Não, não é engano. Muito se tem escrito na blogosfera acerca do dia de hoje, 25 de Novembro. Mas o dia de ontem foi mais um marco na história deste espaço psicótico.
“25 de Novembro: factos e protagonistas” foi o mote para uma tarde de debate e convívio eborense com personalidades como Zita Seabra e o Coronel Jaime Neves.
No Hotel da Cartuxa, mais de meia centena de pessoas ouviu ao longo de duas horas palavras de congratulação pelo sucesso dos “homens” comandados por Jaime Neves, que evitaram um golpe cuidadosamente engendrado pelo Partido Comunista Português.
Com uma franqueza estonteante, Zita Seabra falou sobre a frustração sentida naquela madrugada, por não ter tido lugar a ansiada “Revolução de Outubro” que instauraria a ditadura do proletariado. De forma muito descontraída, Jaime Neves respondeu “ainda bem, senão um de nós não estaria aqui hoje”.
“25 de Novembro: factos e protagonistas” foi o mote para uma tarde de debate e convívio eborense com personalidades como Zita Seabra e o Coronel Jaime Neves.
No Hotel da Cartuxa, mais de meia centena de pessoas ouviu ao longo de duas horas palavras de congratulação pelo sucesso dos “homens” comandados por Jaime Neves, que evitaram um golpe cuidadosamente engendrado pelo Partido Comunista Português.
Com uma franqueza estonteante, Zita Seabra falou sobre a frustração sentida naquela madrugada, por não ter tido lugar a ansiada “Revolução de Outubro” que instauraria a ditadura do proletariado. De forma muito descontraída, Jaime Neves respondeu “ainda bem, senão um de nós não estaria aqui hoje”.
E desta forma, assinalámos uma data, tantas vezes esquecida, mas que é símbolo de Liberdade e Democracia para o nosso País. Talvez mais do que o 25 de Abril!
21 comentários:
Foi o psico-debate de que mais gostei.
Em todos eles tivemos pessoas com grande capacidade de exposição dos temas, com discurso atraente, "carolas" nas matérias e conhecidos da opinião pública.
Desde o director do jornal mais lido em Portugal - Octávio Ribeiro - ao novo Secretário-Geral do PSD, Ribau Esteves, o Psico teve "força" para contar com oradores de luxo e públicos interessados.
Mas, permitam dizê-lo, foi deste que mais gostei. Sobre o 25 de Novembro já tinha lido e ouvido muito, mas nunca da boca de personagens do momento. E naquele tom intimista...
Desassombro, nostalgia, coragem, humor, respeito e camaradagem foram as tónicas.
Zita Seabra foi muito franca e directa, Jaime Neves orgulhoso e divertido, e José Luis Cardoso analítico e nostálgico. Que debate quente!
Na berlinda estiveram sobretudo figuras como Otelo, Costa Gomes, Spínola, Cunhal.
O jantar que se seguiu também foi interessante. José Luís Cardoso não parou de contar episódios antigos, a sua visão de personagens históricas com quem conviveu, inconfidências da política actual, etc.
Um agradecimento muito especial ao Nuno Leão: foi a alma desta iniciativa!
Que venham mais eventos destes.
Parabens por esta iniciativa. Foi a primeira em que participei e gostei bastante.
Obrigado por me terem deixado.
Aprendi bastante sobre o 25 Novembro e apreciei bastante a frontalidade de Zita Seabra
Para além de tudo isto, adorei o jantar e a vossa companhia durante o fim de semana.
Espero por futuras iniciativas.
E prometo que durante esta semana terei dois posts sobre o que se passou este fim de semana no meu blogue
Saudaçoes
Fico contente plo sucesso de mais uma psico inciciativa.
Venham mais:)
Um dos melhores debates até hoje na minha opinião, achei o tema interessantíssimo e os oradores eram muito bons! O entusiasmo com que o contou Zita Seabra a história da noite do 25 de Novembro foi surpreendente, a força da juventude unida é um orgulho! Assim como o entusiasmo de Jaime Neves ao contar o comando militar que exerceu na época. Enfim gostei muito e admirei bastante as histórias!
Quanto a ti Francisco és um homem de coragem eheheh!
O 25 de Novembro é uma das datas mais importantes da nossa história recente. Figuras como Jaime Neves, Ramalho Eanes, e o grupo dos 9 ajudaram a sedimentar a liberdade portuguesa. Mas civis como Mário Soares também evitaram que Portugal entrasse numa guerra civil.
Tânia, obrigado pelas tuas palavras lol.........
Foi mesmo um fim-de-semana "quente"
Como o verão de 1975 lok
Beijinho
Um fim de semana "quente", amigo Francisco?
ehehe, devo ter perdido alguma coisa.
Francisco, não posso deixar de te dirigir algumas palavras.
