Um quarto dos jovens sofre violência no namoro.
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Entre jovens dos 15 aos 25 anos, 25% já foram vítimas de violência na relação, um fenómeno que atinge níveis «preocupantes» e idênticos aos verificados no casamento, de acordo com as conclusões de uma série de estudos de uma equipa de psicólogas da Universidade do Minho, em Braga.
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Dos 15 aos 25? Mas não é a nossa geração? A primeira geração que, pela primeira vez, nasceu sem a Guerra como resolução de conflitos.
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Que futuro esperar desta geração?
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34 comentários:
Não é a minha geração... com pena. Sou um pouco mais idoso...
É preocupante que a sociedade esteja a cultivar este comportamento.
Os crimes passionais foram sempre um emblema latino.
Homens que se julgam donos das mulheres e amantes; pais que pensam ter o poder de vida e morte sobre os filhos; mulheres despeitadas que se viram contra maridos ou concorrentes.
Temos de tudo. Mas havia um "estágio". Não se partia para este desvio tão cedo.
O que estará na base disto?
Afinal, parece que esta geração não será tão diferente das precedentes...
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Preocupa-me isso, principalmente quando já presenciei um rapaz a espancar uma rapariga que conhecia no meio da rua!
Noto que ainda há a tendência de algumas pessoas desta geração em conotar o homem como o lado forte da relação (embora também haja agressões por parte da mulher), ou simplesmente raparigas a desculpar barbaridades aos rapazes (tanto as agressões com as ameaças).
Não compreendo de todo como o fazem, principalmente numa época em que se fala tanto da evolução das mentalidades sobre este questão.
Errata: tanto as agressões como as ameaças!
O mesmo estudo revelou ainda que:
"as agressões durante o namoro são cada vez mais precoces e aceite como «naturais» pelos envolvidos, incluindo a violência sexual, que não é considerada a mesma coisa que a violação, «nem sequer é crime»"
As conclusões do estudos revelam-se muito preocupantes.
Começa por me chocar o termo "naturais". É verdade que está entre aspas, mesmo assim....
Não só as agressões nas relações são cada vez mais precoces, como também as relações começam mais precocemente. Os próprios pais, desde logo nos infantários, incentivam os filhos para terem namoradas/os. Já aí os pais compram uma prendinha para o seu rebento oferecer ao namorado/a no dia de S. Valentim.
Perante uma contrariedade, estarão estes jovens preparados para lidar com isso dentro do razoável e do bom senso?
E perante os modelos que têm (tantas vezes violentos), quer em casa quer com os amigos, estarão estes jovens casais, cada vez mais jovens, capazes de rejeitar esses modelos?
Esta geração pode ser melhor do que a precedente, desde que, não sigam a máxima de que uma relação quer-se tremidinha e choradinha.
Se muitos ainda consideram a insegurança e a violência como o sal que tempera as relações, experimente vocês temperá-las com açúcar. Os efeitos são imediatos e gratificantes.
"A primeira geração que, pela primeira vez, nasceu sem a Guerra como resolução de conflitos."
No filme The Third Man há uma cena em que o personagem interpretado por Orson Welles diz algo como isto:
"A Itália viveu durante 30 anos sob o jugo dos Bórgias, com guerras, terror e sangue derramado, e produziu Leonardo da Vinci e o Renascimento. A Suiça viveu durante 500 anos em democracia e paz, e produziu... o relógio de cuco!"
Na minha modesta opinião , isso vem da educação . Nós somos os exemplos dos nossos filhos , se a familia é disfuncional é óbvio que as relações futuras dos menores tendencialmente tb o sejam. Basicamente por isto : Não conhecem outra coisa. Reparem:
Na familia ninguém se trata bem , na tv a mesma coisa , penso que o problema reside nesta cultura que em vez de se passar o tempo em família, a comunicar a fortalecer laços e vivências , não... passam o tempo livre a ver televisão, e depois o que interessa é emoções falsas (dramas desnecessários, consumir coisas que não tenham uso real) enfim... parece não ter solução, mas na verdade é apenas uma questão de aprenderem por si próprios a viver, pode demorar mais tempo, mas chegam lá... pode é ser tarde demais, mas isso já depende de cada um...
