensa fazer porque - mais do que curioso - estou preocupado.
Mas reforço: apesar de ainda não o saber em pormenor, confio. Dei-lhe o meu voto e o meu apoio nas eleições internas. Não vou desiludir-me!
Quanto ao actual Governo, até já começa a parecer que estamo a "bater no ceguinho". Várias vezes dissemos aqui no Psico que reformismo era coisa que não se prezava pelo Largo do Rato. Os especialistas, mais avalizados do que nós sempre disseram que os problemas não estavam a ser atacados na sua génese mas apenas a serem maquilhados.
Só os eleitores demoraram um pouco a perceber o que até se entende quando olhamos à alternativa que lhes era oferecida. Mendes e Menezes nunca os convenceram um por falta de liderança e outro por falta de espinha. Mas agora é hora de acordar!
O Jorge calado é sempre uma visão :)
Guilherme,
concordamos nos fundamentais e partilhamos a mesma visão económica.
Ainda ontem, no Conselho Distrital de Lisboa, a JSD Moscavide apresentou uma moção falando de um compromisso a longo prazo com as reformas de fundo e o Garrido da Oriental apresentou uma moção apelando à criação de um Índice de Qualidade de Trabalho.
Se quanto à primeira todos temos de concordar que é essencial, que dizer do IQT? Avaliar até que ponto os licenciados encontram emprego de acordo com as suas qualificações, ou que não se encontram numa situação de sub-emprego.
Estaremos nós, enquanto europeus, preocupados para sobreviver a uma crise em há excesso de formação?
Mendes e Menezes nunca os convenceram um por falta de liderança e outro por falta de espinha. Mas agora é hora de acordar!
Ui, Bruno. Essa doeu :)
Muito bem!
MFL faz o que se deve fazer quando se acaba de chegar. Realçar o ponto em que estamos e como chegámos lá.
Querem respostas prontas para sair da crise? Não as há. Não por incapacidade de MFL ou da CPN, mas porque não há soluções ou fórmulas mágicas para esta crise.
Como dizia MFL no Conselho Nacional de 6ª: quando falo, mandam 2 ministros dizer que não tenho razão; quando não falo, mandam 3 minsitros dizer que não tenho propostas. É um sinal do desnorte.
O Jorge calado? Vai lá ver o Post do Capitalismo Nacionalizado... andamos ali às turras desde manhã ...até já lhe dei uma bicicleta ;)
Quando ao Indice de Qualidade de Trabalho (IQT), vou-te ser muito honesto: o objectivo é? Mais uma estatistica para...?
Sou céptico quanto a isso. O problema do excesso de formação está identificado. o IQT não vai ajudar à solução, e quando aos jovens e a sua formação conheces bem a minha posição: a aposta deve ser não em politicas "activas" de emprego jovem ou incentivos que distorçam o mercado de trabalho a nosso favor mas sim no da requalificação - caso seja necessário - e incentivo ao empreendorismo/auto-emprego.
Somos jovens, temos espirito e pernas: não temos emprego, então mãos à obra e toca a cria-lo.
Quanto à crise de excesso de formação, não acho que seja isso. Acho que tens uma crise de quadros superiores em determinadas áreas - Economia e Direito são bons exemplos - e poucos quadros em áreas vistas como "menos nobres" - mas por vezes mais bem remuneradas curiosamente...
Isto só la vai com despedimentos na função publica.
É que em 2006 tivemos 5,5 milhões de pensionistas sem contar com os abonos de familia.
IQT: todos os governos gostam de se vangloriar quando o desemprego desce. Ora, com um IQT consegue-se saber de que forma o desemprego desce, isto é, se realmente há mais e melhor mercado ou se simplesmente as pessoas estão a contentar-se com o que encontram.
Não que quem se "aguentar" com o emprego que encontra faça mal, é melhor que continuar à espera do emprego de sonho. Mas nós devemos saber e estar informados. A informação é o bem mais preciosos, e ainda que vivamos inundados de informação e sedentos de conhecimento, não conheço outra forma mais adequada de analisar e construir propostas.
Eu expliquei-me mal: eu não queria falar de uma crise por força de excesso de formação, mas sim que vivemos numa crise em que há excesso de formação. E, tendencialmente, as pessoas não se resignam a aceitar um qualquer emprego devido à sua formação. Preferem esperar pela "proposta dourada" enquanto estão no subsídio de desemprego.
E não estou aqui a criticar, apenas a destacar um facto.
Daniel,
também não acredito em botões mágicos na reforma da AP. Antes de despedirmos temos de ter a grande discussão do século XXI: o que se deve esperar e o que deve ser o Estado.
IQT, teriam de me provar qual a sua verdadeira utilidade.
