segunda-feira, janeiro 29, 2007

A mulher do próximo

Compreendo o frenesim, mas digo desde já que dispenso estas duas meninas como líderes mundiais nos próximos anos.

Quer Ségoléne Royal, quer Hillary Clinton representam tudo aquilo que desprezo: o género (leia-se sexo) como argumento, vacuidade na acção, glória na caridadezinha. São candidatos desenhados em laboratório para serem à prova de tudo.

Tragam-mas feias e politicamente incorrectas, mas com sabor. Para meninas bonitas compro a Maxmen, não preciso das urnas eleitorais para as ver todos os dias.

Em França venha o conservador Sarkozy, nos EUA o republicano Giuliani. São candidatos contra a maré, o seu maior obstáculo é esta onda feminista-populista. Mas contam com as suas convicções para derrubar os candidatos de plástico. Alea jacta est

6 comentários:

José Pedro Salgado disse...

Concordo plenamente.

Corremos o risco de (com a mania de ser moderno que de vez em quando assalta a política) termos Incompetentes (sim, com I maiúsculo) no poder.

Mais, diria mesmo que, ao contrário do que se passa, as mulheres deveriam ser as principais críticas desta postura.
Afinal, a "discriminação positiva" a que assiste à situação não deixa de ser muito diferente da que justifica a existência das malfamadas quotas.

Confesso que tenho certas dúvidas quanto às ideias de Sarkozy, pelo que prefiro conhecer melhor o Homem e a Obra antes de emitir um juízo.

Mas já nos Estados Unidos (sublinhando a admiração que nutro por Bill Clinton e o reconhecimento que faço da habilidade política de Hillary Clinton), venha o Rudy (que, já agora, diga-se, é um republicano muito sui generis).

Numa nota final: nada tenho (como já disse antes) contra mulheres competentes, antes pelo contrário. Figuras incontornáveis da nossa actualidade política são mulheres que muito admiro, sendo Manuela Ferreira Leite ou Margaret Thatcher dos melhores exemplos.

Paulo Colaço disse...

Né, desde que te convidámos para blogger, é a primeira vez que concordo contigo!

Gosto muito do Rudy (não the red-nose-raindeer) e tenho especial admiração pela determinação e sangue frio do Sarkozy.

Venha a política como ela deve ser vivida: sem plásticas!

Anónimo disse...

Este tema interessa-me pelos seguintes motivos:

1º - Margaret Beckett é homóloga britânica do nosso MNE, o Sr. Arrasa Corações, e só por isso já mete piada;
2º - Recomendo a Sócrates uma pequena lição de história sofrida pela Sr.ª. Thatcher nos anos 70 relativamente à greve dos mineiros, em que “ou se parte a espinha ao adversário, ou se acaba com a espinha partida” e com ela as reformas…

Assim… alea jacta est in fibula…

Bruno disse...

Em primeiro lugar devo lembrar que há muitas mulheres de valor na política. Mas não é por serem mulheres porque senão a ex-deputada italiana Cicciolina também terá que ser considerada uma grande mais-valia para a política.

Depois, acho que é interessante começarmos desde já a falar de forma desapaixonada sobre as mulheres-políticas, sob pena de qualquer dia não se poderem criticar. É que faz-me alguma confusão a forma como elas, por serem senhoras, parecem sempre merecer algo mais em respeito do que os homens. Eu cá, que tento (mas por vezes não consigo) não faltar ao respeito a ninguém quando falo sobre essa pessoa, acho que essa discriminação não é positiva.

Para finalizar prefiro não falar muito sobre as duas senhoras do post porque confesso que não estou suficientemente familiarizado com as suas ideias e posições. Mas só me conseguirão convencer depois de as ver numa Assembleia a debaterem com algumas mulheres que conheço: Marta Rocha, Tânia Martins, Rosa Moreto, só para citar alguns exemplos que me ficaram na retina na última Universidade de Verão.

Tânia Martins disse...

A meu ver acho que as mulheres hoje já não possuem esse papel de coitadinhas para vencer, quer seja na política quer seja noutra situação qualquer!

Pessoalmente simpatizo com a senhora Hillary Clinton mas não sei até que ponto poderá ser um bem para a comunidade dos "States"!

A propósito obrigada Bruno, acredita que me custou muito na altura mas pelos vistos não correu assim tão mal:D

Marta Rocha disse...

Obrigada Bruno pela parte que me toca. Mas se a minha intervenção te ficou na retina, isso deve-se ao facto de ter lido o "Falar Claro" três vezes antes da simulação. Heheh

Quanto às senhoras na política, julgo que o Rodrigo Moita de Deus não concordará com o Né, na parte de não querer ver meninas bonitas nas urnas, é que o factor "sexy" às vezes é a única qualidade que se tem. E não é exclusivo das senhoras de quem se fala, exemplo disso é o nosso PM, cuja popularidade só se explica pela imagem que tem, em vez de pelas medidas que toma, ou declarações que faz...