O primeiro embate entre MM e LFM.
domingo, julho 29, 2007
And now, for something completely diferent...
Uma psicose de Anónimo às 12:47 da manhã 14 psicomentários
sábado, julho 28, 2007
E vão 4!
Uma psicose de Inês Rocheta Cassiano às 9:47 da tarde 13 psicomentários
sexta-feira, julho 27, 2007
Afirmar e Construir
Todas as conversas em torno dos candidatos ao PSD baseiam-se mais na imagem transmitida do que na ideia de PSD defendida por cada um deles (até porque esta é ininteligível, para além do ponto comum a ambos de quererem ser PM em 2009).
Uma psicose de Anónimo às 10:14 da tarde 33 psicomentários
Lobby: sim ou não?
O Presidente da Assembleia da República recebeu de duas “agências de comunicação” pedidos para livre acesso aos trabalhos parlamentares, prerrogativa idêntica à dos jornalistas.
Mas Jaime Gama está relutante e faz a sua distinção: a actividade jornalística está sujeita a leis e ao interesse público e as agências de lobbying situam-se na área comercial.
Luís Paixão Martins, presidente da LPM (uma das empresas que pretende livre acesso ao Parlamento), refuta. Quer obter uma informação mais fidedigna de todo o processo legislativo, acompanhando atenta, tempestiva e regularmente o trabalho parlamentar.
"O nosso objectivo não é de forma alguma o de nos substituirmos ao papel dos media, nem o de interferir com o processo legislativo, o que seria inapropriado e estranho", acrescenta.
E nós? O que achamos? Que tal um psico-debate sobre este tema?
Uma psicose de Paulo Colaço às 3:54 da tarde 22 psicomentários
terça-feira, julho 24, 2007
A Lapa
O seu futuro é incerto, mas presume-se que tudo fará para continuar a mandar.
De tal forma que em Moscovo já circula esta anedota sobre uma muito plausível notícia da televisão oficial, em Janeiro de 2009: “O Senhor da água, do ar, do petróleo, das terras, do ouro, dos diamantes, do urânio, dos lagos, da energia, Vladimir Putin, reúne esta tarde com o Presidente da Rússia.”
É razão para citar Cícero: - Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
Uma psicose de Paulo Colaço às 6:27 da tarde 19 psicomentários
domingo, julho 22, 2007
Quem tem medo do lobo mau?
Desde logo, Marques Mendes se perfilou como recandidato ao lugar.
Luís Filipe Menezes, volvido quase um ano de uma incessante pútrida oposição interna, mantém-se como putativo candidato.
José Pedro Aguiar Branco foi dado como quase certo. Recuou.
O "Correio da Manhã" avança hoje com o nome do autarca de Ílhavo, José Ribau Esteves
Castanheira Barros diz que é candidato.
E agora? Quem tem coragem para avançar? Escudar-se-ão atrás do "lobo mau", o pagamento de quotas?
Uma psicose de Margarida Balseiro Lopes às 8:08 da tarde 70 psicomentários
Profissão de Risco
Segundo adianta a edição de hoje do Correio da Manhã, o homem foi atado nas mãos e pés e atirado do cimo de uma falésia por três homens - dois brasileiros e um português -, que o ameaçaram com uma arma e lhe pediram dinheiro.
Segundo fonte da GNR contactada pela Lusa, as autoridades foram alertadas cerca das 05:50 pela central da Rádio Táxis e quando os militares chegaram ao local depararam-se com o taxista com as roupas molhadas, junto a uma corda, que terá servido para amarrá-lo.
Nessa altura, o taxista, que foi depois transportado e assistido no Centro de Saúde de Albufeira, já estava fora de perigo.
Quando os agressores entraram no táxi e ameaçaram o homem, este conseguiu accionar o botão de emergência, alertando a central telefónica, o que permitiu depois localizar a viatura através do sistema de GPS.
O Correio da Manhã refere que na origem do crime estará um alegado ajuste de contas e não um assalto, mas a GNR diz desconhecer o móbil, tendo a investigação, pelos contornos violentos, sido entregue à Polícia Judiciária.
Contactada pela Lusa, a PJ diz que a investigação está em curso e que não podem ser, por enquanto, divulgadas informações sobre o caso."
