Imagem: Fonte - Jornal de Noticias
quarta-feira, outubro 31, 2007
Com admiração. Não com discriminação!
Imagem: Fonte - Jornal de Noticias
Uma psicose de Carlos Carvalho às 7:58 da tarde 13 psicomentários
Falta Injustificada!
O novo Estatuto do Aluno já foi aprovado e aguarda agora promulgação.
Uma das novidades da nova proposta de estatuto é a não reprovação automática dos alunos que ultrapassem o limite estipulado de faltas injustificadas. Todavia, para não ficarem retidos, estes alunos serão obrigados a realizar um exame final às disciplinas em causa. O documento contempla, ainda, uma maior autonomia das escolas, reforço da autoridade dos professores e uma maior responsabilização dos encarregados de educação no dever de assiduidade dos alunos.
Nas palavras da Sra. Ministra da Educação pode ler-se: “A minha orientação é a exigência (...)”.
De facto, se há matéria onde se deve ser mais exigente é na educação. Só uma maior exigência e rigor na definição e aplicação das politicas de ensino, possibilitará a existência de mais escolas com melhor qualidade. Mas será que tal se alcança conjugando, a par, exigência e facilitismo?
Há ainda outro aspecto que me parece importante equacionar. Tendo a escola um papel a desempenhar na aproximação de crianças e jovens à vida adulta, que valores, atitudes ou comportamentos queremos nós ver espelhados, na forma de estar/viver em sociedade das próximas gerações?
Uma psicose de EP às 2:54 da manhã 16 psicomentários
terça-feira, outubro 30, 2007
Portugal dos Pequeninos
O PNVD pretende: baixar a idade de consentimento sexual dos 16 anos para os 12 anos; legalizar a pornografia infantil; legalizar o sexo com animais; legalizar o voto a partir dos 12 anos de idade; promover a discussão pública da pedofilia; quebrar o estigma que existe sobre os pedófilos.
Há mesmo quem alerte para a iminência da Holanda legalizar a pedofilia: a comunicação social europeia faz já manchetes com esta execrável situação, apesar das sondagens apontarem para menos de mil votos para o PNVD, nas próximas eleições legislativas.
Caros psicóticos e psico-amigos, e se fosse em Portugal?
O caso Casa Pia chocou profundamente a sociedade portuguesa. Mas, quid iuris?
Uma psicose de Margarida Balseiro Lopes às 8:05 da tarde 21 psicomentários
O estado do Conselho
Diz-se que corre um estudo para dar ao líder da oposição inerência no Conselho. No meio, Capucho, o seguinte da lista, sentou-se no lugar vago.
Confuso? Eu explico: o Conselho de Estado é um órgão de aconselhamento do Presidente da República. Serve apenas para o PR colher a opinião das grandes figuras institucionais antes de tomar a decisão que lhe apetecer.
A composição do CE integra 5 membros eleitos pela Assembleia da República. Ora eu pergunto: fará sentido que o Parlamento escolha Conselheiros de Estado?
Para quê? Para que os maiores partidos “repartam” os cinco lugares entre si, deixando de fora os restantes? Não seria mais avisado dar inerência no CE aos líderes dos partidos com assento parlamentar?
Uma psicose de Paulo Colaço às 2:07 da tarde 11 psicomentários
O Homem do momento ou o momento do homem?
Uma psicose de Tiago Sousa Dias às 9:50 da manhã 16 psicomentários
Marcadores: BCP; Ulrich; BPI; fusão; millennium bpi
segunda-feira, outubro 29, 2007
Código Penal
Em conversa com o Paulo Colaço disse-lhe que o primeiro tema sobre o qual iria escrever era o mais importante para mim: EU.
Estou chateado com o artigo 2º nº 4 do Código Penal.
