quarta-feira, dezembro 26, 2007

Os ocupas rosa do século XXI

A crise do Millenium BCP vai ser resolvida com a indicação do Presidente da CGD. Aquele que quase se tornou (por duas vezes) o maior banco português será agora dominado pela mesma pessoa à frente da instituição rainha e senhora da banca portuguesa.


Não é uma situação estranha esta despromoção, tão voluntaria e entusiasticamente aceite? E que dizer dos rumores de hoje de que Manuel Pinho é a pessoa pensada para ocupar a CGD? Lembram-se do barulho que o PS fez quando se indicou Celeste Cardona para a CGD, meses depois de ela ter resignado, apesar de ser uma fiscalista com nome na praça e para ocupar esse mesmo pelouro?

Não é estranho que a ala socialista esteja amplamente representada em tudo o que é público, e agora a esticar os tentáculos de influência para o privado?

Não é esta prática radicalmente diferente da do PSD quer com Cavaco (em que pautámos por ter um presidente do Tribunal de Contas da área socialista) e de Durão Barroso e Santana Lopes que insistiram em manter as boas nomeações socialistas (TAP, Banco de Portugal), e até nomeado um reconhecido socialista para a reestruturação da RTP (Almerindo Marques)?

Com a esquerda, o poder absoluto corrompe, de facto, absolutamente

31 comentários:

Filipe de Arede Nunes disse...

Caros amigos.
Gostaria de ver alguém deste blog suscitar a discussão em torno do artigo de José Pacheco Pereira no Público do passado dia 22.
É muitissimo interessante.
Para quem não teve oportunidade de ler o artigo, o mesmo está no blog do autor.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Anónimo disse...

http://abrupto.blogspot.com/2007/12/onde-est-o-psd-s-uma-questo-de-tempo-at.html

Tiago Sousa Dias disse...

1- Rectificação- o Millennium nunca esteve para ser o maior Banco português pois precisaria de 2 BPI´s para o ser; nota que os lucros do ano a passado foram 30% superiores aos do BCP e BPI juntos.

2- Não é nada diferente a conduta do PS da do PSD; nos tempos em que lá estivemos fizemos exactamente o mesmo mas com algum pudor;

3- O BCP é uma instituição privada; quem propôs o nome do líder da CGD foi António Mexia e tem o apoio do BPI; tudo privado.

4- Menezes veio dizer que o líder da CGD deveria ser da oposição????!!!!!!! Queres mais promiscuídade do que dizer isto?

5- Quem decide são os accionistas e não o Estado, grave será se for detectada alguma ingerência do Governo na decisão dos accionistas, agora criticar-se uma candidatura a um Banco privado só porque existe alguém na lista que é da côr do Partido Socialista não me parece bem e sugere a cultura do medo de se pertencer a um partido qualquer "sob pena de".

Acho bem que quem quer que ache que tem capacidade apresente a sua candidatura e para bem da economia portuguesa, a sanidade do maior banco privado português merece alguém que tem provas dadas.

O que eu talvez possa criticar é o facto de se prever aqui uma situação de "quase espionagem" comercial. Porquê? O Presidente futuro do BCP conhece toda a politica comercial do banco concorrente pois é actualmente o seu presidente. Isto sim poderá ser criticado, mas ainda não foi.

Anónimo disse...

Acho que nos estamos a transformar num estado "Berlusconiano". Estas práticas do Partido Socialista são inadmissiveis. Primeiro o Estado, com as denuncias e o controlo quase pidesco. Depois os media, com a nomeação de pessoas "próximas" ao PS, para cargos de chefia. E agora querem "controlar" os 2 maiores bancos do país. De facto é inacreditavel...

Paulo Colaço disse...

Já ca venho comentar.
Apenas para dizer que ontem à noite quis fazer este mesmo post mas estava com demasiado sono.
Great minds think alike e quem foi ao ar perdeu o lugar.
Grande abordagem ao tema, Né!

Anónimo disse...

Belo comentário Tiago.
Realmente é assustadora a promiscuidade com que andam de empresa em empresa. Por mais adendas de confidencialidade que se anexem aos novos contratos, quem garante o cumprimento das mesmas?

