quarta-feira, junho 11, 2008

Está na hora de repor a Ordem!

O país está em estado de sítio!
Não há transporte de mercadorias. Os piquetes de greve ameaçam por todo o lado quem quer levar a sua avante. No dia de hoje, apenas foi reportada protecção aos camiões da Jerónimo Martins (Pingo Doce e Feira Nova). Seguem camiões cisterna fortemente escoltados para abastecer a frota aérea dos aeroportos. De resto, que se lixe o mexilhão. Bombas de gasolina já sem combustível, o leite estraga-se nos pequenos produtores cuja capacidade de stock esgotou, os legumes apodrecem... O que fazer? Por mim está na altura de o Estado devolver a ordem à Nação. Que faça greve quem quer, agora que não se prejudique a liberdade do próximo. São compreensíveis as reivindicações, mas o que não é compreensível é não afrontar estes poderes obscuros que paralisam um país! O mercado tem de funcionar! E com a economia debilitada como está, não são machadadas destas que nos vão levar a algum lugar.
Desafio os caríssimos a dizer de sua justiça...

69 comentários:

jfd disse...

Lisboa, 10 Jun (Lusa) - Os combustíveis acabaram em muitos postos de abastecimento de Portimão, Lagos, Carnaxide, Amadora e Coimbra, segundo a Associação de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), que diz que o país pára caso a paralisação dos camionistas continue por mais um ou dois dias.

Em Portimão, "há longas horas que Galp, BP, Repsol e Total, já não tinham os principais produtos", e o posto do Modelo "encerrou", disse à agência Lusa o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron.

Ainda no Algarve, as bombas da Galp estão sem combustíveis desde segunda-feira e a Total esgotou hoje o produtos principais.

Situação idêntica na Amadora, onde os postos existentes, das três primeiras marcas, "esgotaram hoje gasóleo e gasolinas", relatou Augusto Cymbron.

Estes dados são das 18:00, os últimos de que a associação dispunha cerca das 22:00, ou seja, "agora deve haver já muitos mais postos de abastecimento fechados".

"Coimbra estava já muito mal ao final da tarde e em São Domingos de Rana [Sintra] o único posto existente fechou", adiantou o presidente da ANAREC.

"O país pára se o bloqueio se mantiver durante um ou dois dias", afirma, "até porque mesmo depois de os camiões-cisterna [de abastecimento] começarem a circular, não é num dia que se normaliza a situação".

Existem em Portugal entre 2.200 a 2.300 postos de abastecimento de combustível, que são reabastecidos por camiões-cisterna a partir dos locais de armazenamento, mas "de Aveiras, Setúbal e Sines, não está a sair nem um", alerta o presidente da ANAREC.

Este representante do sector apelou ao Governo para que "pense na situação em que o país cairá, caso o bloqueio se prolongue" e defende que a solução passa "pela descida do imposto sobre os combustíveis [ISP]".

"Isto não significa sequer menos receita para o Estado porque se recuperavam grandes clientes que neste momento abastecem em Espanha", defende o presidente da ANAREC.

ANP.

Lusa/fim

jfd disse...

TSF
A greve das empresas de transportes de mercadorias está a causar problemas de abastecimento em várias estações de serviço. É uma situação que se agravou nas últimas horas. O presidente da ANAREC, em declarações à TSF, já disse que há vários postos de abastecimento com os combustíveis esgotados, na zona de Lisboa e no Algarve

jfd disse...

Lisboa, 10 Jun (Lusa) - O corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP) está a escoltar grupos de camiões-cisterna, no total cerca de 40, que se dirigem a Lisboa e Setúbal, disse à agência Lusa o porta-voz daquela força de segurança.

"São cerca de 40 camiões, que seguem em grupos de 10, escoltados pela PSP", adiantou Hipólito Cunha.

Os camiões estavam parados no Porto-Alto [Aveiras], um dos locais onde há armazenamento de combustíveis, e deverão chegar ainda hoje a postos de abastecimento nas regiões de Lisboa e Setúbal.

"Face à vontade expressa para que esta distribuição se faça, o corpo de intervenção da PSP está a fazer o acompanhamento dos camiões, para garantir que chegam sem incidentes", disse à Lusa o porta-voz da Direcção Nacional da PSD.

O presidente da Associação Nacional de revendedores de combustíveis (ANAREC), disse à agência Lusa que há já numerosos postos sem combustíveis na Amadora, Carnaxide, Olivais, São Domingos de Rana, Setúbal, Lagos, Portimão e Coimbra, entre outras localidades.

"Se o bloqueio [dos camionistas] continuar por mais um ou dois dias, o País pára", afirmou o presidente da ANAREC.

ANP.

Lusa/fim

jfd disse...

Carregado, Lisboa, 10 Jun (Lusa) - A paralisação das empresas de transportes de mercadorias, iniciada às 00:00 de segunda-feira, vai prosseguir nos moldes em que tem decorrido até agora, anunciou hoje o porta-voz dos transportadores, no Carregado.

"O Governo continua inflexível em relação ao preço dos combustíveis", afirmou Silvino Lopes, justificando assim a decisão de continuar a paralisação, que deverá prosseguir "no mesmo sistema de luta, que é eficaz e que está a causar problemas ao país".

O representante dos camionistas rejeitou a "realização de bloqueios", porque "prejudica as famílias".

O porta-voz lamentou a morte de um camionista, hoje, na sequência de um atropelamento por um pesado, em Zibreira, Torres Novas, e imputou as responsabilidades do acidente "aos que levaram os camionistas a esta paralisação".

JH.

Lusa/fim

jfd disse...

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/342003

Actualização permanente no Expresso
->>
Notícias Lusa sobre os protestos dos camionistas
Crise nas transportadoras
Notícias da agência Lusa sobre a paralisação nacional das empresas de transporte de mercadorias devido ao aumento do preço dos combustíveis.

José Pedro Salgado disse...

Bem, fartos de receber mails para fazer greve às principais marcas de combustíveis nos dias X, Y e Z: agora é que ninguém atesta lá mesmo...

Anónimo disse...