Não me esqueço do dia em que fui fazer melhoria de nota a Direito Penal e perante o Senhor Prof. Doutor Manuel da Costa Andrade propus-me refutar a teoria de que ele e Figueiredo Dias são "pais" e que sustentava a constitucionalidade do anterior art.º 2º nº 4. Fiz uma boa apresentação e no final disse-me: "Até concordaria consigo, mas não vale a pena." Eu respondi-lhe: "Nesse caso eu até continuaria a oral, mas não vale a pena." E desisti.
Talvez por orgulho decidi fazer a minha tese de mestrado sobre esse tema... e agora o legislador deu-me razão por antecipação alterando a lei no sentido da minha tese eliminando toda a utilidade que esta podia ter.
À matéria em causa:
Antes desta revisão do Código Penal, as alterações ao regime penal nunca poderiam afectar negativamente o arguido, significando isto que se aplicaria sempre a lei penal mais favorável. Ou seja, um arguido "acusado" de praticar um crime com moldura penal de 1 a 3 anos de prisão veria aplicada a lei nova se, por exemplo, esta reduzisse o limite máximo para 2 anos mas manter-se-ia aplicável a lei antiga se a moldura aumentasse para 4 anos.´
Já quando o processo houvesse transitado em julgado não seria aplicável a lei mais favorável. Na prática o que poderia acontecer é que dois arguidos em processos diferentes acusados pelo mesmo crime mas em que um promovesse o rápido andamento do processo atingindo a sentença com transito em julgado e o outro promovesse manobras dilatórias tendentes ao adiamento sucessivo dos actos processuais, ao primeiro ("o bom incumpridor") ser-lhe-ia vedada a lei mais favorável; ao segundo ("o artista") ser-lhe-ia aplicada a lei mais favorável.
Ora falei de mim e mostrei o meu desagrado pelo facto de este artigo me ter estragado uma oral e uma tese, mas não queria deixar de salientar que finalmente consigo concordar com alguma coisa que este Governo faz (não obstante este artigo estar no âmbito do pacto para a justiça PSD/PS).
O problema que se coloca é o seguinte:
Tomada esta medida, cada vez que se alterar a lei penal TODAS as sentenças transitadas em julgado sobre crimes da natureza alterada terão que ser revistas. Ora, se os Tribunais já não têm capacidade de escoamento processual nos dias de hoje, como será de agora em diante?
Uma psicose de Tiago Sousa Dias às 9:45 da manhã 11 psicomentários
Marcadores: pacto de justiça; lei penal mais favorável; revisão; código penal
Bem-Vindos
Paralelamente, 6 elementos fazem uma psico-pausa: Inês Aguiar-Branco, Luís Sardinha, Magda Borges, Marta Rocha, Rita Pedro e Tiago Sá Carneiro. A estes amigos agradecemos todo o companheirismo.
Vamos a apresentações. Seguindo a ordem aleatória da imagem, aí estão a Elsa Picão, o Tiago Dias, o Carlos Carvalho (todos da UV 2007) e o Jorge Fonseca Dias (UV 2005).
A Elsa vem da Lourinhã e dá os seus primeiros passos na política. O Tiago é portuense, amigo de longa data, já com larga experiência de JSD e PSD. O Carlos é um dos dirigentes da nova geração da JSD, vindo de Amarante. O alfacinha Jorge é já um quadro do PSD, um amigo que nos cativou pela simpatia e personalidade ímpares.
A todos desejamos boas postas!
Uma psicose de Paulo Colaço às 12:35 da manhã 35 psicomentários
quinta-feira, outubro 25, 2007
Inteligível ou nem por isso?
Chegados a julgamento, o colectivo de juízes condena a mãe a 7 anos de prisão tendo ficado provado o crime de maus tratos agravado pelo resultado morte, e não o crime de homício qualificado pedido pelo MP.
A lei penal é clara. Não havendo intenção de matar e não tendo o agente, neste caso a mãe, previsto o resultado morte e, portanto, não se conformando com o mesmo, não é sustentável a tese de homícidio.