Estaremos nós, enquanto europeus, preocupados para sobreviver a uma crise em há excesso de formação?
Não entendo o problema nem a colocação da questão, podes elaborar?
(...)de incentivar quem pode a uma cultura de maior tomada de risco(...)
Provocação não é Guilherme?
Incentivar quem pode? Continuas no teu elitismo não é?
Pois meu caro, que tal incentivar mais a poderem?
Também penso como tu, que sejam gastos os nossos impostos em casos de extrema necessidade. Todos os outros, que passemos pelo necessário. É a vida. Temos de ajustar o nosso dia a dia a uma fasquia mais baixa. Desligar serviços desnecessários. Esquecer aumentos de salários. Viver como pobres e não como novos-ricos-rosa-Guterres.
Quanto à regulamentação, só com esta poderemos estar cada vez mais competitivos como Mercado Único no contexto da Globalização.
A Comissão Europeia decidiu em Fevereiro de 2007 que a sua visão para o Mercado Único do Séc. XXI seria a de um mercado forte, inovador, e competitivo em que é maximizado o potencial dos serviços, que beneficia directamente os consumidores e empreendedores, e que posiciona a Europa da melhor forma para moldar e responder ao desafio da Globalização.
Agora que a UE se tornou maior e mais diversificada, o MU terá de :
- apresentar resultados directos, e efectivos aos cidadãos, consumidores e PME
- tirar maiores e melhores vantagens da Globalização
- abrir novas fronteiras de conhecimento e inovação
- abraçar uma nova, mais forte e maior dimensão social e ambiental
Tudo isto requer uma nova forma de trabalhar. Até agora os esforços têm-se focado em remover as barreiras por processos legais. A partir de agora deverão ser tomados esforços para desenvolver novos métodos e ferramentas com uma abordagem de impacto efectivo: fazer com que os mercados cumpram mais eficazmente em áreas em que tenham um maior impacto nos consumidores, crescimento e criação de emprego.
Terá de ser mantida a componente legal e reguladora, mas a abordagem passará por uma flexibilização e adaptabilidade que deverão ser desenvolvidas por forma a atingir os objectivos.
jfd, Abril 2008, adaptado de A single market for 21st century Europe - COM(2007) 724 final
Nélson Faria disse
Antes de despedirmos temos de ter a grande discussão do século XXI: o que se deve esperar e o que deve ser o Estado.
Se essa é a grande discussão deste século, não sei o que andaste a fazer nos últimos anos do anterior, ou que outros esclarecimentos necessitas ;=)
PS - ignora as questões no meu comentário anterior, respondeste enquanto o escrevia.
Acho que essa discussão já tem uma resposta, basta olhar-mos para AP de hoje, e claramente se percebe que ela não serve, é pesada,é amorfa e completamente ineficiente e pior que tudo é a relação custo beneficio é mesmo muito dispendiosa.
Assim sendo,es mesmo obrigado a despedir, mas não sabendo o estado o nr total dos seus empregados, vai ser dificil meteres mãos-à-obra.
Há 4 ministerios que podiam acabar ou serem reformulados porque não servem absolutamente para nada, o da Agricultura, o da Cultura e podias fundir o da Economia e Finanças e o da Educação e Ciências e Tecnologia e Ensino Superior, porque estão todos inter-relacionados.
(...)de incentivar quem pode a uma cultura de maior tomada de risco(...)
Provocação não é Guilherme?
Incentivar quem pode? Continuas no teu elitismo não é?
Tu realmente tens a mania da perseguição...
Tu chamas elitismo a especialização? Fantastico!
Eu pessoalmente não me acho elitista quando penso em que um negócio natural para eu abrir era na área financeira - é onde "posso" porque é onde tenho know how e formação. Não vou abrir uma clinica ou um escritório de advogados neh?
E depois sou eu que faço as leituras selectivas ...
Sabes Guilherme
Tendo em conta a resposta que te dei a esse trecho, talvez possa não ter feito a leitura certa do que escreveste.
Às vezes quando me respondes algo completamente diferente daquilo que eu pretendia ver respondido, assumo que não me terei explicado bem.
São estilos.
LOL
Se quiseres eu trago a bicicleta para este post ;)
Va va, respira fundo e não leves as coisas tão a peito: simplesmente vemos o mundo de maneira diferente =)
Quanto à AP:
Acho que ainda não discutimos seriemente o que queremos do Estado - embora no "seculo passado" tenhamos andado às voltinhas com o assunto. E honestamente, não acho que a resolução da crise passe por despedir a função publica: são um problema e não o problema...
