quarta-feira, março 05, 2008

Temos Candidato


McCain conseguiu segurar a nomeação Republicana. Já ultrapassou a meta dos 1191 delegados necessários em Convenção... agora é continuar a acumular apoios no campo republicano.

E fico feliz por ser um candidato republicano com quem posso estar sem grandes entraves: forte em segurança, moderado na imigração e no social-conservative, a favor de contas pessoais na segurança social e na saúde, apoiante do Iraque e do aumento de tropas, a favor do comércio livre, a favor do financimento directo dos estudantes e defensor da redução de impostos.

Nos Democratas a fortuna sorriu a Hillary Clinton... finalmente. Perdeu o Vermont mas ganhou Rhode Island e os que realmente interessavam ontem pelo número de delegados que têm: Ohio e as primárias do Texas (o caucus do Texas - eles têm os dois - ainda não tem vencedor determinado).

E assim a corrida continua: caucus democrata do Wyoming no Sábado e primárias no Mississipi na terça-feira 11. O Mississipi deverá ser Obamaland! Mas a próxima luta que releva é a Pennsylvania, dia 22 de Abril(!). É um estado com bastantes delegados e em que Hillary tem, para já, vantagem (46%-42%). Quem se aguentará melhor com um mês e duas semanas sem eleições? Não quebrará isto a Obamania?

Continuamos com uma boa disputa:

Obama 1451
Clinton 1365
(pela contagem CNN)

Pela matemática eleitoral (?!) já deixou de ser possivel que um dos candidatos democrata chegue ao número mágico de 2025 delegados até à convenção. Cada vez se fala mais de uma broken convention e da possibilidade de Al Gore aparecer como salvador da Pátria.

41 comentários:

jfd disse...

McCain é realmente um bom candidato à direita. Um troca tintas!
O straight talk express já era.
Numa votação pela tortura votou a favor(!) Calculem!!!
Enfim, mais um fantoche para a direita conservadora? Esperemos que não.

Engraçado é o jogo que os conservadores estão a fazer com as primárias do lado da esquerda... A muito custo têm votado ora Obama ora Hillary, mantendo a indecisão que tanto lhes convém.

Politica no seu melhor, ou será, showbiz no seu melhor???

Manobras na Casa Branca, um bom filme para revesitar por estes dias!

jfd-farto-da-indecisão-08-lol

Anónimo disse...

Quando é que ele votou a favor de tortura? Não tenho essa ideia.

Não o acho um troca-tintas, o que não quer dizer que ele não tenha mudado de opinião.

Eu nunca fui um grande apoiante de McCain: pessoalmente acho que lhe falta chama. Queria Giuliani que se afastou e prontamente apoiou McCain. E este sempre foi dos republicanos com quem é fácil de conviver.

O coração puxa para Obama mas a razão é McCain ;)

jfd disse...

E eu a pensar que seguias os meus comentários com atenção, como eu sigo os teus :) LOL

Há pois votou, tava necessitado. Para ganhar os votos dos conservadores. Foi na segunda semana de fevereiro senão me engano, quase que passou despercebido.

Aqui fica um exemplo da noticia:
http://www.nytimes.com/2008/02/13/washington/13cnd-cong.html

February 13, 2008
Senate Passes Interrogation Ban
By DAVID M. HERSZENHORN
WASHINGTON — The Senate voted 51 to 45 on Wednesday afternoon to ban waterboarding and other harsh interrogation methods used by the Central Intelligence Agency against high-level terrorism suspects.

Senate Republicans generally opposed the bill, but several of them also did not want to cast a vote that could be construed as supporting torture, and so were relying on President Bush to make good on a threat to veto legislation limiting C.I.A. interrogation techniques.
(...)
Mr. McCain, a former prisoner of war, has consistently voiced opposition to waterboarding and other methods that critics say is a form torture. But the Republicans, confident of a White House veto, did not mount the challenge. Mr. McCain voted “no” on Wednesday afternoon.


ou
McCain Votes Against Torture Ban
Today, the Senate brought the Intelligence Authorization Bill to the floor, containing a provision from Sen. Dianne Feinstein (D-CA) that establishes one interrogation standard, requiring the intelligence community to abide by the same standards as articulated in the Army Field Manual and banning waterboarding.

Just hours ago, the Senate voted in favor of the bill, 51-45.

