sábado, abril 26, 2008

A queda de uma estrela


Muitas pessoas vivem da fama, fortuna e da aparência social.

No nosso país é o pão nosso de cada dia.

Aparecem em revistas, são convidadas para festas sociais, e deliciam os telespectadores.

Normalmente tratam-se de pivots televisivos, relações publicas, actores, cantores, jogadores da bola, entre outros......

Mas a fama dura pouco e depois do estrelato sentem-se sozinhas, sem saber o que fazer e muitas vezes caem em depressões que os levam a procurar ajuda....

Quem é uma verdadeira estrela?

O que faz de uma pessoa uma "super star"?

Não será a altura de deixar de dar importância a estas pessoas?

13 comentários:

Anónimo disse...

Há uma certa confusão, não sei se correcta, entre notoriedade\reconhecimento popular e estrelato.

Até considero um fenómeno saudável ;) dispendioso e fútil, mas um bom exercício catártico.

Quando aqui há uns anos um Xeque fez uma festa no Pine Cliffs com as pessoas mais importantes de Portugal, lembro-me que um dos nossos articulistas publicitou a verdadeira festa com as pessoas mais importantes de Portugal. Uma festa onde estava o PM, a então Ministra das Finanças, o Ministro da Presidência, os Presidentes da CM Lisboa e Porto, Belmiro Azevedo, António Mota, Fernando Ulrich, Presidentes do Millenium, BES, CGD e BPI... enfim, as forças vivas da sociedade, as pessoas que se movimentam nos círculos de decisão.

Mas serão essas pessoas estrelas? Não são um tanto cinzentonas, não lhes falta glamour, irreverência e esse traço de humanidade chamado "estados de espírito" que os leva a fazer as maiores baboseiras?

Inanidades, enfim!

Anónimo disse...

Erro clamoroso: o Presidente do BPI aparece duas vezes. Infelizmente não sou pago pela publicidade gratuita.

Francisco Castelo Branco disse...

isso são pessoas que trabalham e fazem por merecer....

Agora os VIp´s morangada é que não..

têm publicidade gratuita

Anónimo disse...

Existem nesta posta vários conceitos e temas tão importantes que cada um, só por si, já merecia ser comentado.

Quando refere: "Não será a altura de deixar de dar importância a estas pessoas?"

Eu respondo, Não!
Estas pessoas como todas as pessoas merecem o nosso respeito.

O que elas não merecem, e, o que eu não faço, é adoptá-las como referÊncias de vida.
Mas À toda uma máquina a trabalhar no sentido contrário ao meu.
È preciso tornar as festas em momentos inesqueciveis; é preciso chamar gente a essas festas, então enfia-se um isco, chamam-se as dondocas, as tias e sei lá mais o quê; é preciso vender revistas cor de rosa; é preciso criar figuras bonitas, alegres, aparentemente bem sucedidas nas quais nos possamos projectar para comprar os mesmos sacos, as mesmas sandálias, os mesmos perfumes, os mesmos....;
Essas pessoas sabem que estão a ser usadas, mas alinham. São pagas para alinharem nisso.

O que é que construiram? em que cresceram? o que aprenderam? Nada!Futilidades, momentos curtos de uma estranha felicidade...
Naturalmente que, quando se encontram com elas próprias o sentimento de solidão é dificil de acomodar.
E solidão aqui, não é a solidão desejada de alguém que se isola porque precisa de criar e de crescer, falo aqui da solidão que se impõe de uma forma tão intensa que não é possivel descrevê-la, sente-se, esmaga mas é indescritível.

Francisco Castelo Branco disse...

bom ponto de vista.

Gostei

Inês Rocheta Cassiano disse...