Não quero a bicicleta, quero é conversa! :)
E nunca percebi que virtude tem não levar as coisas demasiado a peito ou a sério;)
Mas de volta à cumbersa;
Não comentaste a visão da Comissão sobre o Mercado Único no Sec XXI e a conveniente ligação do assunto com a regulamentação e competitividade.
Outra palavra chave a ter em conta, Empreendedorismo.
jfd,
Aindas nas eleições para o PSD o "teu" PPC falava que precisávamos desta discussão. ;)
Se calhar andámos os dois entretidos a brincar com a cartilha liberal.
Existem monopólios naturais do Estado? Deverá o Estado ter escolas? Deverá o Estado ter hospitais? Deverá o Estado jogar na bolsa? Deverá o Estado ter tribunais? Deverá o Estado ter máquina fiscal?
Para evitar leituras abusivas do que escrevi sublinho que estas perguntas servem de substrato à discussão, não têm a pretensão de espelhar opções minhas.
Daniel,
Juntar Eco e Fin é um erro. Guterres fê-lo, eu até achava que fazia sentido... mas não faz. Eco e Fin são dois irmãos: um deveria ser o anjinho poupadinho e o outro o diabito despesista. Se ambos estiverem a gerir a casa, quem será que ganha? ;)
Discordo da fusão do Ensino SUperior com a Educação: essa inovação barrosista (a sua separação) tem provado que politicamente é muito útil, pois evita grandes desmoronamentos no ministério da educação.
Concordo com a extinção da agricultura e da cultura, desde que passem para SE: a primeira no âmbito do Ministério das Cidades e Ordenamento do Território; a segunda na esfera directa do PM ou da Presidência do CM.
Mas nada disto é exacto: são impressões e inclinações ;)
;)
Pois é Né.
Afinal pensamos todos que temos as ideias cimentadas, e nada disso.
A seu tempo falaremos então.
Mas espero que este século traga assuntos de maior interesse!
Quando junto na minha mente Comissão Europeia e ligações entre regulamentação e competitividade faz-me sempre lembrar a já infame "Estratégia de Lisboa":
Se se provou alguma coisa foi que competitividade e produtividade não se atinge pela via regulatória...
Lá está!
Boa observação. Assim como tu lá chegaste, também eles.
E este documento, posterior, está carregado dos resultados das lições.
O que mais retenho é a vontade da diminuição dos custos de contexto.
E muito do que li e aprendi em Fevereiro e Abril deste ano, tenho visto ser cumprido ao longo destes meses.
Estou muito orgulhoso da CE ;)
Seu descrente!
LOL
Guilty as charged! ;)
Sou por natureza céptico em relação à acção do estado [ou organismos supra-estaduais como a UE]. Acho que se não o formos acabamos como começou este post: de ilusão em ilusão até à desilusão...
Se o Guilherme é elitista,então tem a quem sair!
O mal deste pais é que todos acham que podem fazer tudo.
Os engenheiros fazem sei lá o quê, os advogados fazem bancos,os gestores dizem que são economistas,e até existem médicos pediatras que tentam fazer política!
"chacun à sa place"
É por isso que este Pais está como está.
LOLOLOLOL
Bom comentário. Tem é o seu próprio contexto :)
PS - Ó Guilherme só agora vi nas notícias o que querias dizer com plasmas e rendas de 4 euros. LOL. Palhaçada...
Parece que todos concordamos que a discussão "O Estado que queremos" é ainda necessária, nem que seja para se tomar uma decisão e aplicá-la!
Agora pergunto: como poderá isso ser feito? Será necessário um pacto entre PS e PSD? Ou estará o povo português preparado para entronar um novo Cavaco durante 8 ou 10 anos?
É que senão não temos qualquer garantia de conseguir levar uma reforma profunda até ao fim. Nem uma simples medida como a fusão ou extinção de Ministérios de que se falou é garantida por um mandato que seja...
Penso que a resposta está obviamente no modelo que precisamos de encontrar mas sobretudo em quem vai aplicá-lo!
Ah! Queria falar também sobre a bandeira que o Guilherme ergue tanta vez em relação ao empreendedorismo. Concordo contigo em absoluto!
Mas diz-me uma coisa: não achas que há demasadas micro e pequenas empresas em Portugal que têm dificuldades por causa da incapacidade de gestão dos seus responsáveis? Acredito que não há suficiente visão e formação empresarial em Portugal para podermos apostar assim tanto em que cada um se lance por conta própria. Estarei errado?
Admito que exista uma geração de empresários - micro e médios - que deixa bastante a desejar...
No entanto acho que parte da solução é ajudar os novos empresários a ganhar essa visão e estratégia e outra parte é a experiencia adquirida da "tentativa e erro" - o saber "fazer" aprende-se muito por começar algo e errar...