Quanto à questão politica, o BCP é uma instituição privada que navega na maré dos seus accionistas, clientes, dirigentes e regulador. Influência externa legal poderá haver sempre. Vamos continuar a ter uma enorme dor de corno sempre que o PS fizer algo melhor que nós? A decisão tomar-se-á na AG. As listas poder-se-ão apresentar nos termos dos estatutos da instituição. Qual o stress? Onde está a donzela violentada? Ora façam-me o favor :P
Não se faz política de outra forma em Portugal. É assim :P

Nós não nos decidimos. Num dia queremos liberalizar, noutro queremos fazer igual, temos de nos focar. Até lá continuaremos a engolir sapos bem grandes, rosas e presunçosos e a fazer má figura perante todos.

Anónimo disse...

A questão central não é o que o BCP decide ou quem o BCP nomeia...a questão central e que o Dr. Luis Filipe Menezes frisou e bem é saber quem será o próximo Presidente da Caixa! Aí o Accionista somos nós!

E o incrivel disto não é se somos a favor ou não da liberalização ou do proteccionismo, aqui a questão passa por perder um Presidente para o Maior concorrente PRIVADO!

Quer isto dizer que futuramente o Dr. Santos Ferreira em negócios directos com a Caixa, como por exemplo a expansão em Angola, saberá as ofertas da Caixa e concorrerá de forma desleal com a Caixa!

É este o ponto da questão!

O resto se são socialistas ou não no BCP não interessa!

Agora a esperteza saloia da anedota Manuel Pinho a Presidente da Caixa NÃO!

Seria o dois em um para Sócrates e aí Menezes esteve bem e o PPD-PSD está muito bem! Queremos um Presidente competente e por regra distinto de cor poltica do Governador, (atenção Governador existe por aí Presidentes de Distritais da JSD que lhe chamam Presidente), do Banco de Portugal

Carlos Carvalho disse...

Numa época em que os créditos bancários são fundamentais para toda e qualquer operação empresarial, observamos o Partido Socialista a criar cada vez mais marionetas a fim de controlar essas mesmas operações.

Controlando operações, controlam-se empresários. Controlando empresários, controla-se o poder económico, decisivo no financiamento «esquisito» de partidos e campanhas.

Continuo a pensar que, para além de Professores Charrua e derivados, o Partido Socialista, com pequenas e certeiras manobras de bastidores, quer conduzir o país para uma ditadura socialista.

Não se entenda «ditadura» da mesma forma que se entendiam as ditaduras do passado. Entenda-se de forma mais sofisticada, englobada no Plano Tecnológico. De forma matreira vai-se condicionando a decisão dos decisores. O grande problema está no facto do Governo quebra uma fundamental regra. è que, na minha opinião, não devia o Governo interferir demais na vida social/económica do país. Devia sim, regularizar, fiscalizar (quando o tivesse que fazer) e orientar (sem intromissão).

É preocupante.

Tiago Sousa Dias disse...

Quanto ao mais permitam-me salientar:

Porque é que nunca ninguém criticou o facto de o BCP ter sido presidido por um ex-secretário de estado de Cavaco Silva? E quando Mira Amaral, ex-Ministro, foi Presidente da Caixa? António Mexia - EDP? Carlos Tavares - CMVM?
Se as pessoas têm mérito não podem ser ELEITAS só porque pertencem a um Partido?

Tiago Sousa Dias disse...

Rectificação:

"Nunca ninguém criticou"!

Claro que criticou: os do PS faziam as mesmas criticas ao PSD quando´o PSD nomeava e o PSD respondia o mesmo que responde agora o PS.

É ciclico e repito, enquanto não vir claramente a mão governamental a influenciar o privado, quero lá saber qual a côr do Partido.

Anónimo disse...

Tal como prometido voltei e desta vez para fazer um comentário mais sério, sobre um assunto que anda na ordem do dia e que me parece de extrema importância.

Parece-me no mínimo estranho o que está a acontecer no BCP.

1º A CMV (como diz o Berardo) e BP estavam muito desatentos e só agora é que acordaram para a realidade do regime de favorecimento que se vivia no maior Banco Privado Português.

2º Depois do despertar das entidades responsáveis iniciou-se um processo que pretende colocar nas mãos de dois distintos socialistas, (Santos Ferreira e Armando Vara) os destinos do BCP

3º Nada disto será tão preocupante se na administração da CGD se encontrar um equilíbrio na administração e que possa ter pessoas independetes ou que não estajam ligadas ao PS.

4º Se o nome a indicar para a CGD for o de Manuel Pinho, então temos motivo para nos preocuparmos porque o universo de influencias do PS na Banca toma um peso que me parece preocupante.

Ter os dois maiores bancos portugueses mais o banco de Portugal sobre a esfera de influência socialista parece-me preocupante, assim como acho preocupante o que se passa hoje em dia na forma como o PS controla a RTP, tem influência na SIC (através do Ricardo Costa)e controla a TVI através do sr. Pina Moura.

