Sócrates acredita que vai conseguir cumprir a promessa de criar 150 mil novos postos de trabalho até ao final do mandato. Afirmou que desde Março de 2005 até agora houve criação líquida de 133 mil empregos.
Pergunto:
- Que contas são essas?
- Que postos de trabalho são?
- Quem os criou?
- E qual a sua sustentabilidade?
Pergunto:
- Que contas são essas?
- Que postos de trabalho são?
- Quem os criou?
- E qual a sua sustentabilidade?
25 comentários:
Alguém me ajude a fazer as contas...
Sim, vamos pedir à oposição ao Governo para nos dizer?
Li isto num dos comentários à notícia do Público alusiva a este tema.
«A criaçao de postos de trabalho e taxa de desemprego são dois aspectos ortogonais. Podem aumentar ambos. 133000 postos de trabalho criados significa que a diferença entre os postos de trabalho novos e os que foram extintos é de 133000. Mas se a população activa aumenta, nomeadamente por conta da imigração ou porque mais joves ficam em idade activa, isto não garante a descida do desemprego.»
Obrigado pela colaboração, Jorge.
Buscando mais sobre isto acedi a um dos links do Público e li este post: http://abrasivo.blogs.sapo.pt/184101.html
O comentário que o Paulo transcreveu é hilariante. Ao bom estilo das "manobras" que este governo faz com os números. Apesar de todas estas "malabarices" com números, penso que o resultado está á vista de todos.
Hoje, na minha cidade (Santo Tirso) Sócrates inaugura um call-center da PT que criará 1200 postos de trabalho.
Apenas dizer que: Santo Tirso é o concelho de Portugal com maior taxa de desemprego (quase 20%).
Com o fecho de quase todas as empresas do ramo têxtil, com a falta de investimento publico e privado no concelho (por falta de visão da C.M. e Governo) existem muito mais do que 1200 desempregados.
Muito mais do que 2400, 3600, 4800, 6000... E só agora a CM e Governo PS se lembram de Santo Tirso ?? Porquê ?? Por causa da aproximação das eleições ??
E que tipo de emprego é este dos call-center's ?? Emprego precário, temporário ??
Paulo não colaborei em nada, exprimi a minha frustação. Como tenho vindo a fazer pelos comentários.
Jorge, quem também deveria falar e contribuir com algum rasgo de empenho, ajudando o partido e a lider, tem estado calado. As razões e os actos, ficam para quem os sente e pratica.
Paulo, ora bem... Que contas são essas? São as contas da propaganda socialista, que se resumem a um grande flop.
Que postos de trabalho são? Penso que muitos deles ligados aos serviços, e alguns, poucos, ligados às novas tecnologias. Se bem que as contas das admissões na F.Pública, também devem de entrar na equação de Sócrates.
Quem os criou? Eu faria outra pergunta, se me permites. Que ligação têm estas entidades empregadoras ao Estado e ao Governo?
E qual a sua sustentabilidade?
Se forem como os call center, estamos perante um tipo de trabalho temporário e precário. Mas acho que neste ponto o Dr. Vitalino Canas, provedor das empresas de trabalho temporário, melhor do que ninguém poderá ilucidar os demais sobre este aspecto.
Não vejo porque criticar o JFD.
Seja como for, estas são contas possíveis. O que nós gostavamaos é que os tais 150 mil empregos correspondessem a igual diminuição do número de desempregados, mas parece que não serão essas as contas do Primeiro-ministro.
Enfim! É o país que temos, com os políticos que merecemos.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Jorge, quem também deveria falar e contribuir com algum rasgo de empenho, ajudando o partido e a lider, tem estado calado. As razões e os actos, ficam para quem os sente e pratica.
Ó Luís!
Então como é?
Se se fala porque ninguém diz nada, devia-se estar é calado porque é estratégia.
Se não se diz nada, seguindo a estratégia, fica-se no limbo...
Não te percebo!!!!!!!!!!!
Hum? Mas que linhas diambulantes... O quero dizer é o seguinte Jorge: esta é uma altura importante para estarmos todos unidos, os 3 terços de que falavam, no combate às falcatruas da propaganda socialista, das quais é bem o exemplo esta falácia da criação de 150 mil postos de trabalho.
Esta é uma altura, em que os comentários dos responsáveis políticos do PPD/PSD, devem ser feitos de forma a mobilizar o que de melhor há partido rumo a 2009 e não através de atitudes hostis sobre silêncios, participações em festas ou whatever.
Completamente off topic: a montagem das duas imagens tá nice, ou não?
Ok... Vamo-nos unir. Unidos, mas calados...
PS - Sim Paulo ;)
Deves estar a fazer confusão, Jorge.
Não creio que esteja a ser imposta uma qualquer "lei da rolha".