Agora a minha questão é, sendo a profissão de taxista de alto risco não se deveria investir ainda mais nos seus sistemas de segurança, este salvou-se e graças a Deus pude ouvi-lo a contar a sua história mas quantos outros não morrem por este país fora…
Uma psicose de Tânia Martins às 7:00 da tarde 10 psicomentários
sexta-feira, julho 20, 2007
Cinco Minutos com...
Imaginemos que conseguimos chegar à fala com uma personalidade do nosso partido, para um bate-papo de 5 minutos.
Proponho que escolhamos personalidades (uma por comentário) e partilhemos aqui o que lhe diríamos nessa conversa relâmpago.
Uma psicose de Paulo Colaço às 5:01 da tarde 29 psicomentários
quarta-feira, julho 18, 2007
3º Debate do PsicoLaranja
1 – É o terceiro debate do Psico em pouco mais de 3 meses
2 – Para o Psico a formação de quadros é essencial à política
3 – Rumamos a uma nova era de interactividade no Psico. Tal como no processo de revisão do programa do PSD, avançamos com as chamadas “perguntas à distância”: quem não puder estar presente no nosso 3º debate, deixe aqui a sua pergunta sobre os seguintes temas:
a) aproximação entre eleitos e eleitores
b) redução do número de deputados
c) círculos uninominais
d) redefinição dos debates em Plenário
e) trabalho das Comissões Parlamentares
f) estatuto do deputado (faltas, suspensão de mandato, incompatibilidades…)
Uma psicose de Paulo Colaço às 4:15 da manhã 20 psicomentários
terça-feira, julho 17, 2007
Knock'ya with Nokia
O embate começou ontem à tarde, pela mais inesperada das vias: apoiantes de Mendes apressaram-se a enviar sms às mais variadas pessoas, fora e dentro das fileiras partidárias, chamando a atenção para uma entrevista do líder à TVI.
Os apoiantes de Luís Filipe Menezes não tardaram a repetir o gesto, encarregando-se de espalhar mensagens com a notícia de que o autarca de Vila Nova de Gaia daria uma entrevista à SIC Notícias.
Guardem as pratas que já começaram a partir a loiça...
Uma psicose de José Pedro Salgado às 12:21 da tarde 23 psicomentários
segunda-feira, julho 16, 2007
Xiiii!!!!
10 !!!
Não vos maço com estatísticas, porque mais importante que os números é o grupo de amigos que consolidámos!
Somos o máximo! Quem publica, quem comenta, quem visita.
Uma psicose de Paulo Colaço às 11:29 da tarde 22 psicomentários
A Diferença...
entre ser e estar não é tão ténue como muitos pensam.
Em Lisboa findou hoje a oportunidade de muitos acomodados darem a cara pelo partido quando é mais difícil; de marcar presença quando a luta é árdua; de fazer a diferença quando apenas um imperativo de consciência nos motiva.
Esta é a diferença entre ESTAR e SER, entre estar militante e ser PSD... tenho pena que tantos tenham faltado à chamada!
Espero apenas que estes modelos exemplares, paladinos da moralidade, que tudo sabem, tudo pensam e tudo escrevem se mantenham hoje no mesmo sítio onde estiveram nas últimas semanas: escondidos, acomodados na escuridão.
Podem continuar a pregar lá do alto, mas perderam toda a legitimidade moral.
Uma psicose de Anónimo às 12:56 da manhã 48 psicomentários
domingo, julho 15, 2007
80´s
Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa. E sabia bem! Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que nos esquecemos de montar travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.
Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos à rua. Jogávamos ao elástico e ao mata (a bola até doía) ! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos (tínhamos mesmo medo de sermos apanhados).
Íamos a pé para casa dos amigos. E - acreditem ou não - íamos a pé para a escola! Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem... Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei! Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.
Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo!
És um deles? Parabéns!
Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, "para nosso bem". Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós. Isto meus amigos é surpreendentemente medonho... e talvez ponha um sorriso nos vossos lábios...
