segunda-feira, novembro 13, 2006

2+2=5


Sócrates disse que só despenalizará o aborto se o "sim" ganhar...

Sócrates disse que deixará a lei como está se o "não" ganhar, ainda que não se atinja os 50% de participação necessários para o referendo ser vinculativo...

Humm...

Será que daqui se pode deduzir que Sócrates alterará a lei, se o sim ganhar, ainda que não se atinja os 50% de participação necessários para o referendo ser vinculativo?

5 comentários:

Paulo Colaço disse...

Parece que sim, Zé: o cavalheiro vai optar por fazer uso daquela coisa... como se chama mesmo?

Maioria absoluta! É isso!

O que não se compreende é isso: tanto o "sim" não vinculativo como o "não" não vinculativo dão ao Governo a mesma liberdade de acção e, se assim é, que medo é o do cavalheiro PM?

RICARDO PITA disse...

salgado, my friend, isso é o que tu deduzes das palavras do sócrates usando o instrumento juridico da analogia.mas será esse raciocinio correcto? depois se verá...

Rodrigo disse...

Zé, (o Salgado e não o filósofo),

tal como o Colaço referiu, o PM foi claro, a questão do referendo ter participação superior a 50% e ser vinculativo, ou não, passou a ser indiferente.
Agora é ver quem tem mais votos!
Deu a palavra ao povo e participa quem quer, nem que seja uma larguissima minoria.

Este PM não brinca mesmo em serviço!

Dri disse...

Claro que sim porque o que interessa ao PM é despenalizar o aborto independentemente de ter mais ou menos de 50 por cento. Para atingir o fim ele não olha a percentagens...basta o sim ganhar!

José Pedro Salgado disse...

Creio que cabe esclarecimento:

A minha preocupação não era tanto com a discriminalização do aborto. Neste caso é mesmo é com o risco de vulgarização e desconsideração que práticas desta imprimem ao instituto do Referendo.