quinta-feira, junho 12, 2008

4 milhões por 490 milhões...

4 milhões de Irlandeses decidem hoje o futuro de 490 milhões de cidadãos Europeus.
Como profundo Europeísta e defensor do Tratado de Lisboa, desejo que ganhe o Sim.
Está na altura de seguir em frente. Basta de dramas. Os Irlandeses não se deviam queixar. Passaram de bestas (pertencentes ao grupo baptizado de PIG - Portugal, Irlanda e Grécia), a bestiais. São exemplo para tudo e para todos.
Choca-me e preocupa-me que birras internas possam prejudicar o bem comum...
E vocês, que desejos têm?

52 comentários:

Rui disse...

O grande problema neste referendo é a falta de eficiência por parte dos defensores do "Sim". Eu também sou Europeísta e defensor do Tratado de Lisboa, mas admito que se ouvi-se os defensores do "Sim" dizerem que ninguêm "são de espírito" leria o tratado por inteiro e não conseguem explicar as vantagens que este Tratado poderá trazer para este País e ouvindo os argumentos do "Não" (que é sempre muito mais fácil dizer mal) não sei se iria votar "sim".

A campanha do "Não" explora todos os receios da população, dizendo que com a ratificação do Tratado significa à partida introduzir o aborto, a eutanásia, acabar com a sua neutralidade militar e acabar com taxas de IRS de 12,5%, entre outros, neste ponto eles fizeram o seu trabalho, os do "Sim" é que se esqueceram, de repor a verdade!

Ironia é, como dizes, que o País que mais ganhou com a adesão à União Europeia, seja aquele que tem a última palavra e basta o "Não" ganhar e pronto, a Europa volta ao ponto zero.

Não existe Plano B!

José Pedro Salgado disse...

É por estas e por outras que eu não defendia o referendo em Pt.

E já agora, não há Plano B porque este já é o Plano B. O que ainda é mais grave do que pura e simplesmente não haver Plano B.

Filipe de Arede Nunes disse...

Bem! Indo contra a corrente - é natural quando se discute esta temática - devo dizer que os 4,5 milhões de irlandeses decidem o futuro de quase 500 milhões porque os Estados dos países da esmagadora maioria decidiram não referender a questão!
Acho estranho este maniqueismo que rodeia esta discussão. Portanto, será saudável e natural que se vote SIM, mas contra natura e horrivel se votarem NÃO e só se justifique que não recebam de braços abertos o Tratado porque são maus europeus e mordem a mão que lhes deu de comer!
Pois, o grande problema, é que me parece ser dificil explicar porque se há-de votar SIM!
Tentem lá explicar, para eu ver se compreenderam!
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

PS: Naturalmente que estou ansioso que os irlandeses chumbem este Tratado!

Paulo Colaço disse...

Não acompanhei este referendo como o caro Rui por isso agradeço as suas notas sobre a acção dos partidários do SIM e do NÃO.

É mais fácil defender o Não porque, como nos é dito, explora os receios, com todo o balanço que isso nós dá.

Mas defender o Sim é um alegria: falar no futuro, na esperança, na União, no crescimento conjunto, no abraço de povos!

É pena que na Irlanda se tenha dormido na formatura.

Esperemos os resultados.

Diogo Agostinho disse...

Este referendo revela-se de uma importância extrema.

Sendo mais que directo: é uma barraca se o Não vence.

Este Tratado de Lisboa, é um tratado feito à pressa de forma a encontrar pontes entre os países europeus. Mas este texto ninguém sabe o que está lá escrito, nem em que situação nos coloca.

Não há mesmo Plano B. É uma barraca descomunal se não passa na Irlanda.

Os defensores do Não, são pessoas mais livres e extremam posições, o Sim é o status quo, o Governo e grande parte da Oposição, não sei o que vai dar este resultado.

Paulo Colaço disse...

Continuando: na Irlanda têm o que nós não tivemos - referendo.

Quem tem medo de referendar esta matéria é porque não a sabe explicar. Ou não tem confiança no seu povo, admitindo que considere (como eu considero) que o SIM é melhor que o NÃO.