Mesmo para quem conhece a lei e os seus contornos esta decisão é difícil de compreender.
Não será uma discussão técnica, antes pelo contrário. Se a lei penal advém, de alguma forma, de uma consciência colectiva acerca do que está certo e errado, cabe a todos, juristas e não juristas, discutir o fundamento e o alcance das normas penais.
Será a nossa lei justa?
Uma psicose de xana às 9:44 da tarde 14 psicomentários
Corporativismo Vs Desenvolvimento
A pergunta que se impõe é: a propriedade da farmácia é importante ou significativa para os seus utentes? A resposta é não, o importante é que a Direcção Técnica esteja a cargo de um farmacêutico e isso continua igual.
O PSD teria tomado esta medida senão tivesse saído prematuramente do Governo.
Os corporativismos têm dado cabo do País. Estes criaram, por exemplo, as listas de espera nos hospitais, atrasaram o desenvolvimento na área da saúde e noutros sectores da sociedade mas essa é outra discussão.
É importante que as pessoas percebam que os farmacêuticos não passam a ser preteridos na propriedade das farmácias, ou seja, os não farmacêuticos não têm prioridade como referia ontem o DN na sua manchete, aliás vergonhosa porque veicula uma informação falsa que induz os leitores em erro. Propositado ou não, não sei. É mais um exemplo do corporativismo que falava.
Para mim a grande medida ainda está para vir. O Ministério da Saúde estuda a hipótese de dispensar nas farmácias de rua medicamentos que até aqui estavam reservados à exclusiva dispensa nas farmácias dos hospitais, por exemplo, medicamentos para doentes com HIV. Esta medida, a ser tomada, configura uma grande melhoria da acessibilidade para os utentes e o consequente aumento da qualidade de vida por não terem de passar largas horas a caminho do Hospital.
Tudo tem um “mas” e como estamos em Portugal tenho de fazer uma ressalva. Não sei qual será o método ou processo mas antes que me depare com um disparate deixo o alerta. As farmácias de rua que pretendessem aderir à dispensa destes medicamentos deveriam ter um programa informático que permitisse ao médico do Hospital enviar para o computador da farmácia a prescrição do utente. Esta dispensa também só poderá ser feita a doentes que cumpram os seus seguimentos em consulta, apenas por uma questão de controlo analítico indispensável a quem toma determinados medicamentos. Se assim fosse seria tudo mais simples mas espero não ter uma decepção.
A Organização Mundial de Saúde considera que o nível de desenvolvimento de um País se avalia pela forma como trata os seus doentes, idosos, deficientes, enfim, todos os que têm necessidades especiais. Perante isto reflictam sobre o verdadeiro desenvolvimento do País, sem nunca esquecer que cuidar não compete só ao Estado e aos Profissionais de Saúde mas a cada um de nós individualmente.
Como cuidamos os velhos e doentes da nossa família? Comecemos por aí…
Ana Rita Cavaco
Uma psicose de PsicoConvidado às 12:40 da tarde 16 psicomentários
quarta-feira, outubro 24, 2007
Who wants to live forever?
Já não é somente uma (grande) música dos Queen.
Biotecnologia, nanotecnlogia, criogenia, são conceitos que estamos acostumados a ver em filmes do estilo Blade Runer, mas que nos estão cada vez mais próximos.
O download de mentes humanas para computadores é uma hipótese académica a ser explorada, de forma a conservar as nossas consciências (almas?) muito para lá da nossa morte.
A substituição de tecidos vivos por componentes mecânicos (os tão fantásticos ciborgues) é uma realidade já muito antiga que cada vez está a ser mais aperfeiçoada.
A utilização de nanorobots para o tratamento de doenças de outra forma incuráveis, bem como para o aumento das capacidades humanas para o impensável está cada vez mais próximo.
