Foi ontem aprovado em Conselho de Ministros um novo sistema de crédito bancário para os estudantes do ensino superior.
Por aquilo que foi dado a conhecer, à partida parece-me uma boa medida deste Governo, ainda que surja depois da aprovação do polémico RJIES.
Temos que ser sensatos e perceber quando coisas acertadas são feitas, e neste caso há uma particularidade que me deixa extremamente contente. A ser efectivamente aplicada, uma das nuances deste novo sistema prende-se com a diminuição do spread conforme as notas que cada aluno obtiver. Se assim for, estamos perante uma medida que premeia os alunos e a formação dos jovens portugueses. Estamos perante uma amostra daquilo que devia estar tão mais presente na nossa sociedade: o princípio da meritocracia.
Por aquilo que foi dado a conhecer, à partida parece-me uma boa medida deste Governo, ainda que surja depois da aprovação do polémico RJIES.
Temos que ser sensatos e perceber quando coisas acertadas são feitas, e neste caso há uma particularidade que me deixa extremamente contente. A ser efectivamente aplicada, uma das nuances deste novo sistema prende-se com a diminuição do spread conforme as notas que cada aluno obtiver. Se assim for, estamos perante uma medida que premeia os alunos e a formação dos jovens portugueses. Estamos perante uma amostra daquilo que devia estar tão mais presente na nossa sociedade: o princípio da meritocracia.
10 comentários:
Grande post Xana:
Primeiro, porque também considero esta uma boa medida. Mas também porque, vinda de um governo PS, nem todos teriam a coragem de a saudar.
Estando a poucos dias de entrar no Ensino Superior, vejo com bons olhos alternativas aos (muitos) jovens que deixam de estudar por falta de meios.
Mas, mais agradada fico por saber que esta foi já uma ideia defendida pela JSD, ainda que tenha sido o PS a aplicá-la.
E, tal como a Xana, há uma particularidade que também me deixa extremamente contente: o facto desta medida premear o mérito.
Também acho que a medida é de elogiar.
Mas permitam-me dar uma no cravo e outra na ferradura.
O estudante tem de começar a pagar o empréstimo um ano depois de acabar o curso.
De facto espero bem que tenha mérito. Pk ter condições para pagar um empréstimo (por muito favorável que lhe seja) apenas um ano após o fim do curso não exige apenas que ele esteja empregado.
Exige uma situação de estabilidade duradoura muito difícil de adquirir e manter na cronologia que esta lei demanda.
Concordo com o Salgado mas acho que é por isso mesmo que a Xana chamou ao post "Um bom princípio". É que temos que começar por algum lado.
E neste caso é isso que se faz. Também me parece muito bem o incentivo à obtenção de bons resultados.
A minha onda de "uma no cravo e outra na ferradura" é por aqui: ainda que esta medida seja uma situação concreta e que tem reflexos directos na vida das pessoas, neste caso dos estudantes e família, parece-me que é mais uma daquelas medidas Socráticas avulsas, com muito show-off, viradas para o mediatismo mas não se trata de uma medida de fundo, estrutural, verdadeiramente reformista.
Seja como for, é memo "um bom princípio". Parabéns Xana, pelo post!
Até pode ser verdade que a medida teve mais mediatismo do que a aquele que se calhar merecia... os telejornais nesta altura do ano contentam-se com pouco :)
Afinal de contas, outros países e estou a lembrar-me mais especificamente dos Estados Unidos têm a bastante tempo um sistema de credito bonificado especialmente para estudantes universitários.
A inovação da nossa parte é a indexação às notas do estudante. É sem duvida um prémio de incentivo para que aqueles que realmente precisam e querem possam fazer o Ensino Superior.
Costuma-se dizer que é uma situação em que todos ficam a ganhar:
- A banca tem o retorno do seu dinheiro garantido pelo Estado. O risco do empréstimo é nulo.
- O Estado possibilita o acesso a um bem publico (Ensino Superior) que anteriormente estava limitado apenas aos que viessem de uma família com $$$.
- O aluno consegue fazer os estudos e depois naturalmente é responsável pelo empréstimo após a conclusão do mesmo. Sendo o spread do mesmo bastante reduzido em caso de boas notas.
Em conclusão parece ser um sistema equilibrado que ao mesmo tempo responsabiliza e premeia o estudante pela sua vontade de vencer na vida e ir mais além.
Pela minha parte a que saudar as boas medidas do governo assim como se criticam as más.
Boa posta!
O que penso sobre este tema vai beber uma pouco a cada um dos comentários.
Acrescento apenas um lamento: o PSD podia ter assumido esta medida quando estava no Governo mas não o fez.
Quando não se ouve devidamente a JSD, damos pérolas aos adversários...
Parece que o Bruno com as sua perspicácia de marketeer percebeu o trocadilho do título do post! Grande Bruno.
E mais uma vez a minha querida Margot diz tudo (é verdade que temos cabeças parecidas). Só tenho pena que venham logo os velhos do restelo!
O facto de começarem a pagar um ano depois e não imediatamente a seguir é bastante bom, digo eu. Um aluno que tem um bom currículo, e atenção que este empréstimo não visa pagamento de propinas apenas, tem maior probabilidade de arranjar um posto de trabalho. O enriquecimento curricular dá-se com essa busca de formação extra-curricular.
Claro que podemos discutir que mesmo assim é difícil arranjar o 1º emprego, mas com um ano é preciso que sejamos no mínimo desenrascados. Quantos trabalham noutras coisas á espera da sua oportunidade só para não estarem parados sem ganhar dinheiro?
Ter uma formação superior e investir nisso é um risco como muitos outros investimentos.
Se começarmos por ser mais positivos talvez a coisa mude.
Reafirmo: é um bom princípio.
Concordo contigo Xana, mesmo que não se tenha facilidade em arranjar um primeiro emprego não se pode ficar parado, quanto mais se tivermos um empréstimo a pagar... De certo há de surgir uma oportunidade na área do estudante, só não surge se não tiver o diploma, por isso é um risco que em caso de necessidade se deve tomar!
É uma tristeza haver gente com tantas capacidades e não poder estudar por não ter dinheiro, esta medida vem a ser favorável até no desenvolvimento do país onde se investe na formação!
Bj grande Xana ;)
Bem mais importante que esta medida avulsa é a aprovação do RJIES. Alguém que acabe aquilo que queríamos começar a fazer com Manuela Ferreira Leite, que continuámos com Lynce e Graça Carvalho.
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