No nosso evento de Évora tivemos inúmeras presenças: nós, vindos de Lisboa, amigos de várias outras partes, outros amigos de Évora, e interessados locais, desejosos de um bom debate.
Tu foste uma suspresa: nao só não nos conhecias como não eras de Évora. Foste à aventura e fizeste muito bem. Foi um gosto acolher-te entre os nossos. Tens livre-passe para todas as outras iniciativas.
Um abraço
Ahhh, é verdade, e muito obrigado pelos 2 artigos sobre o Psico que postaste no teu blog.
E onde estavam os laranjinhas no 25 de Novembro?
Caro anónimo, não sei o que pretende com a pergunta: se uma recordação pessoal de cada um dos laranjinhas ou se uma retrospectiva daquilo que o PSD andava a fazer na altura.
No primeiro caso, e só podendo falar por mim, a 25/11/75 eu estava a três semanas de nascer.
No segundo caso, o PSD estava a lutar pela democratização do País. Nos discursos de líderes como Sá Carneiro, Magalhães Mota, Pinto Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa, Barbosa de Melo, entre tantos outros, o partido laranja exigia que os militantes entregassem o poder aos civis e propugnava por eleições livres.
Estava ao lado do Grupo dos Nove, ala moderada do MFA e cujas ideias se opunham ao documento "Aliança Povo/MFA".
A vitória dos homens de Jaime Neves foi também a vitória do PSD e dos restantes partidos do arco democrático.
Foi de facto um excelente psico-debate.
O relato da nossa História da boca que quem viveu, de quem esteve na primeira linha, marca quem o ouve.
Surpreendeu-me a frontalidade de Zita Seabra. Admirei a forma bem-disposta com que Jaime Neves e José Luís Cardoso, orgulhosamente, nos passaram o sentimento de "dever cumprido". Elogio a coragem de todos e o respeito e elevação que incutiram ao debate.
Depois do jantar o programa continuou bastante interessante;)
Obrigada, Nuno e Mafalda.
Francisco, as portas dos Psico-Eventos estão sempre abertas a todos os Psico-Amigos, em especial para os que se aventuram a partir connosco:)
Caro Anónimo eu, Elsa, nasci uns anos depois de 1975. Mas orgulho-me dos Laranjas, e de todos os outros, que á data, defenderam a Democracia. Que lutaram para que eu hoje possa, com responsabilidade e liberdade, ser orgulhosamente Laranjinha.
Magnífico todo o psico-evento. Agora é preparar a psico-passagem de ano ;)
Tive muita pena de só ter assitido ao finalzinho do debate. Quem vai de boleia com a Ana Rita Cavaco sujeita-se a estas coisas... e a ficar apeado no regresso por causa da capela dos ossos.
Mas deu para perceber o espírito em que decorreu o evento, pela descontracção e vontade de esclarecer que verifiquei no pouco a que assisti.
Depois... bem, depois foi o habitual nos psico-eventos: convívio, animação, CCC (Convívio, Comida e Copos), diversão, fortalecimento de laços de companheirismo e amizade e conhecer pessoas novas - como foi o caso do Francisco, a quem agradeço a capacidade de sofrimento - sempre em grande psicose.
Eu apenas venho o reforçar tudo o que já foi dito. Tal como o Bruno, não assisti à maior parte do debate mas adorei o entusiasmo de Jaime Neves e a frontalidade e simpatia de Zita Seabra (Margot, a tua pergunta era boa mas a minha da natalidade ainda era melhor).
O período que se seguiu ao debate foi psicose pura repleta de amizade! Recordo apenas o trajecto dos bares para o hotel, o meu putativo (aka, Nezão) no jardim do nosso quarto.
Eu reforço a ideia do Né, venha a passagem de ano!
Já agora caro anónimo,
eu no 25 de Novembro de 1975 estava a 15 anos de vir ao mundo... Não sei se isso me faz menos laranjinha, o que sou com bastante orgulho!
Malta, obrigado pelas vossa palavras........
A sério!
Fiquei mesmo sensibilizado
:)
Julgo que a pergunta do caro anónimo se prendia com o papel do PPD-PSD no 25 de Novembro.
E a resposta é simples, aliás Zita Seabra deu-a neste denate: no 25 de Novembro (e muito antes) homens como Francisco Sá Carneiro contribuiam grandemente para a estabilização e para construção da Democracia portuguesa.
Anónimo disse...
E onde estavam os laranjinhas no 25 de Novembro?
Todos, todos na sei...
ehehehhe!
Malta Obrigado pela vossas palavras,são benvindos sempre a Évora...Viva o 25 de Novembro!!!Viva Portugal!!! Um Abraço
Por tudo isto, o 25 de Novembro devia ser feriado. Deve valorizar-se a luta efectiva pela democracia em vez de glorificar um golpe de Estado.
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