Lisboa, 27 Ago (Lusa) - O CDS/PP quer uma reunião extraordinária da Comissão Permanente da Assembleia da República para debater a "onda de criminalidade violenta" dos últimos tempos em Portugal, disse hoje à agência Lusa o líder parlamentar dos centristas, Diogo Feio.
O dirigente do CDS/PP referiu que nesse sentido, comunicou terça-feira ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, essa pretensão, uma vez que o Parlamento não pode ficar "de braços cruzados a assistir todos os dias a um aumento da criminalidade sem fazer o que quer que seja".
"O país está a assistir todos os dias a um conjunto de actos que demonstram um clima e uma onda de violência que preocupa bastante as pessoas, gera situações de insegurança e o Parlamento não pode ficar a assistir de braços cruzados", justificou.
"O Governo também tem que ser confrontado com o que se está a passar", disse, sublinhando que o CDS/PP não pretende discutir o desempenho do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, uma vez que o que está em causa "são políticas e não pessoas".
Diogo Feio defendeu que a Assembleia da República tem que dar o exemplo e "dar voz" ao sentimento e preocupações dos portugueses.
Acrescentou que o CDS/PP pretende uma "clarificação de posições e de propostas e um claro sentido de assunção de responsabilidades".
Por isso, concluiu, o CDS/PP tem avançado com várias propostas na área da segurança, nomeadamente o aumento de efectivos e de concursos para as forças de segurança, medidas preventivas e repressivas para o crime de "carjacking", a necessidade de reestruturação da segurança nas áreas metropolitanas e a dignificação das forças de segurança, entre outras medidas.
CP.
Lusa/Fim
quarta-feira, agosto 27, 2008
Luto
Finalmente alguém se lembra que existe quem foi eleito pelos Portugueses para os representar e para por eles trabalhar. E perante o que se passa no país, se lembra de recordar suas Excelências de TRABALHAR. Uma maçada é claro, pois estamos de férias. O que é chato... E os ladrões não respeitam nada, nem o descanso de ninguém.
Entretanto até o CDS/PP já manda recadinhos ao PSD, reparem no meu destaque a bold... A audácia!
O meu país está a saque, não entendo os sinais do meu partido, o Governo faz o que quer e lhe apetece!... Estou de luto...
Uma psicose de jfd às 9:25 da manhã
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18 comentários:
O CDS\PP teve uma óptima iniciativa e joga com as cartas que tem.
As "bocas" do CDS são mais que normais e recorrentes: estão a meter-se em bicos de pés.
Mas o que o CDS tem de pedir para se discutir na AR o PSD garantiu com um comunicado de 6ª à tarde na semana passada. Colocámos 2 ministros e o porta-voz do PS a responder a uns parágrafos rafeiros.
Já para não dizer que o que toda a gente está à espera é do discurso da MFL. Gestão de expectativas :)
Para quem acompanha política todos os dias é duro; mas a política faz-se em ciclos noticiosos.
E para marcares um ciclo não deves cavalgar a onda... deves prolongá-la :)
P.S. Isto é o que eu penso que se está a fazer. Se não fôr...
E nem acho que fosse uma boca para nós jorge. Mas a minha leitura é tão subjectiva como a tua.
The sounds of silence
(de acordo com a sugestão de Zé Pedro Salgado :)
O líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, considerou hoje [ONTEM] que a promulgação das Leis de Segurança Interna e de Organização da Investigação Criminal retira ao PS "qualquer desculpa para não tratar da situação de insegurança".
"A partir de agora, o PS tem todos os meios ao seu alcance, meios que são da sua exclusiva responsabilidade. Por isso, o PS já não tem qualquer desculpa para não tratar da situação de insegurança", afirmou Paulo Rangel.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340553
Monkey see, monkey do
O responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança e Criminalidade defende que a divulgação de notícias sobre os assaltos que são cometidos no país pode levar ao aumento destes crimes. Leonel de Carvalho sustentou que a cobertura destes acontecimentos “fomentam o sentimento de insegurança das pessoas”.
(...)
“Não me parece que haja uma grande alteração relativamente aquilo que tem sido habitual. Em termos matemáticos, não posso dizer se há mais ou menos. Há com certeza um aumento de relevo mediático”, defendeu o responsável à rádio.