Neste caso acho bem que o nosso líder, Dr. Luís Filipe Menezes, tenha jogado na antecipação para condicionar a escolha para a CGD, tal como está a fazer sua Excelência o nosso Presidente da República.

Cumprimentos e obrigado pela atenção dispensada.

Até breve

Tiago Sousa Dias disse...

Bem ó Silvério vais-me desculpar mas mandaste aí umas pérolas!!!
NA SIC tem influência por causa do Ricardo Costa???
E o PSD não tem influência nenhuma com... deixa cá ver se encontro algum na SIC... AH! Já sei o PRESIDENTE!!!
Façam por favor um esforço antes de falarem sobre este tema. Pensem no dia de hoje quantas administrações de bancos + associação portuguesa de bancos são controlados por administrações caracterizadamente socialistas e nas que têm pendor social democrata e chegarão à conclusão que há apenas 1 e ainda o BdP.
Giro não é?!
O que eu acho ainda mais delirante é tu elogiares as declarações de Menezes. Básicamente o que ele diz é: 1- é promíscuo nomear um socialista porque o PS está no Governo, por isso, nomeem um social democrata (acrescento eu, e danem-se lá se existe algum capaz, desde que seja social democrata); 2- vocês querem controlar a Banca, por isso deixem-nos a nós continuar a controlar.
Isto é inaceitável por um lado porque não deve ser a "politica" a comandar a escolha para a administração da CGD e por outro lado porque ataca com a mesma arma com que acusa ao criticar a escolha de um socialista quando devia ser um social democrata.
Para esta matéria acertou no poste a um metro da baliza e não vai condicionar coisa nenhuma.

Anónimo disse...

Tiago tou contigo ;)

Silvério quanto ao ponto 1 as evidências já eram tantas que tinham de fazer alguma coisa. Quanto ao senhor Berardo não faço ideia porque diz CMV ou fala como fala, mas poderá ser algum problema.
Quanto ao resto um pouco de paranóia... Mas eu percebo. Porque até há pouco tempo eu pensava 100% assim, mas depois parei e vi um pouco do filme de fora. E possa, o mérito não é só de quem os leva ao colo. Também é da sua habilidade politica.
Quem viu ouviu leu whatever sobre a prestação do António Costa na AML viu a quinteessencia (?) do que é esta governação, do que são estes políticos da geração PS maioria abs. São bons PORRA!
Nós temos é de ser melhor! Mas estamos a ir no jogo. Eles marcam o passo, nós seguimos atrás. Temos de nos reinventar. Temos de espantar. Tirar um coelho felpudo, bem alimentado e cheio de energia da cartola. Mas está a tardar...

Quero lá saber da CGD (nas mãos do Estado). Vendam a CGD a quem der mais. Vendam as golden shares, vendam o que é de vender. Concentrem-se no que é principal!
ARGH!

A antecipação do nosso líder, como dizes, é boa. Mas seria melhor se, e friso SE, viesse em linha de um pensamento consistente, coerente e de fundo... Mas então num dia queremos mandar tudo às urtigas e no dia seguinte queremos ter que dizer em tudo?

Já agora, o que fará um PSD como presidente da CGD que não fará um PS ????????

Anónimo disse...

-1 Ainda não li o artigo do Pacheco Pereira... mas vou ler.

1- Amigo Tiago: dei exemplos de como no nosso tempo fizemos de forma diferente. A questão não é ser um militante rosa: é ter sido uma nomeação recente e tudo apontar para que haja influência governamental nesta indicação.

Ou, como digo, não acham estranha a despromoção? Eu fiz a mesma pergunta no post Tiago: passa-se da maior instituição para a segunda maior sem problemas, com toda a gente a aceitar?

Para mais tu és do meio: acreditas que o Presidente da EDP se lembrou daquele nome a meio da noite e todos gritaram alvíssaras? O que está por trás?

Quanto às declarações de LFM: precipitou-se. Devia primeiro avisar para a ocupação que está a ser feita, deixar passar uns dias e então largar um nome da área social-democrata. Recordo que nós sempre o fizemos no passado: Tribunal de Contas, BP, TAP, RTP... mesmo com maiorias absolutas.

Anónimo disse...

Quanto ao Millenium\BPI ser maior que a Caixa, fiquei com essa impressão aquando da última discussão.

Anónimo disse...