Estou solidário com as empresas de camionagem. Se o profs tem direito a não darem aulas e irem p rua gritar. Se os funcionários públicos têm direito a fazerem greve e a paralisarem as burocrácias do país p irem p rua gritar. Também os camionistas e as empresas de camionagem têm direito a manifestarem-se. Têm direito a pararem, mas só os que o quiserem fazer. Mesmo que alguns não parem, a maioria já parou e já paralisou. Agora os bens essenciais deviam faltar na casa de certos dicisores e não do mixelhão.
Que a classe governante veja bem que afinal quem movimenta o país é o zé povinho.... o combustível está a um preço exagerado, tanto p as transportadoras como para os particulares. Não se admite!!!

Anónimo disse...

Viva os camionistas!!! Viva o povo!! Para a rua Sócrates!!Para rua Mário Lino!!! Fim p este governo!!!

José Alfredo Oliveira disse...

Não é preciso ser PM, mas Sócrates tem razão quando diz que «as pessoas têm o direito de se manifestarem, mas não podem colocar em causa a liberdade dos outros, não ajuda nada o espectáculo das acções que vimos ontem nas televisões de apedrejar outras pessoas que querem apenas trabalhar e têm direito à sua própria liberdade»...é simples, há manifesto abuso desse mesmo direito, pois restringe a liberdade (obrigação para muitos) de outros...

Bruno disse...

Aquilo que disse noutro post, sobre o facto de não estar a gostar de ver Cavaco tão calado tem a ver com isto.

Aceito que o PR prefira manter o low pofile e exercer as suas funções à porta fechada. Acredito que esteja em contacto com o Primeiro Ministro e a acompanhar a situação.

Mas era importante que ambos dessem explicações ao país. A situação é preocupante e exigem-se medidas ou pelo menos um clarificar de posições.

Quanto aos actos de violência e repressão praticados por grevistas contra aqueles que querem trabalhar é a velha máxima tão difícl de compreender para alguns: a minha liberdade acaba onde começa a dos outros. Mas porque raio é que hão-de obrigar os outros a fazerem greve?

Bruno disse...

Ah! E eu sou mais um dos que sei das notícias aqui pelo Psico :S

Anónimo disse...

Não será esta paralisação consequência directa da forma como o Governo lidou com a greve dos pescadores?

Não faltou aqui autoridade?

Anónimo disse...

Temos um governo autoritário mas desprovido de autoridade.

Veremos se as escoltas policiais a camiões de bens essencias permitem repor alguma normalidade na nossa vida.

jfd disse...

Acabou de chegar um colega meu aqui ao meu trabalho e tivemos o seguinte diálogo:

"Sabes, em Mafra não há gasolina..."
"Como assim?" - digo eu.
"Não havia em Mafra, e quando abastecemos na A8, fui dos últimos a conseguir..."

"O que vale é que hoje há futebol, fica tudo bem!" - respondo eu.

jfd disse...

www.negocios.pt

Indexação dos combustíveis ao frete, redução do imposto de camionagem, a obrigação dos clientes pagarem a 30 dias e de só então as transportadoras terem que pagar o IVA são as medidas que o Governo já acedeu oferecer, mas a paralisação está descontrolada.

A indexação automática do preço do transporte ao preço do combustível, com efeitos retroactivos a Janeiro, a obrigatoriedade legal dos clientes pagarem às transportadores no prazo máximo de 30 dias, a alteração da forma de pagamento do IVA - só quando receberem do cliente - e a redução em 10% do imposto de camionagem são as medidas já acordadas entre Governo e Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (Antram), como forma de amenizar o impacto do aumento do combustível no sector.

"Isto já é satisfatório", comentou Jorge Lemos, um dos líderes do movimento dos camionistas, ao Jornal de Negócios.

"Temos dado passos firmes e concretos nos vários 'dossiers' e esperamos fechar a negociação até ao final da semana", apontou António Mousinho, presidente da Antram, no final da reunião com Mário Lino na segunda-feira. Hoje haverá outra e, se necessário, amanhã mais outra. Além do já acordado, hoje estarão em cima da mesa os incentivos à renovação e abate de frota, os problemas do sector com as ajudas de custo - que passaram a pagar segurança social em 2007 - e a redução do preço das portagens para os camionistas.

Tiago Sousa Dias disse...

Jorge a leitura que fazes é errada porque é "apaixonada". Tu estás a sentir negativamente na pele os efeitos da greve. Por isso te maça que a mesma esteja a decorrer. A verdade é que esta greve é tão legitima como a dos professores e como a mais recente da semana passada.
Simplesmente tu não sentiste na pele a dos professores.
Nãqo é possível exercer o direito de greve sem que sintas estes efeitos e por isso mesmo é que a constituição da nossa republica protege o Direito de Greve como direito fundamental. É a vida...
Quem tem que sentir alguma culpa que a sinta; os trabalhadores do sector estão a exercer um direito, não estão a violar nenhum dever.

jfd disse...

Discordo!
A minha ideia é de que é necessário repor a ordem. Há grevistas que o querem ser e há os grevistas forçados! Os grevistas forçados não têm de o ser! Também têm direito! Direito a não fazer greve, a furar a greve a estar contra. A ordem não serve apenas para os camiões cisterna que levam o precioso combustível ou para os camiões da Jerónimo Martins que se vem queixar para as TV’s que os seus produtos estavam perto de perecer... E o senhor Joaquim que a única coisa que quer é fazer chegar as suas toneladas de nabos ao seu destino? E a senhora Maria que já não tem onde guardar o leite das suas vacas e tem de as ordenhar na mesma, deitando fora o resultado do seu trabalho? Como é? Ambos parados numa beira de estrada qualquer, ameaçados por piquetes de grevistas que dizem ou param, ou podem levar com pedras mais à frente?

Onde está o direito destes dois (exemplos) de seguirem a sua vida???

Estes piquetes roçam a legalidade certamente, e têm tácticas de guerrilha urbana. Que direito têm de tomar a vontade dos outros como sua?
A ordem a que me refiro, é o Governo ter um bom par de tomates e por a polícia a proteger quem não quer fazer parte da greve. Tenho gostado da postura do Primeiro Ministro. Agora, parafraseando o Nelson, só falta a força por detrás das palavras!

Que tem isto que ver com a greve dos professores?