Neste assunto não consigo deixar de concordar em absoluto com a Cidália. As pessoas vivem para os seus 15 minutos de fama, o desejo e ambição de serem conhecidos, admirados, desejados é o motor que alimenta todo este frenesim pelas tais "superstars".
E quando se falou aqui em solidão, não consigo deixar de pensar como será a vida destas pessoas, a sua vida está exposta aos olhos de todos e para quem quer ver, ser-lhe arrancada a sua privacidade deve ser devastador. A esfera íntima de uma pessoa não pode ser quebrada nem violada, é parte de nós (e por isso é íntima).
Mais, é perturbador perceber que muitos vivem destas histórias, destes fait divers e tiram daí o seu sentido de vida. Por exemplo, os Big Brothers: milhares (nem sei se milhões) assistiam diaramente ao quotidiano de algumas pessoas, mas isto é entretenimento? Deixamos, por vezes, de viver a nossa vida e emaranhamo-nos na vida dos outros...

jfd disse...

Eu sou mais viver e deixar viver.
Adorei o Big Brother , e por acaso acaba a 9ª season no EUA e eu estou curioso por saber se ganha o Adam ou o Ryan. É divertido e sim, para mim é entretenimento. Aliás, foi a primeira versão de Inverno e aconteceu devido à greve dos argumentistas, que entretanto acabou.
As coisas têm a importância que nós lhes damos.
As revistas só se vendem se as compramos.
Os programas só têm audiência se os vemos.
VIP’s são aqueles a quem lhes damos essa importância.
Um morango, pode-se comer com ou sem açúcar!
Tudo são negócios. Não sejamos inocentes!

Né, excelente pensamento:

Até considero um fenómeno saudável ;) dispendioso e fútil, mas um bom exercício catártico.


Cidália, idem!

Estas pessoas como todas as pessoas merecem o nosso respeito.

José Pedro Salgado disse...

Digo já que não sou grande fã das estrelas aqui ilustradas.

Têm uma certa característica de "show-of" que me custa um bocado a engolir.

Tendo dito isto: não sou obrigado a ver os programas onde figuram, a ir às festas onde aparecem ou a lêr (lêr, lol) as revistas que frequentam, e aproveito essa liberdade com clamôr.

Tendo dito isto, há estrêlas e há quem tenha a mania que é estrêla...

Anónimo disse...

Volto aqui para ressalvar um erro de palmatória: quando digo "mas À toda uma máquina" é bem "mas Há toda uma máquina", o "há" é a forma do verbo haver no presente do indicativo da 3ª pessoa do singular

Paulo Colaço disse...

Uma pergunta prévia: Zé Pedro, esses circunflexos todos derivam todos do acordo ortográfico?
Se sim, quero a minha língua de volta...

Quanto ao tema:
pessoas medíocres adoptam estrelas medíocres.
Gente com pouco que fazer dá importância a coisas impensáveis.
Jornais com páginas para encher dão destaque a futilidades.
Informação comercial precisa de figuras "comestíveis" pela opinião pública da mesma forma como presidentes norte-americanos com a imagem em baixo precisam de uma guerrazinha para distrair os eleitores.

Mas não ponho a culpa apenas nos milhares de portugueses com baixos níveis de exigência ou nos desocupados que se maravilham com tudo.

A culpa é também da máquina comercial da comunicação social que se apoia na vulgaridade para vender.

Costumo dizer que muita da beleza do futebol em Portugal morreu quando foi preciso inventar umas polémicas entre clubes e dirigentes e treinadores e jogadores para alimentar os vários fut-jornais diários que apareceram.

Dessa relação oferta/procura nascem as estrelas: as boas, as más e as abjectas.

A Cidália tem razão: todos merecem respeito. É facto. Mas nem todos merecem um minuto da nossa atenção.

Tenho feito por dar importância apenas àquilo que a tem. Se o fizermos, passamos ao lado da vulgaridade.

José Pedro Salgado disse...

Não, derivam do facto de o comment ter sido escrito ao que é agora depois da minha hora de deitar, depois de ter ingerido massivas quantidades de Direito do Trabalho.

Paulo Colaço disse...

ehehehe, fico esclarecido (e aliviado)

jfd disse...

off-topic
Por falar em Direito do Trabalho, é verdade que o artigo da Cedência tem um acordão do Supremo (de tão ?

on topic
Colaço disse:
da mesma forma como presidentes norte-americanos com a imagem em baixo precisam de uma guerrazinha para distrair os eleitores.

Recomendo, para quem ainda não viu, o filme Manobras na Casa Branca! Ilustra na perfeição isto que o AB aqui diz!