Por exemplo:
Quando tu levas um projecto a uma sociedade de capital de risco e eles aceitam "financiar", parte da função deles [e interesse também] é dar-te não só ajuda, dinheiro e conselhos como auxiliar-te em falhas estratégicas e de visão. O dinheiro deles também ali está ;)
Mas existem riscos obviamente. Por isso é que tenho isto como bandeira dos jovens: é mais facil para qualquer uns de nós tentar e, mesmo que erre, voltar a levantar-se e voltar a tentar com mais experiencia adquiridade do que alguém de uma geração anterior...
Existe no entanto um (longo) caminho a percorrer: incentivar capital de risco e business angels, sociedades de garantia mutua, ajudar a juntar "empreendedor" e "financiador"
E esse incentivo pensas que deve partir do Estado? Em que moldes achas que deve isso ser feito? A legislação já permite que essas empresas actuem no mercado, certo? O que é preciso mais?
Pode-se fazer bastante ao nivel de formação. Se é verdade que já existe capital de risco em Portugal também é verdade que há dois sectores sem grande desenvolvimento: microcrédito sem garantia e 'Business Angels'.
Por exemplo, um projecto que acho um modelo de acção do "Estado" é o DNA Cascais. Mais do que financiar novos projectos, o Estado - na figura do conselho de Cascais - concentra-se em servir de intermediário e 'montra'. A arranjar um fundo de garantia mutua privado - financiado a 80 por cento pelo Banco BPI - para financiar pequenos projectos, promovendo acções de formação, contactos e recursos para outras formas de financiamento geralmente desconhecidas [Microcredito/Micro capital de risco, business angel seed capital/Programa Finicia do IAPMEI].
De cor não conheço os incentivos fiscais a empresas detidas por jovens - julgo não existirem muitos - ao contrário de incentivos dados à contratação de "estagiarios jovens" ou "habitação jovem". Também podes e deves pegar por ai, retirando em parte os desincetivos ao empreendorismo.
Outra questão muito curiosa: venho duma faculdade publica de Economia e Gestão, e no entanto no meu curso inteiro - e sei que o mesmo acontece no de Gestão - sempre fui "martelado" para o "trabalho por conta de outrém", nunca para correr riscos. Alias, nem se ensina nos Curricula da maior parte das universidades a criar uma empresa de raiz e a geri-la, mas sim a gerir empresas já estabelecidas que passaram a fase incial de "take off".
Assim, de repente, são algumas ideias...
Se bem entendi, a tua sugestão ao baseares-te no exemplo de Cascais é que o Estado se associe a empresas de capital de risco e "business angels", criando programas em que aproxima financiadores de empreendedores. Ao mesmo tempo poderiam ser concedidos benefícios fiscais a empresas detidas por jovens. Parece-me bem!
Mas gostei especialmente da sugestão de se apostar numa formação diferente ao nível das próprias licenciaturas. Por isso falei no início na falta de cultura empresarial.
Agora, penso que é de importância vital que uma política deste tipo tenha como base uma preocupação grande com as áreas em que o país se encontra mais necessitado. Isto é: não me parece bem que de repente todos os jovens se lembrem de abrir um bar, por exemplo e o Estado os apoie a todos para daí a uns tempos metade ir à falencia...
Daqui a pouco aparece aí o Né a relembrar que este post era pa malhar no Sócrates ;)
Pois é Bruno, malhar por malhar, mais vale é tar calado :)
O último parágrafo do teu último comentário fala duma das temáticas mais interessantes (chatas de aprender!) do Empreendedorismo. A sua natureza, e a sua aplicabilidade. Poderíamos dissertar horas e horas ;)
E quanto a nós Guilherme. Eu acabei a minha licenciatura com muita honra na Universidade Moderna. Aquela que é objecto de más línguas a torto e a direito.
Só de Empreendedorismo tive 3 Professores. Inovação outros tantos, Projecto Empresarial outros tantos. Todos da melhor qualidade. A título de exemplo, o Presidente da Gesbanha, Jorge Banha, e também Presidente da Associação de Business Angels de Portugal. O André Magrinho da AIP, assim como outros quadros da mesma que não me lembro o nome nem me interessa pois não tive as notas que merecia ;) Menos a projecto que tive 18, onde criámos desde a ideia até ao momento em que estamos preparados para entrar na dependência bancária para pedir o dinheirinho :P
Tive o Andrez do DNA Cascais a dar um Seminário, o Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico, e mais uma data deles.
Tivemos o dia inteiro no Innovation MarketPlace no Centro de Congressos, e assistimos a todas as conferências.
As coisas não estão paradas, temos é de tirar o filtro de vez enquando e olhar com olhos de ver. Como o DNA Cascais, fiquei a conhecer alguns programas de âmbito nacional ou regional.
