sexta-feira, julho 06, 2007

33 Anos a dar tudo


Breves notas sobre a historia da JSD


«Tende sempre o espírito crítico, para vós não deve haver tabus. Dentro do respeito que mereceis vós mesmos vós deveis criticar impiedosamente tudo quanto existe. Sim. Criticar sem receio de que vos chamem demolidores. Vós sois demolidores do mal, vós sois os construtores do futuro ideal.»
Emídio Guerreiro, antigo Secretário-Geral do PPD


Quando remexemos no passado, seja para um trabalho de investigação, para compararmos factos, para sabermos o que correu bem - e imitar - ou o que correu mal - e evitar - ou mesmo apenas com o intuito de recordar um episódio interessante, acabamos sempre por demorar um pouco a apreciar dados, momentos, casos e acasos que para trás ficaram.

É quase impossível contemplar o passado sem sentido crítico, sem se proceder a uma análise do bom e do mau, do determinante e do inconsequente, dos factos apagados pelo tempo e dos acontecimentos que a história imortalizou. Por vezes, coteja-se o passado com nostalgia, em outras ocasiões com fúria, noutras ainda com um misto de sentimentos intermédios e indefiníveis.

Os militantes da JSD, têm decerto motivos para fazer uso de várias sensações quando relembram ou se deparam com a história da instituição. E se é verdade que as actividades dos nossos antecessores se permitem a uma paleta infindável de considerandos e reflexões, não é menos verdade que por todos nós perpassa o orgulho do legado que nos deixaram.

Mas é um orgulho que não nos deixa descansar à sua sombra. Antes, impele-nos a entregar nas mãos dos vindouros idênticos motivos de regozijo.

Se se oficializou dizer-se que o PSD (PPD) teve origem na chamada “ala liberal”, então é lícito dizer-se que a JSD começou nas escolas e nas universidades. Desde cedo se notou a grande força que o PPD tinha junto dos jovens e não é preciso referir o enorme espírito de combate que a juventude possui.

Logo em Junho de 74, surgia a ideia de uma estrutura organizada, formada por jovens aderentes do PPD, dispostos ao combate político, que representassem a juventude portuguesa que se revia no Partido. Assim se lançava à terra a semente de uma instituição estruturalmente semelhante ao PPD, sua cópia ideológica, e com preocupações basicamente viradas para os problemas da juventude trabalhadora e estudantil. Divulgar os valores democráticos e os da social-democracia, auxiliar na expansão do Partido, estar ao lado do PPD na consolidação da democracia portuguesa, dotar os jovens dos meios de formação e informação promovendo a sua consciência política, criar condições para o aparecimento de quadros novos e dinâmicos para o Partido, eram também metas da recém criada “onda jovem”.

Nesses tempos iniciais, por várias vezes, a JSD se afirmou uma “organização juvenil, funcionalmente autónoma do PPD, que sempre defendeu e continuará a defender a construção em Portugal de uma sociedade mais justa e democrática, proposta a atingir um Socialismo Humanista e que, desde a sua fundação, optou, claramente, por uma linha de esquerda, ao serviço das classes trabalhadoras, mais desfavorecidas.”

Nesta fase primeira, foram importantes nomes como Carlos Cruz, Henrique Chaves, Jorge C. Cunha, Francisco Motta Veiga, António Fontes, António Rebelo de Sousa, Guilherme de Oliveira Martins, entre outros. Talvez fossem os dois últimos referidos os elementos mais “politizados”, com maiores conhecimentos teóricos sobre a política como ciência e como palco partidário. Ficaram célebres os artigos de um e de outro no primeiro jornal nacional da JSD - “Pelo Socialismo”, dirigido por Guilherme de Oliveira Martins. Célebres são também as conversas que mantinham no jornal, os quais eles mesmo classificavam como sendo uma “forma original de comentário político, com evidentes vantagens e evidentemente os inconvenientes de se tratar de um texto discursivo, logo menos sintáctico”.

Mas, falar dos membros mais salientes, numa estrutura como a JSD, é cometer o pecado mais grave e mais comum em política: a ingratidão. E a ingratidão é um pecadilho quase inevitável quando se pretende historiar, retrospectivar, narrar uma secção do passado ou simplesmente falar de um feito, tudo isto numa vertente de realçar o esforço, o altruísmo e a abnegação dos intervenientes. Não existe (muita) culpa do autor: é que o esforço, o altruísmo e a abnegação não raro estão de mãos dadas com a vontade de anonimato, melhor, a não exigência de notoriedade ou publicidade. É por isso que muitos dos que à JSD se dedicaram de corpo e alma, apenas deram! Nada levaram para além de, suponho, gratas recordações de aqui terem militado. E alguns nem isso, porque as instituições nem sempre tratam bem os seus elementos.