E por acaso não estou a sentir a greve na pele. Acordei, andei para o Metro, entrei, 15 minutos depois estou no trabalho. Logo farei o mesmo. Compras fiz no inicio do mês :P

No outro dia ouvia o Sena Santos ler uma página de um jornal internacional qualquer, dizendo que estes aumentos de preços nos combustíveis estão a fazer o que nunca se conseguiu fazer na URSS, uma Internacional Sindical .... O que se passa por aqui, tem-se repetido um pouco por essa Europa. Mas reparem na imprensa internacional em que moldes se tem passado...

Vivemos momentos que nos irão definir o futuro meus caros!
E embora dramático, é muito bom! Cada vez mais as pessoas se tocam e pensam nas alternativas que têm...

Só com choques evoluímos! É triste mas verdade! Que seja bem aproveitada a oportunidade!

Diogo Agostinho disse...

Se fosse um Governo do PSD acredito que já estava o povo na rua(ainda mais) e um PR já teria dissolvido a Assembleia...

É muito grave o que se está a passar

jfd disse...

;))
Diogo, imagina-te PM!
Como lidarias com os factos?

Francisco Castelo Branco disse...

Acho que é uma vergonha esta atitude camionista

ainda para mais obrigando outros a cederem

Anónimo disse...

Quem nunca furou uma paralisação que atire a primeira pedra.

Lamentável a postura dos grevistas, nesse ponto estou a 100% com o jfd, desde o primeiro momento se mostraram mais interessados em impor as suas reivindicações do que a discuti-las em sede própria (paralisação forçada, ameaças de paralisações nas principais cidades, etc).

Os portugueses começam a sentir essa atitude e com este possível blackout económico a tendência será a de hostilizar os grevistas ainda que estejam na total legitimidade para o ser os dias que bem entenderem.

Penso que isto terminará quando os camionistas sentirem que estão sozinhos nesta clara demonstração de falta de bom senso.

O ponto de ebulição está próximo, vamos ver se este Governo baixa a temperatura.

Rui disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Colaço disse...

Não estou a conseguir acompanhar os dois últimos temas.
Quero pronunciar-me depois de ler tudo o que está a ser dito mas não posso adiar dizer três coisas:

1 - Já tenho dito aqui que falta cultura democrática aos sindicatos portugueses. Usam o direito à greve como se este fosse também um direito a impedir o trabalho alheio.

Os camionistas estão a seguir o mesmo caminho dos sindicalistas, e com o MAI, sereno, a ver.

Infelizmente, desde o famoso "caso da Ponte" que o Governo passou a ter medo de reagir.
Guterres trouxe a "paz e amor", enterrando a "autoridade do Estado".
Em Barrancos gozava-se com o Estado de Direito e o Governo assobiava para o lado.
Parece que temos medo de soltar os cães!


2 - Não podemos criticar a forma intervencionista de Soares e de Sampaio e querer que Cavaco seja a cruz do PM que combatemos. Ou bem que queremos um Cavaco intervencionista (ao arrepio das suas funções) e retiramos tudo o que dissemos de Soares e Sampaio, ou somos coerentes com as críticas que fizemos a estas duas "forças de bloqueio".
Cavaco sabe o que Eanes e Soares lhe fizeram e não quer seguir pelo mesmo caminho.

3 - Se a expressão "raça humana" é um disparate (porque raça é sinónimo de sub-espécie e a espécie humana não tem sub-espécies), já a palavra "raça" pode ser usada em termos positivos.
Creio que Cavaco quis fazer um uso elevado da palavra, nada mais.

Fico transtornado quando vejo gente como Fernando Rosas falar de alto a Cavaco.
Fernando Rosas? Quem é Fernando Rosas?
Onde estava ele no tempo das passagens administrativas e das "edições vermelhas" de manuais académicos?

xana disse...

Jorge, não leves a peito o meu comentário.

Numa palavra, estás a ser egoísta.

Pensa bem e depois diz-nos se é ou não é verdade.

Se esta greve não afectasse os portugueses achas que alguem ouvia os camionistas e as tanspostadoras?
Não te perguntas porque é que se tem que chegar a este extremo? Não te perguntas se os camionistas têm especial gozo em deixar as pessoas sem gasolina e sem alimentos?

Um pouco de sensatez e de solidariedade.

Portugal está a atravessar um grave período, e com este Governo e este PR, infelizmente, é assim que somos ouvidos.

Ah! Em Oeiras já quase não há gasolina...

Tânia Martins disse...

Ministro das Finanças dixit: Não tenho nada a dizer?

Mas o que é isto o país está à beira do caos, submetido a uma greve ilegal e o governo só diz isto?

Senhor revoltado, confesso que me encontro no mesmo estado, mas aqui não há caso para haver qualquer tipo de selecção. Seria mais correcto dizer “para a rua PS”!

Ontem aqui em Torres ainda havia gasolina, fui logo encher o tanque do meu carro, agora a carrinha que é a gasóleo tem de ficar parada porque o depósito está vazio. Ora o meu pai que tem de ir trabalhar, teve de se levantar cedinho hoje para ir a um posto de abastecimento que esteve fechado no fim de semana. No entanto aí também já acabou.

Xaninha, acho que se podem manifestar sim mas eles estão a ultrapassar todos os limites de bom senso. A greve dos pescadores, na minha opinião, não esteve tão ridícula como esta. O país sem peixe ainda vai sobrevivendo, mas sem combustível não. O país não pode parar assim, estamos no meio de uma crise económica e estes senhores parecem não ter consciência disso ou se têm são um bando de imaturos.

Posso estar a ser insensível mas não tenho qualquer tipo de solidariedade para quem age sem demonstrar respeito pelo espaço que envolve as outras pessoas!

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Sim, as greves foram feitas para afectar as pessoas é verdade... o que já não é verdade é que se possa incendiar, agredir e apedrejar de modo a "garantir a greve"!

Liberdade do direito à greve também implica liberdade de discordar com a mesma e continuar a actividade.

Em segundo lugar, sobre a "justeza" da greve:
Os combustiveis estão altos? Sim estão. É uma questão estrutural e não afecta só Portugal.