A criogenia, a possibilidade de congelar o corpo de alguém tendo em vista descongelá-lo quando seja possível resolver certa maleita (desde doenças à mortalidade), já se pratica (lembram-se do Vanila Sky? pois é, já não é só um filme...).
E isto não é nem riscar a superfície das inúmeras possibilidades que a ciência hoje em dia augura para o futuro.
Não estamos livres de controvérsia:
É legítimo o ser humano utilizar estes meios para aliviar os seus problemas (doenças, fomes, pobreza, etc.)?
E para se melhorar? Terá o Homem legitimidade para se aperfeiçoar? Para se tornar mais forte, mais rápido, mais inteligente, mais bonito? Ou será isto fútil?
Por mim? Sim às duas.
E quem achar que isto não é natural, relembro-lhe que:
- desde há uns anos para cá que não vivemos nas àrvores;
- já há algum tempo desde que alguém da minha família teve de matar o almoço e/ou de o comer cru;
- numa constipação, não há melhor que uma aspirina.
Uma psicose de José Pedro Salgado às 8:55 da tarde 10 psicomentários
terça-feira, outubro 23, 2007
Estrela do Mar....
Ontem tomei café com a Marta e ela contou-me da sua decisão. Indignei-me porque entendo que o barco que é o psicolaranja vai ficar mais fraco. Dai este post para que todos saibam que perdemos uma trave-mestra deste projecto mas que vamos cá continuar.
Quanto a ti, Marta, espero que não deixes de postar no teu blog (http://asteroidea-estreladomar.blogspot.com/), que continues a comentar por aqui e espero que um dia talvez as mentes desta sociedade entendam o porque desta saida e saibam valorizar quem ainda tem valores e quem não joga através da hipocrisia e pelo fim da união.
Até sempre,
Uma psicose de Dri às 12:04 da tarde 11 psicomentários
E, no entanto, ela move-se...
Eram parlamentares que cumpriam com zelo as suas atribuições.
Não sei de quem é a culpa, mas já vi que com os novos senhores só pode haver união com a promoção dos seus (capazes ou ignaros) e a humilhação dos restantes.
Foi o meu mais curto período de benefício da dúvida: agora sei quem dirige este PSD.
Uma psicose de Paulo Colaço às 4:33 da manhã 21 psicomentários
segunda-feira, outubro 22, 2007
Apenas His Master's Voice?
Tanto tempo volvido, regressou a hiper-vigilância do Estado. Mais branda, mas igualmente aviltante.
Tratar-se-á apenas do excesso de zelo de funcionários para agradar um chefe que já se arrependeu do monstro que criou ou existe um verdadeiro “memorando socrático”?
Uma psicose de Paulo Colaço às 2:42 da tarde 16 psicomentários
sexta-feira, outubro 19, 2007
O Esquerdismo de casa-de-banho
Uma psicose de José Pedro Salgado às 11:57 da tarde 8 psicomentários
Porreiro, pá!
Os líderes da UE acordaram ontem à noite os termos do Novo Tratado Europeu.
Itália e Polónia levantaram alguns obstáculos relativamente à sua representatividade nas instâncias europeias, que viriam porém a ser ultrapassados.
O Tratado de Lisboa vem encerrar um ciclo de longos meses de negociação e marcar a História da UE e do nosso País.
“Porreiro, pá!” foi a reacção de José Sócrates à entrada nesta nova etapa da construção europeia.
E quanto ao referendo, caros Psicóticos e amigos, qual será a sua verdadeira utilidade nesta matéria?
Uma psicose de Margarida Balseiro Lopes às 7:20 da tarde 23 psicomentários
Pódios que valem a pena!
Quantas vezes não nos lamentamos ou envergonhamos das posições obtidas noutros rankings? Ora por estarmos no pódio dos últimos ora porque as razões que nos fazem estar na dianteira não constituem motivo de orgulho. Aí está um 2º lugar, numa matéria tão sensível quanto importante, de que me orgulho!