A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986...chamam-se jovens... Nunca ouviram "We are the world" e "Uptown Girl" conhecem dos Westlife e não do Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle. Para eles sempre houve UMA Alemanha e UM Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. O John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança. Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores...
in cyber-espaço, by anónimo
Uma psicose de Bruno às 8:49 da tarde 13 psicomentários
Vai trabalhar, malandro!
A polémica em torno das juntas médicas parece não ter terminado. Aos 6 casos já divulgados pela comunicação social, veio-se juntar mais este que revela o estado em que o nosso país mergulhou.
Face a tudo isto e depois de uma recomendação do provedor de justiça, as juntas médicas (só agora!) passarão a ser constituídas apenas por médicos!! Até agora, as juntas médicas eram constítuídas por dois médicos e presididas por um director de serviços.
E a pergunta que coloco é a seguinte: era necessária a intervenção de Nascimento Rodrigues? Ou o autismo deste governo não lhe permite assimilar questões tão elementares como a dignidade da pessoa humana?
Uma psicose de Margarida Balseiro Lopes às 4:39 da tarde 21 psicomentários
quinta-feira, julho 12, 2007
Pessoa de bem?
Especialistas consideram a câmara credora do Estado em outros milhões de euros decorrentes da utilização de infra-estruturas do subsolo e falta de pagamento de rendas e taxas. Empresas como a Carris, o Metro, a TAP ou a ANA têm também saldo negativo com o Município, estando alguns em tribunal há vários anos. (In DN on-line)
O Estado é uma pessoa de bem. O problema é ser gerido por seres humanos: uns de bem, outros de mal e muitos desmiolados. É por isso que, sendo embora uma pessoa de bem, o Estado age por vezes como pessoa de mal!
Será admissível que o Estado prejudique/bloqueie/puna cidadãos, instituições e empresas quando a relação que tem com elas é a de um péssimo pagador?
Uma psicose de Paulo Colaço às 5:39 da tarde 7 psicomentários
quarta-feira, julho 11, 2007
A invasão de ratos...
O convite surge antes da queda da CML, mas é posterior à saída de Júdice do PSD…
Não sei de que buraco eles vêm, mas tapem-no rápido!
Uma psicose de Paulo Colaço às 12:45 da manhã 21 psicomentários
sexta-feira, julho 06, 2007
33 Anos a dar tudo
«Tende sempre o espírito crítico, para vós não deve haver tabus. Dentro do respeito que mereceis vós mesmos vós deveis criticar impiedosamente tudo quanto existe. Sim. Criticar sem receio de que vos chamem demolidores. Vós sois demolidores do mal, vós sois os construtores do futuro ideal.»
Emídio Guerreiro, antigo Secretário-Geral do PPD
Quando remexemos no passado, seja para um trabalho de investigação, para compararmos factos, para sabermos o que correu bem - e imitar - ou o que correu mal - e evitar - ou mesmo apenas com o intuito de recordar um episódio interessante, acabamos sempre por demorar um pouco a apreciar dados, momentos, casos e acasos que para trás ficaram.
É quase impossível contemplar o passado sem sentido crítico, sem se proceder a uma análise do bom e do mau, do determinante e do inconsequente, dos factos apagados pelo tempo e dos acontecimentos que a história imortalizou. Por vezes, coteja-se o passado com nostalgia, em outras ocasiões com fúria, noutras ainda com um misto de sentimentos intermédios e indefiníveis.
Os militantes da JSD, têm decerto motivos para fazer uso de várias sensações quando relembram ou se deparam com a história da instituição. E se é verdade que as actividades dos nossos antecessores se permitem a uma paleta infindável de considerandos e reflexões, não é menos verdade que por todos nós perpassa o orgulho do legado que nos deixaram.
Mas é um orgulho que não nos deixa descansar à sua sombra. Antes, impele-nos a entregar nas mãos dos vindouros idênticos motivos de regozijo.
Se se oficializou dizer-se que o PSD (PPD) teve origem na chamada “ala liberal”, então é lícito dizer-se que a JSD começou nas escolas e nas universidades. Desde cedo se notou a grande força que o PPD tinha junto dos jovens e não é preciso referir o enorme espírito de combate que a juventude possui.
