quinta-feira, março 01, 2007

Igualdade de direitos?!

A JS prepara-se para reapresentar o seu projecto de lei para que o casamento entre homossexuais seja legalizado em Portugal, ficando de fora a questão da adopção.

Em declarações ao JN, Pedro Santos, líder desta estrutura, "a interrupção voluntária da gravidez e o casamento entre pessoas do mesmo sexo são temas diferentes. O único ponto em comum é a resistência de uma parte mais conservadora da sociedade, mas achamos que Portugal tem de avançar nestas matérias".

Ora, a alterar a lei, seria retirada do Código Civil a menção ao casamento entre pessoas do “mesmo sexo”.

O PS, pela voz de Pedro Silva Pereira, veio já rejeitar esta proposta alegando que não fez parte do programa eleitoral do PS, pelo que “a JS poderá defender o diploma, entregá-lo no Parlamento, mas só será agendado e tem futuro, se o PS quiser”.

Eu sou favorável a esta alteração, uma vez que, defendo que se trata duma questão de igualdade perante a lei, no respeito pelas orientações sexuais dos cidadãos portugueses.
Gostava de saber a opinião dos psicóticos e dos visitantes do Psico sobre esta questão e que posição deveria ter a JSD sobre esta matéria.

50 comentários:

Tété disse...

A Constituição da República Portuguesa defende direitos iguais para todos os Cidadãos sem distinção de raça, religião, sexo, entre outras particularidades. Assim sendo, a meu ver não há outra hipótese se não alterar a lei. Se são pessoas com iguais responsabilidades civis e fiscais que os heterossexuais enquanto individuais, porque raio os casais homossexuais não deveram ter direitos e garantias iguais?

No mesmo sentido aceito a adopção por parte destes casais. Que eu saiba para nascerem bebés foram necessário 1 homem e 1 mulher. Os homossexuais têm mãe e pai, logo as figuras feminina e masculina estão presentes no seu desenvolvimento e crescimento, que não seja esta a desculpa a utilizar. Todos nós temos amigos e familiares de ambos os sexos, assim os nossos filhos tem sempre presentes as duas referências sexuais independentemente do casal ser ou não gay. A meu ver é sempre preferível crianças adoptadas, do que ver casais que desejam ter filhos mas só não o podem fazer por uma questão puramente legal (sejam casais homossexuais ou heterossexuais).

Contudo concordo que são questões totalmente diferentes mas que estarão sempre de mãos dadas pelas próprias vicissitudes do tema.

Somos todos Portugueses ou há Portugueses de 1ª e outros de 2ª? Uns com Direitos e outros com Deveres?

Inês Rocheta Cassiano disse...

Podem chamar-me conservadora, sectária ou intolerante mas nesta questão do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo não concordo. Estão a querer tornar a nossa sociedade supostamente 'mais avançada e moderna'. Mas sinceramente, eu não vejo nenhum avanço, mas sim um retrocesso. Estariam a mudar a estrutura de toda uma nação, e como é de esperar, se os casamentos entre homossexuais forem aprovados, virá também a questão da adopção e muito honestamente não quero ver uma criança dizer que o pai se chama António e a mãe José. Não quero ver crianças com problemas de identidade e também não quero mesmo ver uma sociedade de homens que gostam de homens e de mulheres que gostam de mulheres. Isso para mim é doentio...
Não consigo perceber como é que isto faz de nós mais modernos e avançados, não consigo sequer perceber quais os valores que regem a nossa sociedade.
Sou a favor do verdadeiro conceito de família e não o consigo imaginar doutro modo, nem perceber porque o querem mudar.

Tété disse...

Margarida excelente...requere coragem postar um assunto tão delicado, principalmente politicamente falando :)

Bruno disse...

Acho que os homossexuais são como os outros grupos de pessoas, sejam eles profissionais, sociais, raciais: há os bons e os maus.

Conheço homossexuais que têm grandes qualidades pessoais e humanas mas admitamos que uma grande parte deles tem formas de ver e viver a vida diferentes da maioria das pessoas (mais uma vez como alguns grupos sociais, profissionais ou raciais) o que faz com que não se enquadrem tão facilmente na sociedade. Há responsabilidade da parte da sociedade que não os aceita mas há também culpa dos próprios que não fazem esforço para se integrar.

Posto isto, penso que, numa óptica de integração, se poderá aceitar os casamentos entre homossexuais como algo normal uma vez que estes vivem efectivamente em união de facto com pessoas do mesmo sexo. Que isso faça de nós uma sociedade mais avançada, não me parece. Veremos…

Quanto à possibilidade de adopção, que falem os impulsionadores do casamento: qual é a lógica de se implementar coisa uma sem a outra?

Anónimo disse...

Inês,


Trata-se essencialmente de respeitar as diferenças.

Felizmente, a homossexualidade não é já considerada uma enfermidade como outrora, mas sim uma orientação que deve e tem que ser respeitada e tolerada.