É o que eu penso. E fiquei furioso quando vi o meu partido inverter a posição face ao referendo.

Que ganhe o SIM!

Anónimo disse...

Esperemos que ganhe o SIM.

Mas é verdade que o NÃO é o lado mais bonito porque explora tudo o que funciona mal... mas numa altura em que esperança é uma palavara tão em voga, talvez precisássemos de um vendedor de sonhos para a UE.

E disse...

Como não houve referendo, para que serve ter opinião sobre isso?

Os "grandes" que decidam, já que todos nós somos umas "criancinhas" e não conseguimos entender as vantagens de assinar o Tratado.

Tal como o Marques Mendes, queria o referendo para que o povo - todo o povo - referendasse o projecto europeu.

Criou-se um vazio, um "não vale a pena olhar para trás". Eu, sem o referendo, sinto-me "casado à força" com o projecto Europeu.

Portanto, acho muito bem que os Irlandeses votem como povo o seu lugar na Europa. Mil vezes preferia estar no lugar deles. Porque nós não fomos capazes disso. Disso e de outras coisas. Amen.

Tiago Sousa Dias disse...

Zé: não há Plano B porque este já é o Plano B.

Concordo em absoluto.

Sendo completamente europeísta, não deixo de pensar que a ratificação parlamentar dos Estados foi um recurso ao poder para impor o que fora rejeitado pelo Povo. Há aí algum tique que em última análise vai sempre ser referendado pelo Povo e quanto maior for a atitude impositiva, maior é a retracçção do Povo. Ora, nesse ponto de vista pergunto-me se não seria bom para o (agora visto como vilão) espírito temos-que-andar-para-a-frente-mais-depressa-do-que-o-povo-queira-dizer-sim-europeu que seja posto um travão à marcha autoritária?
O meu desejo é que o não irlandês não venha a ser um mal necessário, que o sim vença e que a "autoridade" europeia aprenda com o susto que o Povo tem vontade própria e se disse não uma (duas) vez, deveria ter sido mais convenientemente ouvido e respeitado.

jfd disse...

Um país que antes de entrar na UE tinha 1/3 da média do PIB Europeu, e agora tem o 2º maior PIB Europeu (o 1º é o do Lux), tem é de estar agradecido à União e votar SIM.

Era o que faltava!

jfd disse...

GANHOU O NÃO
Isto é de doidos!!!

Entretanto a Comissão contradiz o seu Presidente e fala na necessidade de um plano B.

Que mal agradecidos estes Irlandeses.
Que vergonha!

Filipe de Arede Nunes disse...

As primeiras projecções parecem indiciar que o NÃO leva vantagem!
JFD... Que raio de análise!
Então porque votam contra este Tratado são contra a União Europeia?!
É por opiniões como a tua que se o NÃO vencer teremos melhor europa no futuro! Uma na qual os povos se revejam.
Aguardaremos pacientemente!
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Eu adoro os argumentos da malta do Sim:
- Todos os que são contra o Tratado de Lisboa são contra a UE (e depois ainda acusam a malta do Não de argumentr pelos extremos);
- Nem se devia fazer referendo, porque corre o risco de não passar (os eurocratas de Bruxelas sabem o que é melhor para o "pobre povo europeu")

Adoro o argumentário! Explicar o dito tratado é que está quieto! A partir do momento em que os são os próprios responsáveis europeus (lembro-me de responsáveis da Alemanha, França e Luxemburgo, assim de memória) são os primeiros a admitir que o tratado é complexo de proposito e que nem eles o sabem explicar...

Já pararam dois segundos para pensar no argumento "não deve haver referendo porque é complicado explicar"? Se é complicado explicar então se calhar algo está errado!

Sou europeista, mas agredecia ter voto na matéria de para onde a UE vai, e não manobras de secretaria para retificar o tratado "de fininho"... depois não se queixem que os cidadãos europeus estão distanciados das instituições europeias!

