quarta-feira, junho 18, 2008

La Russa - O desrespeitador


Discurso de La Russa no dia 20 de Maio em Plenário no Parlamento Europeu:
Non è colpa nostra, non è colpa nostra se in Italia i rom si manifestano quasi esclusivamente per rapine, furti, rapimenti di minori, accattonaggio abusivo! Questa è l'immagine in Italia, nostro malgrado, dello zingaro, questa è l'immagine che viene data dai rom! Io sono ancora alla ricerca, qualcuno me lo segnali se lo conosce, di un rom in Italia con un lavoro regolare, legale e che paghi regolarmente le tasse.


Como qualificas?
1- Muito grave;
2- Gravíssimo;
3- Susceptível de ser considerado muito grave ou gravíssimo.

Eu acho que este Senhor não é digno de estar no Parlamento Europeu e sim conheço... conheço 7 que não merecem este discurso.
Não está na acta mas durante este discurso um deputado apupou ao que La Russa respondeu "Cale-se Senhor Deputado e volte lá para a sua Tribo."

26 comentários:

Paulo Colaço disse...

Lembram-se do Manifesto Anti-Portas em Português Suave?

Há gente que vota nesta maltinha.

A chapada de luva branca da democracia é dar a este tipo de senhores direitos que eles negam ao seu semelhante.

Tiago Sousa Dias disse...

Eu acho até que isto devia dar perda de mandato e fosse eu representante em Itália dos ROMA e não perdoava com um processozinho.

Onde já se viu um deputado europeu afirmar que todos os ROMA são criminosos?????

Bruno disse...

Infelizmente, o Parlamento Europeu alberga alguns exemplos de Deputados-candidatos-a-profissionais-de-circo.

O Parlamento Europeu e alguns nacionais porque o nosso desde que o BE começou a eleger deputados também conta com umas peças interessantes com lenços arafatianos e t-shirts propagandísticas...

Anónimo disse...

Tiago,
Conheces o bicho é? Diz lá, é parecido com os humanos?

Vê se não perdes a boa educação que tiveste em casa...nunca se sabe o que pode acontecer com vizinhança assim...

Devias ter posto uma 4ª hipotese: Inclassificável.

jfd disse...

Er.... Alguém me explica??!?!?!? LOL

Anónimo disse...

MOMENTO ABSOLUTAMENTE HISTÓRICO

Estou com o Jorge.

Quem é o senhor La Russa?

E o que raio disse ele, porque não percebi PATAVINA do que está escrito :(

Ou melhor, até ao se in Italia compreendi.

lolololololololol

Anónimo disse...

Já vi que é da Aliança Nacional, e do Grupo para a Europa das Nações :(

Mas de que fala ele?

jfd disse...

Lol rufem os tambores ;)
Opá eu acho o italiano ouvido e escrito das línguas mais belas do nosso mundo... Mas isso não quer dizer que entenda patavina ;)

jfd disse...

O que eu sei que se passa na Itália desde que o novo Governo entrou no poder é uma caça ao emigrante que é uma coisa dantesca!

Tiago Sousa Dias disse...

É exactamente isso que se trata aqui Jorge.

Estava-se a discutir a questão dos Roma em Itália (qualquer coisa como os nossos ciganos) e o La Russa fez esta intervenção em que no excerto que eu passo diz: alguém me diga se conhece algum "roma" em itália com a sua situação laboral regular, legal e que pague regularmente impostos.

No meu disto ouve um deputado que o apupou e aí mandou-o de volta para "a sua tribo".

Desprezável.

Tiago Sousa Dias disse...

"no meu disto" é "no meio disto".

Além destas palavras todo o discurso foi no sentido de suportar o uso de todos os meios de "expulsão destes cidadãos indignos".

jfd disse...

Hummmmm.....
Pois........
mixed feelings

Uma coisa é certa temos de arranjar forma de lidar com quem não contribui para a sociedade.

Anónimo disse...

