domingo, fevereiro 24, 2008

De como a América (não) está preparada para um presidente negro ou uma "presidenta" e de como estes (não) estão preparados para UMA América



Muito se tem falado, escrito e ouvido sobre as eleições americanas. O facto mais interessante parece unânime, temos pela primeira vez e com reais hipóteses de vencer as presidenciais deste ano um negro ou uma mulher.

Devemos, parece-me, pôr esta histórica história em perspectiva. Quando se fala em estar a América preparada ou não para o tal presidente negro ou "presidenta" partimos para a discussão abertamente, contudo logo somos impelidos a esmiuçar os resultados. Seja por vontade própria, seja por sermos impelidos pelas análises mediáticas, partimos em busca do fundo da questão, da tal quintessência, até porque é normal sermos curiosos.

Em o fazendo vamos estratificando os resultados, desdobramos os votos em jovens e velhos, trabalhadores, estudantes, reformados, "n'importe quoi". É normal que assim seja, o tratamento estatístico dos dados é saudável e, de um ponto de vista antropológico-cultural, necessário.

Agora, pensem nisto, já viram alguma vez, em eleições europeias, um nível de detalhe no tratamento desses dados que inclua a raça, o credo e a etnia, e que os valorize da mesma forma que os critérios supracitados de forma tão natural como nas eleições americanas?!

Eu, sinceramente, não. Posso andar distraído, mas nunca vi um politólogo/politicólogo a descrever, com a minúcia com que a CNN nos brinda, o facto de x percentagem de eleitores serem negros ou hispânicos, católicos ou protestantes e de como os candidatos têm de melhorar nesse segmento em particular.
Dirão vocês que o problema é nosso, que Portugal não dispõe da diversidade étnica e religiosa de um país como os EUA. Bom, posso até aceitar o princípio, mas ele não explica tudo.
Em primeiro lugar porque não explica que em eleições em países como a França ou Inglaterra não se vislumbre, de igual modo, uma tal dispersão de dados (pode ser que ande distraído, mas não me lembro, como já disse, de tal minúcia estatística);
Em segundo lugar, e mais importante, não explica o facto de, para cada um desses grupos, haver uma mensagem absolutamente distinta, ou pelo menos de existir a necessidade de contactá-los como se de produtos diferentes se tratasse. Pensemos, se é certo que os EUA são um "melting pot", não menos certo é que se gabam de o ser em harmonia, paz e prosperidade. Tudo isto é verdade, mas não faz de um conjunto de pessoas aglomeradas num território um povo, muito menos um país.

No fundo o que tento argumentar é que se trata de uma declaração tácita de derrota nacional. Sem dar por ela os políticos americanos, ao terem pesos, medidas e palavras diferentes para cada um desses estratos, estão a reconhecer, não as duas américas de que Edwards falava desde 2004 (a pobre e a rica, mais compreensível até), mas as 4, 5 ou 6 que existem. E isto é tanto mais grave quanto esses mesmos políticos não se dirigem a minorias cujo peso democrático é menor (por exemplo os indianos).

Ora, proclamar uma campanha de negros, asiáticos ou católicos, é um sinal, para mim, do muito que falta fazer. E acreditem que não é elegendo um negro ou uma mulher, cujas campanhas operam nesses moldes, que se alterará utopicamente o "status quo". É um passo importante é certo, mas não esperem milagres.

A discussão que lanço aqui não pode deixar de ter uma portugalidade latente. Pensem bem, estaremos nós melhor ou pior do que os americanos neste aspecto? Seria possível em terras lusitanas um presidente negro, ou uma "presidenta", ou uma presidenta negra, ou um judeu confesso, ou muçulmano? É que às vezes a superioridade moral ocidental (leia-se europeia) esconde lacunas muito perigosas...

27 comentários:

jfd disse...

Pois é João, começas muito bem ;)
Congrats!!!

No que toca à América, e como por lá se diz, “It is what it is”. Eu pelo menos não sei explicar o fenómeno das exit polls (talvez o Né, seu ferrenho defensor!). Resultado de um sistema eleitoral totalmente diferente do nosso. Resultado de uma sociedade política totalmente sequestrada pelas mesmas, utilizando-as como medida da sua própria performance. Elas são componentes de um painel de bordo que serve para tudo, desde estratégia de recolha de fundos, composição da mensagem, etc., até para o puro marketing político.

