domingo, janeiro 27, 2008

Uma questão de confiança


Alertado por um post do Estado Sentido, fui ver uma sondagem publicada no Público. O resultado não é nada de surpreendente: os portugueses não confiam nos seus políticos!

A empresa que realizou a sondagem perguntou aos inquiridos “em qual destes tipos de pessoas confiam”, sendo as respostas possíveis:

- Políticos
- Líderes Religiosos
- Líderes Militares E Policiais
- Dirigentes Empresariais
- Jornalistas
- Advogados
- Professores e Sindicalistas
- Nenhum Destes

É verdade que os portugueses são desconfiados por natureza. Prova disso é o facto de a última resposta ter sido a opção de 28% dos entrevistados.

Mas sem dúvida que o facto de apenas 7% deles ter escolhido os políticos, é bem demonstrativo da pouca credibilidade que esta classe goza junto da população. Estão na cauda de uma tabela que – pasme-se – é liderada pelos Professores e Sindicalistas com 42%.

Porque Será? Culpa dos políticos? Do sistema político? Das crises? Dos media? Ou é o povo que é muito exigente?

25 comentários:

Anónimo disse...

caro Bruno, antes de mais gostaria de agradecer as simpaticas palavras no post do barril de petróleo. Não percebo é como conseguiste extrarir através do meu comentário que eu nao gosto de espanhois, é completamente falso!! Todos os anos um determinado grupo de espanhois me dá alegrias: vestem de preto, apoiam-se nas 4 patas (ao contrário dos restantes espanhóis que tem 4 mas apoiam-se em 2), usam um lenço vermelho ao pescoço, vejo-os sempre em pamplona e a eficácia do seu jogo de cabeça quando encontra outro espanhol (que se apoia nas 2 patas)...é encantadora!!!Como vês nada tenho contra os espanhois e até sou a favor de que os coloquemos bem arrumados em paletes e exportemo-los para a sibéria que me parece um sitio muito interessante para aquele tipo de raça.
Quanto ao teu ultimo post, pessoalmente considero que nem os media nem a pouca exigencia dos portugueses servem de justificação para os resultados verificados. Desde já assumo que não estou nem pretendo estar ligado à politica e já cheguei a admirar o Sócrates ( mas já estou curado e por enquanto a minha unica doença é o benfica). Quem vive nos meandros da politica como a maioria dos elementos do psico~tem uma percepção diferente e por certo não entenderá o motivo da má imagem que a classe politica tem perante a opinião publica. As pessoas estão cansados de ser constantemente enganados com promessas eleitorais que não se cumprem, filhos de ex-ministros que conseguem ordenados chorudos sem apresentar as devidas qualificações, presidentes de autarquias que desviam verbas para clubes ou para construção de propriedades privadas e nunca são condenados, falsificação do PDM para a construção de escritórios ou complexos turisticos, funcionários fabris que estão 5/6 meses sem receber ordenados e não obtem qualquer apoio do governo etc.
Não estou a dizer que toda a classe politica é corrupta!Existirão politicos sérios, no entanto tenho a convicção que um politico sério tem mais dificuldades em chegar ao "topo" do que um politico que vá zig-zagueando. Recordo-me de um politico que me transmitia uma grande confiança mas que não teve o crédito que merecia...Fernando Nogueira.(opinião pessoal apenas).
Por fim deixo-te uma sugestão Bruno, ati e aos restantes elementos do psico: são voces que tem de rectificar a má imagem deixada pelos politicos. São voces que tem de (continuar) demonstrar que são diferentes e que de facto querem fazer algo pelo país e pelas pessoas. A imagem da classe politica está nas vossas mãos.

jfd disse...

Sondagens, humpft!

Professores e sindicalistas na mesma categoria? Tipicamente americano?
hummmm:=)

Tiago Mendonça disse...

Caro Bruno,

Em primeiro lugar uma palavra para a imagem que escolheu, é bem sugestiva, e ilustra bem a ideia de confiança.

