terça-feira, fevereiro 19, 2008

O fim de uma era???

"Não aceitarei -repito - não aspirarei nem aceitarei o cargo de Chefe do Conselho de Estado".

Será que ficará assim marcado o fim de uma era? A queda de um dos últimos bastiões de um tempo que já lá vai?
O que acontecerá a este país?
A Utopia de uns, o Inferno de outros.
É incrível como contra tudo e contra todos, este regime já leva mais de 50 anos.
Com os seus vícios e as suas virtudes.
Cuba é Comunismo. Cuba é violação de direitos humanos. Cuba é centralismo económico. Cuba é inovação médica. Cuba é destino turístico. Cuba é parte do imaginário colectivo de muitos democratas!

"O meu dever elementar não é o de me agarrar aos cargos, nem fechar o caminho a pessoas mais jovens, mas transmitir experiências e ideias cujo modesto valor provém da época excepcional que me foi dado viver".

Quem é, foi e será para vocês Fidel Castro???
O que será de Cuba?

21 comentários:

jfd disse...

Cuba: Renúncia de Fidel é "momento simbólico" e "de esperança" para abertura do regime - PS
19 de Fevereiro de 2008, 12:43

Lisboa, 19 Fev (Lusa) - O PS considerou hoje a renúncia de Fidel Castro à presidência de Cuba "um momento simbólico" e "de esperança" para a abertura e a democratização do regime cubano.

"Este é um momento importante e simbólico para os governantes e o povo cubano poderem dar um passo no sentido da abertura, da democratização e de melhoria dos direitos humanos e das condições económicas do país", disse à Agência Lusa o porta-voz do PS, Vitalino Canas.

Fidel Castro renunciou à Presidência do Conselho de Estado de Cuba, anunciou hoje o diário oficial Granma na sua edição "online".

"Não aspiro, nem aceitarei - repito - não aspiro, nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e de comandante-em-chefe", escreveu Fidel Castro, 81 anos, afastado oficialmente do poder há cerca de 19 meses, devido a doença.

Para Vitalino Canas, a renúncia de Fidel "é um momento simbólico", sem qualquer efeito prático devido ao afastamento, há vários meses, do líder histórico cubano devido a doença.

"É um momento em que o povo cubano pode dar um passo em frente. É, pelo menos, essa a nossa esperança", disse o dirigente socialista.

"Tenho a confiança que, quer por decisão dos governantes, quer por pressão do povo cubano, haverá uma abertura do regime", acrescentou.

NS.

Lusa/Fim

jfd disse...

PCP encara renúncia «com naturalidade»
O PCP recebeu «com naturalidade» o anúncio, esta terça-feira, da renúncia de Fidel Castro, enquanto o BE alertou para os desafios que Cuba e a comunidade internacional terão agora de enfrentar.

( 12:58 / 19 de Fevereiro 08 )




O PCP recebeu «com naturalidade» o anúncio, esta terça-feira, da renúncia de Fidel Castro ao cargo de Presidente do Conselho de Estado e de comandante-em-chefe, e espera agora que o país mantenha a politica seguida pelo Fidel.

«Naturalmente que o povo cubano e a sua revolução socialista devem muitíssimo a Fidel», mas «a edificação de um país soberano nunca poderia depender de um homem apenas, por muito importante que seja o seu papel», disse Albano Nunes, da Comissão Politica do PCP.

Para Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda (BE), Cuba e a comunidade internacional enfrentam agora novos desafios, com à renúncia de Fidel Castro.

«Creio que o primeiro grande desafio da comunidade internacional é terminar o embargo, em vigor há muito tempo e que nunca teve sentido», começou por dizer à TSF.

Por outro lado, continuou, «o próprio regime cubano está confrontado com um desafio muito importante», porque «não pode haver socialismo sem liberdade de opinião, sem liberdade sindical e sem pluralismo da política e da vida social».

http://tsf.sapo.pt/online/internacional/interior.asp?id_artigo=TSF188509

jfd disse...