Os psicóticos e psico-amigos o que tem a dizer?
Elsa Picão
Uma psicose de PsicoConvidado às 1:04 da tarde 13 psicomentários
terça-feira, outubro 16, 2007
Obrigado Portugal! 3% Défice
O vídeo que devíamos ter feito mas que não fizemos por ser populista...
Uma psicose de Anónimo às 12:22 da tarde 35 psicomentários
segunda-feira, outubro 15, 2007
Previsões...
Ouvi agora mesmo que se confirma, Santana Lopes será líder da bancada parlamentar, Ribau Esteves, como todos sabem, Secretário-geral e, como escolheram os militantes do PSD, Menezes é o líder do partido, etc, etc!
Pergunto-vos! Têm algumas previsões?
Uma psicose de Tânia Martins às 8:19 da tarde 18 psicomentários
domingo, outubro 14, 2007
Dupla Personalidade?
Eu, que quando miúdo tinha um poster seu no meu quarto (ao lado do de diversos jogadores do Benfica), tenho dele uma visão difícil de definir.
Assumiu dois papéis: o de político e o de chefe espiritual de 2,1 biliões de pessoas.
Como político merecia o prémio Nobel da paz:
- ajudou a derrubar ou suavizar ditaduras
- possibilitou o diálogo ecuménico
- levantou-se sempre em favor dos mais fracos
Como chefe do catolicismo, fez a Igreja recuar séculos:
- manteve a condição de católicos de 2ª para as mulheres
- apontou a faca aos divorciados
- elevou os dogmas, com custos para o Mundo (ataque à homossexualidade, ao uso de preservativo, ao aborto, imposição do celibato a padres).
No meio de tudo isto, teve tempo para:
- ser um Papa extraordinariamente amado pela juventude
- pedir desculpa aos judeus e ortodoxos e reabilitar Galileu e Copérnico
- agarrar-se à vida, mostrando uma notável força de espírito.
Foi seguramente o melhor Papa para o Mundo mas dos piores para os Católicos. E os psicóticos, o que acham deste Papa?
Uma psicose de Paulo Colaço às 7:24 da tarde 21 psicomentários
quinta-feira, outubro 11, 2007
Justa Imoralidade
No seguimento do post da Inês, no qual já me revi, encontrei este texto no blog de uma amiga. Este artigo remonta a 1999 e é da autoria de João César das Neves, o qual, apesar de ter sido escrito há alguns anos atrás, conserva a actualidade. O que se tem passado no PSD, é um espelho do que se passa na sociedade em geral, e que, do meu ponto de vista, está magnificamente retratado neste artigo. Faço minhas as suas palavras.
"Na actual confusão moral da civilização ocidental existe uma surpreendente ordem subjacente. Se usarmos a estrutura ética clássica vê-se que o nosso tempo despreza todas as virtudes que ordenam a pessoa a si própria e exalta as que regulam a relação com os outros.
Quer isto dizer que se vive actualmente num vazio moral? Não. Existem, pelo contrário, aspectos em que a ética atingiu hoje níveis de elevação nunca antes imaginados. Nós vivemos no tempo que definiu os direitos humanos, que mais lutou contra o racismo e a discriminação e mais reduziu a pobreza e a tirania. Nunca, em qualquer época ou civilização, houve tanto esforço e empenhamento público e privado para criar justiça social, igualdade de direitos, harmonia e cooperação internacional. Com leis e organizações, esforços comunitários e pessoais, o nosso tempo conseguiu avançar muito na criação de uma sociedade justa e igualitária.