De facto, muitas vezes, o nosso voto é uma carta branca que depositamos, muitas vezes sem "ver", ou por falta de informação ou por falta de interesse ou ainda por não nos quererem deixar ver. Temos de confiar, confiar na seriedade dos políticos. Mas será que há razões para isso?

Começando nas Juventudes Partidárias, claro que não. O meu texto JSD-Defeito de Fabrico no blogue já aqui publicitado em outras ocasiões, penso que ilustra bem os problemas do sistema. Depois os Jotinhas são vistos como uns aldrabões, que querem salvaguardar o futuro porque não se conseguem qualificar pelas vias normais. E a resposta que essas organizações dão, inclusive a JSD, é muitas vezes essa mesmo : As pessoas vão para a estrutura e em vez de qualificarem, desqualificam-na e tentar obter proveitos pessoais de uma actividade que deveria primar pela nobreza que as funções políticas acarretam.

Passamos para o Governo, e nada muda. Não serão aumentados os impostos. Não vão desaparecer as SCUT'S. Vão ser criados 150.000 mil postos de trabalho. Nenhuma promessa cumprida. As pessoas desacreditam e com razão. Não encontram credibilidade no presente nem esperança no futuro.

Vamos até á Presidência da República : Jorge Sampaio. Uma das maiores estratégias partidárias que já assiti. Primeiro os interesses de um partido, a quem não dava jeito Ferro Rodrigues, claramente derrotável por Santana Lopes, mas antes um José Sócrates com a papinha feita depois de 6 meses de mentiras e antes da entrada numa fase mais acessível do mandato. Os interesses das portuguesas e dos portugueses não valeram de nada.

Mas será que nada se aponta às pessoas? Claro que sim. As elevadas taxas de abstenção são inibidoras de depois as pessoas, legitimamente, apresentarem as suas críticas. Não escolheram. Desinteressaram-se do acto eleitoral, com que moral podem agora criticar ou aplaudir quando não cumpriram, tão pouco, com o mais elementar dever cívico?

É preciso, urgentemente, vencer a batalha da credibilidade. Os políticos devem ouvir mais as pessoas. Estarem mais próximos, dizer a verdade e terem a coragem de assumir as medidas que tencionam tomar. As juventudes partidárias devem empenhar-se em Ganhar o Futuro, ganhar esta geraçao, ao invés, das tricas, das acessorias, das aventuras e desventuras do nosso país. Devem ser uma escola, uma boa escola, das futuras políticas e dos futuros políticos de Portugal.

Gilberto Pereira disse...

não confiamos nos políticos mas continuamos a dar-lhes corda... infelizmente existe esse comodismo do "laissez faire" em Portugal... desde que não me batam à porta está tudo bem...
Essa desconfiança em professores é que devia ser preocupante...será esse um dos indicadores da iliteracia (a vários níveis) em Portugal?

Anónimo disse...

Grande baia, tirando a parte dos espanhóis e pelo desprezo (pareceu-me) pela nobre arte da corrida, não preciso de dizer mais.

A culpa é dos políticos, da classe política dirigente, e das pessoas não enunciadas mas enumeradas pelo Bastonário da Ordem dos Advogados recentemente: ex-ministros que tomaram decisões que favoreceram determinada empresa que hoje gerem. E nem falemos em autarquias locais.

Anónimo disse...

Uma nota ao Tiago: felizmente o descrédito das pessoas na política ainda não chegou ao conhecimento do funcionamento da estrutura. Aí é o regime partidário-democrático que estará em causa, não só a "classe".

Tiago Mendonça disse...

Caro Nélson,

Talvez o regime partidário tenha vindo a ser posto em causa nas sucessivas eleições com independentes. Parece quase que ser-se independente é condição para se ser sério. As pessoas começam a fugir dos partidos. Se um dia se passa a poder candidatar em legislativas fora do quadro partidário, tens grupos parlamentares de independentes muito mais numerosos que muitos partidos. As pessoas nem reparam em quem são os independentes : Carmona, rejeitado pelo PSD, Roseta, rejeitada pelo PS, Valentim, Isaltino, Fátima Felgueiras e mais uns casos pontuais. Os independentes, não são verdadeiros independentes.

