segunda-feira, junho 11, 2007

Pedreiros-Livres


A Maçonaria auto denomina-se uma associação de carácter universal de homens livres e de bons costumes, guiando-se pelos princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.


Os Maçons reúnem-se em Loja e em cada Loja Maçónica é eleito o seu Venerável Mestre, com a função de dirigir os trabalhos, por um mandato.


É uma obediência iniciática (envolve certos rituais para a entrada de um novo membro), filosófica (no sentido de debater, discutir e problematizar sobre formas de ver e pensar o mundo), filantrópica (desenvolvendo actividades de carácter social) e educativa (segundo uma ideia de construção do conhecimento).


Não se considerando, actualmente, uma sociedade secreta mas sim discreta, são conhecidos e publicados alguns dos símbolos e rituais.

A sua origem encontra-se ligada ao corporativismo obreiro, apresentando-se como a evolução das organizações de mestres-pedreiros da Idade Média e do Renascimento, que já tinham alguns rituais próprios e actividades fora do seu fim principal.

Assim, o nome "Maçonaria" virá da palavra francesa maçonnerie ou da inglêsa masonry (construção). Esta construção será feita pelo maçom nas suas lojas.

Nessas organizações o elemento especulativo tomou o lugar do elemento operativo, através da entrada nessas organizações de elementos de sectores cada vez mais diversos da sociedade.

A Maçonaria utiliza um sistema de graus para transmitir os seus ensinamentos, através de símbolos e diferentes rituais.

No que toca a Portugal, existem de momento, ao que sei, sete diferentes obediências:

Grande Loja Regular de Portugal/Grande Loja Legal de Portugal
Grande Oriente Lusitano
Grande Loja Regular de Portugal
Grande Loja Nacional de Portugal
Casa Real dos Pedreiros Livres da Lusitânia
Direito Humano
Grande Loja Feminina

Várias figuras famosas eram alegadamente maçons:

Egas Moniz
Afonso Costa
Oliveira Marques
Henrique Cardoso
Gago Coutinho
George Washington
Gomes Freire de Andrade
Harry Houdini
Goethe
Bach
José Relvas
Beethoven
Napoleão Bonaparte
Norton de Matos

Só para nomear muito poucos.

Muito mais haveria para dizer sobre esta ordem iniciática, sobre a qual rios de tinta já se escreveram, mas não será aqui, até para deixar espaço para debate. Assim, para quem quiser saber mais:

http://www.maconaria.net/

Termino dizendo que, não sendo maçon, a informação aqui exposta é, ao que consigo aferir, correcta. Sobre qualquer imprecisão, manifestem-se.

7 comentários:

Anónimo disse...

Este post é interessante , assim como todos deste blog! Mas de maçonaria conheço pouco. Desculpem a minha ignorância!

Bruno disse...

Eu também não tenho grande conhecimento do que se passa na Maçonaria mas tenho amigos que são. Agora, também tenho amigos que são outras coisas e não é lá por isso que eu lhes pergunto pormenores...

Acho normal que, quando fazemos parte de um grupo, as relações que aí criamos sejam utilizadas nas mais diversas ocasiões. Certamente que isso se passará na Maçonaria, até porque aí figuram pessoas influentes e socialmente relevantes.

Como em tudo parece-me que a forma como as coisas se fazem é que pode descambar...

Paulo Colaço disse...

Boa malha, Zé Pedro, este teu post.
Não o li todo (lerei) mas já vi tens aqui um bom texto.

A quem não anda atento às datas, relembro que o PsicoLaranja completou no passado dia 16 o seu 9º mês de actividade!

O mesmo quer dizer que este é o 10º mês de psicolaranjices...

Anónimo disse...

Imprecisão não detectei alguma... apenas deixo o meu sentimento. Gostava da ideia maçonaria até um pequeno detalhe ter-me despertado a atenção: a incestuosa política de favorecimento dos irmãos.

Essencialmente, sempre que tomarmos uma decisão temos de dar primazia a um irmão que esteja envolvido, desde arranjar o telhado da nossa casa à selecção do nosso TOC. Até me assegurarem que tal não existe, a Maçonaria é, ainda que não fosse a intenção primeva, um grupo de interesses sequiosos.

José Pedro Salgado disse...

Também se pode ver a questão de outra perspectiva.

Se eu preciso do telhado arranjado e tenho um amigo que arranja telhados, porque hei-de escolher um estranho?

Não sei até que ponto é que essa política se concretiza, mas existe um paralelo igualmente muito criticado na política propriamente dita.

É a ideia dos boys ou de convidar amigos para lugares dos quais posso dispor:

Até que ponto é que estou a escolher as pessoas porque (conhecendo-as) confio nelas e a partir de que ponto é que as estou a escolher por serem minhas amigas?

Bruno disse...

Desde que haja liberdade para as escolher segundo os critérios que bem nos apetecer... e se calhar aquilo que o Né está a dizer é que o facto de pertencer à Maçonaria "rouba" esse direito.

Mas já agora uma questão: e se em vez de um forem dois ou mais os irmãos envolvidos? Quem é que se vai escolher para TOC ou para arranjar o telhado?

Quanto aos "jobs for the boys" há que ter em conta que na maioria dos casos quem escolhe os "boys" está a fazê-lo com o dinheiro dos cidadãos e por isso não deverá nunca basear-se em critérios meramente pesoais, tal como a amizade ou a confiança, se bem que este último é importantíssimo.

José Pedro Salgado disse...

Bruno:

Obviamente, estaria a colocar a questão em termos de não se tornar mais oneroso para o bem público a escolha de amigos.

Até, se quiseres, num sentido em que objectivamente a escolha se revelasse mais onerosa que outra, mas que essa diferença fosse compensada com a própria dinâmica que advirá de uma relação profissional que já tenha uma de outra índole por trás.

É certo que nem sempre será positivo, será sempre necessário uma análise casuística, mas como princípio geral (e portanto sujeito a excepções) não me parece errado.