E por mais que eu goste de falar mal do Plano Tecnológico, os novos computadores que aí vêm, farão com que passemos de 13 alunos para um computador, para 2 alunos para um computador, quando a média europeia é de 8 alunos para 1 computador. E se isto não é lançar bases para um futuro com a tecnologia na mente dos putos, é o quê?
Aproveito e acho que aqui fica já dada uma resposta ao Né. O Estado deve ter a seu cargo em pé de igualdade para todos a educação até ao 12º ano. Depois concorrer em pé de igualdade com o resto, deixar as leis do mercado ditar quem terá mais procura, perante as diferentes ofertas.
Eu não acredito na ditadura mono-temática. Bem pelo contrário: uma das coisas boas das discussões no psico é ganharem vida e vontade próprias.
Mas fica provado que há tema e que o post dava que falar. É uma questão de Visão e de Horizonte ;)
Para quem souber: qual a diferença entre sociedade de capital de risco e business angels?
Basicamente a distinção entre um business angel e uma sociedade de capital de risco está na altura do financiamento e no montante.
Uma sociedade de capital de risco investe capital numa empresa em fase de expansão inicial ou numa fase de expansão mais avançada para outros mercados. Os valores envolvidos são normalmente grandes.
Um Business Angel por sua vez financia projectos ainda numa fase "seed", ou seja, negócios ainda em fase "conceptual" em que o empreendedor precisa de algum capital para colocar a sua ideia de pé. É uma fase que nem o capital de risco toca, e envolve normalmente valores mais pequenos - criação da sociedade, despesas de investigação para elaboração de business plan, escritórios e equipamentos iniciais... é o empurrão inicial.
Por exemplo, a Google foi inicialmente criado com dinheiro de um business angel: um dos Vice-presidentes da Sun financiou em 100 mil dólares as despesas iniciais de Sergei Brin e Larry Page de modo a eles se instalaram e pensarem como iam transformar o seu novo motor de busca em algo lucrativo...Só depois de terem o business model finalizado é que foram a uma sociedade de capital de risco pedir uns quantos milhões para começarem o que é hoje a Google.
Há muitos anos atrás, antes e um pouco depois da bolha explodir, havia um conceito engraçado. O First Tuesday Club.
Reuniam-se ideias para o novo mundo da Internet, e pessoas com dinheirinho para as financiar. Tornaram-se famosas pelo mundo inteiro. Cá eram pela Kapital e sitios assim.
Depois , pimba, desapareceram quando tudo explodiu ;)
É assim a vida !
Ainda há pouco via a entrevista do CEO da Silverjet no Hardtalk... Faz um bom par de anos pedia dinheirinho para financiar um novo modelo de negócio para a aviação, hoje chapéu. Já era!
É a dura vida do empreendedor.
Os BA e o Capital de Risco existem, porque é a forma que a sociedade arranjou para dar espaço a estes visionários. Ou para baterem com a cabeça no chão, ou para voarem!
Pegando em algumas ideias já lançadas ao ar aqui, efectivamente, as politicas do PSD, no seu passado, e agora, presumo, suportadas pela sua nova "secretária geral" (reparem que está entre aspas), são sempre mais justas para os trabalhadores, aqueles que ganham o seu ordenado fazem com que as rodas do país se movam, possam ser mais e ter mais que chamar seu neste país deveras ao "deus dará".
E isto, vindo de uma pessoa que acabou de comentar um outro espaço neste blog em que definitivamente se mudará para o país vizinho.
E é curioso, pois esse mesmo País também está em crise. No entanto a Segurança Social aumentou os rendimentos em 12.5%. E o turismo, que abranda em todo o mundo, continua a crescer. No entanto a sua economia decresce ... se calhar é culpa do governo ^!!!!
"Afinal, as reformas foram remendos"
"Reformista" não é sinónimo de "tipo duro que muda o status".
O reformista é aquele que giza políticas que, embora eventualmente impopulares, criam novos paradigmas de organização e gestão, reconhecidas posteriormente como sacrifícios frutuosos.
Sócrates tem usado o Poder apenas pelo exercício do Poder. Que política "dura" deste governo já deu frutos?
(este foi uma tentativa de alinhar o comentário com o post ;)
Dêem uma medalha ao guilherme, têm sido um ás nos comentários.
IQT = mais um número para o governo manipular e os políticos se entreterem.
MFL = está simplesmente "escalada" para representar o PSD. :-)
Dêem uma medalha ao guilherme, têm sido um ás nos comentários.
Até que concordo ;)
Está em boa companhia. Há muitos bons comentadores por aqui, tu incluído.