Bem esta imagem do post é arrepiante, sinceramente acho que a melhor maneira de combater isto, é em vez de se ter uma disciplina de educação sexual nas escolas, ou uma disciplina de religião e moral, devia-se ter uma disciplina de educação civica, e os temas a abordar poderiam ser estes:
politica, ambiente, desenvolvimento sustentavel, discriminação as minorias, o mundo, conflitos geracionais, comportamentos de risco, etc,etc,etc
acho que era de muito maior utilidade civica do que a tão propalada educação sexual.
No fundo, é uma lembrança da nossa condição animal.
fnl,
essa citação é genial!
Não devíamos, mas continuamos a ser tribais e animalescos.
O exemplo vêm de cima !
De facto, o exemplo vem sempre de cima.
Mas esta geração, que nasceu pós 25 de Abril, num quadro de total liberdade e sem se apresentar sequer a um Serviço Militar Obrigatório, apresenta dados preocupantes.
A geração da vida facilitada, não encontra objectivos e sonhos a cumprir?
Falta-nos um desígnio.
Tens razão Diogo, principalmente quando vivemos numa sociedade onde impera a cultura do consumismo e do "vive o momento"...
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Este é um dos temas que considero mais complicados de comentar, apesar de nunca ter assistido a qualquer acto de violência doméstica ou entre algum casal na rua.
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Podemos falar em educação, em maturidade, em mentalidade... Sinceramente acho que são actos de cobardia. Se as pessoas têm uma vocação natural para a violência, em vez de atacarem o cônjuge, porque não se dedicam a uma arte marcial ou qualquer coisa do género, para libertar a fúria?
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Por falar nisto, existe algum plano de reabilitação ou de acompanhamento para pessoas violentas?
Fizemos um grande progresso na criminalização da violência domestica ao transformar o crime de particular em publico, ou seja, a agressão não depende de queixa do ofendido e não pode ser retirada por sua iniciativa. Muitas vezes, com pedidos de perdão e juras de amor as mulheres (porque em geral os homens não apresentam queixa)retiravam a queixa e voltavam a ser ofendidas vezes sem conta...por vezes até à morte. Incrivelmente veio o bastonário da Ordem dos Advogados proferir há uns tempos mais um dos disparates a que já me habituei (tipo, o Vale e Azevedo não tinha sido condenado se o Juiz não fosse do Benfica...) dizendo basicamente isto... o crime de violência doméstica deveria voltar a ser particular porque "entre marido e mulher não metas a colher". Perante isto fico sem mais palavra.
Qual progresso qual carapuça!
A APAV não serve para nada,o que dão na televisão é propaganda para as pessoas pensarem que está tudo melhor!
O Bastonário diz que não devia ser crime público!
Os juízes arquivam, basta o homem chegar lá e dizer que é mentira!...
E Pior!
Os médicos nos hospitais, que sabem e vêm, assobiam pró lado e não fazem queixa !!!!!
Está cheia de razão Karocha! Mas sempre é melhor ser um crime publico que particular e as mulheres não apresentarem queixa. Nem que seja só um a ser condenado já é melhor que nada. E olhe que quando eles chegam a tribunal e havendo relatorios médicos do Instituto de Medicina Legal que provem a agressão não se safam assim tão facilmente. Pelo menos pelo processo passam e de uns tempinhos a ver o Sol a nascer quadrado ninguém os safa.
Ai é que você está enganada!
Safam-se sim, os que não se safam são os das classes baixas, os outros safam-se e arreiam na mulher e nos filhos e estam-se nas tintas , se já têm uma ou duas queixas!
A foto do post é muito leve!
Luis Nogueira,
Eu desconheço que exista um plano de acompanhamento de pessoas violentas.
A APAV acompanha as vitimas, não o agressor e esse acompanhamento só é feito se a vitima aceitar separar-se do agressor. Ora muitas vezes a vitima (homem ou mulher) não pretende a separação, quer continuar na sua casa com a sua familia, não quer é ser maltratada.
Era assim há uns dois ou três anos, penso que nada se alterou.
Cidália como está!
Sabe qual é o perfil de um agressor ?
Sabe quais são os passos que dá para conseguir tudo o que quer?
Sabe quando é que uma mulher dá por isso?
E quando dá, e começa a bater às portas sabe o que lhe respondem?
Se souber diga-nos poderá ser de grande ajuda!
Cumptimentos
Sabe cidália a violência é tal que nesse longo caminho,até chegamos a pensar que merecemos!!!!!
Para todos!