Na Europa, falando de Portugal... Já temos o problema que temos com a “imposição” de quotas femininas... Agora imaginemos outros tipos de quotas representativas da sociedade... Hummmmm, não sei!
Eu sou filho de emigrantes Africanos, que escolherem Portugal para fazer a sua vida. Nunca deixei de me sentir representado por quem quer que fosse no Parlamento, nem em nenhuma campanha eleitoral. Talvez não haja quem pense como eu, assim como há quem pensará. Sou muito pragmático neste tipo de assuntos.
Deverão os partidos capitalizar na diversificação do seu target? Penso que sim. Mas com modernidade e sem demagogias e sem o politicamente correcto que estraga sempre tudo.
Os Estados Unidos são realmente o Melting Pot de que falas, mas discordo quando dizes que se proclama que o sejam em harmonia. E muito da campanha que está a ocorrer, principalmente à esquerda, demonstra isso. A convenção democrata será, a meu ver, o derradeiro desafio duma harmonia podre, entre negros, latinos e brancos... Aguardo ansioso o resultado.

Perto de nós temos o exemplo do Reino Unido, nomeadamente a Inglaterra, uma polémica estalou à uma ou duas semanas porque o Arcebispo de Canterbury (líder da Igreja Inglesa) disse (+/-) que não se poderia viver sem a Lei Sharia (a lei Islâmica cuja fonte é o Corão – penso não estar enganado!) caso se pretendesse atingir a coesão social - http://www.archbishopofcanterbury.org/1581. São sinais de uma sociedade que passou para lá do tradicional, e se reconhece a si própria como algo completamente diferente. Ou não. Polémica da grossa. E chegou aos Estados Unidos. Na Holanda dá-se o inverso, quer-se esbater a diferença em público. País marcado pela tolerância durante muitos anos, deseja-se agora que por exemplo seja proibida a utilização do véu islâmico.
Ora isto são “partes” das sociedades dos respectivos países. Está a Europa preparada para campanhas com estes targets em específico?
Penso que não. Pois seria factor de conflito. Mas essa ruptura é necessária. No nosso íntimo penso que (quase) todos sabemo-lo, mas temos medo! Somos arrogantes como Europeus. Olhamos com desdém a campanha nos EUA, olhamos com desdém para tudo o que seja para lá do status quo, e quando não temos desdém, ignoramos.

Bruno disse...

Parabéns João: Grande post!!!

O texto aborda uma série de pormenores que não serão de somenos importância. E para responder à pergunta, se calhar o melhor é pensarmos nela “a frio”. Eu tenho para mim que os americanos estão preparados porque, mais que não seja, irão adaptar-se à situação quando ela se colocar.

É verdade que os Estados Unidos são compostos por uma infinidade de etnias, todas elas com o seu peso relativo e que todos os candidatos procuram chegar àqueles que mais interessam. Também é verdade que muitas vezes, poderão não chegar pois quando falamos de marketing, lembremo-nos do seguinte: o Marketing funciona a montante, ou seja, funciona da definição do próprio produto (se terá sucesso no mercado, quem será o seu público alvo, como deverá ser apresentado, como deverá ser distribuído, etc.). Mas não implica alterar o produto a toda a hora ou tentar vender “gato por lebre”. Até porque isso levará a um falhanço no objectivo final e supremo de qualquer Estratégia de Marketing: a fidelização do cliente.

Ora, em Marketing Político é isto exactamente que se passa (ou, pelo menos, que deverá passar-se). Se temos um candidato X, ele só é presidenciável, elegível, potencial ganhador, se tiver as características necessárias para, em primeiro lugar, conquistar eleitores e, em segunda instância, corresponder às suas expectativas. Se pensarmos que as expectativas das pessoas são quase todas muito, muito semelhantes (bem estar económico e social, orgulho no país, …) então os Marketeiros Políticos têm uma tarefa facilitada. Mesmo nos EUA (ou em qualquer outro país multi-cultural)! Mas atenção! O facto de os marketeiros poderem ter a tarefa facilitada não quer dizer que a estratégia de comunicação seja fácil de definir ou que a eleição seja garantida. O que é fácil de definir é a Estratégia de Marketing, ou seja, decidir qual será o melhor candidato!