Logo em Junho de 74, surgia a ideia de uma estrutura organizada, formada por jovens aderentes do PPD, dispostos ao combate político, que representassem a juventude portuguesa que se revia no Partido. Assim se lançava à terra a semente de uma instituição estruturalmente semelhante ao PPD, sua cópia ideológica, e com preocupações basicamente viradas para os problemas da juventude trabalhadora e estudantil. Divulgar os valores democráticos e os da social-democracia, auxiliar na expansão do Partido, estar ao lado do PPD na consolidação da democracia portuguesa, dotar os jovens dos meios de formação e informação promovendo a sua consciência política, criar condições para o aparecimento de quadros novos e dinâmicos para o Partido, eram também metas da recém criada “onda jovem”.
Nesses tempos iniciais, por várias vezes, a JSD se afirmou uma “organização juvenil, funcionalmente autónoma do PPD, que sempre defendeu e continuará a defender a construção em Portugal de uma sociedade mais justa e democrática, proposta a atingir um Socialismo Humanista e que, desde a sua fundação, optou, claramente, por uma linha de esquerda, ao serviço das classes trabalhadoras, mais desfavorecidas.”
Nesta fase primeira, foram importantes nomes como Carlos Cruz, Henrique Chaves, Jorge C. Cunha, Francisco Motta Veiga, António Fontes, António Rebelo de Sousa, Guilherme de Oliveira Martins, entre outros. Talvez fossem os dois últimos referidos os elementos mais “politizados”, com maiores conhecimentos teóricos sobre a política como ciência e como palco partidário. Ficaram célebres os artigos de um e de outro no primeiro jornal nacional da JSD - “Pelo Socialismo”, dirigido por Guilherme de Oliveira Martins. Célebres são também as conversas que mantinham no jornal, os quais eles mesmo classificavam como sendo uma “forma original de comentário político, com evidentes vantagens e evidentemente os inconvenientes de se tratar de um texto discursivo, logo menos sintáctico”.
Mas, falar dos membros mais salientes, numa estrutura como a JSD, é cometer o pecado mais grave e mais comum em política: a ingratidão. E a ingratidão é um pecadilho quase inevitável quando se pretende historiar, retrospectivar, narrar uma secção do passado ou simplesmente falar de um feito, tudo isto numa vertente de realçar o esforço, o altruísmo e a abnegação dos intervenientes. Não existe (muita) culpa do autor: é que o esforço, o altruísmo e a abnegação não raro estão de mãos dadas com a vontade de anonimato, melhor, a não exigência de notoriedade ou publicidade. É por isso que muitos dos que à JSD se dedicaram de corpo e alma, apenas deram! Nada levaram para além de, suponho, gratas recordações de aqui terem militado. E alguns nem isso, porque as instituições nem sempre tratam bem os seus elementos.
Passados alguns meses desde esse frutuoso Junho de 74, teve lugar em Novembro o I Plenário Nacional da JSD, que se debruçou sobre um futuro Congresso e aprovou Estatutos da estrutura. Estatutos que cedo se mostraram ultrapassados devido ao “crescimento extremamente rápido”(1) da Jota.
Com a intentona golpista reaccionária de 11 de Março de 75, a JSD revela-se mais como uma estrutura que sabe pensar duma forma global o País. Em comunicado do Secretariado Nacional, para além de uma dura crítica aos “inimigos da revolução”, a JSD lança as suas ideias para o debate político português: controle dos sectores chave pelo poder político; consolidar e desenvolver as conquistas sociais até aí atingidas; defesa da adopção imediata, em certos sectores, de modelos de gestão que integrem trabalhadores; denúncia de situações de controlo do poder político e económico por estruturas partidárias, torcendo o ideal da democracia pluralista; defesa intransigente da realização de eleições livres, como fundamental passo de consolidação democrática; apoio à institucionalização do MFA, nos termos propostos pelo PPD; denúncia das pressões e actuações anarco-populistas que perigam o “processo revolucionário em curso”; esclarecimento das massas estudantis, de modo a evitar a anarquia nas escolas e universidades. O comunicado terminava referindo que a JSD “está perfeitamente consciente de que a democracia e o socialismo em Portugal são impossíveis sem o seu contributo e o do PPD. Qualquer tentativa de marginalizar o PPD da vida política nacional só pode ser desencadeada pelos que estão interessados na construção de uma sociedade que de democrática só poderá ter o nome.”