Primeiro tem que se ganhar o respeito das pessoas. Depois a confiança. Só assim é possível.

Os partidos vêm dando tiros no pé, com as guerras fraticidas internas. A cegueira de ganhar a estrutura, faz com que nem reparem que ganham uma estrutura que vale cada vez menos na sociedade. É uma estrutura cheia de pó e de barões e barõezinhos sedentos do seu feudo de poder.

Cabe nós, jovens políticos, e que nos devemos assumir sem vergonhas como tal, lutar diariamente para nos qualificarmos e qualificarmos a estrutura. Por ganhar o respeito das pessoas. Ganhar a confiança.

É mais importante ouvir o idoso que não tem consulta porque o centro de saúde fechou, o jovem que não consegue comprar a sua primeira casa, o homem que ao fim de uma vida de trabalho vê o sistema de segurança social falido ou a mulher que vive do salário mínimo e tem que alimentar uma casa. Infelizmente é mais importante, para muitos dos que se dizem políticos mas não passam de charlatões e chicos-espertos, ouvir o presidente de secção numerosa, o líder de uma distrital, o presidente de câmara, o construtor civil ou o presidente do clube da terra. Enfim...

Bruno disse...

Já muito aqui foi dito e, curiosamente, quase só por Psico-Visitantes. Ainda bem que o Psico vai atraindo cada vez mais pessoas.

Eu também acho que a grande culpa da desconfiança das pessoas em relação aos políticos é dos próprios políticos. E digo-te sinceramente, caro Baía, que por ter uma proximidade maior ao interior da política só não percebo é como é que ainda há 7% de pessoas com tanta boa vontade...

Definitivamente, urge mudar as pessoas, os métodos e a dinâmica de se fazer política em Portugal. Mas para isso não bastam os bons que lá estão dentro. Enquanto a desporpocionalidade for como está actualmentem, esses "bons" terão muita dificuldade em vencer.

O que é preciso é que mais gente com carácter venha para a vida política. É preciso que percebam que a política é uma forma de servir o país, a sua cidade, a sua freguesia. É preciso que percebam que é um trabalho voluntário tão nobre como outro qualquer, mesmo quando estamos a falar de uma militância partidária.

Muitas secções, muitos núcleos, de muitas jotas de muitos partidos por esse país fora têm uma acção meritória. Fazem acções de solidariedade, formação, estão junto das populações e apoiam-nas quando têm problemas. Pena é que tudo isso seja destruído pelos mais mediáticos. Incompetência, Desonestidade e Indecência são a regra mas nunca serão aceitáveis!

Paulo Colaço disse...

Algum exagero.
As pessoas não confiam nos políticos, mas também não confiam nos taxistas, nos meteorologistas, nos árbitros, na justiça, na polícia, nos mendigos, etc etc etc.

Como metade do mundo vive de enganar o outra metade, é natural que a coonfiança fique abalada.

Os mais exemplos são a morte da fidúcia. E eles estão em todo o lado. A imprensa especializou-se (talvez bem) em apontar o dedo às prevaricações mas, omitindo o mérito dos bons, lança o descrédito sobre a generalidade.

Por isso dizemos que os políticos prometem o que não pretendem cumprir, que os taxistas enganam os passageiros, que os mendigos são viciados em busca de liquidez para mais uma dose.

Pessoalmente, posso dizer que quanto mais me movo no mundo da política, mais me honra poder dizer que tenho MUITO orgulho nos inúmeros amigos que aqui (na política) tenho que são exemplos de seriedade, trabalho e espírito de missão.

EP disse...