Earlier today, ThinkProgress noted that Sen. John McCain (R-AZ), a former prisoner of war, has spoken strongly in favor of implementing the Army Field Manual standard. When confronted today with the decision of whether to stick with his conscience or cave to the right wing, McCain chose to ditch his principles and instead vote to preserve waterboarding:

Mr. McCain, a former prisoner of war, has consistently voiced opposition to waterboarding and other methods that critics say is a form torture. But the Republicans, confident of a White House veto, did not mount the challenge. Mr. McCain voted "no" on Wednesday afternoon.

http://www.huffingtonpost.com/2008/02/13/mccain-votes-against-tort_n_86549.html

jfd disse...

O McCain igual ao republicano reformador que era o Romney como Governador seria uma lufada de ar fresco. Este McCain que faz concessões à sua essência que tanto admirava, não me encanta...

Entretanto nos States alguém fala com o Senador sobre este comentário e ele retorque; JFD who?!?!?!

jfd, cambada de vendidos...

Anónimo disse...

Já vi. É verdade, ele votou contra uma lei que proíbe técnicas especiais de interrogatório (tortura).

Mas não porque seja a favor de tortura; porque a lei tinha uma emenda que vinculava toda a Administração a um manual militar que proíbe a tortura e McCaine entende que não se pode subjugar instituições não-militares a esse manual (CIA por exemplo). É a favor de um mandato mais alargado da lei e entende que esta serve mal a Nação.

Excerto da declaração de voto de McCain

I cannot support such a step because I have not been convinced that the Congress erred by deliberately excluding the CIA. I believe that our energies are better directed at ensuring that all techniques, whether used by the military or the CIA, are in full compliance with our international obligations and in accordance with our deepest values. What we need is not to tie the CIA to the Army Field Manual, but rather to have a good faith interpretation of the statutes that guide what is permissible in the CIA program.

ver mais em http://balkin.blogspot.com/2008/02/senator-mccain-is-against-torture-but.html

(fonte insuspeita, até porque o critica pelo sentido do voto)

É spin!

Anónimo disse...

Onde é que inseriste esse comentário? Não me recordo. Escapou-me.

jfd disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
jfd disse...

LOL seilá, está por aí!
Se é que não sonhei com ele :)))


E hoje ganhaste a tua primeira nomeação de moi para spindoctor do ano

Mas não porque seja a favor de tortura; porque a lei tinha uma emenda que vinculava toda a Administração a um manual militar que proíbe a tortura e McCaine entende que não se pode subjugar instituições não-militares a esse manual (CIA por exemplo). É a favor de um mandato mais alargado da lei e entende que esta serve mal a Nação.

lolololololol
Give me a break!

jfd disse...

Desisto de procurar. Não encontro.
Mas lembro de o escrever na caixa de comentários. Até escrevi no inicio off topic, pois era no post do Tiago sobre os democratas. Olha, falhaste bem, pois quem falhou fui eu :P
Humpft!

Anónimo disse...

Está lá na declaração de voto, é só ler. Para ele ser um troca-tintas tinha de passar a defender a tortura, ou a tolerar. E ele não o faz! Será que o spin é meu ou da imprensa? ;)

Dado curioso: através da nbc vim a saber que apoiantes de Hillary começaram a falar de repetir-se as primárias de Michigan e Florida, mas agora a valer, no mês de Junho. O governador da Florida (como republicano que é) já disse que não vê qualquer problema (quanto mais tempo durar a luta entre os democratas melhor para o partido republicano).

Anónimo disse...

O teu comentário é como a sondagem de HIV que eu citei noutro post: não sei onde vi, mas sei que não sonhei com ela ;)

Estou solidário.

jfd disse...

LOLOL
Touché!

Francisca Soromenho disse...

Obama é o que os EUA procuram: um ideal. McCain tem, contudo uma política mais segura. Partilho da opinião do Né, fiquei devastada quando Giuliani se afastou das presidenciais.
Veremos. Quem sabe isto não dá uma reviravolta e a Clinton ganha!

Anónimo disse...

Deus nos livre e guarde lol

José Pedro Salgado disse...

Um exemplo dos efeitos das eleições dos EUA no mundo:

A EADS (grupo de engenharia aero-espacial europeu controlada pela Airbus) ganhou um contrato de 35 biliões de dólares para fornecer ao Pentágono uma frota de bombardeiros.