Deve o Estado intervir e congelar os preços (ou descer o ISP que é equivalente a um congelamento)? Não! O problema é que consumimos demais (no mundo, não só em portugal).
Se começamos a subsidiar os combustiveis temos um efeito preverso: a procura não se adapta logo o preço continua a subir! (Não é por 'maldade financeira' que se diz em Economia que a "cura para preços altos são preços altos")

Havia forma de evitar isto? Sim! Eu não espero que um empresário dos transportes (que tem um camião e é ele que o conduz) saiba o que é cobertura de risco nos mercados financeiros, agora espero é que as "sacro-santas defensoras da classe" Anarec, Antram e outras siglas afins, sirvam realmente os seus associados e os informem que havia forma de compensar o aumento do preço (aumento esse previsivel e cobertura essa facil de fazer e acessivel a uma associação!).

Deve o Estado garantir, pela via fiscal/incentivos, a sobrevivencia de negócios que de outra forma não seriam viaveis? Não! Da última vez foram os pescadores, agora as empresas de camionagem, e da próxima vez outro sector (aviação talvez?). Se um negócio não é competitivo, não consegue competir e vai falir eventualmente o Estado não deve andar a interferir, sob pena de acabar com uma "Economia Zombie"!!

O Estado deve é garantir apoios e auxilio no desemprego, reformação e reinserção na vida activa, mas não na manutenção de actividades que de outra forma não são competitivas!

Além de que, se o Estado constantemente se entrêm a "socializar as perdas", que incentivo têm os empresários - sejam pescadores, armadores, camionistas, banqueiros ... - têm em gerir os seus riscos? Quando lucro tudo bem, quando perco por má gestão basta parar o país e esperar que o contribuinte me venha salvar?!

Não têm razão nem na forma como estão a fazer a greve, nem no conteúdo da mesma...

Margarida Balseiro Lopes disse...

São-me, absolutamente, irrelevantes os motivos da greve dos camionistas. A partir do momento, em que apedrejam, incendeiam, atropelam, impedem colegas de trabalhar, olho para o protesto como um motim colectivo ilegal que ameaça o normal funcionamento do país. E o governo, nada diz.

Paradigmático do absurdo do protesto foi o apedrejamento de um camião de medicamentos hoje de madrugada, por supostamente ter “furado” a greve. Os autores do apedrejamento do veículo responderam, escandalosamente, que a polícia não avisou que era um autocarro com medicamentos. Mas a polícia não avisou? Deixámos de viver num Estado de Direito? Quem exerce agora a autoridade são os camionistas?

Já imaginaram se os médicos fizessem greve, sem garantir os serviços mínimos? Era grave? E a paralisação forçada do país, admite-se? Agridem-se outros motoristas por quererem trabalhar? Seja por que razão for.

A crise que atravessa o país é muito grave. Mas não creio que justifique a leviandade com que se toleram violações sistemáticas da lei, inadmissíveis num Estado de Direito.

Diogo Agostinho disse...

"Por mim está na altura de o Estado devolver a ordem à Nação."

Por mim chegou ao fim o ciclo Sócrates!

Anónimo disse...

Deixem-me que recorde que houve um companheiro nosso que há umas semanas. Sugeriu que seria importante tomar uma iniciativa fiscal no que concerne aos combustíveis, como medida de emergência, de modo a que se combatesse a subida incontrolada dos preços aos clientes finais justificando tal iniciativa com a necessidade de se evitar piores consequências sociais.

Foi, publicamente, chamado de inexperiente e estar a fazer demagogia pura. É Economia Estúpido!!

Pois, mas o problema é que a vida não é só balancetes, deficit, proveitos, custos, receitas fiscais, etc,.
Por vezes é necessário dar um passo atrás para se poder avançar com mais confiança. É Política, digo eu.

O PS já teve que ceder aos pescadores e aos agricultores. Pensou que os camionistas seriam fáceis de domar. Engano. Mas o que mais é revoltante é que se chega aqui sem se ter feito nada para se evitar. Veja-se o belo exemplo do ministro da economia que enviou uma carta aos seus ho9mologos europeus para se realizar uma cimeira sobre este assunto dos combustíveis e segundo o Expresso nem lá pôs os pés. Brilhante!

Estes homens defendem a sua posição, a sua vida e das suas famílias.

Doi-nos porque é aqui na nossa quinta. Se fosse no quintal do vizinho, iríamos sofrer igualmente mas como era lá já nos custava menos.

E a quem interessa esta crise? Então o transporte de mercadorias por comboio, barco?

O que se pede são soluções e para isso Sócrates e o seu Governo já está fora de prazo.

Anónimo disse...

Só para complementar o meu post anterior :

"Agricultores admitem associar-se a protesto dos camionistas

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) admitiu hoje que o sector «possa vir a manifestar-se publicamente», em protesto conjunto com os camionistas, disse hoje à agência Lusa o seu presidente, João Machado.
Os agricultores «reivindicam exactamente o mesmo que os camionistas, gasóleo profissional ao preço de Espanha», e custos «mais baixos para os factores de produção», explicou João Machado." in Diário Digital ,11.06.07

Abraço

xana disse...

Nibguém concordará com os excessos que se estão a verificar, como aliás, também aconteceu em Espanha. Ainda assim existe uma linha muito ténue entre o egoísmo de quem protesta e o egoísmo de quem sofre com o protesto.

Quem diz que a greve é ilegal e que os camionistas são uma cambada de atrasadaos mentais, também se está a extremar, no meu ponto de vista.

O que devia chocar a todos é a passividade deste Governo que deixou isto chegar a este ponto.

Meus caros, aquando da discussão da liderança do PSD nas últimas directas, muios de nós, inclusivamente eu, expressamos a preocupação por um país que estava à beira do percipício. Não deveriam os nossos governantes ter percebido isso também? Que fizeram eles? Continuo a ouvir Sarkozy a falar sobre este problema e o sr. Pinho baldou-se à discussão com os outros ministros da UE, quiçá porque tinha uma bela partida de golfe no fim-de-semana.
Já o disse e volto a dizer, há muita gente que não está AINDA a sofrer a crise, porque uns querem ir as prateleiras do hiper e comprar comida, outros não têm dinheiro para o fazer. São coisas bem diferentes! Alguém se quer meter na pele dessas pessoas? Desespero... normal!

O pvf disse: "Pois, mas o problema é que a vida não é só balancetes, deficit, proveitos, custos, receitas fiscais, etc,.
Por vezes é necessário dar um passo atrás para se poder avançar com mais confiança. É Política, digo eu."