CDS: Saída de Castro é "um motivo de esperança"
2008-02-19 12:05 (GMT) O CDS sublinha, porém, que é preciso esperar para se verificar se vai haver uma mudança em Cuba.
O CDS-PP vê a renúncia de Fidel Castro à presidência do Conselho de Estado de Cuba como "um motivo de esperança", mas sublinha ser necessário aguardar para verificar se existirá uma abertura na ilha.



"É um motivo de esperança que alguma coisa possa mudar e que a ilha possa viver em democracia e abrir-se às liberdades política, de expressão e de imprensa", afirmou, em declarações à Lusa, o deputado do CDS-PP Hélder Amaral.



"Não sabemos se apenas a ausência física ou formal de Fidel Castro conduzirá a algumas alterações", alertou.



"Vale a pena aguardar para ver se esta renúncia é uma oportunidade para que a ilha possa juntar-se aos valores ocidentais e da democracia ou se ficará tudo na mesma ou até se haverá um recuo", acrescentou Hélder Amaral.



Recorde-se que Fidel Castro renunciou à Presidência do Conselho de Estado de Cuba, anunciou esta terça-feira o diário oficial Granma na sua edição online.

TVNET/Lusa

jfd disse...

Cuba: PSD espera que novos dirigentes garantam democracia

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e actual responsável do PSD Martins da Cruz, manifestou hoje o desejo de que os novos dirigente de Cuba saibam «abrir caminho a novas expressões de democracia e liberdade».
Fidel Castro renunciou à Presidência do Conselho de Estado de Cuba, anunciou hoje o diário oficial Granma na sua edição online.

«Não aspiro, nem aceitarei - repito - não aspiro, nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e de comandante-em-chefe», escreveu Fidel Castro, 81 anos, afastado oficialmente do poder há cerca de 19 meses, devido a doença.

Para o presidente da Comissão de Relações Internacionais do PSD, «Fidel Castro fez aquilo que devia fazer, ou seja, deixar as funções para as quais manifestamente não tinha condições de saúde».

«É um ciclo da história de Cuba que passa, e esperemos que o novo ciclo permita um regresso ao respeito dos valores democráticos, da liberdade e da protecção dos Direitos do Homem», afirmou Martins da Cruz, em declarações à agência Lusa.

«Portugal tem um relacionamento com Cuba no quadro Ibero-americano em cujas cimeiras anuais participam geralmente os chefes de Estado e de governo de Portugal e de Cuba, para além de relações no âmbito bilateral», adiantou.

«Essas relações sempre se desenvolveram com normalidade, tendo sempre Portugal, no entanto, e sobretudo no quadro da União Europeia, manifestado a sua preocupação pelas violações dos direitos humanos em Cuba», frisou Martins da Cruz.

Fidel Castro - disse - «foi uma figura política que marcou a segunda metade do século XX, mas manifestamente nunca soube adaptar-se à queda do Muro de Berlim e à implosão da União Soviética, que foi sempre para ele uma referência».

«Por isso, esperamos que os novos dirigentes saibam abrir caminho a expressões da democracia e de liberdade em Cuba», disse o responsável do PSD.

Diário Digital / Lusa

Anónimo disse...

Goste-se ou deteste-se é um marco na história do Mundo. Fez uma revolução, libertou o povo de uma ditadura, submeteu-o a um regime autoritário.

Não irei pelo discurso optimista de muitos outros: não conheço o irmão de Castro mas não antevejo grande abertura de Cuba.

O problema de Cuba não era Castro, era o regime; com a saída de Castro, o regime fica enfraquecido mas não débil.

Falta liberdade naquelas ruas e será dificil levá-la até lá.

Margarida Balseiro Lopes disse...

Poucos se lembrarão, mas já no Psico houve um “post” com este título (apenas sem as interrogações): o do Saddam, publicado pela nossa Inês. E não foi certamente à toa: ambos foram ditadores, ambos foram afastados do poder (um pelas tropas, o outro pela doença), e com a sua saída almejaram-se ventos novos tanto para Cuba como para o Iraque.