Daí ao I Congresso Nacional, o passo foi curto e lógico - o decurso do tempo, os problemas práticos levantados pela não funcionalidade dos Estatutos, a vontade/necessidade de criar um Corpus “de carácter teórico que consubstanciasse a leitura que a JSD faz do Programa do Partido”(3) deram origem à sua convocação para Lisboa, a 31 de Maio de 75.
A Comissão Organizadora do Congresso (COC), desfez para o Povo Livre um equívoco logo gerado em torno dos futuros trabalhos. Boatos e más interpretações propalavam que o Congresso serviria para aprovar um Programa próprio. Porém, nada disso estaria em debate, apenas e tão de discutiria e elaboraria um documento onde se expressassem as linhas principais do Programa do PPD, segundo a leitura da JSD, desenvolvendo os princípios programáticos sem qualquer divergência com eles.
A COC era composta por António Fontes, Guilherme de Oliveira Martins e Francisco Motta Veiga. Participaram dos trabalhos cerca de 500 jovens representando os núcleos do Continente e Ilhas(4).
O Secretário-Geral do PPD, à altura, Emídio Guerreiro, proferiu uma frase que ainda nos soa a todos, e que tão esquecida é por tantos: «Jovens da JSD. Tende sempre o espírito crítico, para vós não deve haver tabus. Dentro do respeito que mereceis vós mesmos vós deveis criticar impiedosamente tudo quanto existe. Sim. Criticar sem receio de que vos chamem demolidores. Vós sois demolidores do mal, vós sois os construtores do futuro ideal». Emídio Guerreiro disse também que se a juventude era um estado de espírito, então ele era jovem e que, assim sendo, «a JSD tem no PPD um Secretário-Geral». Refira-se que Emídio Guerreiro foi proclamado membro honorário da JSD.
A CPN saída do Congresso era constituída por António Rebelo de Sousa, Guilherme de Oliveira Martins, Pedro Jordão, Paulo Costa, José Hernandez, António Cerejeira, Manuel Álvaro Rodrigues, José Mota Faria, José Carlos Piteira e José Coelho. Rebelo de Sousa representaria a JSD na CPN do Partido. A Comissão Executiva, a Comissão Disciplinar e o Conselho Nacional eram os restantes órgãos nacionais. Delegações de jovens vieram de Espanha(5), Reino Unido e Angola.
Os delegados clamaram pela abolição da sociedade capitalista através da construção de uma sociedade socialista democrática pela adopção da via social democrática, com claro repúdio quer por soluções neo-capitalistas quer por soluções de estatização burocratizante. Considerou o I Congresso Nacional da JSD que a sociedade socialista almejada só pode ser alcançada quando se verificar a socialização dos meios de produção e o controle democrático das alavancas do poder político e económico pelas classes trabalhadoras(6).
(Não compete aqui proceder ao trabalho de historiar a JSD. Apenas se pretendeu falar um pouco dos primeiros metros de uma estafeta que é a nossa. No final de contas, a história não passa de uma interminável estafeta, onde apenas transportamos um testemunho que transmitiremos àqueles que prosseguirão a corrida.)
Paulo Colaço
Notas:
(1) Guilherme de Oliveira Martins e Francisco Motta Veiga, em entrevista ao Povo Livre, 28/Maio/75, pág. 6
(2) Povo Livre 25/Março/75, pág. 2.
(3) Guilherme de Oliveira Martins e Francisco Motta Veiga, em entrevista ao Povo Livre, 28/Maio/75, pág. 6
(4) Estavam representados todos os núcleos com mais de cinco militantes, cabendo-lhes um delegado por cada trinta militantes.
(5) De Espanha, estiveram no Congresso organizações anti-fascistas clandestinas: Partido Social-Democrata Galego e a União Social-Democrata Espanhola. Do Reino Unido, uma organização ligada ao Partido Trabalhista. De Angola, os Jovens da Unita.
(6) Texto “Conclusões” do Povo Livre, 4/Junho/75, pág. 5
Uma psicose de Paulo Colaço às 4:46 da tarde 37 psicomentários