É verdade que continuam a existir corrupção, abusos, ditaduras, pobreza, roubos e morticínios. Mas esses factos, que sempre se verificaram, são hoje geralmente repudiados com um vigor e uma unanimidade nunca igualadas. Apesar de a opinião pública parecer tolerar crimes graves, como o aborto, temos de dizer que, em geral, avançou-se muito no campo da justiça. Aliás, do alto dessas realizações, o nosso tempo erigiu-se mesmo em juiz da História, e repudiou o seu passado porque nele existiu escravatura, colonialismo, discriminação das mulheres, miséria e desigualdade.
O nosso tempo confunde liberdade com falta de critério.
A nossa sociedade, muito exigente na ética relacional, desconhece simplesmente os critérios do comportamento pessoal. As teorias ecológicas e naturistas dos nossos dias até exaltam os instintos corporais. As consequências deste desequilíbrio são os múltiplos comportamentos insólitos, aberrantes ou simplesmente ridículos que vemos. E a profunda miséria moral que eles manifestam. O prazer substituiu a felicidade.
A extravagância, o exagero, o exibicionismo são hoje admirados e incentivados. Não há limites na ambição, no orgulho, na curiosidade. O suicídio e a eutanásia são aceites. A droga domina e o pudor é um conceito desconhecido. Perante o normal fascínio dos jovens pelo sexo, dizem-lhes que tudo é permitido, se evitarem a sida e a gravidez. Embebedar-se é brincadeira e comer com excesso é um feito. A família tem por finalidade apenas o prazer egoísta e, por isso, é instável e multiforme. Em certos casos, voltou-se mesmo ao paganismo mais boçal dos cultos báquicos.
O resultado está à vista. Vivemos na primeira civilização que busca ansiosamente a justiça mas se esqueceu da honra. E que, apesar de nadar em prazeres, não consegue ser feliz."
NDR: (peço licença ao autor do artigo, João César das Neves, pelo facto de me ter "apropriado" do título do seu artigo para epigrafar este post)
Uma psicose de Inês Rocheta Cassiano às 4:35 da tarde 45 psicomentários
quarta-feira, outubro 10, 2007
Mais uma Psico-Moção
Uma vaga noção de tudo e um conhecimento de nada…
Charles Dickens
I – Nota prévia
Esta proposta é da autoria do Psicolaranja, um blog* de debate e reflexão nascido em Setembro de 2006, fruto do companheirismo da Universidade de Verão do PSD, JSD e Instituto Sá Carneiro.
II – Ponto da situação
Ao contrário de toda a estrutura da JSD, nem todo o PSD dá importância à formação de quadros. Os diversos níveis da Jota – da CPN aos núcleos – entregam-se à aventura da aprendizagem, treino e aperfeiçoamento. No Partido, só a direcção nacional e raras excepções lhe reconhecem utilidade.
É natural que os jovens quadros sejam mais entusiastas da formação, mas esta faz igual falta entre os dirigentes do PSD. Ninguém sabe tudo e na escada do Conhecimento há sempre mais degraus a subir, mais desafios numa escalada incessante em direcção à Sabedoria.
III – Objectivos
Esta proposta serve para:
1 – Incentivar a contínua formação de quadros no PSD
2 – Promover a reflexão interna
3 – Aperfeiçoar a acção política ao serviço de Portugal
IV – Algumas propostas
A – Cada Comissão Política (Nacional, Regional, Distrital e de Secção) deve designar, de entre os membros eleitos, o seu Director de Formação, que trabalhará em ligação com os representantes da JSD, ASD, TSD e do Gabinete de Estudos.
B – Cada Comissão Política deve organizar pelo menos uma acção de formação por ano, de acordo com as necessidades formativas.
C – A Universidade de Verão, já em 5ª edição, adquiriu prestígio devido a uma organização dedicada, oradores de categoria e alunos empenhados. O sucesso deve-se também ao esforço organizativo de vários Secretários-Gerais do PSD (José Luís Arnaut, Miguel Relvas e Miguel Macedo), dos Presidentes da JSD Jorge Nuno Sá, Daniel Fangueiro e Pedro Rodrigues, e do Director desde a primeira hora, Carlos Coelho.