Como diz a publicação francesa "Les Echos", há quem esteja a contar com uma vitória democrata para uma vingança à la proteccionismo, e há quem espere por uma vitória republicana pelo motivo inverso.

http://www.lesechos.fr/info/analyse
s/4695775.htm

Francisca Soromenho disse...

(Deus nos livre MESMO)

jfd disse...

Bem Salgado, um dado a ter em conta, é que tanto Obama como HRC andam a jogar a cartada de suspender o NAFTA. Mais a segunda que o primeiro. E isso, quase de certeza, deu-lhe muito do necessário para ganhar o importante Ohio.

Isto porá em perspectiva essa tendencia para pensar que os democratas são anti-protecionismo?

Anónimo disse...

Olá!
Num comentário anterior já o referi:
- o candidadto republicano é, neste momento, aquele que melhor colocado está para suceder a Bush porque os democratas têm uma estratégia suicida.
Sempre se ventilou que a dupla de sonho dos democratas passaria por Obama-Clinton. Em termos puramente tacticistas não era má mas "espremendo" o orgulho Clinton e o Martin Luther King II não estou a ver bem o que se obteria.
Assim sendo, apenas observo como todos os atentos, os republicanos num caminho sereno, seguro, de união e convergência em torno de um candidato que apesar de não ser o melhor tem o condão de conseguir congregar os companheiros de partido em torno de um objectivo comum. Pode perder mas é um exemplo que não deve ser esquecido!
Cumprimentos!
A. Costa

Tiago Sousa Dias disse...

Insistentemente continuo a dizer que Hillary não traz nada de positivo a Obama que Nancy Pelosi não traga.
Nancy tem a vantagem de não ter passado o último mês e meio a chicotear Obama. Seria ridiculo a Hillary, a mesma que acusou Obama de plágio, de inexperiência, de vazio ideológico, vir agora ser candidata a nº2 de Obama. Ridiculo.

Anónimo disse...

Também acho ridículo, mas também não vejo margem de manobra para Pelosi (agora que a conheço melhor).

Se Obama for o nomeado terá de fazer uma escolha semelhante à de McCain: alguém com perfil executivo, só que enquanto McCain procurá uma cara mais fresca, Obama tentará a carta da "experiência por osmose".

Foi na quarta mas não se deu valor: assim que McCain assegurou a nomeação republicana foi à Casa Branca receber o beneplácito do "Rei". O Público de ontem falava da necessidade de McCain ser eleito como forma de assegurar que Bush foi um bom Presidente dos EUA.

Tiago Sousa Dias disse...

É uma leitura simplista. :)

Anónimo disse...

Ou pragmática. Ou eleitoralista. Ou útil. Ou idiota.

É a que está ao meu alcance.

Tiago Sousa Dias disse...

Da minha parte reitero o que já tinha dito no post "Qual dos democratas será candidato?":

A única razão que leva Bush a apoiar MCcain é porque MCcain será o candidato republicano. A vontade de Bush em apoiar um republicano por esta altura fosse Huckabee ou MCcain (e muito menos ainda Romney) vem exclusivamente do facto de mais uma vez querer seguir as pisadas do pai e manter a longa manus sobre o partido após a sua saída.

Anónimo disse...

Voltamos à mesma: obviamente que Bush apoia porque McCain é Republicano. E porque Bush quer continuar a ser influente no Partido e não maltratá-lo quando ele precisa.

Mas porque quererá Bush que McCain ganhe as eleições? (são duas dimensões distintas)

Porque é a única forma que ele tem de dizer que, depois de tudo o que fizeram e disseram, o povo americano ratificou o seu mandato ao reeleger um republicano.

Não é uma questão de afinidade pessoal, é uma questão de afinidade partidária.

jfd disse...

dejá vue

Kokas disse...

Os homens de coragem estão com OBAMA. Os homens que acrteditam que nunca é tarde para mudar estão com Obama. Os homens que não conseguem dividir o mundo entre "bons e maus" e pintá-lo a "preto e branco, estão com Obama. Quem ainda sonha... está e estará sempre com alguém como BARACK OBAMA!

Por isso eu estou com ele! YES, WE CAN!

José Pedro Salgado disse...

Mais uma dor de cabeça para a política externa norte-americana:

Os partidos da oposição no Paquistão (entre os quais o PPP de Benazir Bhutto) vão criar uma coligação para formar governo.
Este governo quer assumidamente (e já tomaram medidas nesse sentido) enfraquecer os poderes do Presidente Pervez Musharraf, aliado dos EUA na região.

