terça-feira, janeiro 29, 2008

O Profeta da Desgraça


…será certamente a alcunha que o actor Bill Tallen terá junto das grandes multinacionais que identificam a cultura ocidental com o consumismo desenfreado.

Este actor estadounidense, ao se instalar em Nova Iorque nos anos 90, assistiu a uma sociedade orientada (não para, mas) pelo consumo. Decidiu então fazer algo contra isso, no que seria o papel da sua vida.

Ao longo de meses trabalhou a sua personagem e a sua mensagem. Até que finalmente fundou The Church of Stop Shopping, da qual é o pastor.

Responsável por acções de protesto como sermões à porta de grandes armazéns, exorcismos de caixas registadoras e tendas onde se faz desde confissões de pecados consumistas até casamentos, batizados e funerais, o Reverendo Billy foi banido permanentemente de todos os cafés da cadeia Starbucks em 2003 e de todos os estabelecimentos Disney em 2005.

O vídeo acima é o trailer do documentário What would Jesus buy? que Morgan Spurlock (Super Size me – 30 dias de fast-food) fez sobre o reverendo.

Numa nota final:

Apesar de um criticismo moderado que os protestos recebem por parte da socidade cristã, Walter Brueggemann, conceituado especialista da Bíblia, considera que o reverendo Billy “se inscreve na continuidade dos antigos profetas de Israel e das grandes figuras proféticas dos Estados Unidos, que não cessaram de apelar que a sociedade reatasse com a paixão fundamental do homem pela justiça e compaixão.” – Courrier Internacional

E esta, hein?

4 comentários:

Paulo Colaço disse...

Ainda não tinha reparado que a América era consumista...
E, é facto, se retirarem o "s" de "consumista" e o colocarem em último, atrás do "a", espantar-se-ão com o estranho resultado...

Paulo Colaço disse...

Claro que terão de trocar o "n" com o "m"...

Anónimo disse...

Nos EUA há espaço para tudo e todos... até para este reverendo sedento de atenção.

José Pedro Salgado disse...

Paulo:

Se tu já reparaste, este é o típico exemplo da mão invisível. Há muita gente que é atacada e não o sabe.

Nélson:

Por acaso estou de acordo. Este é o típico exemplo de uma americanice.
Mas isso nada retira do mérito da mensagem.