Tudo isto para quê? Para dizer que sim, estas eleições por causa das candidaturas de Obama e Hillary estão a ser pouco centradas naquilo que interessa. Ambos os candidatos (ou a sua entourage) decidiram apelar mais ao que mostra a embalagem do que a conteúdo, mais ao simbolismo do que ao pragmatismo. Comunicação é isso! Eficácia não é obrigatoriamente isso…

Ainda bem que respondi logo no início porque agora até eu estaria mais baralhado ;)

José Pedro Salgado disse...

Acho que logo assim de chofre o João bateu o recorde do maior título do Psico. E é sempre bom ver que sempre há mais alguém que faz posts longos.

Quanto ao abordado propriamente dito, é caso para dizer "quando tu para lá ias com a farinha, já eu para cá vinha com o bolo". Isto porque não nos podemos esquecer da história muito própria dos Estados Unidos. Foram um Estado criado de raiz. Idealizado desde o princípio. E sempre foram uma República.

Isto sem falar que conseguem ter no seu território practicamente todos os eco-sistemas terrestres. Bem como milhares (no mínimo) de representantes de cada etnia.

São, na minha opinião, estes factores que criam esta forma singular de fazer política. Nós tomamos como base muito mais a tradição, a maneira como tudo sempre foi feito.

A tradição deles é o pensar tudo sempre do zero.

jfd disse...

Bruno obrigado pela mini aula :)
Salgado, na mouche!
Realmente, se foi na Grécia que nasceu a Democracia, é nos EUA que são testados os seus limites e vêm ao de cima da forma mais exuberante, tanto as suas falhas como as suas virtudes;)

Margarida Balseiro Lopes disse...

Em primeiro lugar, cabe-me felicitar o nosso “caloiro” pelo seu primeiro texto: grande arranque.

Quanto à questão levantada, concordo em absoluto com o Zé Pedro. A história recente dos EUA foi sempre pincelada pelas suas inúmeras etnias, pela sua ímpar diversidade cultural. Porém, julgo que os EUA são demasiadamente conservadores para elegerem um Obama ou uma Hillary para a Casa Branca.

E Portugal? Somos profundamente conservadores. Ainda teremos muita estrada para andar, para que um dia venhamos a ter, por exemplo, uma mulher no palácio de Belém.

Anónimo disse...

Nós não gastamos dinheiro com política - encostamo-nos ao Estado e aos partidos para o fazerem. Daí o nível elevado da política deles.

Nos EUA a concorrência é severa e dura.

Mesmoa assim, na última eleição presidencial francesa escrutinou-se quem captava mais votos da comunidade portuguesa, da comunidade argelina, da comunidade rural ou da comunidade urbana. A profissionalização política está a chegar.

Eles preocupam-se mais com estas diferenças porque são mais heterogéneos que nós... e em Portugal ainda não há comunidade relevante em termos eleitorais (para os nossos politólogos e estrategas - teremos nós disto?).

Penso que na hora de votar os eleitores poderão privilegiar uma mulher ou um negro com a vitória. A Europa estaria preparada se tais pessoas aparecessem. António Costa é presidente da CML, um dos dirigentes mais influentes do país, e nunca vi ninguém diminui-lo por ser caucasiano; Manuela Ferreira Leite é mulher e é eternamente apontada como uma grande líder do PSD.

É pouco? Só o facto de eles estarem onde estão e nunca terem apontado a cor ou o género como obstáculo diz que o País não é tão conservador como se diz.

Paulo Colaço disse...

Tanta coisa para dizer!
Tanta mesmo!