Meu Caros,
eu como certamente vocês, nunca me iludi com as medidas e as promessas de Sócrates. Criar 150 000 postos de trabalho é pura demagogia. Prometer baixar os impostos é pura ficção! Fazer o choque tecnológico é uma mentira disfarçada...
Assim, este Sócrates aumentou os impostos, conseguiu que a taxa de desemprego subisse, teve a "proeza" de encerrar urgências e escolas, teve o descaramento de fazer um referendo político (se é para fazer este tipo de referendos que se vote em parlamento..), etc.
"Cada povo tem o governo que merece."
Mesmo com estas demagogias e com esta desgovernação toda o PS continua à frente nas sondagens. Porquê? Eu não me canso de dizer que a imprensa tem influência fulcral na política. Ela pode destruir a reputação de uma pessoa num dia. Pode destruir um governo em 3 meses... E a nossa imprensa é claramente socialista. Acredita em tudo que o PS diz. É uma máquina bem oleada do poder socialista. "CObrem"/escodem os seus erros. Aceitam as suas decisões inaceitáveis. Fazem perguntas convenientes ao Primeiro-Ministro. Se o Ministro Mário Lino fosse do PSD aparecia uma manchete todos os dias no Jornal: "Como é possível ainda não estar demitido?". Não se lembram quando a gasolina subia um cêntimo na era do PSLopes e os telejornais abriam com essa noticia?
É preciso acreditar para ser desiludido e penso que também é preciso ser "muito" ingénuo e não pensar um bocadinho para acreditar neste Sócrates...
Precisamos mais do que nunca de "Acreditar para Vencer!"...mas com outro governo...do PSD!:)
Tenho dito.
E o que me dizem caros comentaristas do negócio com a Embraer para Évora?
Portugal recebe investimentos da Embraer e Intel
A Embraer, a terceira maior fabricante mundial de aviões, vai instalar-se em Évora, no que é considerado pelo Governo como um negócio que "só tem paralelo com a AutoEuropa". A Intel vai participar num consórcio para a produção, em território nacional, de computadores de baixo custo. Segundo a edição de hoje do «Expresso», o investimento da Embraer é anunciado este sábado, no CCB, na presença do presidente brasileiro Lula da Silva. O da Intel está agendado para quarta-feira e conta com a participação do presidente da empresa, Craig Barrett. O negócio com a Embraer surge dois anos depois de Sócrates ter visitado o Brasil. O investimento da Intel conta com a participação de empresas nacionais: J.P. Sá Couto e Infolândia.
2008/07/26 - 00:18
Fonte: Canal de Negócios
PIB português cresceu 1,4% em 2006
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em termos reais 1,4% em 2006 devido ao aumento da procura externa líquida que reflectiu o crescimento da procura externa de bens e serviços.Segundo os dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB em 2006 atingiu os 155,46 mil milhões de euros em 2006, o que corresponde a um aumento de 1,4% em termos reais, 0,5 pontos percentuais (p.p.) face ao registado no ano anterior, e a um crescimento nominal anual de 4,2%.O desempenho do PIB reflectiu o aumento das exportações procura externa, que cresceram 8,7%, mais 6,6 p.p. do que o registado no ano anterior. As importações também cresceram em 2006, ao aumentarem 5,2%.Na perspectiva da procura interna, esta acentuou o abrandamento registado no ano anterior, que se ficou a dever essencialmente «ao desempenho do consumo final das Administrações Públicas.», de acordo com o INE.Na óptica do investimento, o desempenho foi melhor que o verificado no ano anterior, mas ainda assim foi negativos. O investimento caiu 0,3%, quando no ano anterior tinha sido verificado um decréscimo de 1,5%.O consumo final das famílias manteve-se inalterado, quando comparado com o desempenho do ano anterior, ao crescer 1,9%.
2008/07/28 - 11:28
Fonte: Canal de Negócios
Silly season... 2006!?
LOL
Alguém que lê os comentários, com olhos de ler!
Pois é... Ou o INE é muito lento, ou tá tudo com a ressaca de segunda ;)
É publico que as autoridades estatisticas do Clube Med (Italia, França, Grécia, Espanha, Portugal) não são conhecidas por serem rápidas na divulgação dos dados finais das suas economias.
A Itália por exemplo é conhecida por se "atrasar" sempre quase 1 ano.
Em comparação com os EUA e o Japão, por exemplo, que divulgam os dados do PIB todos trimestres e no trimestre seguinte saem os dados finais do anterior...já para não falar que todas as semanas saiem os dados preliminares do desemprego/inflação/PIB e afins.
É outro ritmo ;)
Bate certo! A malta do Sul da Europa tem tudo a ver com as diferenças de que falas. Planeamento não é connosco, previsões são "a olhómetro", problemas chutam-se para a frente e hão-de resolver-se com uma solução que há-de inevntar-se. O que importa é almoçar todos os dias, de preferência bem regado e se for preciso até às 5 da tarde!