Quanto ao futuro de Cuba: creio que permanecerá praticamente igual, com o seu “siempre” distintivo anti-americanismo, com a mitificação de Fidel e o comunismo a corroborar o atraso estrutural do país, “hasta la victoria”.

Paulo Colaço disse...

Já cá venho comentar mas quero subscrever cada palavra da Margarida.

jfd disse...

A Margot e o Né:) Tb eu subscrevo.
E aguardo a análise do PCC ;)

xana disse...

Quanto a Fidel, a primeira coisa que me lembro quando oiço este nome é de uma cena hilariante com o amigo Mendonça. Quando o senhor caiu e se aleijou num joleho (penso que foi só isso), na rádio, as primeiras palavras do locutor foram "Fidel caiu". Imaginem só a felicidade do amigo Mendonça ao pensar que o regime tinha caído, a sua posterior frustração por saber que o homem caiu mas foi do degrau, e o meu valente ataque de riso!

Filipe de Arede Nunes disse...

Como pode mudar alguma coisa?
O que mudou quando Salazar caiu da cadeira e foi substituido por Marcello Caetano? No caso em concreto penso que ainda será pior. Não creio que Raul Castro seja mais moderado que Fidel.
O problema de Cuba, como já foi identificado, é o regime - não apenas autoritário como diz o Nelson, mas a meu ver profundamente ditatorial - que tem feito sofrer um povo.
Enquanto não abdicarem desta forma de governo Cuba nunca será livre...
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Vasco Neves disse...

Mudanças de regime em Cuba com a renuncia de Fidel Castro? Não me parece!! Mudou o lider, mas o regime em cuba tem outras caras tem outros rostos. Tem um regime autoritário onde o exercito usufrui de uma posição muito preciosa, onde as suas estruturas são fortemente recompensadas pelo regime. Portanto menos uma variável nos ventos de mudança, pois não creio que os responsáveis militares queram perder a influencia que possuem. Por outro lado temos uma população fortemente controla e disciplinada pelo regime e onde existem muitos interesses instalados nos mercados paralelos. Sou da opinião de que a unica pressão virá dos milhares de cubanos exilados um pouco por todos o mundo, que juntamente com a direcção que resultar das proximas eleições dos EUA, deverão ser um voz muito activa contra o regime.

Tânia Martins disse...

Tal como vós não acredito que o regime irá mudar. Fidel cai mas a ideologia mantém-se, mais severa menos severa, não se sabe, mas os preceitos são os mesmos. Cuba continuará um óptimo resort turístico e um péssimo local para garantir direitos fundamentais, a pressão continuará nas ruas de Cuba.

Tal como diz o Né, Fidel não se livra de ter sido autor de umas das épocas mais importantes da História de Cuba e, consequentemente, na História mundial.

Respondendo à questão do post: Fidel para mim é e será o homem que livrou Cuba do regime de Batista, independentemente dos feitos posteriores.

Tiago Mendonça disse...

Deixei umas notas no meu blogue sobre o assunto. É, à escala mundial, uma das grandes figuras do século XX. Durante o período da Guerra Fria, latu sensu, 1945-1989, presidiu a um importante bastião pro-comunista em pleno continente americano. A crise dos mísseis, absolutamente marcante no desenrolar do clima de terror, não obstante da coexistência pacífica após a morte de Estaline, marcam a Guerra Fria e consequentemente o bipolar século XX.

Fidel sucedeu a Batista, ditador pró-americano, mas submeteu o país a nova ditatura. Desenvolveu a economia com base na aposta forte no turismo mas de liberdade não foi feito o seu percurso.

Ficará para a história, para a maioria das pessoas, como um lutador, um guerrilheiro, um senhor simpático que renunciou quando a doença se apoderou dele.

Mas falou-se de Saddam. Erro político, histórico, humanitário dos Estados Unidos. Saddam, tremendo ditador, fica para a história como aquele que enforcado e filmado caiu às mãos de Bush.

Em Portugal, numa escala incomparável, Salazar, não obstante da credibilidade do programa, eleito o melhor português de sempre.