O que eu não quero ver?
as já banais notícias de maus tratos sobre crianças, muitas delas à guarda do Estado quando poderiam estar numa família. Uma família é para mim um conjunto de pessoas emocionalmente ligadas, uma unidade socioemocional com dinâmicas próprias.


Como é óbvio também sou defensora do conceito família. Mas defendo com muito mais garra e afinco a felicidade e dignidade da pessoa humana.

E, já agora, os pais não têm necessariamente que se chamar só António ou José! =)

Tânia Martins disse...

Inês já que tanto insistes, cá vai és uma conservadora de primeira :p, mas o nosso dever é respeitar os outros e enfim respeito-te, mas não concordo de forma alguma contigo!

Não é uma questão de tornar uma sociedade mais avançada ou não, é uma questão de fazer com que a nossa sociedade respeite todas as pessoas, incluindo qual seja a sua opção sexual! É absurdo que tratem os homossexuais como seres à parte da sociedade. Eles têm o direito de se casar, de adoptar crianças como todos os casais heterossexuais. Sim adoptar crianças, porque se a sociedade respeitasse o alheio, não irias ver crianças recriminadas por ter uns pais adoptivos homossexuais, nem mesmo com problemas de identidade.

O mundo habituou-se a ver homem com mulher, mas isso não quer dizer que tenha que ser assim, e sinceramente prefiro que as pessoas mostrem aquilo que são do que façam tudo escondido como se fossem criminosos, porque quer se legalize o casamento ou não, homossexuais irão existir para sempre. Para concluir o tema adopção, basta o ser humano ficar mais inteligente e mais sensato e não haveria pressão social sobre a criança nem tão pouco ela iria ter problemas de identidade, pois cada um pensa com o seu cérebro.

E não se esqueçam que eu tive que fazer de oposição da simulação de Assembleia na UV :p

Joana Nave disse...

Já nos meus tempos de estudante, quando se debatia o aumento das propinas, falava-se muitas vezes na igualdade de direitos e blá, blá, blá que a Constituição da República Portuguesa determina… Sempre foi conotada com “esquerdistas” esta posição de interpretar leis à letra e desvirtuá-las do senso comum e dos ideais de uma sociedade.

Não sou contra os homossexuais, tenho um amigo que o é e respeito-o por isso, mas não o admiro por isso! Admiro-o pela inteligência, pelos dons que tem, nomeadamente, a lealdade, a sensibilidade e outros afins.

Sou absolutamente contra o casamento dos homossexuais, porque defendo o casamento aos olhos da união sagrada, e a união sagrada é aquela que leva à procriação e à partilha entre um homem e uma mulher. Se os homossexuais querem ser respeitados pela sua orientação sexual, respeite a sociedade o direito que os homens e as mulheres têm de se unirem matrimonialmente numa sociedade emocionalmente equilibrada.

Para além disso, não nos devemos esquecer que ainda não há provas científicas sobre o porquê destas “tendências” sexuais… Será mesmo uma condição normal do ser humano?

Como diziam, e bem, quem defende o casamento não deixará de aceitar a adopção por parte destes “casais” o que abomino completamente.

E, por falar em direitos, que direito têm esses “casais” de privar as crianças de crescerem no seio de uma família aceite pela sociedade? Que direito têm de os discriminar perante os seus semelhantes? Há muitos casais ditos “normais” que maltratam os filhos, mas não é pela condenação desses actos que abrimos caminho para outro tipo de violência infantil que advém do campo psicológico!

Anónimo disse...

Olá a todos! Nestes últimos dias não me tem sido possível passar pelo psicolaranja mas hj vejo q está ao rubro lol.
Bem, as pessoas que são a favor disto ou daquilo só sabem chamar aqueles q os opõem conservadores! Já na IVG foi assim. Só sabem dizer conservadores, retrogradas e atrasados. Pelo amor de Deus! Não digam que se julgam mt à frente pk são a favor da ivg e do casamento entre homossexuais.Não é por isso que portugal vai se desenvolver .

Respeito que cada um tenha as suas opções sexuais mas não aceito que uma criança seja criada num ambiente que não corresponde ao primeiro meio de socialização: família. Todas as crianças devem ter o direito de crescer num ambiente equilibrado.
Concordo com a Rita N. Pedro assim "abrimos caminho para outro tipo de violência infantil que advém do campo psicológico! ".
Essas crianças vão ser sempre discriminadas. Não é por mudarmos uma lei que as mentalidades vão mudar. E, até que ponto não será uma revoltada contra essa situação. A vida não é cor de rosa mas também não a tornem mais cinzenta.

Bruno disse...

É óbvio que não é só por mudarmos uma lei que as mentalidades mudam. Mas pode ajudar. Agora, é como já disse: se não forem as próprias pessoas a integrarem-se haverá sempre discriminação e por isso penso que o esforço também deverá ser feito pelos(as) próprios(as) homossexuais, mostrando aos outros que são pessoas normais e que podem conviver com a restante sociedade.