Este projecto incute nos jovens participantes os valores do companheirismo, do trabalho de grupo, do estudo e da reflexão. Confere aos participantes as armas da argumentação, espírito de equipa, pontualidade e rigor. Tudo temperado com os elevados princípios em que se fundam a nossa democracia e Partido.
A UV é o nosso mais rico património no que toca à formação; a sua realização anual deve ser assumida como prioridade das prioridades.
D – Na sequência da UV, criar pós-graduações (tal como a recentemente criada Universidade do Poder Local) em áreas específicas como associativismo, media-training, finanças locais, ambiente, cultura, liderança e gestão de equipas, planeamento do território, direcção de campanhas, etc
E – Na égide das Comissões Políticas Nacional, Regionais e Distritais devem ser constituídos grupos multi-temáticos de formação, disponíveis para correr o território, a convite das estruturas locais.
F – Publicação – no site do PSD – da lista com os conteúdos/módulos e as iniciativas agendadas, permitindo não só às estruturas saber que módulos podem “requisitar”, como aos militantes acompanharem os eventos.
G – Disponibilização online de vídeos das acções de formação mais relevantes realizadas pela CPN. À semelhança do que acontece com os debates sobre a Revisão do Programa do Partido seria extremamente importante permitir a visualização destas acções por todos os militantes.
Transmissão em vídeo online, não só de acções nacionais mas também de acções distritais e/ou de secção em que haja condições para o fazer.
H – Publicação (no site do PSD) de um manual de formação política de “nível zero”, ou boas-vindas.
I – Elaboração do kit militante: um CD com o programa do partido, os estatutos, pequena abordagem histórica, galeria de imagens, bibliografia alusiva ao PSD, textos de antigos líderes, etc.
V – Conclusão
Todos os Congressos aprovamos dezenas de Propostas que “morrem” no dia seguinte. Diz a História que aprová-las é pouco: mais importante é torná-las realidade. Isso todos podemos fazê-lo junto das nossas estruturas locais. Basta Vontade!
* http://psicolaranja.blogspot.com/. Autores da proposta: Adriana Neves, Bruno Ribeiro, Inês Aguiar Branco, Inês Rocheta Cassiano, Lisete Rodrigues, José Baptista, José Pedro Salgado, Luís Sardinha, Magda Borges, Margarida Balseiro Lopes, Marta Rocha, Nélson Faria, Paulo Colaço, Rita Nave Pedro, Sandra Pimentel, Tânia Martins.
Uma psicose de PsicoConvidado às 2:12 da tarde 33 psicomentários
terça-feira, outubro 09, 2007
A Hora do Camaleão
Resolvi durante os últimos meses fazer uma retirada estratégica, primeiro para preparar os exames nacionais, minha primeira prioridade, mas depois porque o rumo que as coisas levavam, o que fui vendo, lendo e ouvindo, sobretudo a militantes do PSD me deixou profundamente triste e descrente na politica.
Essa foi aliás a razão porque decidi não consumar a minha inscrição como militante da JSD e manter-me independente.
Apoiei convictamente a recandidatura do Dr. Marques Mendes a líder do PSD e nem por isso ninguém me ouviu dizer ou escrever o que quer que fosse contra o Dr. Luís Filipe Menezes.
Sei, porque é fatal como o destino, que daqui até ao próximo fim de semana, à medida que se for aproximando a data do congresso, é chegada a hora do camaleão. Muitos dos principais críticos do actual líder vão passar a idolatra-lo com total e completo despudor…
Não é essa a minha forma de estar na vida o que não significa que não deseje que tudo corra o melhor possível ao PSD, para bem de Portugal que precisa de um PSD forte e credível.
Se acredito? Não, mas como sou democrata dou, naturalmente, o beneficio da duvida a quem ganhou.