JFD:
Falacia da Causalidade Espuria, conheces? Simplificando: o galo canta e o sol nasce, logo a causa do sol nascer é o cantar do galo.
A Irlanda cresceu enquanto na UE, logo o crescimento irlandes em 100% devido à UE. Errado! Parte dele também é devido às opções politicas que ELES tomaram, e não a UE, no que diz respeito a politica fiscal, económica, laboral e educação...

E disse...

E viva a DEMOCRACIA DIRECTA!

MOCHE à IRLANDA!!!!

Heheheheh

Filipe de Arede Nunes disse...

Segundo o jornal Público, parece que o NÃO terá efectivamente vencido na Irlanda.
A confirmar-se esta notícia é com rejubilo que a recebo. Finalmente uma vitória das nações perante os euro-burucratas e da democracia perante o voto tecnocrata dos parlamentos.
Pode ser que finalmente se tome consciência da necessidade de discutir o futuro da UE incluindo aqueles que são os principais interessados: os povos!
Chega de comités secretos a decidir por 500 milhões de pessoas!
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

jfd disse...

Filipe ando a atravessar uma fase autoritária! São ingratos. Principalmente os abstêncionistas que nem o rabinho levantaram de casa! Que raiva!

Guilherme boa malha. MAS! Condições para tal? Quem lhes deu?
Passaram dos PORCOS da UE para o 2º PIB, tudo por mera coincidência? ;)) Boas opções? verdade. Condições? Também. Condições também nós tivemos assim como a Grécia, já as opções é que foram e são discutíveis ;)

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Não me alongo porque o post não é sobre a história do crescimento irlandês mas sim sobre a UE:
Condições sim, demos. Mas dai até darem votos em branco?

E já agora, esqueceste durante os anos 80 quando o governo irlandês entrou em modo de "consolidação orçamental" - tinham um defice monstro e uniram-se para acabar com ele e criar espaço para descer impostos e investir. Isso e o factor lingua ajudaram-nos a ser, entre outras coisas, a ponte de ligação tecnologica Europa-EUA, mas adiante.

Mas sabes o que eu acho realmente curioso? O título do Post: se 4 milhões dizem que não a um tratado, estão a colocar refens os outros 500 milhões, mas já não vês problemas quando um tratado que vai alterar a vida de 500 milhões é feito por 500 eurocratas...

É curioso que admitas que 500 mudem a vida de 500 milhões mas que 4 milhões não possam decididr livremente. Se os restantes 496 milhões ficaram refens foi porque quiseram! Para a próxima não façam "argumentos de secretaria" para passar o tratado!

Bruno disse...

Parece que ainda não está confirmado se o "Não" ganha mesmo mas tudo indica que sim.

A confirmar-se penso que é culpa de todos os senhores que chegaram a um consenso "podre" sobre o texto de Lisboa e que ainda por cima se apressaram a dizer que "ah e tal é melhor não ir a referendo porque as bestas não sabem o que isto é".

Ora, a malta não gosta de saber que não sabe nada sobre o que o futuro lhes reserva... Ainda por cima se a Sra. Europa é uma coisa tão fantástica e tem trazido progresso e estabilidade a toda a gente, então os srs. políticos não deviam ter medo de falar disso e expicá-lo "por A+B".

Não partilho do extremismo do Jorge mas concordo que é um erro os irlandeses dizerem não, no sentido de que estão um pouco a dizer não à UE. Reforço: um pouco.

Mas confesso que não li o tratado nem sequer o ouvi explicar o suficiente para poder ter uma posição. Pois... é que eu faço parte das bestas a quem não foi reconhecida capacidade para o analisar...

Por isso gostava que alguém (o Filipe, por exemplo) me explicasse porque é que é contra o tratado apesar de ser europeísta. Que eu tamém sou! Europeísta, entenda-se.

jfd disse...

É curioso que admitas que 500 mudem a vida de 500 milhões mas que 4 milhões não possam decididr livremente. Se os restantes 496 milhões ficaram refens foi porque quiseram! Para a próxima não façam "argumentos de secretaria" para passar o tratado!

