quinta-feira, dezembro 20, 2007

Personalidade de 2007 Revista Time

E heis que está escolhida a personalidade do ano da revista Time.
Está cumprida a tradição.
O ano passado fomos todos nós, pela nossa contribuição para o mundo através da Internet.
Este ano os editores escolhem VP pela forma como estabilizou com mão de ferro a Rússia e a (re)torna cada vez mais numa potência a ter em conta neste inicio de século. A bem dizer é o novo Czar da Rússia. Temos de ter medo, muito medo a meu ver. Embora não assuste assim tanto como parece, pois o poder não é assim tão bem fundado (pelo menos por enquanto). Mas o bluff e agilidades políticos são muito bons como se pode ver nos casos do Irão, Iraque. O Kosovo e o braço de ferro com a UE é a prova de fogo... Assim como o fechar e abrir de torneiras do gás à Europa e aos aliados e inimigos políticos é conforme o vento está ou não de feição!

Falando da revista Time, esta escolha não é uma questão de popularidade. É uma decisão editorial de compromisso. Há quem diga que não foi escolhido o Al Gore para não perderem subscrições, assim como não escolheram o General David Petraeus pela mesma razão. Comprometeram-se então por um estrangeiro. Assim como assim, metade dos americanos (vá lá, estou a exagerar?) não fazem ideia quem é!
Falando um pouquinho de história, e para perspectivar a coisa ficam aqui umas personalidades especiais escolhidas pela Time (algumas das minhas preferidas):
1938 -> Adolf Hitler
1939 + 1942 -> Joseph Stalin
1950 -> GI Joe
1966 -> Jovens (Young People)
1969 -> Classe média (Middle Class)
1982 -> Computador (The computer)
1983 -> Reagan/Andropov
2002 -> As Chibas (The Wistleblowers)
2004 -> George W. Bush

Bem mais info www.time.com/time/specials/2007/personoftheyear/

O que pensam vocês desta estória toda?

17 comentários:

Paulo Colaço disse...

O "Person of the year" não é um prémio, é mais uma declaração.
A revista Time "declara que, em seu entender" a pessoa mais influente, mais falada, mais importante no seu meio é fulano de tal".

Tão só. Assim se explica que sanguinários tenham sido "Person of the year". Não é um reconhecimento, um mérito, prémio ou elogio. É uma declaração.

Talvez Puttin a mereça. Não é fácil gerir um mega-país como a Rússia que, acima de tudo, tem da "liberdade" uma opinião nada semelhante à nossa. Para eles é um valor secundário. Enfim, prioridade de quem nunca foi verdadeiramente livre.

Tiago Sousa Dias disse...

É coerente com o passado. O critério não depende de análises de rigor, moral ou qualquer outro. Mas nessa perspectiva julgo que a personalidade mundial do ano foi sem sombra de dúvida Mahmoud Ahmadinejahd. Esse sim marcou a agenda mundial quer a nível de politica interna, internacional, ao nível comercial, industrial, nuclear bélico tudo. Obrigou o Mundo a falar do Irão e a tomar condutas por causa do Irão. A seguir escolheria claro Alan Greenspan. Costuma-se dizer que quando o homem espirra, a economia mundial adoece. Pois desta vez mostrou-se de boa saúde e talvez tenha evitado o fim do 2º maior grupo financeiro dos Estados Unidos.

Anónimo disse...

Tou contigo Tiago!
Colaço bom ponto de vista; afinal ao que pareçe os Russos preferem a estabilidade à liberdade.

Anónimo disse...

Para mim, a personalidade do ano foi Bush. Não gosto dele, mas foi ele quem definiu as escolhas do mundo.
É contra ele que estão viradas as baterias dos outros principais jogadores.

Anónimo disse...

Discordo, embora os outros joguem em função d'ele; não passa de um peão!

Dri disse...

Eu entendo o ponto de vista da Times e o porque da escolha. Mas também sou sincera,apesar de vivermos em epoca socretina, eu não gostava de ter um putin a governar-nos.