Lá porque a líder está a escolher como entende as suas intervenções isso não quer dizer que estejas tu (ou eu, ou outros) limitado na acção política.
Ninguém quer os militantes calados. Aliás, várias vezes ouvi a Dra. MFL dizer que não pediria silêncio a ninguém, não criticaria a ninguém o uso da sua liberdade de expressão e que não se deixaria afectar pelas críticas.
O direito de contenção de MFL é igual ao direito dos incontinentes verbais. Se todos assimilarmos isto, ninguém se aborrece.
133 mil empregos?
Não creio que haja assim tantos "jobs for boys". Seria disto a que Sócrates se referia, certo?...
O Sr "Engenheiro" gaba-se de criar postos de trabalho precário, alguns a recibos verdes , outros com a duração de apenas 1 ano, gaba-se também de promover à melhoria da formação , mas como é que podemos alguma vez acreditar na palavra de um primeiro ministro que é responsável pelo fecho da universidade que alegadamente frequentou e terminou o curso ??? Mas que nunca ficou provado. Como é que podemos levar a sério uma pessoa que gasta a sua inteligência em enganar em vez de fazer algo pelo país de concreto ? Esse senhor que é um fantoche do estado , que só se interessa em adquirir receitas públicas seja de que forma for , sempre injustas para o Português, e "honesta" na sua forma jurídica, um complot burocrático, que sufoca quem for mais ignorante ou apenas ingénuo , e confiar nas hienas políticas deste sistema.
E se confiasse na democracia praticada neste país até assinava com o meu nome e mostrava o meu perfil e mail , mas como não confio...assino apenas :
A_Revolta_Iminente
O Dever da Verdade. Medina Carreira escreve-o, José Sócrates desconhece-o. Na questão dos 150 000 postos de trabalho prometidos pelo PM na campanha eleitoral então é gritante.
Na abertura do novo Call Center de Santo Tirso, o nosso PM anunciou a criação de 1200 novos postos de trabalho, num ambiente de pompa e circunstância que pouco se coaduna com a actual situação do país.
O que Sócrates se esqueceu de dizer foi que este número corresponde, praticamente, aos trabalhadores que o grupo liderado por Zeinal Bava dispensou durante os últimos dois anos. No seguimento disto, Sócrates vem anunciar descaradamente que a meta dos 150 000 empregos está quase alcançada.
Sócrates mente. Tal como o fez na questão dos novos investimentos portugueses na China. Lembram-se de ver o nosso PM e o embuste de Manuel Pinho na China a inaugurar uma nova fábrica comprada pela PT? Pois é, poucos meses depois a PT vendeu a sua parte. Estranho, hein?
Uma coisa poderá ser certa: todos aqueles que vivem em trabalho precário ou falso trabalho, e que Sócrates contabiliza como sendo trabalho efectivo é seguro, dificilmente contribuirão para reeleger um PM que se ri (e aproveita) do infortúnio alheio ou (hipótese possível, tratando-se de um socialista) desconhece os números reais das coisas que afirma.
Mas, até nisso estou céptico: os eleitores têm uma péssima memória...
E, já agora, a CGTP acusa o governo de mentir quanto aos novos 1200 novos empregos em Santo Tirso.
Diz a central sindical que se trata de uma deslocalização de serviços da PT sediados noutros lados.
Isto pode ser uma meia verdade de ambos os lados.
O Governo aproveita o total de postos de trabalho da nova estrutura para dizer que todos os postos são criados de raiz;
a CGTP aproveita algumas transferências (chefias e funcionários descontentes por terem de ir para Santo Tirso) para dizer que todos os lugares do call center são "reciclagem".
"os eleitores têm uma péssima memória..." - tens toda a razão Colaço e este é um dos pontos que mais me preocupa para 2009.
Parece-me que a "era do power point" ainda não acabou e a propaganda do Governo vai voltar a atacar em força, de um modo nunca antes visto, e prova disso mesmo são os ditos 150 mil empregos ou as obras que se prometem fazer um pouco por todo o país e que afinal, não passam de meras falácias.
Espero que MFL tenha já a receita ideal para combater este mortal fenómeno, para as aspirações futuras do país.
"Que contas são essas?"
Criação líquida de emprego, ver estatísticas do INE.
"Que postos de trabalho são?"
Muito diversos.
"Quem os criou?"
A economia.
"E qual a sua sustentabilidade?"
A economia o dirá.
A questão que fica é: quantos empregos foram destruídos durante a governação socialista?
