sexta-feira, setembro 28, 2007

The End


Hoje foi a última edição do Tal e qual. Alexandre Pais, director do jornal Record e ex-director do Tal e Qual , refere-se a este como "Um semanário popular que constituiu há três decadas uma pedrada no charco de uma sociedade marcada pela demagogia, pela corrupção, pelo novo-riquismo e pela tacanhez" Que tem os psicoticos a dizer?

7 comentários:

xana disse...

Bem, esta matéria diz-me muito.

Não acerdito que se vá leiloar um exemplar do Tal&Qual em que estivesse escrita uma meia verdade Colaço, mas mesmo assim, a imprensa escrita está a atravessar uma crise profunda.
Os números que os jornais publicam relativos à sua distribuição não podem ser verdadeiros quando até o jornal Público é dado gratuitamente no supermercado.

O meio foi tomado de assalto pelo capitalismo, a qualidade foi posta de lado, e eis o resultado.
A proliferação de jornais gratuitos também não ajudou, mas se os nossos jornais tivessem mantido a qualidade, será que aquele nicho de mercado (que não é assim tão nicho) não se teria mantido fiel à qualidade que o DN, exemplo mais flagrante, antes apresentavam?

José Pedro Salgado disse...

Já nao creio muito na imprensa escrita. Eu sou dos fiéis que se perdeu pelo desinteresse que esta agora acarreta.

A verdade é que esta está em sofrimento, e o fim de edições como o Independente e o Tal & Qual são disso prova.

Mas agora deixo no ar a pergunta:

Capitalismos à parte, porque é que os jornais não hão-de dar às pessoas o que elas querem?

Bruno disse...

Mas porque é que as pessoas se esquecem que há profissionais de marketing para estudarem, analisarem e implementarem as melhores formas de trabalhar um produto?

Quem disse que as pessoas querem um jornal de qualidade? Quem disse que não querem só ler notícias? Quem disse que não querem antes ler artigos de opinião em que outros interpretam essas notícias por elas? Quem disse que não gostam de ler textos sensasionalistas?

Cada macaco no seu galho! Não esquecendo que pode não haver espaço para todos...

Sobre o fim do Tal&Qual, posso dizer que não era jornal que lesse. Era um tanto sensacionalista e não dispunha de grande credibilidade. Não é o único e há outros semelhantes que têm tido mais sucesso exactamente por utilizarem uma estratégia mais adequada.

Mas tenho sempre pena quando vejo um órgão de comunicação fechar. É um pedaço da história que ali fica pelo caminho. Esperemos que ela não se apague. Aos profissionais do Tal&Qual desejo as maiores felicidades para o futuro.

RICARDO PITA disse...

ainda bem qu beste jornal acabou. sou a favor da liberdade de expressão mas se fosse governante vários jornais e canais televisivos fechariam as portas: TVI , SIC , 24horas, correio da manhã
como parece que hugo chavez fez ou vai fazer, mas não pelos mesmos motivos, nacionalizava-os e depois encerrava-os

Anónimo disse...

O MENEZES GANHOU!

xana disse...

Bruninho,

Não me quero meter na tua área. Mas posso ter opinião?
E sinceramente, não é por achar que sei um bocado de tudo! Nada disso! Aliás bem sabes como convivo com os media, e agora diz que até vou ser proprietária de um jornal... lol

Por uso meu, deixei de comprar jornais. Leio na net, e mesmo assim, prefiro ir buscar informação a outros sítios.

Sinal dos tempos.

Bruno disse...

Xana, é claro que podes e deves ter opinião! E acabaste por confirmar que o que digo é verdade. Uma das razões para a crise na imprensa escrita é a crescente utilização da net.

Se as coisas forem bem estudadas, se calhar chegamos à conclusão que, para determinados targets é mais indicado apostar, por exemplo, num jornal on-line.