É um post multi-temático e só isso "perdoa" a sua extensão: se se guardasse fogo para os comentários talvez não fosse tão rico.

vou comentando por fases:

1º fase: Portugal

Em Portugal tivemos uma Primeira-Ministra (Pintasilgo - que se lê "zilgo" e não "silgo");
Temos um Narana Coissoró, que é indiano, que foi Vice-Presidente do Parlamento;
Várias presidentes de Câmara;
Barroso teve mulheres (ao mesmo tempo) nos Ministérios de Estado: Ferreira Leite nas Finanças, Teresa Gouveia no MNE e Celeste Cardona na Justiça. Nunca antes acontecera.

Mas estes números serão um bom sinal?
Com 5 séculos de História foi preciso a lei da paridade (com a qual não concordo) e ainda por cima muito fraca e estúpida: não prevê quota para a população dos 18 aos 30 em cargos autarquicos/parlamento, não prevê lugares para etnias, não prevê lugares para aposentados.

Mas isso seria preciso? Não! Com Senado não seria preciso qualquer quota porque todos estariam representados e para o Parlamento e Autarquias o Povo votaria em quem quisesse.

Já volto para falar do States.

Tiago Sousa Dias disse...

Alguém falou na lei da paridade????
É inconstitucional. Uma lei que permite que uma lista seja composta exclusivamente por mulheres mas não por homens discrimina em razão do sexo. É pá será que ninguém viu isto????????

Paulo Colaço disse...

Vimos todos, inclusivamente o PR, mas nada disse!

Estranho não?

Que democracia! Precisa de uma lei de paridade para que metade do País tenha "igual" acesso ao Poder mas faz as coisas de forma a que a outra metade possa ser excluída sem crise!

Um dos riscos de qualquer lei da paridade é a cega discriminação positiva que redunda da injustiça para com outros que podiam ser positivamente discriminados. E foi isso que a Lei fez. Viu os buracos na estrada e passou as rodas por eles.

Mas estamos a fugir ao tema...

Tiago Sousa Dias disse...

Perdão. Dada a ironia não expliquei isto da melhor maneira. Mas agora mais a sério. Em termos politicos funciona assim. Não em termos jurídicos.
Imaginem por exemplo na Guarda ou Setubal ou Évora ou Bragança. Se a primeira mulher for em 3º quantas mulheres serão eleitas por estes circulos? Claro que ao contrário não funcionará porque a elaboração de listas será exactamente igual. E no PCP por exemplo, o que impede o Secretariado Nacional de após as eleições pedir a uma não-Luisa-Mesquita que abandone o cargo para entrar O candidato seguinte.
Em todo caso, quota por sexo é inconstitucional como seria a quota de cristãos ou muçulmanos, como seria a quota de fascitas ou monarquicos ou republicanos democratas.

Tiago Sousa Dias disse...

Já para não falar dos transsexuais. Em que quota caberão? :)
E se fossem quotas religiosas, os ateus e os agnósticos, ui isso é que era.
Já quanto ao tema. Sim, acho que os americanos ainda são muito conservadores em determinadas matérias, religião por exemplo, mas não neste aspecto. Basta ver o elan de Barack Obama contra o conservadorismo de McCain e adivinhar que será renhido mas pendente para Obama.

Diogo Agostinho disse...

Este post fez me lembrar a condi! Continuo a achar que ela sim seria a mudança para os EUA e para o Mundo! Por tudo! Sobretudo pela sua força!

jfd disse...

Hummm, força! Que força?

Paulo Colaço disse...

nota rápida: Diogo, não achas a Condi uma pequena ditadora?

Paulo Colaço disse...

2º Fase: EUA

Acho que os americanos estão preparados para tudo.
É o país com extraordinária diversidade: animal, cultural, religiosa, etnica, social. Por ser tão grande.

Sim, estão preparados para tudo: desde levar com um avião no arranha-céus em que se trabalha até acordar sem tecto devido a um furacão.

E estão preparados para ter gays, mulheres, bêbados, vigaristas, quenianos, mulherengos e índios nos mais diversos cargos: desde Senado à Casa Branca, passando pelas municipalidades.

(Continua na fase 3)

Diogo Agostinho disse...

Não!
É uma mulher decidida, corajosa e que acredita na sua política e nos seus objectivos!

Andou pelo Médio Oriente a tentar encontrar soluções e acredito que seria a pessoa indicada para finalizar a política desta Administração!

Diogo Agostinho disse...