José Pedro Salgado disse...

Há algo de muito curioso nas pessoas que se opôem ao casamento entre homossexuais.

É que são contra o casamento por aquilo que representa, por se ir desvirtuar uma instituição sagrada, etc.

Meus senhores e minhas senhoras, nada de mais simples. Podemos sempre ter a solução inglesa.

Isto se calhar é defeito de formação, mas o casamento, abstraindo-nos de todo o floreado, é um contrato jurídico. É um contrato mediante o qual duas pessoas assumem um compromisso de plena comunhão de vida com reflexos sobretudo na sua esfera pessoal e secundariamente na esfera patriomonial. Só que hoje em dia isso só é possível entre pessoas de sexo diferente.

Não querem legalizar o casamento para homossexuais, tudo bem. Vamos criar um OUTRO contrato mediante o qual duas pessoas assumam um compromisso de plena comunhão de vida com reflexos sobretudo na sua esfera pessoal e secundariamente na esfera patriomonial.

Só que temos é de lhe arranjar outro nome, que este custa a dizer...

Bruno disse...

Confesso que estou baralhado... com estas palavras parece-me que o Salgado é contra a possibilidade de adopção por casais homossexuais e - pior que tudo - a favor da hipocrisia. E eu acho isso muito estranho!

José Pedro Salgado disse...

E já agora deixem-me relembrar a quem defende (sobretudo as mulheres) a sagrada instituição do matrimónio que o Princípio da igualdade dos cônjuges constante do artigo 1671º nº 1 do Código Civil só lá apareceu em 77.

Originalmente, a sagrada instituição do matrimónio tinha como elemento essencial a superioridade do marido perante a mulher.

Bruno:

Eu sou a favor do casamento e da adopção por homossexuais.

Simplesmente estou a dizer que creio que a generalidade das pessoas que são contra casamentos homossexuais o são por questões acessórias.
Podem ser questões legítimas, mas não são o essencial.

Inês Rocheta Cassiano disse...

Eu concordo plenamente com a Rita, defendo a igualdade de direitos e perante a sociedade todos somos iguais, quer sejamos homossexuais ou não. O problema é que esta situação funciona como uma bola de neve que irá trazer repercussões desastrosas para as futuras gerações. Como aqui já foi dito, a ser legalizado o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, o passo seguinte será aprovar a adopção por parte destes casais, e isso de modo algum, eu não concordo. Está mais que provado que essas crianças irão ter problemas psicológicos, visto que o ambiente em que crescem não é o mais aconselhado. Acho que é preciso parar, reflectir e pensar seriamente, não só no presente, mas também no que virá a seguir, que a meu ver altera uma sociedade inteira e não necessariamente para o melhor.

Anónimo disse...

Vamos começar pelo princípio. Costuma ser assim no mundo oscidental. Normalmente da esquerda para a direita. Quem me conhece sabe que não consigo despir-me do entusiasmo quando aceito uma discussão. Por isso começo por perguntar à inezinha o que é "o verdadeiro conceito de família"? Será que te referes aos milhares de casais infelizes que existem por este país fora e prestam os filhos a uma vida de sofrimento? Ou será que te referes aos milhares de mulheres que são vítimas de violência e se calam em nome desse teu "verdadeiro conceito de família". Desculpa a sinceridade. Mas assumo, sem medo, que não és conservadora, mas hipócrita.

Mas o que mais me aflige de tudo o que foi escrito, é esta passagem: "Para além disso, não nos devemos esquecer que ainda não há provas científicas sobre o porquê destas “tendências” sexuais… Será mesmo uma condição normal do ser humano?"
O que é isso do normal?

Mas este debate teve ainda outro momento completamente louco: " Se os homossexuais querem ser respeitados pela sua orientação sexual, respeite a sociedade o direito que os homens e as mulheres têm de se unirem matrimonialmente numa sociedade emocionalmente equilibrada." Confesso que não conheço nenhum homossexual que esteja contra o casamento entre um homem e uma mulher. Também tenho dificuldades em perceber o conceito de "sociedade emocionalmente equilibrada". Será que só há equilíbrio numa relação heterosexual.

E já agora, acho piada aos católicos e às meninas e meninos repletos de fé e de "bons costumes" a quem, paradoxalmente, a igreja não foi capaz de ensinar que "amar o próximo como a ti mesmo" é LEI. Será que o vosso Deus, que duvido muito seja o mesmo que o meu, disse antes: "Ama o próximo como a ti mesmo, se ele for de sexo diferente".

Inês Rocheta Cassiano disse...