Pura demagogia meu caro! Do meu ponto de vista claro! E explico-te porquê!;esses 500 eurocratas de que falas, têm a legitimidade que lhes é conferida pelas eleições Europeias. A bem ou a mal, só vota quem quer! Mas quem não vota que não se queixe :P

Eu Português, Europeu, tenho de levar com os berloquistas e ressaibiados que tais encaixados nos 4 milhões! E que com os seus maus fígados nacionais, interferem em assuntos Europeus.

:P

Bruno, o Filipe tá farto de dizer porque é contra!

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Sabes que não somos todos obrigados a ver as coisas pela tua "bitola", por muito que te custe, não sabes? ;)

Continuo a querer ter uma palavra final a dizer na União que integro... logo pela minha perspectiva quero um referendo!

E como o Bruo disse, e muito bem, se a UE é e foi tão boa (e ai está um facto incontestavel) qual é a dificuldade de explicar por "A+B"?

Depois aparecem "estudos" a dizer que os "europeus estão alheados" e que "não se interessam pela UE" ... pudera: é tudo feito pelos "legitimados eurocratas" nas suas torres de cristal!

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Peço desculpa: não é Bruo, é Bruno

Escrever rápido enquanto se trabalha dá nisto ;)

Bruno disse...

Sem problema Guilherme ;) Eu também já escrevi "Guolherme" uma ou duas vezes mas vá lá que fui a tempo de emendar, hehe!

Oh Jorge, eu sei que o Filipe até já deve ter explicado mas eu não consigo ler os posts e comentários todos do Psico. A minha vida não é (só) isto ;)

jfd disse...

Sabes que não somos todos obrigados a ver as coisas pela tua "bitola", por muito que te custe, não sabes? ;)

Engraçado, não sei porque dizes isso... Mas pronto!
Devem ser as companhias :)))))

A minha bitola é a minha bitola. Como já disse várias vezes, não a imponho a ninguém. Daí me espante essa tua resposta.

Eu tenho no título que 4 milhões decidirão o destino de 490 milhões.
Tu espantaste de eu não me preocupar pelos 500 que decidem a vida dos 490 milhões.
Ora eu chamo-te demagogo, pois esses 500 são eleitos para isso mesmo pelos 490 milhões, sendo que dos 4 milhões, os que vão afectar os 490 milhões são só os que estão "zangados" com o seu governo interno...

Acho que não te impus nada pois não? Factual foi o que fui! Teria preferido uma resposta tudo com mais "luta" :P


Bruno ;) Seu.... Seu.... GAJO DE FÉRIAS! :PPPPPPPPPPPPPPPPP

Anónimo disse...

Uma visão sobre a que se deve o crescimento irlandês:

Economic Freedom and Growth: the case of the celtic tiger

http://www.cato.org/pubs/journal/cj22n3/cj22n3-3.pdf

Quanto ao resto: foram soberanos na sua decisão, a culpa é de todos os que defenderam o tratado.

Continuo a defender que o tratado deveria ser a I e II partes do PTCE. Isso as pessoas compreendem e isso é o projecto europeu. Talvez ganhem nova oportunidade...

Mas duvido: a Irlanda também chumbou Nice. O que se vai fazer? Convocar novo referendo até ao fim do ano para agora ganhar o SIM. A ver vamos.

Anónimo disse...

Quanto ao resto: foram soberanos na sua decisão, a culpa é de todos os que defenderam o tratado.

O que estava claro na cabeça não ficou na escrita :(

a derrota de Lisboa na Irlanda deve-se à falta de eficiência no "passar da mensagem" de quem defende o actual tratado.

João Marques disse...

Por ser europeísta e por entender que a Europa se deve construir com as pessoas e não contra elas, ou apesar delas, foi com especial espanto e moderada alegria que recebi estes resultados. Como tive a oportunidade de dizer na Universidade Europa, foi uma vergonha a forma como se ultrapassou o não à constituição europeia, foi uma vergonha como nós (PSD) mudamos de posição e foi (mais) uma vergonha o incumprimento da promessa eleitoral do PS/Sócrates.
Pode ser que daqui para a frente fique a lição de que o povo afinal não é assim tão estúpido e de que, se o provocarem indecentemente, receberão a mesma indecência como resposta.

jfd disse...

A vossa alegria é a minha profunda revolta e tristeza.