O problema é que os nossos parceiros mediterrânicos podem dar-se ao luxo de fazer algumas brincadeiras e nós que sempre estivemos atrás devíamos primar pela diferença para melhor. É que eles de vez em quando também trabalham e nós de vez em quando fingimos que o fazemos, hehe!
Peço desculpa por este desabafo em tom "generalista" porque não gosto de o fazer. Acaba por pagar o justo pelo pecador... Mas neste caso há pecadores a mais e justos a menos que nem conseguem remar contra a mare.
(infelizmente) é uma boa descrição do modo de "fazer as coisas" cá do burgo...
Mas há esperança ;) Veja-se os portugueses a trabalhar no Luxemburgo/Alemanha e outras zonas. Trabalhadores muito considerados pela sua produtividade e capacidade de resolução de problemas [o nosso "improviso" é uma qualidade, quando não usado em demasia ;)].
Mas é giro ver o efeito que por exemplo a ortodoxia da UEM faz: o facto de já não termos os mecanismos faceis de taxas de juro e cambios ou a liberdade de abrir as comportas do OE sem pensar-mos nas consequencias para esconder as nossas falhas produtivas coloca-nos obrigatoriamente na posição de repensar a nossa maneira "mediterranica" de fazer as coisas...
Sendo um pouco mais frio, se calhar esse é/foi o problema de estarmos estagnados à 10 anos em vez de termos tido uma recessão "como deve de ser": nunca fomos obrigados a repensar a maneira de fazer as coisas... talvez esta "crise" nos force a mão.
A Intel vai participar num consórcio para a produção, em território nacional, de computadores de baixo custo.
Confesso que quando o JFD deu esta noticia não lhe prestei grande atenção [nem sequer percebi bem o que era o negócio] mas ontem se havia dúvidas de quão propagandistico o governo é, dissiparam-se.
O Magalhães, o primeiro computador portátil feito em Portugal, quer entrar nos lares de cerca de 500 mil crianças do ensino básico, mas a ambição dos seus fabricantes vai mais além. O objectivo do consórcio JP Sá Couto e Prológica, que, em parceria com a norte-americana Intel, vai produzir os primeiros portáteis nacionais a partir de uma fábrica em Matosinhos, é exportar a tecnologia e os equipamentos para o mundo.
Esta noticia abriu os jornais ontem e todos, com a honrosa excepção do Portugal Diário, enguliram a manobra.
O portatil português Magalhães, desenvolvido sob o Plano Tecnológico é na realidade um portatil que Intel fabrica desde 2006 - esta é a segunda versão - chamada Classmate PC, para países em vias de desenvolvimento - que não teriam à partida acesso a computadores baratos...
Mudaram o logotipo, novo nome, e "venderam" como tecnologia portuguesa... será que a propaganda "socretina" tem limite?
Bem Guilherme, nem te digo a expressão que utilizei quando vi o PM ontem, em directo, todo contente a apresentar aquela bodega!
É que me caiu logo a ficha. E eis que surgiu a expressão de novo #”R%$ da #%”$&! Que grande #%”$%$”&;) E o pior era ver o povo vidrado naquilo que ele estava a dizer... E eu reconheci logo aquela treta como sendo algo parecido com o Classmate, ainda bem que confirmas.
Epá não me levem a mal.
Só me posso rir para não chorar.
É genial a máquina do Governo!
Genial. A volta que dá a toda a gente. E ninguém diz nada. Ninguém ppõe nada a nú. Dominam a ciclo, dominam a mensagem.
Exemplo? Aqui vai um hoje de manha ouvia o Camilo Lourenço no Rádio Clube... Parece que ontem falou mal desta cena, do Magalhães, hoje disse que depois do seu comentário recebeu um telefonema de alguém do Governo de uma alta posição. E hoje lá modificou um pouco a mensagem. Ora esse palhaço do Camilo Lourenço, que tem a mania, mesmo não querendo, baixou as calcinhas ao Governo.
ELES DOMINAM . PONTO!
Resumindo? Computadores para o terceiro mundo, produzidos aqui e vendidos aqui. No País que está na cauda da Europa.
Ainda por cima havendo muito melhores opções, caso a via seja mesmo o portátil low cost.... Enfim....
Curiosamente a imprensa internacional noticia isto como uma iniciativa do Governo português para oferecer computadores baratos...