O numero que me impressionou não foi os 7% dos que ainda acreditam nos politicos ou no reverso os 42% que se fiam nos sindicatos. Mas os 28% das pessoas que já não acreditam em ninguém para além de si mesmos!

Caro Baia,
à parte da felicidade de nunca ter sofrido da maleita de admirar Sócrates, deixe-me dizer-lhe que não, não vivo nos meandros da politica. E sim, entendo muito bem as razões que afastam as pessoas da politica e dos politicos.
No que respeita á sugestão por si aqui deixada digo-lhe que comeiçei comentar neste espaço porque o sentia uma janela aberta ao saudavel debate e discussão de ideias. Hoje tenho o privilégio, a honra mas também a responsabilidade de ser blogger. Assim, tomo a liberdade de falar em nome de todos os psicóticos. Nenhum de nós é mais ou melor que qualquer outro português. E tal como toda a gente temos duas mãos para trabalhar e uma consciência/espirito critico para pensar e não calar mesmo quando outros o fazem. Talvez o que nos diferencie seja o que decidimos fazer com isso. Mas fazer diferente não está apenas nas "vossas" nossas mãos, está nas de todos, e por conseguinte também nas suas.

Caro Tiago,
"Temos de confiar, confiar na seriedade dos políticos." Não se pode obrigar ninguém a confiar num terceiro. Como disse importa conquistar o respeito das pessoas.

Na politica, como na vida,a confiança não se impõe, conquista-se pelo respeito e pelo exemplo!

Quanto á forma como entendo a nobre missão de fazer politica não tenho nada a acrescentar ao que já foi dito. Apenas agradecer os Psicóticos que diariamente pelo seu exemplo me demonstram que é possivel fazer politica para lá da teoria ou de discursos elaborados.

Se sou idealista ou sonhadora?
Sim, talvez o seja. O poeta diz que o sonho comanda a vida, e portugueses houve que tiveram a coragem de Sonhar Portugal. Eu acredito que onde há vontade, há um caminho! Antes percorrer um caminho tortuoso que deixar-me resignar ao marasmo e á cómoda espuma dos dias.

xana disse...

Já agora, qual foi a percentagem de confiança nos advogados?

Anónimo disse...

Penso que ja foi tudo dito acerca deste Post.
Sinceramente, não podia estar mais de acordo com o Baía.

O resultado desta sondagem mais não é do que o reflexo da má politica praticada pelos partidos.
Estou-me agora a lembrar daqueles senhores de um partido que se acham senhores de toda a verdade e disparam em todas as direções até se atingirem a eles próprios.

Segundo o jornal “Correio da Manhã” o gabinete de José Sá Fernandes custava ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20.880 euros por mês. Com 11 pessoas, das quais nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador de gabinete, auferindo salários mensais entre 1530 euros e 2500 euros.

Este é apenas um exemplo, quantos mais casos destes não há.(!)

E lembrem-se que existe fome e miseria no país, mas disto ninguem apresenta numeros ou sondagens.

Anónimo disse...

O Tiago tem claramente um complexo freudiano com tamanhos (as secções grandes e coisas que tais) ;)

Saiu recentemente um estudo do INE a falar dos índices de pobreza em Portugal: 19% da pop. portuguesa vive em risco de pobreza (desceu 1%) e atinge mais os idosos que vivem sós e as famílias monoparentais.

O tipo de coisas que os políticos deviam ter na ponta da língua e não têm.

Carlos Carvalho disse...

Uma das melhores formas de se analisar a confiança é verificar quantas pessoas bebem a água distribuida pelos diversos serviços de águas munícipais. Essa água, dita potável, está em condições de ser bebida pelo Ser Humano. Mas quantos o fazem? E porque é que não o fazem? Porque não confiam nos gestores públicos, nem na sua palavra...

Dri disse...

A falta de credibilidade nos politicos deve-se a muitos dos politicos que temos mas também ao sistema politico que nos governa.
A falta da credibilidade provoca nas pessoas um afastamento na politica e que contribui para que os politicos não se sintam ameaçados por quem os elegeu e cometam actos desastrados.