Segunda questão do Tiago:

Falo dos casos que acompanhei: Teixeira Pinto trabalhava no BCP há 10 anos, na Administração, quando é indicado para Presidente; é militante base do Partido desde Outubro de 1995, nunca ocupou cargos de verdadeiro relevo. Enquanto Sec. Estado não era militante.

António Mexia foi considerado um dos homens por trás do sucesso da GALP Energia e, já vem de trás, uma putativa nomeação para a EDP. Não houve surpresas, nem saltos de uma nomeação governativa para o ramo privado, vindo do maior concorrente, numa época de instabilidade gigantesca num dos maiores esteios do sector não-público em Portugal.

Já no tempo do chumbo do plano Talone se clamava por Mexia na EDP. Não apareceu numa noite de nevoeiro como a solução para a EDP e acabou por ser o PS a nomeá-lo. Carlos Tavares e Mira Amaral não conheço a situação.

Anónimo disse...

Despromoção não Né. O BCP é o Banco Português que melhor paga aos administradores. Vai ganhar o dobro.
Mas claro que Mexia não se lembrou do nome sem mais. Lembrou-se por certo porque havia uma leque de nomes que reunia o apoio da CGD, EDP e BPI que são 3 dos maiores accionistas do BCP e que sempre estiveram juntos nestas famosas AG´s.
Se fosse o Mexia alguém do PSD criticava? Claro que não.
Teixeira Pinto, militante ou não, era Social Democrata, foi sec. estado do PSD e vive desde sempre dentro do poder económico social democrata. Se estava antes na Administração era, provavelmente, por isso mesmo.

Paulo Colaço disse...

Falarei do que sei e do que sinto.
I
- Digo-o há anos e acho-o indesmentível: o PSD sempre teve mais sentido de Estado no tocante a nomeações. O PS de Guterres foi tendo essa preocupação. Lembro-me da nomeação do Provedor de Justiça.
- Sócrates não tem essas “mariquices”. Para quê partilhar o Poder quando se pode exercê-lo em absoluto?
- Onde Menezes se precipitou foi na ânsia de abrir a boca. É costume os líderes de oposição serem ouvidos, na calada, para nomeações deste tipo. São trabalhadas por grupos de contacto, telefonemas, etc. Quando alguém se mete em bicos de pés, as vazas são, obviamente, cortadas. Enfim, é preciso sentido de Estado para jogar neste tabuleiro…

II
- A presença do PS nos dois maiores bancos portugueses faz parte de um plano de poder. Não tenho dúvida. A este nível não há coincidências. Aqui ninguém foi à Figueira da Foz fazer a rodagem ao carro.
- Enquanto o PSD ainda continua a sonhar com o plano de Sá Carneiro (um Presidente, um Governo e uma Maioria), o PS não brinca em serviço e tenta ser hegemónico na sociedade civil.

III
- Para o ainda líder da CGD não será uma despromoção passar para o BCP. Por outro lado, é um atestado de menoridade para os portugueses: quando alguém acha que faz destas coisas sem ninguém perceber é porque tem a pior impressão do cérebro lusitano.

Anónimo disse...

Quem tem o poder tende a exercê-lo na íntegra. Usa-o até ao limite.
Acontece, por vezes, que alguns "poderosos" empurrem os limites do seu poder de modo a aumentá-lo.
Por vezes dá certo (caso de Puttin, na Rússia) outras não (caso de Chavez, no referendo).

Sócrates ainda não tentou alargar os seus poderes, mas sinto próxima essa possibilidade.

Anónimo disse...

Colaço muito sóbria análise! Quero farpas! ;)

Big Mamma era o que faltava, se ele passar das marcas :)

José Pedro Salgado disse...

Concordo que não devia ser nomeado ninguém da área socialista.

Para dizer o mínimo, assim o exigia o decôro.

No entanto também não consigo concordar com o pedido em público de alguém da nossa área. Seria uma actuação que se condenaria, mas que não se critica à partida. Percebo a tática de antecipação, mas neste caso não concordo.

Opiniões...

Paulo Colaço disse...

Foi nomeado alguém da nossa área.
Faria de Oliveira é uma boa opção.
Como eu imediatamente previ, o PSD já veio dizer que está satisfeito.
Errou no nome que se apressou a recomendar e errou o porta-voz do PSD que disse que o partido "apenas indicou critérios"...

Anónimo disse...

Passar de Presidente do maior banco português para o do segundo maior banco português é uma "despromoção". Todos nós percebemos as vantagens, mas não deixa de ser uma despromoção.