Mendonça,

sinceramente parece-me que o teu comentário cai em algum extremismo e pelo menos, no que me toca, no ataque fácil. Tenho a plena consciência de que os casos que falaste existem, a violência dentro do agregado familiar é uma realidade como as crianças que crescem em ambientes de sofrimento. Agora parece-me que estás a tomar a parte pelo todo, só falta dizeres que não existem famílias em equilíbrio, ou que essas são uma minoria. Simplesmente sou contra os casamentos entre homossexuais, única e exclusivamente pelas suas consequências futuras. É um facto que quem cresce numa 'família' em que os pais são ambos do mesmo sexo, terá problemas do foro psicológico, problemas de identidade. É preciso não também não te esqueceres disto.
Por isso não percebo como é que isto faz de mim hipócrita, só porque temos opiniões contrárias?
Já agora, como muitos dos psicóticos bem sabem, eu sou católica e também me ensiram a 'amar o próximo como a nós mesmos'. Não tenho nada contra pessoas com diferentes orientações, simplesmente não concordo com as suas posições. Agora, não me podem acusar de não os respeitar.

Bruno disse...

1º: Grande blog este que coloca à discussão temas interessantes e que permitem comentários apaixonados e/ou bem fundamentados;

2º: Caro Salgado, se és a favor do casamento e da adopção por homossexuais muito bem. Eu gosto que tu sejas a favor ou contra alguma coisa porque é isso que faz de ti uma pessoa com convicções com quem gosto de debater. Mas então deixa-me dizer-te que se és a favor então deverás defender a sua implementação concreta e não soluções pseudo-escondidas como a que falas;

3º: Meu grande e querido amigo Mendonça, obrigado por teres cá vindo! Gosto da forma apaixonada como defendes as tuas causas e convições mas devo dizer-te que por vezes isso também nos tolhe o discernimento.

4º: Não me parece que o conceito de família seja algo assim tão negativo como dizes, Mendonça. O que me parece é que as pessoas desvirtuaram - isso sim - o conceito de família. E já há muito tempo, quando não perceberam que esse conceito teria que evoluir porque não é possível um grupo funcionar ao bel-prazer de um chefe. Para haver família tem que haver participação de todos os seus membros, cada um na sua função. Mas tu podes discordar. Daí até todos os outros serem hipócritas só por terem outra opinião...

5º: Quanto à questão das provas científicas... não me parece que seja o melhor caminho. Acho sinceramente que nem daqui a 1.000 anos haverá uma resposta. Até porque também está provado que os pretos, os brancos, os amarelos, os índios têm características genéticas diferentes. E se esses podem viver em conjunto com todos os outros...

6º: Quanto à questão religiosa, essa também será muito complexa. Conheço pessoas que dizem, assentes na Bíblia, que os homossexuais são aberrações. Mas também me parece que o princípio cristão seria aceitar todos como iguais.

7º: Para finalizar, gostava que alguém comentasse aquilo que já aqui disse e repeti. Principalmente aqueles mais apaixonados na defesa dos direitos ao casamento e adopção. Concordam ou não que os homossexuais são muitas vezes os primeiros a auto-excluirem-se da sociedade? Acham ou não que eles devem dar o primeiro passo e procurarem integrar-se ao invés de chocarem com comportamentos desviantes?

Anónimo disse...

Em outros tempos os meninos pretos eram descriminados. E o que se fez foi pintá-los de branco?? Não foi porque quem estavam mal não eram as crianças de cor diferente, mas sim as mentalidades preconceituosas!!! Com os homossexuais é igual....

Tânia Martins disse...

Bruno,

Comentando o teu 7º ponto, sim concordo que os homossexuais se auto excluem da sociedade mas isso só porque a sociedade faz deles uns autênticos ET’s, logo é normal que eles se tentem esconder ou mesmo passar despercebidos na sociedade! Quanto ao dar o primeiro passo, claro que eles deviam ser os primeiros a lutar pelos seus direitos, pois afinal não são nenhuns coitadinhos que precisam que estejamos o tempo todo a lutar por eles, e claro que não vai ser a mostrar o rabo e o quer que seja na televisão que irão ter algum impacto! Mas também quem produz este género de escândalos são uma amostra pequena da “população homossexual”, não vamos julgar todos por uns.

Isabel,

Não é uma questão de se chamar conservadores a quem tem uma opinião contrária a nossa mas sim de tentar demonstrar que se tivéssemos uma mentalidade mais evoluída talvez não houvesse tanta descriminação no mundo, quer na opção sexual, como religiosa ou mesmo na raça. Claro que como pessoas inteligentes e sensatas que somos devermos aceitar todas as opiniões sejam elas iguais ou diferentes às nossas.

Sou contra também esse termo de família tradicional, pois acho que já não faz sentido nos nossos dias, a família já não é o que era, e para mim uma família é apenas um conjunto de pessoas que se amam, que se respeitam, que partilhem emoções e muito mais, não se trata apenas de uma mãe, um pai e filhos!

E já agora respondam-me a uma coisa: porque é que a Igreja tem que entrar em todas as discussões sociais?