Normalmente, tirando os casos mais emblemáticos, as pessoas não recordam os ditadores com más memórias. Muito piores memórias têm as pessoas que não vivem nesses países. Conheço alguém cujos pais viveram na era Estalinista e a opinião não é negativa. Até já ouvi dizer bem de Mussolini. E Hitler, o ditador que chegou ao poder por via democrática.

Enfim, um tema ambiguo. Muito ambiguo. E que levanta uma panóplia de questões.

Continuação de bom trabalho para todos.

Anónimo disse...

Ó companheiro Vasco ;),

Costuma-se dizer que pior que os cubanos de Cuba só os cubanos de Miami. Não sei se a ilha está preparada para o regresso desses meninos :)

Paulo Colaço disse...

Ser dos últimos a comentar é ficar reduzido à concordância ou discordância das opiniões já expressas.

Duvido que venha a haver transição democrática pacífica em Cuba: as elites do Poder estão demasiado agarradas para o permitirem. Não que não ganhem as eleições, mas a democracia tem uma coisa má: o Povo muda de opinião com facilidade e entrega o Poder a quem quer...

Deixo aqui uma ligeira piada que se contava no "meu tempo" (falou o psico-cota). Dizia-se que Cuba era o maior país do mundo. Porquê?
Porque tinha o território em Cuba, o exército em Angola, o Poder em Moscovo e a população em Miami...

Tem graça, ou talvez não.

Anónimo disse...

Muito bom Colaço!

Paulo Colaço disse...

Desgraçadamente, creio que gostaste mais do meu terceiro parágrafo que do segundo...
:(

José Pedro Salgado disse...

Acabem com um embargo estúpido e anacrónico. Trabalhem com quem lá ficar.

E lembrem-se que nem sempre o mau é o pior que pode acontecer.

Dri disse...

Já quase td foi dito mas concordo com o Né.

Paulo Colaço disse...

Sai Castro e entra Castro.
É um claro sinal: os homens mudam mas as liberdades continuam castradas...

jfd disse...

Só uma pequena provocação ao comentário anterior ;)

Cuba se asoma al vértigo del consumo
Los cubanos reciben con expectación la llegada de las primeras medidas de apertura económica de Raúl Castro
MAURICIO VICENT - La Habana - 13/04/2008

"La política sin economía no sirve, y eso Raúl lo sabe", dice Jorge, un jubilado de 75 años. Ha visto "los 49 capítulos de la revolución", y se declara "moderadamente optimista" ante las primeras medidas adoptadas por el nuevo presidente cubano, aunque a él -admite- éstas no le "benefician". En el extremo opuesto, Javier, 30 años de edad y uno de los 150.000 cuentapropistas que existen en el país, se reconoce "escéptico absolutamente", pese a ser un privilegiado. "Hasta ahora sólo se han tomado medidas para gastar, ninguna para ganar. Mientras eso no ocurra, y no creo que vaya a ocurrir con este sistema, soy pesimista".

A grandes rasgos, entre Jorge y Javier se mueve el sentir de Cuba: unos creen que ahora sí empieza a moverse la rueda del cambio, y que lo que vemos son sólo los primeros pasos; para otros, y no son pocos, este movimiento les pilla descreídos y cansados, lejos de todo.

En los 50 días que Raúl Castro lleva al mando, la isla ha asistido al fin de algunas prohibiciones que laceraban a los cubanos y que han sorprendido al mundo. La venta de computadoras, DVD y teléfonos móviles se ha liberado, y también ha caído el veto -vigente por 15 años- que impedía a los cubanos alojarse en hoteles y alquilar coches de turismo. Pero todos estos bienes y servicios han de abonarse en pesos convertibles (CUC), la divisa local, cuyo valor es 24 veces superior al del peso cubano.