Exacto jfd. Mas a postura do "signori" deputado é como diz a cidália "inclassificável". Para uma instituição que defende os direitos humanos e o que se encontra descrito na carta dos direitos fundamentais, estranho este tipo de tolerância para com estes "senhores" xenófobos e racistas.
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No entanto levantam-se aqui algumas questões interessantes. Deveremos nós tolerar a presença deste tipo de pessoas, que estão agregadas a certas ideologias, no seio do Parlamento Europeu? Não constituirão eles uma ameaça à democraticidade europeia? Ou devemos ser tolerantes para com eles, procurando integra-los também no processo de construção europeia?

Anónimo disse...

Luis,

Eu acredito sempre que a liberdade é melhor que a repressão. E que só ganhamos quando permitimos a terceiros falar e defender a sua dama.

Naturalmente, a liberdade esbarrará nos limites não do bom senso, não da moralidade, não do politicamente correcto, mas nos limites da ofensa ou, em casos muitos graves, do incitamento a motins ou revolta popular.

Tenho uma ideia de liberdade de expressão bastante alargada:

Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.
Voltaire

Ao que acrescento: desde que no final possa dizer "És um idiota"

Anónimo disse...

Tudo bem Nélson. Concordo com o que escreves. No entanto defendo que deveria existir uma espécie de código de conduta, para não cairmos no que o Bruno refere e bem de "Deputados-candidatos-a-profissionais-de-circo", pois em nada legitimam ou enobrecem o PE junto dos cidadãos europeus...

Anónimo disse...

Não resisto em dizer mais isto. É curioso ver a falta de tolerância do "mundo ocidental" para com todos aqueles que dizem "freendom go to hell", como os radicais islâmicos (Al-Qaeda / Talibans / Abu sayyaf / and so on) combatendo-os com a força das armas (legitimamente ou não, é um facto) e depois aceitamos e consentimos este tipo de palavras no seio de um espaço democrático e livre por excelência como é o PE.
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Não sou a favor da repressão. Mas acho que um bom código de conduta deveria impedir por exemplo, que este senhor fizesse apologias a tribos e a outras coisas tão ou mais deselegantes. É que sem elevação e sem respeito pela dignidade humana, não há debate democrático que resista.

Diogo Agostinho disse...

"É que sem elevação e sem respeito pela dignidade humana, não há debate democrático que resista."

Completamente de acordo amigo Luís.

Esta Sociedade Europeia (termo interessante) precisa de um claro choque de valores!

Paulo Colaço disse...

Estou tão a leste que só agora dei conta que havia assim tantos posts novos.

Não li os comentários mas este do Luís teimou eu abrir-se na minha caixa.

Uma nota: um dos perigos dos códigos de conduta (que acho importantes) é a permeabilidade à ideia de censura.

Anónimo disse...

não deviamos nós, democratas, saber conviver com opiniões diferentes? mesmo que radicalmente diferentes das nossas...?

todos somos democratas, mas nestas alturas uns sao mais que outros...

se o homem pensa assim, deixem-no estar!

até porque "o bicho" foi eleito por milhares de cidadãos que confiaram nele para os representar: aos cidadãos e às suas convicções.

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Tenho uma ideia de liberdade de expressão bastante alargada:

Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.
Voltaire

Ao que acrescento: desde que no final possa dizer "És um idiota"


Nada mais a acrescentar... 200% de acordo com o Né!

É curioso ver a falta de tolerância do "mundo ocidental" para com todos aqueles que dizem "freendom go to hell", como os radicais islâmicos (Al-Qaeda / Talibans / Abu sayyaf / and so on) combatendo-os com a força das armas (legitimamente ou não, é um facto) e depois aceitamos e consentimos este tipo de palavras no seio de um espaço democrático e livre por excelência como é o PE.

Não é bem assim Luis! Se eles - extremistas islamicos - querem relegar a mulher para um papel sub humano, apedrejar criminosos e não serem livres, não tenho nada contra! Sejam felizes!

Já tenho um problema existencial quando os mesmos que dizem "freedom go to hell" tentam impor-me a sua vontade literalmente "à bomba" de forma a forçarem-me a mim, "infiel", a mudar de estilo de vida... a nossa reacção "pelas armas" não foi ao "freedom go to hell" mas ao querem "explodir" com a nossa liberdade nos nossos paises!