Não podemos ver só que foram criados 133000 empregos até agora. Temos de retirar a estes quantos foram destruídos.
http://resistir.info/portugal/image
ns/150_mil_empregos.jpg
Não se esqueçam que o objectivo era recuperar 150 mil empregos. Ora, com a destruição de emprego não se estão a recuperar os 150 mil ;)
Para ajudar as contas
quem não tiver com paciência, leia os bolds ;)
http://dn.sapo.pt/2008/08/15/dnbolsa/governo_falhar_meta_150_empregos.html
Trabalho. Os 86 mil ou 133 mil postos de trabalho criados, consoante as comparações, valem pouco quando se sabe que o número de desempregados se manteve inalterado face a 2005, ano em que o Governo tomou posse. Os novos empregos foram absorvidos pelo aumento sustentado da população activa
GOVERNO VAI FALHAR META DOS 150 MIL EMPREGOS
O Governo criou, em termos líquidos, 86 mil postos de trabalho entre o segundo trimestre de 2005 e o mesmo período deste ano, ou seja, pouco mais de metade face aos 150 mil prometidos por José Sócrates durante a campanha eleitoral. O balanço é mais positivo se a comparação for feita com o primeiro trimestre de 2005. "Desde o primeiro trimestre de 2005, o número de empregos criados, empregos líquidos, situa-se nos 133,7 mil empregos", disse ontem o ministro das Finanças, numa conferência de imprensa realizada no final do Conselho de Ministros.
Qual é a data mais correcta? A resposta não é simples. O Governo tomou posse a 12 de Março de 2005, o que o autoriza a usar o primeiro trimestre como base para a comparação. Porém, os economistas aconselham que as comparações se façam em termos homólogos, ou seja, confrontando períodos idênticos do ano, neste caso o segundo trimestre.
Mas mesmo assumindo o número do Governo - 133,7 mil empregos - vale a pena tentar perceber de onde vêm estes postos de trabalho. E ao contrário do que seria desejável, este novo emprego alimenta-se exclusivamente do alargamento da população activa. Entre o segundo trimestre de 2005 e o mesmo período de 2008, o universo de pessoas disponíveis para trabalhar aumentou em 107 mil. Nestes três anos, o número de pessoas empregadas cresceu 96 mil, sendo o diferencial explicado pelo acréscimo de 10,6 mil desempregados. O mesmo raciocínio pode fazer--se utilizando o primeiro trimestre de 2005 como base comparativa: a população activa aumentou em 131 mil, enquanto o emprego cresceu um pouco mais, 133,7 mil. O diferencial são 2,7 mil novos postos de trabalho - uma gota no oceano de 150 mil novos empregos prometidos pelo Governo.
Criação líquida ou bruta?
A questão está em saber se a promessa do Executivo era líquida ou bruta, ou seja, se levava ou não em conta o efeito do desemprego. As declarações proferidas há três anos por José Sócrates e pelos seus ministros foram claras a este respeito. "São 150 mil empregos que perdemos em três anos e vamos recuperar em quatro", disse Sócrates a 10 de Janeiro de 2005. Por volta da mesma data, Vieira da Silva, que entretanto assumiu a pasta do Trabalho, afirmava: "Está- -se a falar em recuperar postos de trabalho destruídos nos últimos três anos." Assim, torna-se evidente que o objectivo era reabilitar os 150 mil desempregados que haviam perdido o seu trabalho nos anos anteriores. Ou seja, os 150 mil novos postos de trabalho deveriam reflectir-se não só num aumento do emprego, mas também numa redução, na mesma proporção, do desemprego. Não foi isso que aconteceu porque, pelo caminho, a população activa cresceu, e muito.
Quando o Governo assumiu funções, havia 412,6 mil desempregados (e 399,3 mil no segundo trimestre de 2005), pelo que a promessa de José Sócrates correspondia a reduzir o universo de pessoas sem emprego a 263 mil - e não os 409,9 mil anunciados ontem pelo INE. Parece um objectivo impossível, mas as estatísticas oficiais mostram que, entre o segundo trimestre de 1998 e de 2002, o número de desempregados esteve sempre abaixo daquela fasquia. Foi a pensar nisso que o Partido Socialista avançou na altura com aquela meta. "Durante os governos de Guterres foram criados meio milhão de empregos", lembrava, em 2005, Vieira da Silva.
Tendo em conta as estimativas nacionais e internacionais relativas ao desemprego, não é crível que o Governo venha a concretizar esta promessa. Não porque não queira, mas porque não pode. A pressão sobre as contas públicas, com o consequente espartilho sobre o investimento e despesa pública, e o arrefecimento da economia no mundo deixam evidente que os 150 mil empregos prometidos, em 2005, ao exército de 400 mil de desempregados não passa, afinal, de uma miragem. |
Caro Miguel Lopes, agradeço o seu comentário.
Através dele percebo duas coisas:
- Que o Governo sabe manipular estatísticas
- Que a criação de novos empregos se deve à mão invisível do mercado.
Que estejam então de parabéns: a mão e os que sabem fazer sua a "mão alheia".
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