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Pois é... complicado quando a decisão tomada é contrária à nossa "opinião"...

É chato ter decisões impostas por "chatos" com "bitolas contrárias à nossa", sejam eles 4 milhões de "irlandeses mal agradecidos", legisladores ou tribunais ;)

jfd disse...

É uma grance chaticeeeeeeeeeeee!

Quero ir pra Expo Zaragoza de férias! Ver o mundo em 3 dias!

Anónimo disse...

porreiro pá!!

um referendo, um chumbo... imaginem agora o que aconteceria com mais 26 referendos...

é o que acontece quando meia duzia de especialistas aprovam um tratado no lugar de milhoes de pessoas, sendo que ate alguns líderes ditos especialistas admitem nao entenderem o tratado na totalidade... ora se eles nao o entendem, e os eleitores também nao o entendem, qual a diferença entre ratificação por referendo e a ratificação através do parlamento? Uma coisa é verdade: possivelmente a aprovação no parlamento da mais garantias de carreiras de sucesso aos actuais líderes europeus!

Mas pessoal do sim, não se preocupem: de certeza que esta UE 100% democrática está já a planerar caminhos alternativos na secretaria para levar o tratado avante :)

jfd disse...

Deus queira!

Anónimo disse...

Deus já quis... acho que para justiça divina ja chegou o resultado do referendo x)

jfd disse...

;)))

Paulo Colaço disse...

Estou a tentar ler cerca de 250 comentários das últimas 8 a 10 postas e voltei a esta, embora já aqui tenha deixado a minha opinião.

Vim apenas para subscrever uma nota do Guilherme:

« A Irlanda cresceu enquanto na UE, logo o crescimento irlandes em 100% devido à UE. Errado! Parte dele também é devido às opções politicas que ELES tomaram, e não a UE, no que diz respeito a politica fiscal, económica, laboral e educação... »

E disse...

A EXPO é fantástica!!!! Mete água por todo o lado!!!

Abraços, malta

Anónimo disse...

Nem é cedo, nem é tarde:

Hipótese de forçar novo referendo na Irlanda ganha força

Um dia depois da bomba lançada sobre a União Europeia pela vitória do “não” no referendo irlandês ao Tratado de Lisboa, os líderes europeus não parecem dispostos a abandonar o documento que acordaram em Outubro passado e são cada vez mais os que admitem a hipótese de convencer Dublin a repetir a consulta.

Anónimo disse...

Esqueci-me do link:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1332302

jfd disse...

Olha olha o Né com boas notícias! ;)))

jfd disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
jfd disse...

Aqui está uma opinião interessante...

De Willem H. Buiter
Professor of European Political Economy, London School of Economics and Political Science; former chief economist of the EBRD, former external member of the MPC; adviser to international organisations, governments, central banks and private financial institutions.

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It wouldn’t be Nice if the Irish had voted for Lisbon

The voters of the Republic of Ireland have rejected the Lisbon Treaty (officially the Treaty of Lisbon amending the Treaty on European Union and the Treaty establishing the European Community) in the referendum held on June 12. According to the rules of the EU, as found in the Nice Treaty, this means that the Lisbon Treaty cannot come into effect, as the unanimous ratification of the Treaty by all EU member states is required for this.

No point moaning that 4 million Irish cannot be permitted to thwart the will of 490 million other Europeans. That argument is bogus and dangerous, even if the 8 remaining EU member states that have not yet reached a formal decision on the Lisbon Treaty were to ratify it - something that is by no means a done deal. The rules for ratification of the Treaty were clear. To change the rules when you are losing is a violation of the rule of law. Respect for the rule of law is even more important than the fate of the Lisbon Treaty.

The Lisbon Treaty had all the charm and appeal of the Manhattan Yellow Pages: the Consolidated versions of the Treaty on European Union and the Treaty on the Functioning of the
European Union, plus Protocols, Annexes and Declarations runs to 392 pages. Trying to read it is like having root canal work done without the benefit of novocaine. Nevertheless, I regret its demise. I am a European federalist, and the Treaty of Lisbon would have represented a small further step towards a federal Europe. Now that process has suffered a setback and precious years will be lost in the swamp of European nation state irrelevance.