Esta cobertura, acrescentou, pode gerar fenómenos de repetição, ao mesmo tempo que “fomenta o sentimento de insegurança das pessoas, o que também não é positivo”.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340608
E qual será a alternativa?
Para onde irá o MMS?
O Movimento Mérito e Sociedade propôs hoje onze medidas para criar mais segurança em Portugal. Para o partido é importante que as penas passem a ser cumulativas, que a polícia possa actuar de forma mais firme e com maior recurso a armas de fogo, que haja uma fusão das principais forças de segurança e que as vítimas tenham um papel mais activo nos processos. No entanto, para o penalista Germano Marques da Silva, ouvido pelo PÚBLICO, muitas destas propostas, para além de “inconstitucionais”, são “bárbaras”.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1340612
Este Leonel de Carvalho quem é?
Isto é para rir?
“Não me parece que haja uma grande alteração relativamente aquilo que tem sido habitual. Em termos matemáticos, não posso dizer se há mais ou menos. Há com certeza um aumento de relevo mediático”
Ele não sabe dizer se há mais um assalto ou menos um?
Ha pois é! Ele é do Gabinete Coordenador de Segurança e Criminalidade ... Vai-se lá saber para quê ter números e estatísticas!
Raios me partam!
E uma coisa.... Que se passa em termos de incêndios no País? Não há? Estamos em estado de graça?
Merda de media.
O País está a saque e eu estou de luto.
Penso que este ano já ardeu mais que o ano passado. Ouvi isto de fugida.
Lembro-me também de ter tido algum destaque o incêndio na serra de monchique, o de belas e ainda um outro na zona centro.
Tudo o resto passou por entre o barulho dos tiros e coisas que tal.
JFD pergunta e bem: E os incêndios? Não há?
Haver... há. Não são é tantos. E também porque há outros assuntos que no momento dão mais audiências ás TV's e aos Jornais: Os assaltos.
Agora quanto aos números, obviamente que o crime está a aumentar, mas isso não é novidade nenhuma, e nem eu preciso de estatisticas para o comprovar.
Isto porque o aumento da criminalidade é directamente proporcional ás dificuldades sociais.
Podem verificar no sitio
http://noticias.sapo.pt/banca/ as capas de todos os jornais...
Tomem pulso aos media, e ao jornalismo...
Tens toda a razão JFD, mas a "confusão" em Portugal, infelizmente, atinge mais do que isto.
Portugal não está só "a saque" está a "morrer lentamente". É preciso mudar algo rápidamente.
PS(D)-Fica mais uma vez o link da minha mais recente "aventura": http://mudaportugal.blogspot.com/
Há mais assaltos? Ou é o relevo dado pelos Media que nos faz ter mais consciência dessa realidade?
Não consigo compreender que o responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança e Criminalidade se mostre mais preocupado com a cobertura que é dada pela comunicação social e com o impacto que esta tem no comportamento dos assaltantes, do que em apresentar números concretos e rigorosos.
Ou então a questão é a seguinte. Já ocorriam inúmeros assaltos, cada vez menos amadores (mais minuciosamente preparados) e mais violentos, mas como não lhes era dado relevo, os cidadãos não se preocupavam, continuavam tranquilos, até que o assalto violento era feito na banco da sua rua, na ourivesaria do seu bairro ou na estação dos correios da sua cidade. E estava tudo bem. Deve ser isso e eu limitada, não consigo entender isso.
Porque não aproveitam, então, o Primeiro Ministro e o Ministro da Administração Interna o relevo que este tipo de situações tem tido na comunicação social, para se pronunciarem sobre esta matéria, apresentando dados que se mostrem elucidativos da competência das forças policiais e revelando as estratégias que já estão a ser adoptadas para os polícias estejam cada vez menos “sem mãos a medir.
Alguém me explica porque é que só ouvimos discursos vazios de responsáveis intermédios, incapazes de tranquilizar os cidadãos, quando a segurança interna é uma função da exclusiva competência do Estado?
Jorge, como o teu post é mais sobre a trama política (iniciativa do PP, fuga do Governo e "os sinais" do PSD) que sobre a situação em si, não falarei da inseguraça mas de política.
O PP fez o que um pequeno partido deve fazer: pegar nas ideias do grande partido mais próximo (PSD), tentar uma nova abordagem e mediatizar.
Ou seja, ladrar mais alto.