Se quiserem está claro, vejam o filme da biografia sobre o a Tina Turner,ela pegou na moeda, grande mulher, eu tive a moeda e errei e continuo a pagar o MEU erro!
Fiquem bem!
Que a vida vos dê tudo o que desejam :-)
Vou youtubar ;-)
Só mais uma coisa, eu não me estou a vitimizar,mas o que eu sei é que nas classes altas é muito complicado, e quando falo de classes altas não estou a falar de classe média alta,"não podes sujar o nome,eu é que sujo o nome?" e um dia tráz sujamos o nome uma duas três e ninguém faz nada!
Então vou fazer eu, ainda estou a tempo!
Obrigada pelo post caros amigos, tenho falado disto com os meus amigos anarcas, e eles dizem-me dá-lhe arreia-lhe, o meu problema foi sempre esse nunca me fiquei,e quando pedi ajuda Há FAMÍlIA que depois percebi que não tinha porque me mandaram bugiar foi o Kaos.
É por isso que eu tenho em mente um plano para ajudar todas essas mulheres!
Este post leva, inevitavelmente, à discusão do problema no seu sentido lato apesar de o abordar no sentido estrito da violência entre casais jovens e antes do casamento.
Sobre esta questão específica, reflectida no estudo da Univ. do Minho, eu diria que o próprio Diogo acabou por responder à sua questão quando se referiu a esta geração como a geração da vida facilitada. Creio que o problema possa ter origem aí: se não consigo o que quero faço birra e começo a bater em quem me aparece à frente.
O Luís também tem muita razão quando diz que as pessoas que têm comportamentos violentos deveriam ser acompanhadas e canalizarem essa atitude para coisas mais positivas ou que, pelo menos, não impliquem "descarregar" noutras pessoas. O problema é como fazê-lo...
Em israel existe um centro de reabilitação aonde os homens que querem em vez de cumprirem a pena na cadeia,cumprem-na lá e muitos disseram, que foi o melhor que lhes aconteceu! a taxa de sucesso é perto de 70%
Karocha, peço desculpa se feri a sua susceptibilidade ou se falei daquilo que na pratica não conheço, ou seja o que conheço é da pratica juridica. Se puder ajudar nos seus planos e contribuir de alguma forma para ajudar as mulheres que ainda hoje, no sec XXI são maltratadas conte comigo.
E comigo também!
Aliás, com o Psico!
Karocha,
Eu não sei a resposta a nenhuma das perguntas que directamente me coloca.
Tenho um problema de base quanto à violência: não a compreendo e não a aceito.
Mas há outra pergunta para a qual não tenho resposta e que é: porque me questiona directamente?
Foi por causa do que a Cidália disse!
Tantas vezes que eu me quis ir embora,e a APAV disse-me que não me podia ajudar,e eu que me virasse sózinha!
E virei primeiro passo,conseguir o divórcio,nem imagina como, tive que por a inteligência a funcionar!
Agora,estou a pôr a vida de pé!
E não ninguém me feriu,e quando eu puder pôr de pé a minha idéia toda a ajuda é bem vinda!:-)
Karocha,
Percebi.
Penso no entanto, que direccionou mal o seu descontentamento. Eu apenas referi o modo de operar da APAV.
A APAV ajuda as vitimas condicionando-as à separação mas pelos vistos, e pelo que me diz nem para ajudar à separação eles estão presentes. Por isso amiga, é com eles que se deve sentir zangada.
Quanto À sua situação de divorciada, bem vinda ao clube.
Quanto ao sofrimento que lhe infligiram e à falta de apoio, só tenho que lamentar.
Quanto à sua capacidade de se recolocar na vida, tem a minha simpatia.
Ora bem já cá estou de volta! Cai Loollll
Cidália você pensa que não mando vir com eles, quando os oiço!
Nem imagina, sai cada insulto!
Por isso quero fazer algo a sério :-)
Conte comigo!
Obrigada!:-)
Vou youtubar :-)
Sabe uma coisa Cidália, eu vi muitos"opiniões públicas" em que Sr/Srªs da APAV diziam como se fazia e tal e tal!
E eu perguntava ao meu filho "Como podem opinar se não entendem o que lhes estão a dizer, vou pra lá sem ganhar dinheiro porque eu entendo o que elas dizem", resposta do meu filho, para que para sofrer mais?
Têm que haver uma maneira de as ajudar!
Não acha Cidália?
Eu percebo-as, e entendo o código em que elas falam!
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