Margarida Balseiro Lopes disse...

Também penso que não se trata da atribuição de um prémio. Sem dúvida que Putin, por mais anos que se eternize no poder, continua anualmente a marcar a agenda mundial. Não me parece de todo descabido que se lhe atribua o título de "Person of the year". Ainda assim, perdoa-me jfd, para mim a personalidade mundial foi o Chavez. E creio também que a Times, muito provavelmente, virá a concordar comigo.

Carlos Carvalho disse...

Estas escolhas deixam-me sempre de «pé atrás»... Até acho mesmo que, neste caso, esta escolha também é uma boa acção de marketing. Boa publicidade. Isto porque, bem ou mal, toda a gente fala nesta escolha.

Não aprecio nada esta escolha. Penso mesmo que há pessoas bem mais indicadas para receber tal distinção. Mas, ao olhar para os anteriores distinguidos, tudo se percebe...

A verdade é que: fala-se no VP.

Anónimo disse...

Eu iria mais pelo Ahmadinejad, mas ainda assim reconheço que Putin teve uma influência extraordinária na pujança com que o Irão aparece a fazer finca pé. Mas seguindo este raciocínio, porque não a China?

A escolha é boa e perfeitamente legítima, mas aproveitemos para olhar como a China começa a colocar as peças no xadrez mundial.

Anónimo disse...

Bem em todo caso se já foi eleito o Computador, acho que nos últimos 6 anos ganharia consecutivamente e com larga vantagem para o segundo "O PETRÓLEO"...

Paulo Colaço disse...

Que nada!
Ganhariam, alternadamente, a Ignorância e o Medo: o casal que tem andado a gerir o mundo nas últimas duas décadas.

Duarte Serrano disse...

Num mundo como o nosso são inúmeras as personalidades que se destacam. Se todos os anos se escolhem uma personalidade tal carrossel é porque deve ser bom para as vendas ou então tem algo mais…

A sua importância reflecte as alterações provocadas no mundo. Independente da obra mas das suas consequências. Putin representa um símbolo de uma Rússia perdida numa transição do Bolchevismo para uma “Rússia de Putin”. Um arquétipo de esta representa um ex-império e ex-super-potência não conformada com o seu lugar ao sol no mundo actual.

Os russos não sabem o que é a democracia. Pensar que esta consiste um objectivo a atingir será no mínimo peculiar. Putin é hoje o espelho de uma Rússia emergente no campo económico e militar. A representação da sua ressurgência é o motivo pelo qual a Times lhe deu tamanha destaque.

Personalidades como Chávez ou Ahmadinejahd representam retórica revisionista, sendo que o primeiro tem algum poder que a prazo veremos se manterá o segundo tem de agir sob as ordens do Ayatollah que é o mais elevado dignitário da estrutura hierárquica do Irão.

Aproveito para desejara a todos um santo Natal e feliz ano novo.

Francisco Castelo Branco disse...

Estes prémios são sempre discutiveis............
Mas sendo a Revista Time mundialmente conhecida , tem o seu peso.
Acho que existem pessoas que fizeram mais pelo mundo neste ano.
Considero que Putin apenas se destacou na parte final do ano.

P.S- Também vou criar um prémio deste tipo no meu blogue hehehehe

Anónimo disse...

Votava antes na Angela Merkel, pelo trabalho fantástico que tem desempenhado na Alemanha.

Anónimo disse...

E que reflexo tem esse trabalho no mundo de forma a merecer ser a personalidade do ano de 2007?

Paulo Colaço disse...

Caro Duarte Serrano, disseste:
«Os russos não sabem o que é a democracia. Pensar que esta consiste um objectivo a atingir será no mínimo peculiar. Putin é hoje o espelho de uma Rússia emergente no campo económico e militar. A representação da sua ressurgência é o motivo pelo qual a Times lhe deu tamanha destaque.»

E eu sou obrigado a concordar com a tua opinião.

Anónimo disse...

Bem vai um burburinho nos EUA por causa desta escolha que não vos passa...