Mas cá está: entre um caniche que muito ladra e um dobberman silencioso, a minha guarda está virada para o silencioso.
O PSD lançou o tema, obrigou o PS e o Governo a defenderem-se.
O PS faz o seu papel: rejeita falar, parlamentarmente, do assunto.
O PP, que tu elogias, está a fazer o mesmo que faz há anos: tentar ultrapassar o PSD pela direita.
Mas só vai de boleia com eles quem quer.
Paulo, não posso estar mais de acordo. Apesar de ser preocupante a situação actual de insegurança, e portanto, estarmos todos "desesperados" por uma declaração da nossa líder.
O dia 7 de Setembro ainda está muito longe...
Pois está...
E dia 1 de Setembro (início da UV) também está longe... (se bem que menos ;)
Estes dias pré-UV estão a custar a passar...
Ministro pode ser ouvido no calendário normal
PS inviabiliza comissão extraordinária sobre segurança pedida pelo CDS-PP
27.08.2008 - 11h16 Lusa
O grupo parlamentar do PS vai inviabilizar o pedido do CDS-PP para realizar uma Comissão Permanente extraordinária sobre segurança, mas garante que está disponível para discutir o tema dentro do “calendário estabelecido pelo Parlamento”.
“Não entendemos que a situação que se vive no país seja de tal forma extraordinária que fundamente a convocação extraordinária da Comissão Permanente”, disse hoje à Lusa o vice-presidente da bancada socialista Ricardo Rodrigues, em nome do grupo parlamentar do PS.
No entanto, sublinhou, “o PS entende que a audição de ministros é normal em democracia” e está disponível para viabilizar a audição do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, “dentro do calendário estabelecido pela Assembleia”, lembrando que está marcada uma reunião ordinária da Comissão Permanente para 9 de Setembro.
“Teremos muito gosto, e o ministro da Administração Interna com certeza também, em viabilizar essa audição ou na Comissão Permanente ou na Primeira Comissão Parlamentar [de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias]”, garantiu.
O CDS-PP pediu hoje uma reunião extraordinária da Comissão Permanente da Assembleia da República para debater a “onda de criminalidade violenta” dos últimos tempos em Portugal, disse hoje à Lusa o líder parlamentar dos centristas, Diogo Feio.
Ainda antes da posição manifestada pelo PS, o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, manifestou "inteiro apoio" à iniciativa do CDS-PP e considerou que a audição de Rui Pereira deveria acontecer o mais rapidamente possível.
O CDS-PP dirigiu uma carta ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, comunicando a sua pretensão, alegando que o Parlamento não pode ficar "de braços cruzados a assistir todos os dias a um aumento da criminalidade sem fazer o que quer que seja".
De acordo com fonte do gabinete de Jaime Gama, a carta será transmitida mal chegue aos serviços ao presidente da Assembleia, que se encontra fora de Lisboa, mas considerou "improvável" que Gama tome qualquer diligência ainda esta semana.
Para que fosse convocada uma comissão permanente extraordinária, Jaime Gama teria de convocar uma conferência de líderes (a próxima está agendada para 3 de Setembro) e obter consenso dos vários grupos parlamentares, que não se verifica pela posição avançada já pelos socialistas.
in Publico
Jorge, como o teu post é mais sobre a trama política (iniciativa do PP, fuga do Governo e "os sinais" do PSD) que sobre a situação em si, não falarei da inseguraça mas de política.
Paulo é a tua análise que agradeço.
Interessante ver que o que eu considero audácia, tu consideras elogio.
É tão bom cada um poder considerar o que quer sem que alguém pergunte "qual é a necessidade?"...
(quanto a isso, logo te respondo ;)
O PP, deverá estar neste momento a acender uma das suas últimas velas de esperança para um bom resultado em 2009 - a questão da (in)segurança. Isto porque o terreno fértil das feiras e o potencial grupo mobilizável dos ex combatentes e dos reformados, estão hoje de costas voltadas para Paulo Portas e seus pupilos.
Não ponho em causa o sentimento de insegurança que reina hoje em dia na sociedade portuguesa, quer pelo aumento da audácia dos criminosos, como pela manifesta falta de meios das forças de segurança. Contudo tudo isto é agravado pelo "poder" dos media.
Assim se espera que o Governo não fique calado, nem tão pouco paralisado pelos acontecimentos. Veremos os próximos capítulos...
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