Não posso concordar mais. Já chega de teorias económicas da treta que por certo são muito úteis mas não estão a resolver a vida das pessoas!

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

É à conta de "politicos preocupados" [eu chamo-lhes "demagógicos" mas vocês preferem "preocupados"] que ignoram as "politicas economicas da treta" que este país está no estado em que está, estagnado à 10 anos e a divergir com todos os membros da UE...

Apoiar as pessoas em dificuldades, no apoio ao desemprego, reformação e reinserção? Sim! interferir e sustentar negócios que de outra forma não conseguem competir - e que neste momento não conseguem competir por falta de gestão, de risco neste caso - não!

jfd disse...

Xana, na boa, percebo perfeitamente que ilustras o teu ponto de vista!
Remeto-te para a clareza com que a Margarida ilustra a coisa... Que me dizes?

Paulo, ainda bem que nos deixaste essas três coisas! Também eu fico parvo com os Fernandos Rosas deste país que cagam de alto...

Guilherme, realmente cada vez mais estou convencido que o mercado tem de se corrigir...

E não chega de políticas economicas da treta!!! Finalmente estamos a viver na pele a economia e as suas consequências!!! Não há demagogia que lhe resista.
As pessoas percebem que afinal as coisas são más, estão más e vão continuar más! Não há fórmulas mágicas!

jfd disse...

E a crise alimentar é outra história!
Eu já escrevi e ventilei muito sobre isso aqui no psico. Culpei tudo e mais alguma coisa...

Mas entretanto li, aprendi e evoluí. E é tal e qual o ouro negro. Quando a base de consumidores aumenta vertiginosamente, o preço aumenta. Ponto. Nada há a fazer. Apenas podemos alterar habitos, encontrar soluções. Ou então ser mais produtivos para ganhar mais e manter os padrões de vida.

jfd disse...

Lisboa, 11 Jun (Lusa) - Buzinas contra combustíveis caros: o Movimento de Utentes de Serviços Públicos promove um "buzinão" nacional dia 17, tendo como destinatário um governo que os organizadores do protesto acusam de "assobiar para o lado" enquanto os preços sobem.

O apelo do MUSP, que afirma reunir "centenas" de comissões de utentes por todo o país destina-se sobretudo a interpelar o governo para que "crie condições para que os aumentos [de combustíveis] não sejam sempre suportados pelas mesmas pessoas", disse à Agência Lusa Carlos Braga, porta-voz do movimento.

"Queremos que seja uma acção de rua a nível nacional, com a participação da população. Não é tolerável que o governo assobie para o lado e deixe arrastar esta situação", afirmou Carlos Braga.

O MUSP está a contactar "comissões de utentes, estruturas sindicais, associações de transporte de mercadorias e colectivo de passageiros, federações do táxi" para aderirem ao protesto e organizarem os seus próprios "buzinões" a nível local.

A hora marcada para as buzinas se ouvirem é entre as 17:45 e as 18:00 de dia 17.

Entre as Comissões que já aderiram encontram-se as dos utentes do concelho de Almada, Sesimbra e Seixal que em comunicado apelam à participação da população e alargam a hora do protesto: o apelo é para os automobilistas protestarem na ponte 25 de Abril entre as 07:00 e as 09:00 e à tarde, entre as 17:00 e as 19:00.

Em Lisboa, os locais apontados para concentrações de protesto e "buzinão" são para já Alcântara, Marquês de Pombal, Parque das Nações e Entrecampos, mas o MUSP deverá na próxima sexta-feira divulgar com certeza os locais definitivos por todo o país.

Entre os argumentos invocados para o protesto está o "agravamento das condições de vida para as famílias" dos aumentos do preço dos combustíveis e outros aumentos que são sua consequência.

O MUSP defende medidas como redução do preço e diminuição de imposto sobre o gasóleo destinado às empresas transportadoras de mercadorias e passageiros.

Carlos Braga afirmou que o protesto divulgado hoje não está directamente relacionado com os bloqueios promovidos por empresas de transporte que desde domingo estão a ser realizados pelo país.

"Esta é uma acção que temos vindo a amadurecer há mais tempo, vendo que aceitação poderia ter e decidimos avançar quando tivemos respostas positivas", salientou.

APN.

Lusa/fim

jfd disse...

sol.pt
O bloqueio dos camionistas, que já dura desde a meia-noite de domingo, está a provocar ruptura de fornecimento de bebidas, nas quais a cerveja, nos hipermercados, supermercados, bares e restaurantes, correndo-se o risco de quem quiser comemorar as possíveis vitórias da Selecção portuguesa no Euro-2008 o tenha que fazer com o copo vazio.

José Pedro Salgado disse...

O QUÊ??

Acordem o PR. Digam que o Psico não fala mais da raça se ele declarar o Estado de Sítio!!

jfd disse...

ROTFL!
Só tu!
Tava com o AB ao telefone, foi só rir ;)

Tété disse...

Aqui em Albufeira, desde 2ª feira que faltam alguns bens na prateleira do hiper. Hoje já não há combustivel.Por favor expliquem ao meu chefe se eu na próxima 2ª não puder estar em Lisboa, sim?

Bruno disse...

Lamento mas não consigo ler isto tudo! Não tenho hipótese de acompanhar o Psico se quiser continuar a ter férias... Por isso vou comentar, correndo o risco de estar a ignorar alguma coisa do que foi dito. E eu que gosto tanto de aprender com o que leio no Psico...

:(

Mas tenho que dizer que concordo com a greve dos camionistas! O que se vive é um momento de crise em que devia haver uma acção da parte do Governo no sentido de descriminar positivamente os profissionais e empresas que mais sofrem e que se vêm quase impossibilitados de levar aa cabo o seu negócio.

Neste caso digo à Tânia que está a ser redutora na forma como encara a greve. O problema, filhota, não é o facto de eçes prejudicarem as pessoas por estas não terem legumes e combustíveis. Isso é a consequência que se pretende atingir com uma greve para se chamar a atenção para um problema. É isso que dá força às greves e não podemos ser "umbiguistas"!

Mas concordo, Tânia, quando falas na inacção dos nossos governantes! Que vergonha! Que tristes são os meninos e meninas de Sócrates! E quando o Colaço fala em 2 pesos e 2 medidas para analisar Cavaco PR e os seus antecessores eu não concordo!