Dizer que Paulo Teixeira Pinto sempre viveu do poder económico social democrata... é uma acusação forte. Se calhar deve-se a outro lóbi que não o partidário, do qual ele recentemente se afastou.

CV profissional de Teixeira Pinto:

1983/1988- Docente na FDL
1991/1995- Sec. Estado da Presidência Conselho Ministros
1995- BCP - Assessoria Jurídica do Centro Corporativo.
2000- nomeado Director - Geral e Secretário da Sociedade Banco Comercial Português.
2004- designado Secretário - Geral da Fundação Millennium bcp.

Quanto à tática menezista: era importante realçar que nem todos os cargos devem ser rosa. Houve precipitação ao dizer-se que tinham de ser para alguém laranja e em lançar um nome.

Nome esse que, curiosamente, entrega hoje lista rival ao Millenium. O Tiago também deve achar que se deve à vontade de um grupo de accionistas. Coincidências.

Carlos Carvalho disse...

Mas... e agora? Se Cadilhe ganhar a eleição e assumir o comando do BCP, não vai o PSD ser acusado de estar na liderança da CGD e do BCP ao mesmo tempo?!

Força Cadilhe! :)

Anónimo disse...

Dificilmente. Vai um mundo de diferença entre sair-se da administração da CGD - onde se encontrava por nomeação socialista com mais três membros também nomeados - e candidatar-se ao Millenium e apresentar uma lista.

A questão nunca foi a de ser militante (nem sei se o Presidente da CGD é militante, apenas sei que é da área socialista). É o convite e a encenação em torno de uma lista que mais terá que razões puramente económico-financeiras.

Anónimo disse...

O Banco de Portugal apela a que antigos administradores do BCP não se candidatem à Administração. Miguel Cadilhe deixou de o ser em 2002.

Portanto, no entender do BP, antigos administradores não; actuais nomeados políticos da concorrência CGD sim. Isto faz lembrar uma célebre rábula do Gato Fedorento com o MRS.

Paulo Colaço disse...

Né, se pudesse, o BP apelaria a que ninguém se opusesse à solução que gizou.
Mais, apelaria a que votassem todos em Santos Ferreira.

Anónimo disse...

Não gosto de esquemas por isso desejo toda a sorte a Miguel Cadilhe!
Não sei se é o melhor candidato ou se Joe Berardo tem razão nas críticas que faz a este antigo Ministro de Cavaco Silva, mas era giro ver o PS enterrar-se todo nesta jogatana.

Anónimo disse...

Chamada de capa do Público de hoje:

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) concedeu financiamentos de cerca de 500 milhões de euros a vários accionistas do Banco Comercial Português (BCP) para que estes reforçassem a sua posição no capital do banco privado.

Joe Berardo, Moniz da Maia e Teixeira Duarte estão entre esse grupo de investidores que obtiveram crédito do banco do Estado para comprar cerca de cinco por cento do BCP no primeiro semestre de 2007.

Estes investidores estiveram há duas semanas na primeira linha do apoio à candidatura de Carlos Santos Ferreira, que era o presidente da CGD, à liderança do BCP. Estas operações, que são legais, foram aprovadas pelo Conselho de Crédito Alargado da Caixa, que era constituído por cinco administradores e incluía Santos Ferreira e Armando Vara, administrador que tinha o pelouro da concessão de crédito.


E esta hein? Isto é o mercado a funcionar... continuo a perguntar-me porque precisa o Estado da CGD. Saibam que nenhum político me respondeu até hoje. (Manuela Ferreira Leite, Secretários de Estado dela, Manuel Pinho, Miguel Frasquilho, Patinha Antão).

jfd disse...

Isto cheira tudo muito mal!
O Governador está cada vez mais comprometido a meu ver...
Ora o Semanário Económica de hoje tem as gordas:
"Conselho Superior do BCP vai rever apoio a Santos Ferreira"... Leiam o editorial do Francisco Ferreira da Silva se tiverem a possibilidade http://www.semanarioeconomico.com/editorial/editorial_index.html .

Eu comecei por comentar este assunto com a noção de que estariamos a ser paranoicos. Mas realmente onde há fumo há fogo. E continuo a dizer o PS é mesmo muito habil só tenho é dor de cotovelo. LINDO! Se isto fosse um filme era daqueles momentos em que me virava para o lado e dizia "Possa que sacanas viste como conseguiram aquilo??".
Excelente ;))

Paulo Colaço disse...

É tudo muito feio!
Pior: é grave!
Crédito em troca de apoios, com o Governo por padrinho.