Anónimo disse...

Eu penso que há muitos homens (e mulheres) de coragem com McCain.

Não me parece que ao sermos maniqueistas consigamos centrar tantas virtudes em Obama e seus apoiantes... nem que seja pelos seus negócios nebulosos com um quasi-mafioso de Chicago.

Reitero que Obama é um fenónemo e que presto especial atenção à sua performance... mas não o acho um Messias ;)

Paulo Colaço disse...

Caro Kokas, ja aqui o disse: o meu preferido era Guliani. Como foi tosco, saiu da corrida.

Agora, deposito esperanças em Obama, mas enquanto tiver lucidez e sentido de justiça não serei cego quanto a pessoas honestas, capazes, sonhadoras, idealistas, incansáveis e justas que existem nos diferentes lados da barricada.

Já aqui o disse também: acho Obama demasiado perfeitinho. É normalmente desses lados que surgem as maiores desilusões. Espero que ele não seja uma, mas costumo ter sempre reservas de prudência quando ouço falar nas maravilhas de certos medicamentos...

Paulo Colaço disse...

Nem acredito que vou ser eu a dar esta notícia no Psico: Obama venceu as primárias do Mississippi.

Obteve o apoio de perto de 60% dos mais de 400 mil votantes

Mais uma vitória para Obama (29 contra as 15 de Clinton).

Tem agora com ele 1.607 delegados e a sua rival tem 1478.

Go Obama!

jfd disse...

E dás a noticia muito bem!
Agora vamos esperar o(s) spin doctor(s) do costume para vir(em) deitar isto tudo abaixo...:)

Tenho uma perspectiva nova sobre os votos dos delegados eleitos pela populaça e dos super delegados, conto escrever posta em breve. Tempus fugit

Obama está com problemas em crescendo; os tais negócios obscuros já falados por aqui; problemas relacionados com a sua Igreja; falta de consistência.

HRC está com dificuldades relacionadas com a divulgação das declarações de rendimentos, principalmente as do marido, está para estalar em breve uma grande polémica. Aguardem o fedor Clinton a vir ao de cima.

McCain tem estado fora do cliclo de noticiais, o que pode ser bom ou mau como diziam os analistas de fim de semana... A ver vamos.

jfd, ainda não foram as eleições nos USA!?!?!??!

Anónimo disse...

É uma vitória sem interesse e sem novidade e há muito esperada.

O único interesse que resta no lado democrata é as primárias na pennsylvania e, principalmente, se se repetem ou não as primárias do Michigan e Florida.

McCain tem estado calma e reflectidamente a angariar dinheiro. É altura de afiar o machado :)

Anónimo disse...

Para os curiosos comentadores de fim de semana:

McCain takes a breather; focuses on fund-raising

http://www.iht.com/articles/2008/03/10/america/mccain.php?WT.mc_id=newsalert

Tiago Sousa Dias disse...

Elliot Spitzer renunciou ao mandato...

jfd disse...

Eliot Spitzer: de governador respeitado a cliente de prostituta de luxo
Há 11 horas

NOVA YORK, EUA (AFP) — Eliot Spitzer, que há apenas alguns meses era considerado uma estrela ascendente do Partido Democrata, caiu em desgraça no início desta semana depois de divulgado o seu envolvimento com uma rede de prostituição de luxo, na qual era tratado como "Cliente 9", segundo escutas telefônicas da investigação que desmantelou o esquema.

Pressionado pelos rivais republicanos e pela imprensa a renunciar, o governador de 48 anos fez inimigos no mundo da política por sua postura de combate à corrupção no mundo financeiro, chegando a ficar conhecido pelo apelido de "o Xerife de Wall Street".

Nascido em 1959 no Bronx, um dos bairros mais pobres de Nova York, Spitzer estudou nas prestigiadas universidades de Princeton e Harvard.

Pouco depois de se formar, trabalhou para o ministério público de Manhattan, onde aprendeu o ofício e impediu que o clã Gambino, uma das cinco grandes famílias mafiosas de Nova York, mantivesse suas atividades ilícitas.

Em 1999 foi nomeado procurador-geral do Estado, escolhendo como principal alvo os crimes financeiros. Três anos mais tarde conseguiu denunciar a gigante Merrill Lynch, que foi obrigada a pagar 100 milhões de dólares por ter recomendado a seus clientes a compra de ações de pouco valor.