Anónimo disse...

"Em outros tempos os meninos pretos eram descriminados. E o que se fez foi pintá-los de branco?? Não foi porque quem estavam mal não eram as crianças de cor diferente, mas sim as mentalidades preconceituosas!!! Com os homossexuais é igual.... "

O TEXTO EM CIMA ESCRITO NÃO FOI ESCRITO POR MIM...ALGUÉM USOU O MEU NOME!

Anónimo disse...

"mentalidade mais evoluída talvez não houvesse tanta descriminação no mundo (Tânia Martins)" .
Mas não é por se autorizar o casamento entre homossexuais que a discriminação vai acabar. Até não sou contra ao casamento entre homossexuais, porque a homossexualidade não nasceu hj, vem desde há mt tempo e vai continuar por mt + tempo. No entanto, não aceito que seja permitida adopção por homossexuais. Ainda + num país que tem mts casais hetero em lista de espera p adoptar uma criança.

Isabel_Ferreira

P.S.- Se existem pessoas que vêm a este blog dar a sua opinião e não têm coragem da assumir...por favor não usem o nome dos outros. Respeitem os outros!

José Pedro Salgado disse...

Bruno:

A solução não é pseudo-escondida, é a solução que me parece mais apropriada.

Não acho que faça sentido que duas pessoas que se querem casar não o poderem fazer por serem de sexos diferentes, mas simplesmente porque isso é um verdadeiro obstáculo a assumirem uma com a outra um compromisso mais aprofundado que estão dispostas a assumir e que se torna impossível fazer de outra maneira porque a lei não permite.

Por outro lado, se há pessoas a quem faz espécie chamar-se casamento a este contrato, também não me parece que o nome seja um motivo válido para impedir o progresso a qualquer nível. Parece-me uma discussão perfeitamente acessória.

Por mim os homossexuais deviam se poder assumir esse compromisso em conformidade com uma lei que o permitisse. Mas se lhe chamamos casamento, bife com batatas ou Bobi ao novo contrato, parece-me, sinceramente, uma discussão ridícula.

Tânia Martins disse...

"No entanto, não aceito que seja permitida adopção por homossexuais. Ainda + num país que tem mts casais hetero em lista de espera p adoptar uma criança." (Isabel)

Cara Isabel eu nesta actualidade e nesta realidade também não aceito a adopção e não é por não concordar mas sim porque face a sociedade que temos essa criança não iria ser feliz, mas por isso mesmo penso que está na altura de tentar fazer com que as mentalidades avancem, não só no nosso país mas no mundo! E sinceramente penso que um casal homossexual tem muito amor para dar a uma criança!

Quanto aos casais que estão em fila de espera tens toda a razão e digo já que é vergonhoso um processo de adopção demorar tanto tempo e haver tantas mariquices para se adoptar uma criança, se elas estão para adopção é para terem uma família e com todos esses processos muitas acabam por não saber o que isso é, mas isto é outra discussão!

Bruno disse...

Querida Tânia,

Primeiro que tudo: Parabéns! Não só por fazeres mais um anito mas por seres uma pessoa fantástica capaz de deixar qualquer pai babado ;)

Depois, deixa-me agradecer-te também por teres dado importância ao que disse porque me parece uma parte fulcral desta questão. Ainda bem que dizes que devem ser eles a dar o primeiro passo mas lembra-te que o problema não é só haver elementos "escandalosos" no grupo deles. É eles reagirem à discriminação com esse tipo de atitude, procurarem chocar as pessoas para se vingarem delas. Isso não é uma boa forma de se integrarem. Se eles se consideram iguais, devem comportar-se como iguais.

Um exemplo do que disse no parágrafo anterior: tenho um amigo que é homossexual. Como é óbvio, da mesma forma que eu comento com outros amigos se está uma mulher interessante no bar onde estamos, comento com ele também. E ele responde-me mas também sente o direito - e bem! - de comentar os homens que lhe parecem interessantes. Complicado? Pois, não é fácil pessoas diferentes darem-se bem, mas é assim que deve ser porque senão vivemos fechados num mundo de fantasia.

Quanto à questão que coloquei ao Salgado, continuo a dizer: quem é a favor do casamento entre homossexuais é a favor disso mesmo: do casamento! Tal como acontece entre heterossexuais. E por isso não faz sentido chamar-lhe outra coisa qualquer porque senão estaremos a admitir que são situações diferentes. É isso que achas? Não, pois não? Então que se chame CASAMENTO! É isso que é!

RICARDO PITA disse...

sou a favor da legalização do casamento de homossexuais e da adopção por homessuais, remeto-vos para o q já escrevi sobre isso:
http://nucleosocialista-fdl.blogspot.com/2007_02_01_archive.html

José Pedro Salgado disse...

Continuo a achar que o nome é o menos relevante, embora compreenda a eventual relevância da mensagem que pode passar caso se arrange uma instituição semelhante com outro nome.

