Almerindo Marques sai da RTP para ir para a direcção das EP. É uma saida meticulosa e rigorosamente preparada pelo Governo mas antes Almerindo ainda tenta despedir por justa causa Jose Rodrigues dos Santos. Mas a EP tem outro problema: o facto de esta se ter tornado numa SA. Na minha opinião foi uma forma de o Governo discretamente retirar do Orçamento de Estado uma das empresas públicas que mais problemas económicos trazia.
E os psicoticos que acham da nova SA e do seu novo Presidente?
6 comentários:
Bem, estive hoje na Distrital de Setúbal para ouvir o Bruno Vitorino, e estava lá o Miguel Frasquilho que explicou o acordo EP, SA. É uma maneira de o Governo ganhar folga em 2008 no orçamento, endividando mais a EP, SA, e dessa maneira poder baixar os impostos antes das eleições.
Também há muitas falências de PME no interior de Portugal e zero de novas empresas. Preocupante
E só não há mais falencias de PMEs no litoral porque a malta continua a insistir em "chover no molhado"...
Em relação à pergunta da Dri tenho 3 coisas a dizer:
1ª: Dri, um beijo enorme para ti porque gosto muito de ti!
2ª: Acho que se Almerindo provou competencia na RTP (sinceramente não conheço o resto do seu percurso), tem razão de ser esta indicação para um novo e aliciante desafio;
3ª: Não me restam grandes dúvidas que esta transformação das Estradas de Portugal é uma "artimanha" para o Governo disfarçar problemas de tesouraria... Não percebo muito do assunto e por isso comprei algumas opiniões que li/ouvi e que me pareceram justificadas.
Prefiro falar de omoletas.
Ainda me custa vira-las ao contrário sem as partir. Esta matéria não se vira ao contrário, será sempre igual...os ovos é que estão podres.
Serei sempre daqueles que dirá que o Estado está demasiado presente no mercado. A transformação de EP em SA parece um bom passo na direcção da privatização dos sectores do Estado. Mas não o é.
Primeiro, porque só se lembraram desta Empresa para desorçamentar. Não há razão de mercado para realizar esta operação já.
Segundo, porque vamos financiar esta empresa privada de capitais públicos com parte do ISP. Não aliviamos a conta do Estado, apenas o OE.
Terceiro, porque estamos a criar mais um monopólio privado. Já por duas vezes desprezámos o valor mercado nas privatizações (PT e EDP) e criámos dois Golias que só criam entraves no mercado e sufocam concorrência. A EP, quando se privatizar, e esse dia chegará, iremos encontrá-la na mesma situação: dona destacada e incontestada da nossa mobilidade.
Para além da manobra orçamental, esta é mais uma fabulosa manobra num dos organismos públicos mais «manobrados»: a EP, ou ex-IEP, ex-JAE, etc etc...
Confesso que fora do "Rodrigo dos Santos-gate" pouco conheço o homem e a obra. Mas no geral não me parece ter feito um mau trabalho.
Quanto às Estradas de Portugal, sinceramente ainda não percebi se o problema tem sido trapalhada após trapalhada se este sector é mesmo patológicamente deficitário enquanto sector público.
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