Anónimo disse...

Não é com surpresa que vejo os professores e os sindicalistas no topo das preferências dos portugueses. Os professores estão e estarão no futuro sempre à frente, por força da importância que os portugueses dão à educação e também, graças à aura de respeito que ainda envolve a figura do docente. Quanto aos sindicalistas, numa altura em que temos mais de 8% de desemprego, é facil perceber de que lado estão as pessoas, ou seja, do lado de quem ainda se vai manifestando (bem ou mal) por melhores condições laborais - os sindicatos.
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Quanto à fraca credibilidade da classe política, se meter-mos a mão na consciência, ela é por demais evidente. Casos como o de Marco de Canaveses, de Felgueiras, da UnI, do Freeport, Portucale, acrescentando a práticas laborais mais ao menos dúbias, por parte de alguns deputados na AR, em nada contribuem para um sentimento de bem-estar face à classe política.
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Acho que os portugueses nem são muito exigentes e a prova disso mesmo, são os niveis de desinteresse e de abstenção, face ao fenómeno político. Claro que os media tentam sempre capitalizar este mau sentimento, mas cabe à classe política em geral, inverter a tendência de descredibilização.
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Este era um tema que em minha opinião, que merecia uma profunda reflexão e daria um grande debate. Fica a sugestão...

Tiago Mendonça disse...

Cara Elsa,

Quando disse que temos de confiar nos políticos e na sua credibilidade, disse que isso tem que passar a acontecer, mas que tal, como referi só podia ser conseguido através de primeiramente se conquistar o respeito e a confiança. Não pode impor absolutamente nada, isso concordo em absoluto consigo.

Quanto à nobreza da função política estamos de acordo. Orgulho-me de fazer política, mas por isso mesmo, creio ter a legitimidade para criticar quem afirmando que a faz, não a faz ou finge que faz.

Quanto ao psicolaranja, como já o disse noutras ocasiões, é um espaço muitíssimo interessante que fomenta o debate de ideias sob uma pluralidade de temas. Um projecto que vai para lá da blogosfera e que faz efectivamente trabalho político.

Caro Nélson,

Não há qualquer complexo com tamanhos, relativamente às pequenas e grandes secções. Há pequenas secções, que estão no top 3 das que mais actividades têm, com o maior sistema de informação, atrevo-me a dizer do país, e com, até ao fim do mandato o maior crescimento em termos percentuais do distrito ;). E talvez das poucas com uma coerência de posições inatacável.

Agora para mim uma coisa é clara : É diferente ser campeão europeu pelo Manchester United ou pelo Olivais e Moscavide. Da mesma forma que é diferente fazer militantes quando se tem 52 escolas secundárias ou 10, 0 faculdades ou 50. É menos possível fazer-se passar a mensagem com 4 ou com 12 conselheiros. Mas isso não é complexo.

Complexos teria, se secções com 900 militantes, à epoca, colocassem 40 pessoas a votar contra mais de 80 em secções de 120 militantes. Como me enquadro no segundo molde, não posso ter complexos.

Anónimo disse...

Mas ó Tiago, estás sempre a falar do tamanho das secções ;)

A tua secção é uma secção muito motivada e que trabalha (o top 3 de actividade é duvidoso só porque no resto do país há por aí muita secção a trabalhar e muito: Tavira, Amarante, Seixal, Almada, Vila Franca do Campo, Núcleo da Feira, Oliveira de Azeméis entre outras... - tou tramado, amanhã já vou ter amigos a ligar-me a perguntar porque não falei das secções deles - e distritais como Leiria e Setúbal, Algarve e Aveiro)

Agora, eu não aqui para campeonatos de medição de tamanho ou de trabalho: tenho orgulho em pertencer a uma secção que faz, e penso que fazemos bem.

E no futuro penso que as pessoas poderão confiar em secções cujo trabalho é reconhecido, como a tua.

Anónimo disse...

