segunda-feira, outubro 16, 2006

Banqueiro do povo


O Prémio Nobel da Paz foi atribuído ao economista Muhammad Yunus, do Bangladesh, e ao seu banco Grameen. O Nobel da Paz defende o direito ao crédito como um direito fundamental.

"No Grameen, o crédito é uma arma eficaz para combater a pobreza e serve como catalizador para o desenvolvimento das condições sócio-económicas de pessoas com poucos recursos, que têm sido mantidas fora da órbita dos bancos por serem pobres". in Comunicado do Comité Nobel

É bom de ver que a luta pela paz se faz nas mais variadas áreas do conhecimento.

9 comentários:

Anónimo disse...

Concordo!
acho também que é preciso perceber que a paz passa sobretudo pela economia!
nao nos eludamos numa coisa: aquilo que consideramos guerras religiosas nao sao mais que conflitos instigados e manipulados em torno de interesses.
Ou seja: tudo é economia!

E quando se consegue usar correctamente a economia, tudo evolui!

é este o caso, feliz, de um senhor que ajudou o seu POVO.

E parabens a este blog!

Bruno disse...

Realmente é original (pelo menos ao que a minha memória me diz) um economista, por acção nessa mesma área, ser distinguido com um Nobel. Seja como form, parece-me justo pois só com equilíbrio entre sócio-económico é possível haver paz e um Mundo mais justo.

Anónimo disse...

Um dia as pessoas hão de perceber que um pescador precisa de ferramentas para pescar, não que lhe mandem peixe congelado.

Paulo Colaço disse...

concordo com o que aqui foi dito, mas realço o comentário do psico-fã: a economia (leia-se "interesses") é a causa dos principais conflitos.

Resolvê-la (ou dar luta aos interesses menos aceitáveis) é dar um grande passo para a paz mundial.

Isto pode parecer uma banalidade, mas nao o será se atentarmos que uma parte das pessoas acha que os conflitos armados resolvem tudo!

Anónimo disse...

Colaço: raios partam esses neocons.

Anónimo disse...

E uma das coisas mais bonitas na acção deste homem, é o facto de a única garantia é a palavra do Homem, e neste caso os créditos são cedidos maioritariamente a mulheres. E vê-se o cumprimento das simples regras em 98% dos casos.

Lisete Rodrigues disse...

De facto é curiosa a escolha do Nobel da Paz! Mais curioso ainda considero ser a exequibilidade do projecto.
Em Portugal, estamos com os tribunais a abarrotar de processos de endividamento não cumprido...Infelizmente, a 'palavra de honra' não sobreviveu em todas as sociedades...

Anónimo disse...

Nao sobreviveu nem a palavra nem a honra...

Joana Nave disse...

Quando escolhi ser economista foi precisamente por achar que tudo é economia!
Como não conseguia optar por uma vertente única do conhecimento resolvi especializar-me naquela que está presente em todas as outras vertentes.
Penso que a atribuição deste Nobel vem reforçar a ideia de que cada um de nós, no seu dia-à-dia, na sua aldeia, no seu grupo de amigos, pode ajudar a construir um mundo melhor para todos.