Cavaco assobiou para o ar como disse o Né no seu post! E isso é inadmissível! Uma coisa é não fazer política na praça pública mas dizer algo do género: "estou em contacto com o Governo no sentido de se resolver rapidamente o problema"! Pelo menos diria às pessoas: "as funções que a CRP me reserva são uma bela treta mas eu estou a fazer os possíveis para não trair a confiança que depositam em mim!".

Sobre a palhaçada dos "piquetes" que infringem a lei, apedrejando, incendiando ou colocando-se à frente de veículos de colegas provocando o próprio atropelamento, reforço o que já disse: tristes do sindicalistas que continuam a não mostrar inteligência suficiente para levarem a bom porto as suas reivindicações... Tristes! Infelizes! Básicos! Fracos!

Bruno disse...

Caso não tenha sido claro, concordo com o Jorge no seguinte: ESTÁ NA HORA DE REPOR A ORDEM!

José Pedro Salgado disse...

Já se foi o gasóil na zona de Santarém, e a gasosa vai pelo mesmo caminho.

Se a coisa continuar assim, a minha carteira e o meu físico (já de si algo adónico) é que vai agradecer. Vou levar o carro para Lisboa mas, descontando uma eventual deslocação a Sesimbra no fim-de-semana, vou deixar o pópó na garage até o assunto estar resolvido.

Qual Depuralina... Greve de camionistas é que é!

Também fui hoje às compras, mas confesso que (para além de bananas) não dei pela falta de nada.

E disse...

Isto é incrível. Sem gasolina/gasóleo em Lisboa. O caos está instalado. Depois de 3 dias de paralisação, temos o país de rastos. Valha-nos o Euro2008 para nos distrair desta crise. Agora e se faltasse o petróleo, como seria? Será que é agora que as pessoas finalmente acordaram? Só "à chapada", não é, é que acordam para a realidade?

Estamos muito dependentes do petróleo, isso afecta a nossa segurança nacional. Na Espanha já temos a polícia a dar porrada nos camionistas e a prender os piquetes de greve. Por cá, penso que falta pouco, já que os piquetes não estão a conseguir controlar-se e não estão a permitir a passagem de bens alimentares e medicamentos.

jfd disse...

Eu fui a um Pingo Doce, ao do Lumiar... não fosse um inteligente arranjar das prateleiras pareceria que fazia parte dum episódio da já cancelada série Jericó... Os congelados e os frescos estão desoladamente sem companhia, o homem do talho assobia para o ar sem nada para fazer, no pão os bolos morrem solteiros...

Precisamos mesmo deste choque.
Confesso que sorrio por dentro (serei má pessoa?)
Está na hora de cair na real!
Mudar de hábitos, mudar de vida!

Maldito governo que vai ceder!!!

jfd disse...

Primeira medida para inglês ver... Mesmo assim é de louvar! Reparem nas objeções do PCP ;)


Lisboa, 11 Jun (Lusa) - A Câmara de Lisboa aprovou hoje um estudo para a criação de um sistema de bicicletas de uso partilhado, com cerca de 2500 bicicletas distribuídas por 250 postos na cidade.

O sistema, semelhante ao que existe em cidades europeias como Paris ou Barcelona, deverá ser instalado em Junho do próximo ano, segundo a previsão do presidente da Câmara, António Costa (PS).

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal, o autarca referiu igualmente que em Setembro deverão estar concluídos os "termos de referência" para o lançamento do concurso público.

"É uma medida importante para estimular o uso da bicicleta e a mobilidade sustentável", afirmou.

O vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes (BE), considera que a proposta representa um "salto de gigante" na política de mobilidade da cidade e gostaria que o sistema estivesse criado a tempo do dia do Ambiente do próximo ano, a 5 de Junho.

A proposta foi aprovada com a abstenção da CDU e os votos favoráveis das restantes forças políticas.

O vereador comunista Ruben de Carvalho defendeu que o estudo hoje aprovado não esclarece eventuais responsabilidades jurídicas em caso de acidente dos ciclistas.

A CDU teme ainda outros "problemas de segurança" decorrentes de uma utilização massiva e não controlada daquele meio de transporte.

"Dada a forma como está o espaço público andar de bicicleta vai ser uma aventura", argumentou.

ACL.

Lusa/Fim.

Bruno disse...

Não conheço o sistema de Paris ou Barcelona mas é semelhante ao da BUGA (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro)?

José Pedro Salgado disse...

De certa forma concordo contigo Jorge. Mas preocupa-me esta forma de protesto quando se vier a mostrar a sua carantonha mais feia.

Enquanto for só uma questão de incómodo meu, com isso posso eu bem. Preocupa-me o resto.

Mas esperemos que estes pequenos sinais sirvam para que o mundo se vá adaptando às mudanças que por aí vêm.

jfd disse...

Bruno eu presumo que seja algo parecido com o sistema que conheço de Bruxelas.

Zé Pedro.
No meu modesto ponto de vista as coisas estão duras é verdade. E vão ficar piores. A Gazprom veio ontem dizer para o mercado que prevê o barril a 250€ daqui a não sei quanto tempo. O que fazer nessa altura?

Os preços estão caros. O Governo não pode utilizar os impostos de todos para descriminar positivamente como dizia o Bruno, alguns. A solução das pescas, a meu ver não é eficiente nem ajuda na busca de soluções óptimas.

As coisas estão caras? O transporte está caro? O mercado tem de funcionar! O preço tem de ser transmitido na cadeia de valor até ao consumidor final! Paciência! É a vida!
Como dizia o Guilherme algures, só preços altos resolvem os problemas de preços altos. Só asfixiados é que vamos procurar outras formas de como respirar melhor!

Agora se constantemente nos dão oxigénio à socapa ou sempre que vociferamos, ficamos preguiçosos e acomodados!

É lindo ver a história acontecer aos nossos olhos meus caros. No meio da desgraçada toda, é lindo!

jfd disse...

jornal de notícias.pt

02h49m
Foi já de madrugada que as transportadoras reunidas no Expo-Salão da Batalha aceitaram os termos do acordo negociado entre a ANTRAM e o Governo. Mário Lino diz que a situação voltará à normalidade nos próximos dias.

Com este entendimento, chega ao fim a paralisação dos camionistas que afectou Portugal desde segunda-feira.