Não vou andar por aí, fazendo obstrução sistemática como alguns num passado recente, mas estarei atenta e voltarei um dia quando e se entender que vota a valer a pena.
Viva a UV, os amigos que lá fiz e o magnifico reitor com quem tanto aprendi.
Até sempre.
Uma psicose de antZ às 7:19 da tarde 21 psicomentários
segunda-feira, outubro 08, 2007
O Direito vai torto
Em causa está o novo artigo 30º do Código Penal, que no n.º 3, agora introduzido, dispõe o seguinte:
“3. O disposto no número anterior não abrange os crimes praticados contra bens eminentemente pessoais, salvo tratando-se da mesma vítima.”
Este artigo trata a figura do crime continuado, que segundo a mesma norma, consiste na “realização plúrima do mesmo crime ou de vários tipos de crime que fundamentalmente protejam o mesmo bem jurídico, executada por forma essencialmente homogénea e no quadro da solicitação de uma mesma situação exterior que diminua consideravelmente a culpa do agente.”
O crime contra bens jurídicos pessoais é, por exemplo, um crime sexual. Neste caso, a prática de um crime de violação reiteradamente e repetidamente contra a mesma pessoa, é julgado como um só crime, ao contrário do que se aplicava anteriormente, em que cada violação correspondia a um crime.
Cabe-nos perguntar quem introduziu este n.º 3 ao artigo 30º e porquê.
As implicações que esta norma trará a processos mediáticos como o da Casa Pia fazem levantar suspeitas muito tenebrosas à volta da reforma penal em geral, e desta norma em particular.
Claro que tudo deve ser analisado casuísticamente, mas se atentarmos a uma regra fundamental na aplicação das penas que é a da norma penal mais favorável, signifcando que existe uma imposição constitucional clara no que respeita à retroactividade ou não na aplicação das normas penais, no mínimo, cabe à sociedade civil uma reflexão profunda.
Mais, sobre o silêncio do Governo e dos demais responsáveis políticos sobre o assunto.
Uma psicose de xana às 10:09 da tarde 5 psicomentários
A importância de ter sido Ernesto
Uma psicose de Marta Rocha às 10:01 da tarde 23 psicomentários
sábado, outubro 06, 2007
Quem mexeu no meu queijo?
Cavaco Silva, para além dos muitos recados ao Ministério da Educação e à sua forma de actuação, defendeu um “novo olhar” sobre a escola, concretizado numa diferente gestão escolar.
Segundo este novo modelo, o director dos estabelecimentos de ensino seria escolhido por uma assembleia composta por pais e representantes do meio cultural, empresarial e económico envolvente.
Desde Sócrates, aos sindicatos passando pelo CDS todos elogiaram o discurso do nosso PR. Estranho apenas que esta mesma proposta, defendida em Maio por Marques Mendes na Assembleia da República, tenha sido chumbada à data, num grotesco coro de críticas ao projecto do PSD.
Há, de facto, gente que anda a comer demasiado queijo...
Uma psicose de Margarida Balseiro Lopes às 2:59 da tarde 16 psicomentários
quinta-feira, outubro 04, 2007
Uma boa piada é uma coisa muito séria!
Faz hoje 18 anos que morreu o Dr. Graham Arthur Chapman , membro dos famosos Monty Python.
Farto que estou de pessoas a fazerem tempestades em copos de água, tendo sido sempre um defensor do humor como pricipal ferramenta para a vida, aproveito esta oportunidade para relembrar este grande homem, transpondo para este espaço a homenagem feita pelos seus colegas no seu funeral.
Uma psicose de José Pedro Salgado às 2:55 da tarde 9 psicomentários
quarta-feira, outubro 03, 2007
Células Estaminais
Uma psicose de Marta Rocha às 2:12 da manhã 14 psicomentários
terça-feira, outubro 02, 2007
O Rei Salomão
Uma psicose de Inês Rocheta Cassiano às 9:27 da tarde 8 psicomentários