Nota à segunda fase do Colaço:

Mário Soares disse que era um grande passo para os EUA a eleição de Obama.

Mas será que no seu país já aconteceu? Na sua Europa querida já aconteceu? Não é a prova mais uma vez de que os EUA estão sempre em posição cimeira no que diz respeito a avanços quer tecnológicos quer culturais?

jfd disse...

"(...)finalizar a política desta Administração(...)"

Deus nos Livre!!!

jfd disse...

Nota à nota da segunda fase do Colaço feita pelo Diogo:);

Quando ambos partem de posições diferentes, têm histórias diferentes, responsabilides perante o mundo diferentes, é um pouco complicado comparar lugares no pódio não achas?

ver comentário do Exmo José Pedro Salgado.

Anónimo disse...

Eu não gosto da lei mas ela vem cumprir a alínea h) do artigo 9º da CRP (cito de cor, devo estar errado). É a chamada política de diferenciação e, apesar de o achar, compreendo que haja margem interpretativa para defender a conformidade constitucional da lei da paridade.

Condi seria, sem dúvida, uma grande líder para a nação americana. Mas a bem do partido republicano não avançou ninguém desta administração.

E esteja quem estiver na Casa Branca, a política que vão seguir é aquela que é propugnada por esta administração. A política externa é mais influenciada pelo Departamento de Estado do que pelas administrações em exercício.

Quando se fecharem o processo das nomeações farei um post sobre o balanço do mandato Bush. Um bom presidente dos EUA.

Paulo Colaço disse...

Notas:
- subscrevo o JFD na contenda com o Diogo: não se trata de estar em posição cimeira: trata-se de ter uma história diferente.
- Em todo o caso não estão à frente em tudo. Por exemplo: estão atrás de todos os países que não têm pena de morte.
- não acho que seja assim tão fácil fazeres um post desse jaez. Creio que haverá disputa de sangue entre ti e o Diogo...
Em todo o caso eu meto o meu dinheiro em ti: não por seres presidente do Diogo, mas por seres maior.

Diogo Agostinho disse...

"Quando se fecharem o processo das nomeações farei um post sobre o balanço do mandato Bush. Um bom presidente dos EUA."

Palavras do meu Presidente!

jfd disse...

Ai ai tou feito ao bife, agora é a dobrar :))

Um bom presidente
"Sr Bush como pagamos a guerra?"
"Usa o VISA do Bank of China"

Aguardo ansioso esse post.

jfd, de água na boca ;)

João Marques disse...

Em primeiro lugar penitencio-me pela extensão excessiva do texto. Tentarei conter a verborreia e sintetizar as ideias.

Concordo com o que aqui se disse das quotas. Sou frontalmente contra qualquer tipo de quotas. E as minhas razões são, especialmente, as expostas pelo Tiago (estou a melhorar nesta coisa de resumir os textos hun?).

Finalmente deixo aqui mais um tópico interessante de discussão:

http://edition.cnn.com/2008/LIVING/wayoflife/02
/25/religion.survey.ap/index.html

Aqui poderão encontrar uma interessante reportagem sobre um estudo que indica tendências curiosas sobre a religião nos EUA. Num país de predominante miscelânea social/étnica/cultural não surpreende totalmente a tendência de mudança de religião.

jfd disse...

Não te contenhas!
Deixa a psicose fluir :)

Paulo Colaço disse...

Mais um tópico para esta discussão:

Uma fotografia de Barack Obama vestido à maneira somali e na qual o candidato democrata usa um turbante, está a gerar polémica nos Estados Unidos. A fotografia, tirada há dois anos, começou a ser difundida na Internet com base no pressuposto que Obama é muçulmano, rumor que o senador já negou várias vezes. A equipa de Barack Obama reagiu à difusão da fotografia acusando a rival democrata Hillary Clinton de estar por detrás da manobra política.

A fotografia em questão foi tirada em 2006, quando o senador de Illinois visitava a província de Wajir, no nordeste do Quénia, de onde são oriundos os seus antepassados. Nessa altura posou para uma fotografia acompanhado do xeque Mahmed Hissan

Ver mais em: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1320820&idCanal=11

jfd disse...

É verdade :)