It is, however, important that the death of the Lisbon Treaty is acknowledged in Brussels and in the national capitals that favoured the Treaty. Trying to achieve a resurrection of Lazarus for the Lisbon Treaty by telling the Irish people: “keep on voting till you get it right”, would be both contemptible and counterproductive. This tactic worked once, when the Irish voters rejected the Nice Treaty in May 2001, held another referendum in October 2002 and passed the Treaty on that occasion. It will not work again. If it were to be attempted, I am certain that many of those who did not vote this time, and quite a few of those who voted in support of the Treaty, would want to hold up two fingers in the direction of the would-be bullies of Brussels, Paris and other corners of the continent.

When the European Constitution (officially the Treaty establishing a Constitution for Europe) was rejected in referenda in France and the Netherlands in 2005, plan B was to bury the Constitution pro forma, but to resurrect it without substantive modifications as the Lisbon Treaty (that, incidentally, is why the UK should have had a referendum on the Lisbon Treaty, and ought to have one even now - the government had promised a referendum on the European Constitution; reneging on that commitment after changing the name of the Treaty but nothing of substance, is dishonourable). Plan B has now back-fired. Both the form and the substance of the European Constitution are now dead. There is no plan B for the Lisbon Treaty (or plan C for the Constitution).

So what will happen? The EU will muddle on with the Nice Treaty. It has not led to gridlock thus far. It will not lead to gridlock in the future. Certainly, many of its institutional arrangements and decision-making bodies and procedures are ill-designed for an EU of 27 members.

I am sure love will find a way. There will be informal institutional adaptations and a proliferation of constitutional ‘common law’, born out of practice. The UK has evolved its largely unwritten constitution in exactly this manner. We have already seen it with the Eurogroup, the ministers of finance of the 15 full EMU members, which has taken over most of the power and many of the functions of Ecofin, the ministers of finance of the 27 EU members. There is no mention of the Eurogroup in any of the Treaties. The Lisbon Treaty would have been the first to officially recognise its existence. But it exists and it works. There will be many more such informal developments as the written Treaty arrangements and institutions become intolerable constraints on desirable actions an policies.

There will be a further impetus given to a multi-speed Europe (where every member state arrives at the same destination eventually, but not necessarily at the same time) and even to Europe-à-la-carte (where there may be permanent differences in the degree of integration along some dimensions). Of course already have a multi-speed Europe. Only 15 of the 27 EU members are also full members of the EMU. The rest have derogations from or, in the case of the UK and Denmark, opt-outs from the requirement to progress to the third stage for achieving economic and monetary union (to adopt the euro and join the Eurosystem). Indeed, with the opt-outs from stage 3 of EMU for the UK and Denmark, we already have a potential Europe-à-la-carte in the existing EU. Only 13 EU member states (plus Norway and Iceland) are part of the Schengen arrangement.

Enhanced cooperation

It is possible that a greater recourse to multi-speed Europe will be achieved through the enhanced cooperation arrangements. The Treaty of Amsterdam first brought the “enhanced cooperation” concept into the Treaty on European Union (in connection with regards judicial cooperation on criminal matters) and into the Treaty establishing the European Community (under the EC Treaty the initiative for enhanced cooperation is taken by the Commission at the request of the member states concerned; under the EU Treaty the initiative comes from the member states). In either case, enhanced cooperation is subject to a decision of the Council, acting by a qualified majority.

The Treaty of Nice introduced major changes. In particular, a Member State may not oppose the establishment of enhanced cooperation (except in the area of foreign policy). This matters because it removes the national veto over the enhanced cooperation proposals of other member states . Does this mean that if, say, 26 member states were to ratify the Lisbon Treaty, but Ireland did not, they could simply adopt the Lisbon Treaty for themselves and leave Ireland to potter along with the Nice Treaty?