No entanto, a comissão organizadora dos protestos anunciou que irão formar em breve uma nova associação para defender os interesses do sector, uma vez que não se revêem inteiramente nos objectivos defendidos pela ANTRAM.

Por seu turno, Mário Lino, em entrevista à SIC Notícias mostrou-se muito satisfeito com o entendimento obtido no plenário realizado na Batalha.

Em breve, irá realizar-se uma nova reunião entre o Governo, a ANTRAM e a nova comissão de camionistas para continuar a discutir os problemas da classe.

jfd disse...

Enfim... oportunidade perdida!

Paulo Colaço disse...

Subscrevo o que foi dito pela Guida:

"Paradigmático do absurdo do protesto foi o apedrejamento de um camião de medicamentos hoje de madrugada, por supostamente ter “furado” a greve. Os autores do apedrejamento do veículo responderam, escandalosamente, que a polícia não avisou que era um autocarro com medicamentos. Mas a polícia não avisou? Deixámos de viver num Estado de Direito? Quem exerce agora a autoridade são os camionistas?"

Não estou contra a greve dos camionistas mas há que diferenciar "trazer desconforto momentâneo à população para que a greve seja ouvida" de "violar a liberdade do próximo".

Sobre o Presidente da República: juízos de mérito, alertas, puxões de orelha públicos, solidariedade pública não são o seu campo de acção.

Critiquei outros por fazerem isso. Cavaco criticou outros por fazerem isso.

Cavaco que fale com o PM, que vete, que mande para o TC, que dissolva, mas que faça a melhor gestão dos seus silêncios.
Sobretudo quando discorda do Governo!

Sobretudo aí!

Bruno disse...

Paulo Colaço disse...
Cavaco que fale com o PM

É isso mesmo que defendo! Concordo contigo quando dizes que Cavaco não deve fazer o que criticou a outros. Por isso o que eu disse é que ele devia falar com o PM, sim e dizer às pessoas que estão a ser feitos os esforços, a ser tomadas as medidas necessárias. No fundo, dizer que o Estado está a trabalhar porque concordarás comigo que isso não se notou muito nos dias de greve...

Penso, entretanto, que este post acaba por começar a caminhar no sentido da solução: é necessária (fundamenta, mesmo!) uma mudança de hábitos. Não podemos continuar a refilar e a gastar combustível a rodos, muitas vezes sem necessidade disso...

Anónimo disse...

Ainda o Dia da Raça: não fiquem pela palavra Raça. O Dia da Raça é um símbolo da época salazarista e não gosto de confundir o democrático Dia de Portugal com o passado salazarista.

Papel do PR: um presidente pode falar aos portugueses sem ser um Sampaio ou um Eanes. E este PR tem-no feito: com a reforma do mapa judiciário, com a agricultura, com a reforma da administração pública.

É grava quando o País fica à beira da beira do colapso e o PR nada tem para dizer. Nem que seja para apelar ao bom senso.

Quanto à proposta do PPC: estava tão errado ontem como hoje. Uma redução do ISP não resolve o problema do aumento dos combustíveis. Sou a favor da descida dos impostos, mas sugerir a descida do ISP como solução é uma de duas coisas: ou populismo ou inexperiência.

O Guilherme já escreveu bastante sobre isso.

Anónimo disse...

E sobre a descida do ISP deixo estes links. No primeiro têm ainda mais links que muito melhor do que eu sou capaz explicam o porquê de ser perigoso defender a baixa do ISP.

http://oinsurgente.org/2008/05/28/a-tentacao-demagogica-6/

http://blasfemias.net/2008/05/22/baixar-o-isp/

O primeiro tem mais uns quantos links úteis.

jfd disse...

Tens de aprender uma coisa sobre Economia Nelson. Ou, melhor colocando, um pensamento que me assola; Não há verdades absolutas. Há sempre várias formas lógicas e com perfeito senso de chegar a diferentes resultados. Depois há sensibilidades ;)

Fiquei com pena de não te teres exprimido acerca do assunto "greve" e fim da mesma...

Bruno disse...

Eu gostava de perceber uma coisa que se calhar o Guilherme (ou outros) até já explicou por aí noutro post que eu não tenha acompanhado:

Se o Estado está a arrecadar menos dinehiro com o ISP do que esperava, será que uma baixa controlada não faria de novo aumentar o consumo e equilibrar as contas desse item específico?

Por outro lado, será que isso é uma mensagem positiva nesta altura ou a preocupação do Estado deve ir para motivar as pessoas a consumirem menos derivados do petróleo?

Bruno disse...

Para quem tiver curiosidade em saber o que disseram, aqui fica o Comunicado dos TSD:

O Protesto dos Camionistas
traduz o sufoco das Classes Médias


É um erro, que pode sair muito caro, o governo continuar a ignorar o protesto dos
camionistas ou responder-lhe com a insolência que caracteriza a sua acção.
Os camionistas de mercadorias que protestam, são empresários individuais ou
pequenos empresários, que vêm lutando com enormes dificuldades e que o
agravamento do preço dos combustíveis nos últimos tempos apenas é a “gota de
água” que fez transbordar o copo do desespero dessas pessoas.
Os TSD estão solidários com esses portugueses e compreendem as suas razões,
muito parecidas com situações que afectam milhares de famílias – que tinham um
padrão de vida razoável e hoje encontram-se na pobreza e na miséria – por terem
caído no desemprego ou porque os encargos com o endividamento à Banca as
arrastaram para a insolvência.
Porém, os TSD lembram que o protesto deve processar-se no respeito pela legalidade,
especialmente não adoptando métodos violentos e respeitando a liberdade daqueles
que eventualmente não desejem aderir à paralisação.
Os TSD têm vindo a chamar a atenção do governo para as crescentes dificuldades que
as pequenas e médias empresas enfrentam, havendo necessidade de um programa de
emergência, com apoios concretos a essa área do nosso tecido empresarial. Mas o
governo PS sempre encarou com desdém essas empresas, em contraste com a sua
atitude servil face aos grandes grupos económicos.
Os TSD consideram que não há razão para os combustíveis em Portugal serem
substancialmente mais caros do que em Espanha. Os impostos sobre os
combustíveis podem encher os cofres do Estado e das gasolineiras, mas
arruínam a vida das famílias e das empresas mais pequenas.
A situação é muito grave, tem implicações nas empresas, no emprego e nas famílias,
pelo que o governo, com discrição e sem alardes propagandísticos, deve chamar as
gasolineiras e com elas encontrar, conjuntamente, uma fórmula que modere: os
preços dos combustíveis aos consumidores; os lucros escandalosos das gasolineiras; e
as receitas fiscais obtidas pelo Estado.
Lembre-se que a GALP, que ainda tem o monopólio da refinação do crude em Portugal,
empresa onde o Estado detém uma posição importante, contribui fortemente para a
constituição do preço dos combustíveis.
Os sacrifícios impostos às classes médias, cada vez mais depauperadas, são
insuportáveis e, conjugados com o fenómeno arrepiante da pobreza, podem conduzir a
uma crise social com dimensões imprevistas.
É tempo do governo PS arrepiar caminho, olhar para o País real e os problemas
verdadeiros que afectam as pessoas e as empresas, e deixar de falar de um País
virtual que só existe no imaginário do Primeiro Ministro.