Anónimo disse...

"Se eles - extremistas islamicos - querem relegar a mulher para um papel sub humano, apedrejar criminosos e não serem livres, não tenho nada contra! Sejam felizes!"
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What? Epah nunca pensei dizer escrever isto, mas aqui sou um defensor da doutrina Bush - espalhar a liberdade pelo Mundo! Não é querer ser um "super heroi", mas ao concordarmos com o escreves, seria ignorar todos os genocidios e atentados contra a dignidade humana que se praticam pelo mundo fora.
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Olha o que a Amnistia Internacional nos diz com os seus relatórios anuais. Não podemos / devemos ficar indiferentes ao que se passa...
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Já agora Colaço, por falarmos em códigos de conduta - será que existirá algum aplicavél entre as relações do Estado de Israel e o Hamas? É que esta organização terrorista foi democraticamente eleita e têm (ou tinham publicamente até ao dia de ontem) um discurso anti-semita.
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Devemos sentar à mesa e dialogar com pessoas assim? Ou devemos por outro lado, impor-lhes algumas regras (códigos de conduta) antes de começarmos qualquer tipo de discussão?
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Acho que o exemplo se poderia aplicar aqui. "O senhor quer apelar à xenofobia e ao racismo? Faça o favor de sair, pois o que defende não é compativel com os pilares fundadores desta instituição...Ou então siga o código de conduta, respeitando os direitos fundamentais de todos os cidadãos europeus, inclusive os que o elegeram."

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

O que dizes agora é um pouco incompativel com o teu post anterior, na minha humilde opinião...

Se és a favor da "doutrina Bush" de "espalhar a liberdade pelo mundo" e não "virar a cara a atrocidades/genocidios" então não é uma questão de "falta de tolerancia do mundo ocidental" ;)

Eu não disse que era a favor de genocidios. Apenas que a "reacção armada" do ocidente não foi pela nossa "intolerancia" a quem não quer a liberdade mas sim a quem quer acabar com a nossa "à bomba"!

Anónimo disse...

Sorry, mas não acho Guilherme. Quando digo que aqui defendo a doutrina Bush, por querer espalhar a liberdade pelo mundo, não subscrevo o uso imediato e indiscriminado das armas. Além do mais sempre questionei fortemente as "prioridades de libertação" americanas... :)

Anónimo disse...

até porque "o bicho" foi eleito por milhares de cidadãos que confiaram nele para os representar: aos cidadãos e às suas convicções.

Nem mais Xanaer! Devem ser os eleitores a correr com essa gente e a considerá-los indignos de representação parlamentar.

Se estão lá é porque alguém acha que o La Russa faz falta.

Anónimo disse...

Hitler, também foi apoiado por milhões???
A quantos de nós dava jeito que ele ainda existisse? Por mim falo: não sou loira e sou assim para o baixinho...teria medo...
Será que a razão e o bom senso está sempre do lado da maioria?
Galileu esteve sózinho, ao que parece ele é que tinha razão.

A eleição do "bicho" acredita-o em todos os actos inclusive os mais próximos da má educação e da intolerância?
E quem elege nunca se engana?
E liberdade é isso, demonstração de intolerÂncia para quem lhe responde?
Perguntas que coloco despidas de saber.

Bruno disse...

Certamente que o XanaeR tem razão: devemos saber conviver com opiniões diferentes!

Mas é por isso mesmo que criticamos este La Russa: ele revela pouca tolerância para com quem discorda dele!

E depois, o que eu lhe critico, tal como critiquei aos bloquistas, é o não saber estar, o não saber respeitar a Instituição e os Cidadãos que representa. É porque ele não representa só quem o elegeu. A partir do momento em que é Deputado Europeu representa o povo de toda a Europa também.

É óbvio que deverá lutar pelos seus ideais pois foram essas as ideias que levaram algumas pessoas a votar nele. Mas isso não significa que não seja bem educado e que não demonstre a classe suficiente - já para não falar de tolerância - para ocupar lugar num baluarte da Democracia como é um Parlamento (seja ele o Europeu, a Assembleia da República em Portugal ou qualquer outra câmara noutro país).