If it ever were to come to that, the issue would no doubt end up in the European Court of Justice. I am not a lawyer, fortunately, but it seems unlikely that proceeding to create an EU of 26 countries under the Lisbon Treaty under the enhanced cooperation cloak would be compatible with the existing (Nice) Treaty. It also would not be Nice. According to the existing Treaties, enhanced cooperation may not constitute discrimination between the participating states and the other(s). Enhanced cooperation has to respect the single institutional framework of the Union. In addition, the actions and decisions taken under enhanced cooperation cannot become part of the EU acquis itself. (Less relevant, for the issue under consideration, is that enhanced cooperation must further the (Nice) Treaty objectives, must respect the whole of the acquis communautaire and the powers of the various parties, and may not apply to an area that falls within the exclusive competence of the Community).

There are further constraints on using the threat of enhanced cooperation by the member states that ratify the Lisbon Treaty as a stick to beat Ireland with. Enhanced cooperation does not allow extension of the powers as laid down by the existing Treaties. The general arrangements for enhanced cooperation require at least eight member states to be involved in enhanced cooperation (the arrangement must also remain open to any member state that wishes to participate). Also, while enhanced cooperation may involve the areas of the common foreign and security policy (CFSP), it cannot touch on military or defence matters, so the 26 could do nothing to threaten Ireland’s neutrality.

So the EU will muddle on, until events, dear boy, events will make it clear even to the most dedicated eurosceptic that there are a number of policy areas that can no longer be managed effectively even by the largest EU member state at the national level. For some of these, intergovernmentalism may suffice. Most, I would argue, require a supranational solution. For the UK and the other European nation states, the EU is the only currently available supranational solution framework.

The policy areas that will have to be transferred to the EU level include foreign policy, defence, immigration, environmental policy addressing border-crossing externalities like global warming, energy security, monetary policy, financial regulation (a common framework and, for financial institutions with significant cross-border activities, a single regulator/supervisor), and policies towards tax havens and regulatory havens. No doubt I have left out a few.

The logic of border-crossing externalities and border-crossing economies of scale for the above-mentioned policy areas is so blatantly obvious, that even the English will eventually recognise it - the rest of the British do already. Perhaps not in my time. But here’s hoping!

June 14th, 2008 in www.ft.com

jfd disse...

Pronto, vá lá;

No point moaning that 4 million Irish cannot be permitted to thwart the will of 490 million other Europeans. That argument is bogus and dangerous, even if the 8 remaining EU member states that have not yet reached a formal decision on the Lisbon Treaty were to ratify it - something that is by no means a done deal. The rules for ratification of the Treaty were clear. To change the rules when you are losing is a violation of the rule of law. Respect for the rule of law is even more important than the fate of the Lisbon Treaty.

Sorrio a esta;

The Lisbon Treaty had all the charm and appeal of the Manhattan Yellow Pages: the Consolidated versions of the Treaty on European Union and the Treaty on the Functioning of the
European Union, plus Protocols, Annexes and Declarations runs to 392 pages.


E concordo com esta a 10.000%;

The logic of border-crossing externalities and border-crossing economies of scale for the above-mentioned policy areas is so blatantly obvious(...)

O choque que ele evidencia entre Nice e Lisboa, deixa-me apreensivo.
E leva-me a render ao argumento de que as coisas têm de ser discutidas. Mas temos de ser parte activa neste processo. E não reclamar, reclamar e reclamar...

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Curioso que aqueles 4 milhões de "mal agradecidos" puseram-nos finalmente a pensar... até tu começas a admitir que o tratado tem de ser discutido e não, como se tencionava, passado pela secretaria da retificação parlamentar!


Sinceramente, espero que os dirigentes europeus não tentem repetir a "manobra de Nice", pois se o fizerem mercerem ter um Não ainda maior enfiado pela goela!

Nevertheless, I regret its demise. I am a European federalist, and the Treaty of Lisbon would have represented a small further step towards a federal Europe.

Eu por exemplo não sou Federalista, e gostava de ter algum voto na matéria - mesmo que seja para perder... mas tive voto na matéria ;)

jfd disse...

É verdade Guilherme!
Cá estou eu (de novo) no limbo ;)
Mas nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Continuam a ser mal agradecidos! Principalmente os abstencionistas.