Simplesmente não acho que deva ser esse o grão de areia na engrenagem.

Paulo Colaço disse...

Não vou deixar de comentar este post, ainda nao li os comentários aqui lançados mas quero faze-lo hoje.
Tenho algum receio do que possa escrever, por isso tenho adiado pensar nisso.
Acho que o Estado não se deve intrometer na felicidade das pessoas.
Há estados norte-americanos em que não se pode praticar sexo anal no âmbito de um casal convencional (homem/mulher).

Esta mania do Estado se meter na cama da malta repugna-me, mas já cá venho dizer coisas mais profundas que isto (não que o sexo anal não tenha a sua profundidade...)

Margarida Balseiro Lopes disse...

Bruno,

Respondendo a tua questão, não concordo com o afastamento da sociedade a que muitos dos homossexuais se sujeitam. E volto a dizer, se sujeitam.

É absolutamente incompreensível que em pleno século XXI haja quem não aceite, não respeite pessoas com diferentes orientações sexuais. O casamento entre homossexuais é, portanto, uma afronta para estas pessoas.

É necessário que nos deixemos de extremismos, tanto da parte dos homossexuais com o seu 'orgulho gay', e dos heterossexuais com atitudes de intolerância e de discriminação.

xana disse...

Muito bom este post e todos os comentarios.
Não podia deixar de deixar o meu comentario.

Basicamente, não sejamos hipócritas. Que mal é que os homossexuais representam na sociedade afinal? Se alguém me conseguir responder a isto já me dou por contente.

Eu não só católica, mas o curioso é que talvez seja mais capaz de amar o próximo do que os católicos que vivem embuídos de "leis divinas" que lhes ditam o que está certo e errado.

Nem sequer vou trazer para aqui o ponto de vista jurídico, já explicado pelo Zé Pedro, apenas gostava de dizer que devemos parar de criar entraves desta natureza.

Se os heteros se amam e decidem casar e não questionamos isso, porque se trata de um sentimento, algo que duas pessoas querem muito fazer, porque não o podem os homos?

Quem somos nós para dizermos que está errado o "Manel" amar o "António"?

Dri disse...

Depois de ler estes comentarios todos, entendo que pouco há acrescentar mas gostava de deixar a minha opinião.
Eu aceito o casamento entre homosexuais e como tal defendo que a lei deveria ser alterada. Todavia vivemos numa sociedade muito intrasigente a este tipo de situações e que dificilmente aceitara esta realidade.

Tété disse...

Estou de acordo com a Xana pois os casamentos ou uniões devem ter como base o Amor. Sendo hetero estou com alguém porque gosto dessa pessoa e tal não é repudiado aos olhos da sociedade. O mesmo não se pode aplicar aos homossexuais? Que eu saiba estão juntos porque se gostam, assim não podem ser olhados com repudio.

Os homossexuais tem vontade de constituir a sua família, assim como os heterossexuais. Porque lhes deverá ser negado esse direito...querem constituir família porque gostam um do outro e querem reforçar esse amor com o alargamento da mesma. Querem continuar a amarem-se e amar os seus descendentes.

Que razão poderão ter as religiões, os estados e as sociedades recusar uma vontade que se baseia em Amor. Como tal, se na base sentem as mesmas vontades que os heterossexuais têm de ter os mesmos direitos que a restante sociedade tem.

Joana Nave disse...

O Bruno perguntava se os homossexuais se auto-excluem, e eu respondo, com base na minha opinião e experiência de vida: claro que sim!

Hipocrisia é uma doença comum no século em que vivemos, e mais ainda quando a frontalidade e a opinião dos outros é posta em causa...

Eu respeito as opiniões dos outros e, mais ainda, as suas opções de vida, mas quero para mim o mesmo tratamento.

Deixo apenas mais um comentário sobre este tema e que se prende com uma questão muito simples: se o Homem e a Mulher não se tivessem unido nenhum de nós estaria hoje aqui a debater este tema!

Paulo Colaço disse...

Depois de mais de 30 comentários, é complicado ler tudo.
Quero comentar em bloco e por pontos mas começo com uma nota prévia: temos aqui um espaço genial!
Cá vai:

1 – Eu não considero retrógrados os que se opõem ao casamento homossexual. Tal como não considero retrógrados os que defendiam que escravos munidos de gládio podiam lutar até à morte em arenas, ou a desigualdade homem/mulher, (lembremo-nos que em Portugal, não há muitos anos, até para viajar a mulher precisava dum papel do marido), ou a escravatura, ou a própria diferença entre filhos nascidos fora do casamento e filhos nascidos dentro do casamento. Foi com a I República que se promoveu a igualdade neste aspecto.
São maneiras de ver. Felizmente, os que lutam por um mundo com menos barreiras à felicidade alheia têm ganho os combates. Senão a Rita, a Nês, a Z, a Lisete, a Xana, a Tânia, a Adriana, a Marta e a Margarida, não seriam psicobloggers, não só pela falta de liberdade/autorização, como porque (talvez) nem a escola teriam podido frequentar.