Pequenas curiosidades, segundo imprensa lá fora:
O contrato de 500 mil portateis permite à Intel quase que igualar a sua concorrente OLPC neste mercado - há uma "guerra" para ver quem fornece laptops baixo custo;
Este é o maior negócio até à data para a Intel, desde que começou o Classmate PC;
A noticia da Wired, que é um pouco mais "imparcial" entenda-se :P
Ai, ai... é cada vez mais caso para dizer que cada país tem o Governo que merece :(
Operadoras darão apoio financeiro ao projecto da Intel
Governo e PT, Zon, Vodafone e Sonaecom negoceiam condições para o e-Escolinhas. O projecto do primeiro portátil português para crianças, designado Magalhães e apresentado ontem por José Sócrates, tem ainda contornos por definir, mas uma coisa é certa: os operadores de telecomunicações parceiros da iniciativa vão entrar com dinheiro para viabilizar a produção. PT, Zon, Vodafone e Sonaecom assinaram ontem o acordo para o e-Escolinhas, iniciativa que replicará os pressupostos do e-Escolas no primeiro ciclo do ensino básico, distribuindo aos alunos perto de 500 mil computadores concebidos pela Intel. Rodrigo Costa disse que o envolvimento da Zon "talvez seja menos uma motivação de negócio" e mais pela importância social do projecto. Mas a componente de negócio não deixará de estar presente nas negociações entre os privados e o Governo. "Cada operador terá ideias muito concretas", r efere o CEO da Zon, adiantando que em causa está "apoio financeiro". Ângelo Paupério da Sonaecom refere que "é natural que um número significativo de computadores esteja ligado à Net e aí os operadores podem ter um papel". Sócrates anunciou que o Governo irá oferecer portáteis aos alunos com acção social escolar do primeiro escalão. Os do segundo escalão pagarão 20 euros e os restantes alunos 50 euros. "A vantagem para as operadoras será que os pais vão querer uma nova ligação", referiu o primeiro-ministro.
Olha Guilherme, a imprensa acordou!!!
18 Agosto 2008 - 00h30
Tecnologia: Polémica em torno do primeiro computador português
“Portátil Magalhães é baseado na Intel”
O primeiro computador português, afinal não é português, é apenas montado em Portugal. A JP Sá Couto, empresa responsável pela montagem do portátil ‘Magalhães’, apresentado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, como o primeiro computador nacional, admitiu ontem que o portátil é baseado na segunda versão do ‘Classmate’ da Intel.
Aliás, o modelo não é exclusivo para Portugal. Também é vendido em países como o Brasil, Itália, Índia e até Indonésia. O que muda? Apenas os nomes dos portáteis.
"Obviamente que há uma ligação ao ‘Classmate’ da Intel, porque o produto foi desenhado por eles", afirmou à Lusa João Paulo Sá Couto, que assegurou que nunca escondeu esse facto. Apesar de reconhecer que o portátil é baseado na plataforma da Intel e que a maioria das peças são provenientes de vários países, o empresário insiste que "o ‘Magalhães’ é um computador produzido em Portugal". Porquê? "Porque a máquina é montada aqui, peça a peça. Chega aqui matéria-prima e sai produto acabado", justificou João Paulo Sá Couto. Por isso, destacou o empresário: "O importante é que a concepção deste ‘Magalhães é realmente portuguesa, desde o ‘display’, à capacidade e a todo o conceito. Isto apesar de, em termos estéticos, o ‘Magalhães’ e o ‘Classmate’ serem parecidos."
Segundo adiantou o empresário, a JP Sá Couto pretende incorporar no ‘Magalhães’ "o máximo possível de componentes feitos em Portugal", mas recusou revelar quanto de matéria-prima portuguesa haverá nos primeiros ‘Magalhães’.
PORMENORES
FACTURAÇÃO TRIPLICA
A JP Sá Couto admite triplicar a facturação na sequência das vendas do portátil ‘Magalhães’. A empresa espera ter um crescimento de vendas superior a cem milhões de euros em Portugal e mais cem ou 200 milhões de euros nos mercados externos.
GOVERNO COMPRA 500 MIL
O Governo encomendou 500 mil computadores ‘Magalhães’, para distribuir em Setembro nas escolas de Ensino Básico. Para os alunos do 1.º escalão da Acção Social o portátil é gratuito, para o 2.º escalão custa 20 euros e para os restantes alunos custa 50 euros.
Ana Patrícia Dias com Lusa
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000011-0000-0000-0000-000000000011&contentid=B9E92158-8F98-44FE-B5DD-713CCB085826
A imprensa devia era ter vergonha...
Não só cairam no "spin" como o promoveram e agora querem desfazer a mão no meio da silly season!?
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LOl Guilherme, excelente comentário!!!
Claro que tem de ser agora. Assim ganham dos dois lados. Foram isentos e ninguém lê, não chateando o "chefe" ;)
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