E confesso que se pessoa houvesse que eu tinha a certeza que iria gostar do meu comentário, serias tu Guilherme. És um excelente comentarista!

E sim Salgado! A palavra existe ;)))

s. 2 gén.,
aquele que comenta;

comentador ou comentadora.

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

LOL Obrigado pelo elogio...

Mas ainda quanto ao "mal agradecidos", já pensaste que se calhar não são tanto? Se calhar são tão agradecidos à UE e ao seu desenvolvimento que querem que ela permaneça como está? ;)

Outra grande falacia do argumento do "mal agradecido": desculpa, lá por nos termos desenvolvido com a ajuda da UE isso quer dizer que somos obrigados a passar cheques em branco?

Então a conversa toda da "solidariedade e ajuda entre estados" é treta, não? Na verdade, quando eu me desenvolvo com a UE, em troca em "entrego o meu espirito critico" a Bruxelas? Que raciocinio é este?

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Para mim JFD, ser europeista não éaceitar a "face value" tudo o que Bruxelas quer...

Ser Europeista é reconhecer que, quando discutidas as coisas a malta se entende - vide um continente com seculos de "pratica" a tratar as coisas pelo modo mais violento possivel consegue 50 anos de "milagre económico e social".

Projectos de união pela força ou pela secretaria já tivemos muitos na nossa história. Por exemplo, o equilibrio politico europeu criado no Congresso de Viena, após as guerra napoleonicas, por Metternich. Também garantiu quase 50 anos de paz eurobpeia, aprovada pelos "lideres" da altura. Pelo meio tiveste a revolução industrial inglesa e o "boom" económico da unificação da Alemanha sob Bismark... pelo menos até 1848, quando um pouco por toda a Europa "revoluções liberais" começam a eclodir: as pessoas sentiam-se alheadas de todo o processo e exigiam 'democracia' e 'direitos', pela força se fosse preciso...

Essa é a herança da UE: ter reunido 490 milhões discutindo as coisas, tentando criar pontes entre cada um dos povos - cada um diferente e com motivações diferentes. Ter conseguido o que desce Carlos Magno se sonhou: uma europa unida - que é diferente de "unificada" ;)

Não é, como alguns de voçês pretendem "colar", ser 'federalista'!

jfd disse...

Então pronto, são egoístas! ;)))

Agora a sério. Merecia melhor resposta. Mas a única coisa que tenho na cabeça agora é wacc, beta, val e tir ;)

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Ser europeista também implica viver com opiniões contrárias à tua, JFD... eu sei que custa ;)

jfd disse...

Desnecessário.
Tou em conferência com a Professora de projeco. Há duas horas. Por não te poder dar a resposta de jeito e com tempo que mereces, sou rotulado?

Ainda por cima com uma conversa que nem é tua.

Enfim.

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

LOL Respira rapaz...

Não é uma questão de "conversa que não é tua" mas sim, das discussões que temos tido, a tua argumentação com quem não concordas: "ah e tal votaram não, são mal agradecidos" e depois de alguma conversa são promovidos a "egoistas" ;)

O erro do sim foi não ter explicado convenientemente o tratado com a desculpa "é complexo demais para as massas". Dizer "Ah uma boa ideia" à ideia francesa de novo referendo "até acertarem no quadrado 'certo'" faz lembrar tacticas comunistas de bater a malta pelo cansaço...

Citando-te: a Irlanda votou não? "Live with it!"... Pára 5 segundos e explica o tratado ao "comum dos mortais", pois se calhar as massas não são assim tão "burras" como tu pensas ;)

jfd disse...

Desculpa...
Onde, nesse contexto, chamei as massas de burras? :P

E atenção, o erro do sim não é o meu erro!
O meu erro é o meu erro, o erro do sim é o erro do sim.
Eu represento a minha posição e as que assumo.

Paulo Colaço disse...

Guilherme,
estás formalmente convidado para a próxima refeição plenária do Psico.

(Cheira-me que vai ser divertido assistir ao combate GDB Vs JFD ao vivo hiihih)

jfd disse...

Eu não comprava bilhete...
Eu sou pacífico!