2 – O conceito de família: três pessoas diferentes têm três conceitos diferentes de família. Eu lembro-me do senhor Dan Quale, antigo vice-presidente dos EUA, dizer que a Murphy Brown (lembram-se?) e o seu filho Avery não eram uma família porque a Murphy era mãe solteira. Curioso, não?

3 – O conceito de normalidade: quem é normal? Eu preferia ser espanhol a ser normal! Os gregos e os romanos fomentavam a homossexualidade. Para eles era normal. Na China comem cães, em Portugal comemos caracóis. O que é normal?

4 – Deus sempre presente: para mim não existe Deus. Caso exista, em vez de estar a tentar resolver a fome no mundo, deve estar ocupado em lamentar-se da bela porcaria de seres que criou, que invocam o nome dele para tudo quanto é horrores! Desde a guerra santa à inquisição. Chamem-no para tudo quanto é discussão e um dia ele suicida-se.

5 – Os problemas psicológicos para as crianças. Treta! Treta! Treta! Vivemos numa sociedade plena de ataques psicológicos. Começam na escola, praticados pelas próprias crianças. Estas conseguem ser brutalmente cruéis para as outras. Gozam com a criança que é gorda, filha de pais separados, feia, pobre, com a que não veste roupa de marca! E deixam os colegas de rastos! Uns nem querem voltar à escola!
E a violência psicológica mantém-se pela vida fora: ao imigrante, ao pedinte, ao desempregado, ao gordo, à prostituta, ao cigano, ao preto, ao muçulmano, à mulher que atinge cargos importantes, etc.
As famílias, quando fortes, ultrapassam tudo! Temos medo de quê? Nunca fomos gozados? Nunca fomos olhados de lado? Será que morremos? Será que ficámos com problemas mentais? Temos medo de quê?
O meu povo pegou em cascas de noz e descobriu o Mundo. Sou português: não tenho medo de nada!

6 – A adopção: não concebo casamento sem adopção. O mais que admito é, por prudência, se transforme a adopção num segundo passo a tomar em momento posterior.

7 – Percebo o que disse o Salgado quanto a dar-se um nome diferente ao casamento “gay”, porque, mas mim, acima de tudo, o casamento é um contrato de comunhão de vida e partilha de bens. O Estado deve proteger essa realidade.

8 – Finalmente, se o Estado tem leis a defender os Direitos de Autor, devia ter leis para defender o Amor!

Anónimo disse...

Parabéns Margarida...

Anónimo disse...

Nao tenho oposiçao ao casamento homossexual. sao ate capazes de ser mais estaveis que os heterossexuais. porque precisam de grande coragem para dar um passoa desses!
Tenho muitas dúvidas quanto à adopção. Acho que dee ser mesmo bem pensado porque nao podemos cair em exageros de muitas alteraçoes sociais em pouco tempo.

Bom blog, bom post, bons comentarios. continuem.
TD

Tânia Martins disse...

Colaço que post fantastico!

Ritinha, de facto tens razão se o Homem e a Mulher não se tivessem unido nenhum de nós aqui estava, mas não é por isso que os ho mossexuais não se podem casar, um homem ou uma mulher não fica proibido de casar por ser inferil.

Acho que não se deve ir por aí ;)

Lisete disse...

Por princípio defendo que, respeitando-nos uns aos outros, não devemos interferir com as opções, liberdades e gostos pessoais do outro.
Mas devo confessar que me custa, sem saber muito bem argumentar, pensar na adopção entre homosexuais. Não creio que seja pela criança nem por poder estar em causa a sua felicidade - porque acho que não está - apenas, se calhar, por ser contra-natura...

Paulo Colaço disse...

Lisete, quando disseste que a homossexualidade era contra-natura, fiquei a pensar no assunto.

Será mesmo contra-natura?

É que temos casos de homossexualidade em outras espécies animais. Se as há noutros animais, então é porque não se trata de algo contrário à natureza.

De certa forma até compreendo os homossexuais: se eu tivesse nascido mulher, seria hoje uma lésbica de marca maior! Seguramente!

Paulo Colaço disse...

hummm, ainda pensei em apagar ou suavizar o meu comentário dizendo apenas algo como "gosto tanto de mulheres que mesmo se tivesse nascido mulher, continuaria a gostar sexualmente delas"... mas que se lixe: tá dito, tá dito!

Lisete disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lisete disse...

Contra-natura quanto mais não seja pelo facto de não se poder procriar entre apenas homosexuais..

Marta Rocha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marta Rocha disse...

Não vou aqui apelar à igualdade de direitos, já não há paciência para invocar um direito que TODOS adquirem com o nascimento completo e com vida.