"El impacto de estas medidas ha sido más psicológico que práctico, pero no debe restársele importancia", asegura un economista. Según sus cuentas, si un 60% de los 11 millones de cubanos tienen acceso regular al CUC, como dicen las autoridades, "es muchísimo menor" la cantidad de gente que puede gastar 130 CUC (unos 100 euros) en comprar un DVD o pasar una noche en un hotel. "En Cuba el salario medio mensual es de 408 pesos [o 17 CUC, o 12 euros]. Aun así, son derechos que se recuperan y ese intangible es importante", indica el citado economista.

La sed de consumo no ha sorprendido, pero sí el dinero guardado bajo los colchones. "¡Cómo está el circulante en manos de mis compatriotas!", dice el dependiente del departamento de electrónica de Carlos III, uno de los grandes almacenes más importantes de la capital, con 39 tiendas. En 10 días, se han vendido 634 DVD de diferentes precios, 320 ollas arroceras y más de 30 motocicletas eléctricas, cuyo precio puede llegar a 1.000 CUC.

"Desde el 1 de abril este departamento ha recaudado 267.000 CUC, el triple de lo habitual", dice uno de los gerentes. Pero el fenómeno no es sólo en La Habana. En Bejucal, pueblo de campo a media hora de La Habana, con 15.000 habitantes, la única tienda de divisas que comercializa los nuevos DVD se llama La Polaca y ha colocado 110 unidades. "En cinco días han acabado con las existencias", dice un empleado.

Jorge cree que más que las medidas introducidas, lo importante es que se ha "levantado el veto al consumo". "Hasta ayer ganar dinero y gastarlo era caca. Hoy se acepta que el que más trabaje y más gane, vivirá mejor, y eso es realista". Sin embargo, dice, "las prohibiciones eliminadas sólo tienen sentido si después se introducen cambios que permitan a la gente prosperar, sin necesidad de cambiar el modelo socialista". Javier no lo ve: "sólo son parches, medidas para rebajar la presión, no hay nada nuevo".

De camino a Quivicán, siguiendo la carretera de Bejucal, una pintada en un muro recuerda una vieja frase de Raúl Castro: "¡Sí se puede, coño!". En ambos pueblos, como en el resto del país, las autoridades han anunciado que repartirán tierras ociosas en manos del Estado a campesinos y cooperativistas, con el fin de aumentar la producción. En dos fincas privadas visitadas por este diario, sus dueños dijeron que todavía no "se ha explicado bien cómo quedará la cosa". Al parecer, además del usufructo de por vida de las parcelas que se entreguen, la reforma del agro contempla la descentralización del sector, que ofrecería al agricultor mayor autonomía para decidir cómo utiliza sus tierras, así como garantía de suministros y mejores precios de compra, entre otras medidas.

"Éste sí sería un cambio, pero hay que comprobar cómo se implementa", afirma un analista. En los últimos días, dice, ha habido otras pequeñas señales: el Gobierno ha comenzado a descentralizar y simplificar trámites, como el derecho a adquirir la propiedad por parte de los trabajadores arrendatarios de viviendas pertenecientes a entidades del Estado; también, se ha admitido oficialmente que no habrá límites sobre los ingresos de los empleados estatales, y hasta en el diario Granma se ha escrito que las transformaciones en la agricultura pueden ser un "trampolín" para que se produzcan "otros cambios". "Son pequeñas cositas, pero cuando uno las ve en conjunto, son alentadoras", dice Jorge. Para Javier, demuestran que "el Gobierno no va a hacer nada". El debate continúa y cada vez más caliente, y entre el "¡Sí se puede, coño!", de Raúl, y el "¡No se puede, coño!", de los escépticos, a 1.000 CUC las primeras motos eléctricas ya circulan por las carreteras.

Mientras la vida determina a quién da la razón, los primeros huéspedes cubanos disfrutan de los hoteles y otros ven películas. Hoy son minoría, pero en Quivicán y Bejucal ya florece un nuevo negocio: filmes piratas en formato DVD, a cinco pesos el alquiler al día, por si la cosa tarda.

http://www.elpais.com/articulo/internacional/Cuba/asoma/vertigo/consumo/elpepiint/20080413elpepiint_4/Tes?print=1