O Psicolaranja é um blog, tem catorze membros, 0 conselheiros distritais, 0 congressistas mas muitos amigos. Deve ser a secção mais activa do País!

Está aberta todos os dias, a toda a hora e sempre com grandes debates... sem negociações de lugares e coisas que tal ;) lol

Bruno disse...

Ora aí está Né! Ora aí está! Secções temáticas já!!!

Tiago Mendonça disse...

Caro Nélson,

O TOP 3 era no plano distrital, se me expressei mal, as minhas desculpas. Aí, penso que não existirão grandes dúvidas.

O Psicolaranja é um excelente blogue, como, por exemplo, o quarta república também o é, talvez, e acreditem que é um elogio, está o 4R para o PSD como o Psico para a JSD.

Estou de acordo, como tenho dito, insistentemente, que revejo na B um exemplo a seguir. Mais, nem todas as secções pequenas são óptimas nem todas as grandes são más.

Penso que no futuro, terá que existir uma mudança de mentalidades e uma forma de fazer as coisas completamente diferentes.

Por exemplo, deve chamar-se mais pessoas de fora da estrutura para dar ideias, trabalhar, contribuir. Tenho feito isso. O Grande Jota é um caso claro disso mesmo. Mas não só. Actividades fora da secção, em Escolas Secundárias, Anfiteatros e porque não, em cafés ou outros sítios onde as pessoas se juntem. É preciso visitar escolas sem ser só para fazer militantes. É preciso chamar novamente os jovens.

Quanto ao futuro, a ver vamos.

Bruno disse...

Não conheço o Tiago mas, pelo menos pelas ideias que ele apresenta na blogosfera, acho que gosto de o ter como dirigente da JSD. Apesar de já não ser militante da jota, fico sempre mais descansado quando a vejo bem entregue.

E o Né também é um dos dirigentes que me faz ficar descansado em relação ao futuro da Jota e do Partido. Sem dúvida que a Secção B é um bom exemplo a seguir. Uma secção que procura fazer uma mescla entre a dimensão e a qualidade e que o tem conseguido de uma forma à qual tiro o meu chapéu.

Isto para dizer - não pensavam que era para vos bajular, não??? - que tenho esperança de podermos vir a mudar a má opinião que as pessoas têm dos políticos. Apesar de tudo não podemos escamotear as responsabilidades dos actores políticos no actual estado de desconfiança que se vive. E isso só se muda com uma mentalidade diferente que provavelmente só virá com actores diferentes. Venham eles!

joana simões disse...

Olá!
Bem, Bruno, posso dizer-te que por experiência própria muitas pessoas não acreditam mesmo em "bons" políticos, mas que são aldrabões, rufias e ladrões, segundo a maneira de falar do povo...
Mas, perguntas por que é que isso acontece? Bom, porque uns dão má imagem e isso mancha todo o trabalho e credibilidade de todos os outros, assim acontece com os médicos e professores, por exemplo.
Mas, sim, também tem o seu quê de culpa no cartório toda acção dos media e das crises!!!Tem de se arranjar uma maneira de lutar contra esta desconfiança e fazer algo pelo nosso belo país e por este povo tão afável!!

beijinhos

Bruno disse...

Dizes uma coisa que é inegável, Joaninha: é muito mais fácil destruir do que construir e, na política, acontece muitas vezes que o que fica na retina são os maus exemplos ao passo que os bons se esquecem facilmente.

Mas também acho que não podemos negar que nos últimos anos (pelo menos) tem havido maus exemplos a mais e bons exemplos a menos. Assim é mesmo muito dificil alguém se lembrar dos bons...

Joana Simões disse...

O pior é que não sei como, esses são aqueles que se safam... porque quem faz o que é correcto não se safa, ainda é bastante prejudicado e isso ainda torna mais negativa a imagem que os cidadãos têm da classe política! E o pior é que por vezes, os melhores desistem porque consideram que nunca vão conseguir fazer nada por este país....