É preciso separar águas:
1º não estamos a discutir a adopção por casais homossexuais, por isso, não ponham a carroça à frente dos bois, tudo a seu tempo;

2º falamos de casamento que, como diz o Zé e bem, é um contrato civil entre duas pessoas e cujas obrigações são tão-só a de assistência, coabitação e fidelidade, não vejo em que é que os homossexuais são menos capazes disto que os heterossexuais;

3º quanto ao casamento religioso e à união sagrada do matrimónio, esse é discutido pela igreja, em sede própria e é descabido misturar as instituições;

4º sou a favor do casamento entre homossexuais. Não tenho preconceitos, não imponho as minhas escolhas. Respeito a diferença e julgo que quaisquer que sejam as orientações sexuais de cada um, estas não podem ser impedimento à realização pessoal di individuo.

Margarida Balseiro Lopes disse...

"sou a favor do casamento entre homossexuais. Não tenho preconceitos, não imponho as minhas escolhas. Respeito a diferença e julgo que quaisquer que sejam as orientações sexuais de cada um, estas não podem ser impedimento à realização pessoal di individuo."

Subscrevo Marta!

Paulo Colaço disse...

Eu subscrevo na íntegra as palavras da Marta.
Mais sintética que eu, logo, mais certeira!

(já repararam que são as questões de princípios/valores/concepções de sociedade que motivam o maior número de comentários no nosso Psico?)

xana disse...

O Colaço disse aqui que até outros animais têm relações homossexuais, algo que ninguém pode vir dizer ser mentira. Agora com este facto por favor expliquem-me a tal teoria de que os homossexuais têm um bloqueio cerebral qualquer e etc.
É bom assitir a este tipo de discussões. Espero que ajude algumas pessoas a tornarem-se mais tolerantes.

A intolerância não nos leva a lado nenhum.

Paulo Colaço disse...

Xana, vou discordar de ti e dizer que para quem acredita em Deus a intolerância leva a um lado...
Leva, no mínimo, ao Purgatório.

Marta Rocha disse...

"Deixo apenas mais um comentário sobre este tema e que se prende com uma questão muito simples: se o Homem e a Mulher não se tivessem unido nenhum de nós estaria hoje aqui a debater este tema!"

É verdade Rita, ainda bem que alguns homens e mulheres se juntaram para fazer filhotes, antes de se assumirem como homossexuais, se fosse ao contrário era mais difícil virem a ser pais neste país.

Então e aqueles milhares de pessoas que deixaram de nascer, porque o homem e/ou a mulher não eram férteis?

Felizmente que hoje já não é preciso que um homem e uma mulher se "unam" para fabricar seres humanos!
Salve a inseminação artificial!!!!

Rita Cipriano disse...

Depois de muito se ter debatido neste blog sobre casamentos entre homossexuais e consequentemente a adopção pelos mesmos... é evidente que a minha opinião se assemelha a algumas deste blog e difere de outras. Mal seria se assim não fosse!!! Gostaria de vós deixar uma referência literária:
Grávida no Coração, de Paula Pinto Silva, Campo das Letras.

Um abraço a todos,
Rita C

Big Mamma disse...

Depois de um tempo sem conseguir debruçar-me a sério sobre os blogs que normalmente frequento, volto a dar a minha opinião.
Não são muitos, mas este é um deles.
Sobre o tema em si, já há pouco a dizer, resta-me subscrever o que foi dito por Goreti Martins, logo no primeiro parágrafo do primeiro destes comentários:
"A Constituição da República Portuguesa defende direitos iguais para todos os Cidadãos sem distinção de raça, religião, sexo, entre outras particularidades. Assim sendo, a meu ver não há outra hipótese se não alterar a lei. Se são pessoas com iguais responsabilidades civis e fiscais que os heterossexuais enquanto individuais, porque raio os casais homossexuais não deveram ter direitos e garantias iguais?"

De tudo quanto foi dito, parece-me o tiro mais certeiro.


E parabens a quem soube trazer mais um tema quente!

Anónimo disse...

Não sou visitante assiduo de blogs nem tenho uma opinião muito sólida quanto a esta questão. Receio até me revelar um pouco preconceituoso se me alongar muito no meu comentário. Houve alguns comentários que me despertaram a atenção, entre eles o do Paulo Colaço. Admito que abanou e fez me questionar o meu conservadorismo. Provavelmente, antes de ler alguns comentários postados no blog, a minha reacção automática seria "largar" um (infeliz) "que disparate" ou "claro que não", no entanto,interrogo-me se essa mentalidade não me será prejudicial se um dia me deparar com um filho Homossexual e que sofra na pele os problemas que a nossa sociedade cria perante a Diferença. Tenho, acima de tudo, de reconhecer que estava a encarar esta questão de uma forma minimalista e egoista. Parabens pelo Blog e parabens Paulo, pelos pontos 5 e 8 do teu texto.