Em dezembro de 2002, desmantelou esquemas fraudulentos de 1,4 bilhão de dólares de bancos e corretores que realizavam negócios ilícitos com as ações. Outras vítimas do então procurador foram a indústria musical e as grandes seguradoras.

Após sete anos no cargo - ao longo dos quais adquiriu a reputação de funcionário duro e incorruptível -, Spitzer decidiu se candidatar a governador para as eleições de 2006, vencendo o pleito e assumindo em janeiro de 2007.

Em seu discurso de posse, Spitzer prometeu uma gestão baseada na ética de governo, embora o início de sua administração tenha sido marcada por um escândalo de utilização de recursos públicos da polícia para vigiar e controlar seus adversários republicanos.

Ao anunciar sua renúncia nesta quarta-feira, Eliot Spitzer levou apenas alguns segundos para fazer um balanço de seu governo, relembrando suas expectativas ao assumir o cargo.

"Vejo minha gestão como governador e penso no que poderia ter sido. Mas também sei que, como funcionário público, conquistei muitas coisas junto com as pessoas maravilhosas que trabalharam comigo", disse.

"Lamento muito não ter estado à altura do que era esperado de mim. A todos os nova-iorquinos e a todos que acreditaram no que tentei defender, lhes apresento minhas mais sinceras desculpas", continuou Spitzer. "O remorso que sinto agora permanecerá para sempre".

Depois do lamentável escândalo, que veio à tona através de denúncias da imprensa e de seus inimigos, Spitzer provavelmente ficará conhecido como o "Cliente 9" do "Emperors Club", que mantinha encontros secretos com prostitutas de luxo.

jfd disse...

Do mesmo jornalista do IHT, e para os comentadores, especialistas-know-it-all-all-week-around-i'm-the-best

http://www.nytimes.com/2008/03/13/us/politics/p13union.html

March 13, 2008
The Caucus
Unions Unveil McCain Attack

Even before he officially becomes the Republican nominee, Senator John McCain is facing a general election assault from organized labor.

On Tuesday, the A.F.L.-C.I.O. announced the start of a campaign attacking Senator McCain on economic issues, part of a $53.4 million grass-roots mobilization effort.

The anti-McCain effort will include leafleting at workplaces, knocking on doors, direct mail, phone banking and a Web site, mccainrevealed.org. Union activists also plan to confront Mr. McCain, the presumptive Republican nominee, at his appearances in the coming months.

“Our economy is in crisis after years of failed Bush administration policies that Senator McCain supports and has adopted as his own,” Karen Ackerman, the labor federation’s political director said in a statement. “Senator McCain’s record shows he’s in lockstep with President Bush on economic issues.”

The campaign will encompass 23 states, but the union, which has not endorsed a candidate in the Democratic primaries and caucuses, listed Michigan, Minnesota, Ohio, Pennsylvania and Wisconsin, all key battleground states, as its top priorities.

The Republican National Committee put out a statement calling on Senators Barack Obama and Hillary Rodham Clinton, who are still tussling for the Democratic nomination, to reject the attacks.

“Considering Senators Obama and Clinton’s frequent denunciations of special interests, they must reject the unions’ campaign against Senator McCain,” said Alex Conant, the committee’s press secretary.

MICHAEL LUO

jfd, one day i'll explode

jfd disse...

LOl
Tinha de partilhar com vós uma piada que ouvi agora no programa do Bill Maher http://www.hbo.com/billmaher/ (ando a por a audição em dia, já tem 2 semanas!);

É algo parecido com isto:
Os Republicanos decidiram descartar o gajo que não acreditava na Evolução (Huckabee)pelo que marcou lá presença! (McCain)

LOLOLOL

Anónimo disse...

lol

Tiago Sousa Dias disse...

Mais um round, mais uma baixa.
Geraldine Ferraro, consultora da campanha de Hillary, foi obrigada a afastar-se do cargo depois de ter dito que Obama nunca seria candidato se não fosse negro. Deplorável.

jfd disse...

Que é feito deles????

HRC anda na sua... A ver se se livra das acusações de racismo e jogo sujo e etc e tal.

Obama anda a livrar-se das Homilias do seu pastor! e dos discursos vazios.

quick update, jfd

jfd disse...

Só para saber o que por lá se passa ;)
....