Lisboa, 11 de Junho de 2008

O Secretariado Executivo

Guilherme Diaz-Bérrio disse...

Mas simplificando a questão bruno:

Se o consumo aumenta com uma baixa de imposto, de modo a que o estado arrecade de novo o que perdeu, então a procura de petroleo continua a aumentar a um ritmo constante, logo o preço continua a subir alegremente...

Se pensares que 40 por cento da gasolina mundial é "subsidiada", logo não "mexe", torna-se um pouco irresponsavel ver responsaveis europeus (ou candidatos a responsaveis) defender algo que vai apenas provocar maior consumo e mais preços altos...

Bruno disse...

Compreendi-te, Guilherme ;)

Gracies!

Anónimo disse...

Já estava tudo dito Jorge, não tenho tido tempo para comentar tempestivamente. Agarrei nas pontas soltas que eu achei interessantes.

Quanto há economia: é verdade que não há verdades absolutas, mas vender a baixa do ISP como a solução da crise ou forma de atenuar a crise é um erro absoluto ;)

É ver a explicação do Guilherme no que provoca o aumento dos combustíveis no post do boicote e ler os links. É um problema que vai bem além da fiscalidade.

P.S. Mesmo que Portugal reduza hoje o ISP, terá de voltar a este nível antes de 2015. Há um compromisso europeu nesse sentido.

jfd disse...

O Guilherme dá boas explicações, mas é a corrente que ele defende.

A pergunta do Bruno parece uma daquelas perguntas que faz a bancada do Governo ao Governo em debate quinzenal LOL.

Nem tanto ao mar nem tanto à terra com essa resposta. Assim como eu não dominio o assunto suficientemente para dar a volta às respostas do Guilherme, os meus amigos Guilhermistas deveriam ter a sensatez de perceber que não percebem o suficiente para ficarem logo satisfeitos com a explicação do prestável Guilherme!

Verdade Guilherme?

E quando digo dar a volta, não é dar a volta por dar a volta. Assim como os meus caros, leia-se Nelson Faria, continuam a bater na mesma tecla só por causa do PPC.

De facto o Estado está a arrecadar menos receita, de facto baixando arrecadaria mais. De facto seria um bom sinal para o mercado, de facto também seria um mau sinal.
Há muitos factos mais. E poucas certezas! Scuts? Prova!

Escolham a vossa posição e depois defendam-na.

Eu em 3 meses já mudei de um lado para o outro como quem muda de calças (haviam de me ver numa aula de Economia)

Ora sou intervencionista, ora não sou. Vai-se crescendo, agora não há verdades absolutas. Não atirem areia para os olhos uns dos outros :P

PS - já escolhi o Mestrado;) Economia no ISCTE.

Anónimo disse...

Pois Jorge, por isso é que eu remeto também para os links para além da opinião do Guilherme. Tu sabes que eu costumo ter mais do que uma fonte para as coisas, pensava que já tinhas percebido isso ;)

E não é por causa do PPC guilherme, é porque sou mesmo um liberal e essa política está errada aos olhos de um liberal (ver os links que dei e os links que lá estão).

Mas a proposta era irresponsável ontem e é irresponsável hoje. Viesse de quem viesse. Se MFL amanhã defender isso eu continuo a achar irresponsável.

Anónimo disse...

No segundo parágrafo onde escrevi "guilherme" deve ler-se "jorge. No harm intended :)

Boa sorte para o Mestrado Jorge.

jfd disse...

Né fica clarificada então a tua posição e retirada a minha injustiça ;)

Obrigado!
têm é de acontecer uma série de coisas antes! E nesta ordem:
terminar o projecto, reunir fundos, ser aceite, e então sim ;)

Bruno disse...

Oh Jorge, acredita que a pergunta foi mesmo por curiosiade! Motivada, de resto, por nunca ter ouvido PPC explicar a sua teoria. Não digo que ele não o tenha feito; tão somente que eu não ouvi (nem li).

E eu também não disse ao Guilherme que depois da explicação dele aquilo passava a ser uma verade absoluta. Disse tão somente que percebi a lógica do que ele defendeu o que nem sempre acontece comigo e com a Economia (posso dizer-te que foi "só" a última cadeira do curso que fiz e era do 1º ano...). Até por isso: muita merda* para o mestrado!!!

*2ª vez que escrevo esta palavara no Psico, hoje. Que falta de nível...

Anónimo disse...

Margarida,
Nem mais!... Foi tudo dito no seu comentário. Melhor, foi tudo questionado no seu comentário: "Mas a polícia não avisou? Deixámos de viver num Estado de Direito? Quem exerce agora a autoridade são os camionistas?
Subscrevo o princípio o meio e o fim do comentário...

Paulo Colaço disse...

E eu subscrevo o comentário da Cidália :)

Paulo Colaço disse...

Né, tens toda a razão: o PR pode falar do País sem se tornar num Soares ou num Sampaio.

O que eu acho (e creio que tu concordas) é que o PR não deve banalizar as suas intervenções, falando à margem de eventos. Se falar, deve escolher os momentos mais formais.

jfd disse...

Não resisto:

E eu subscrevo o comentário da Cidália :)

Jura! LOL

Né, tens toda a razão(...)

Pronto já te redimiste de teres discordado do Né!

hihihihihihihi