Candidato democrata acusado de olhar de alto para os trabalhadores
Bitter: amargo, doloroso, triste, penoso, diz-nos o dicionário, entre outras traduções que a palavra inglesa pode ter. Bitter é a palavra que, de repente, fez descarrilar a campanha de Barack Obama e deu novo fôlego à de Hillary Clinton para a nomeação democrata às presidenciais de Novembro.

Esta história começou no domingo 6 de Abril, quando na Califórnia, numa sessão de angariação de fundos à porta fechada, sem jornalistas, Obama disse perceber porque alguns eleitores trabalhadores ficam frustrados com a situação económica em que se encontram e votam com base numa única questão: "Não é surpreendente que então fiquem amargurados (bitter), que se agarrem (a questões) de armas ou religião, ou antipatia para com pessoas que não se parecem com eles, ou ao sentimento anti-imigrante, ou ao sentimento anti-comércio livre como forma de explicarem as suas frustrações". O ter sido dito à porta fechada não impediu que aparecesse transcrito no blogue de Barbara Huffington. Depois apareceu uma gravação audio - e fala-se na existência de uma gravação vídeo.

A informação 24/7 exige ser alimentada continuamente, e o bitter deu para reviver durante a última semana o comentário político radiofónico e televisivo que anda sem falta de assunto em período chocho das campanhas e em que a administração Bush é cada vez menos relevante em política interna.

E foi uma inesperada bóia de salvação para Hillary Clinton, numa altura em que precisava de fazer esquecer as últimas gaffes (a história da Bósnia, as contradições sobre porte de arma, etc). O novo mote: Obama é arrogante, elitista e está desligado da realidade da classe trabalhadora.

A senadora por Nova Iorque desconstruiu a frase de Obama e utilizou cada um dos pontos para lançar a corda ao cobiçado voto trabalhador. Num comício para operários em Indianapolis, afirmou que "as pessoas de fé que conheço não se 'agarram' à religião por estarem amarguradas. As pessoas abraçam a fé não porque sejam materialmente pobres, mas por serem espiritualmente ricas. Estou também em desacordo com a afirmação do senador Obama de que as pessoas deste país se 'agarram às armas' e têm certas atitudes sobre imigração ou comércio live simplemente por estarem frustradas. As pessoas não precisam de um presidente que olhe para elas de alto. Precisam de um presidente que as defenda".

Bem lamentou Obama o bitter, pediu desculpas, explicou que não fora a palavra correcta e refraseou mais polidamente a questão. Nas ondas hertzianas só se ouvia falar do bitter. Até a campanha de John McCain se viu forçada a comentar e a considerar Obama elitista. Quanto a Bill Clinton, numa semana em que voltou a querer explicar a gaffe da mulher sobre a chegada à Bósnia e atrapalhou ainda mais as coisas, encolheu--se e declarou apenas: "Concordo com o que Hillary disse".

Chega-se a domingo e aos programas de debate político nas televisões - e o assunto central, claro está, é o bitter. O tom geral é o de Barack Obama se ter mostrado "condescendente" para com o eleitorado e "fora de sintonia" com a classe trabalhadora pobre, a perder empregos, desesperada com uma economia cada vez mais profundamente em recessão.

Quanto a se isso vai ou não afectar Barack Obama - e Hillary Clinton - a longo prazo, as opiniões eram desencontradas consoante a tendência política dos comentadores. Todos acham que Hillary Clinton vai explorar o bitter até ao tutano, mas que isso não lhe dará um ascendente significativo. James Carvile, apoiante incondicional dos Clintons, dizia na NBC não concordar com a caracterização corrente de as possibilidades de nomeação de Clinton serem de 10% - "são bastante mais que isso", garantia. Já Donna Brazile, que foi presidente da campanha de Al Gore em 2000 e depois de apoiar Clinton se diz independente, acha que Barack Obama é experiente, sabendo como sair da embrulhada - "não fosse ele professor de direito constitucional e antigo activista comunitário".

E Brazile lembrou um facto importante: Hillary Clinton precisa de ganhar forte na Pensilvânia, por uma margem suficientemente grande para que se diga que derrotou de facto Obama. Que margem? "Pelo menos quinze por cento!", respondeu. Ora as últimas sondagens dão a Hillary Clinton na Pensilvânia uma vantagem de 4%, na margem de erro, portanto, muito longe dos mais de 20% que ainda há pouco tempo mantinha...

http://dn.sapo.pt/2008/04/14/internacional/clinton_e_cain_tiram_partido_lapso_l.html