Passados alguns meses desde esse frutuoso Junho de 74, teve lugar em Novembro o I Plenário Nacional da JSD, que se debruçou sobre um futuro Congresso e aprovou Estatutos da estrutura. Estatutos que cedo se mostraram ultrapassados devido ao “crescimento extremamente rápido”(1) da Jota.

Com a intentona golpista reaccionária de 11 de Março de 75, a JSD revela-se mais como uma estrutura que sabe pensar duma forma global o País. Em comunicado do Secretariado Nacional, para além de uma dura crítica aos “inimigos da revolução”, a JSD lança as suas ideias para o debate político português: controle dos sectores chave pelo poder político; consolidar e desenvolver as conquistas sociais até aí atingidas; defesa da adopção imediata, em certos sectores, de modelos de gestão que integrem trabalhadores; denúncia de situações de controlo do poder político e económico por estruturas partidárias, torcendo o ideal da democracia pluralista; defesa intransigente da realização de eleições livres, como fundamental passo de consolidação democrática; apoio à institucionalização do MFA, nos termos propostos pelo PPD; denúncia das pressões e actuações anarco-populistas que perigam o “processo revolucionário em curso”; esclarecimento das massas estudantis, de modo a evitar a anarquia nas escolas e universidades. O comunicado terminava referindo que a JSD “está perfeitamente consciente de que a democracia e o socialismo em Portugal são impossíveis sem o seu contributo e o do PPD. Qualquer tentativa de marginalizar o PPD da vida política nacional só pode ser desencadeada pelos que estão interessados na construção de uma sociedade que de democrática só poderá ter o nome.”

Daí ao I Congresso Nacional, o passo foi curto e lógico - o decurso do tempo, os problemas práticos levantados pela não funcionalidade dos Estatutos, a vontade/necessidade de criar um Corpus “de carácter teórico que consubstanciasse a leitura que a JSD faz do Programa do Partido”(3) deram origem à sua convocação para Lisboa, a 31 de Maio de 75.

A Comissão Organizadora do Congresso (COC), desfez para o Povo Livre um equívoco logo gerado em torno dos futuros trabalhos. Boatos e más interpretações propalavam que o Congresso serviria para aprovar um Programa próprio. Porém, nada disso estaria em debate, apenas e tão de discutiria e elaboraria um documento onde se expressassem as linhas principais do Programa do PPD, segundo a leitura da JSD, desenvolvendo os princípios programáticos sem qualquer divergência com eles.

A COC era composta por António Fontes, Guilherme de Oliveira Martins e Francisco Motta Veiga. Participaram dos trabalhos cerca de 500 jovens representando os núcleos do Continente e Ilhas(4).

O Secretário-Geral do PPD, à altura, Emídio Guerreiro, proferiu uma frase que ainda nos soa a todos, e que tão esquecida é por tantos: «Jovens da JSD. Tende sempre o espírito crítico, para vós não deve haver tabus. Dentro do respeito que mereceis vós mesmos vós deveis criticar impiedosamente tudo quanto existe. Sim. Criticar sem receio de que vos chamem demolidores. Vós sois demolidores do mal, vós sois os construtores do futuro ideal». Emídio Guerreiro disse também que se a juventude era um estado de espírito, então ele era jovem e que, assim sendo, «a JSD tem no PPD um Secretário-Geral». Refira-se que Emídio Guerreiro foi proclamado membro honorário da JSD.

A CPN saída do Congresso era constituída por António Rebelo de Sousa, Guilherme de Oliveira Martins, Pedro Jordão, Paulo Costa, José Hernandez, António Cerejeira, Manuel Álvaro Rodrigues, José Mota Faria, José Carlos Piteira e José Coelho. Rebelo de Sousa representaria a JSD na CPN do Partido. A Comissão Executiva, a Comissão Disciplinar e o Conselho Nacional eram os restantes órgãos nacionais. Delegações de jovens vieram de Espanha(5), Reino Unido e Angola.

Os delegados clamaram pela abolição da sociedade capitalista através da construção de uma sociedade socialista democrática pela adopção da via social democrática, com claro repúdio quer por soluções neo-capitalistas quer por soluções de estatização burocratizante. Considerou o I Congresso Nacional da JSD que a sociedade socialista almejada só pode ser alcançada quando se verificar a socialização dos meios de produção e o controle democrático das alavancas do poder político e económico pelas classes trabalhadoras(6).

(Não compete aqui proceder ao trabalho de historiar a JSD. Apenas se pretendeu falar um pouco dos primeiros metros de uma estafeta que é a nossa. No final de contas, a história não passa de uma interminável estafeta, onde apenas transportamos um testemunho que transmitiremos àqueles que prosseguirão a corrida.)

Paulo Colaço

Notas:
(1) Guilherme de Oliveira Martins e Francisco Motta Veiga, em entrevista ao Povo Livre, 28/Maio/75, pág. 6
(2) Povo Livre 25/Março/75, pág. 2.
(3) Guilherme de Oliveira Martins e Francisco Motta Veiga, em entrevista ao Povo Livre, 28/Maio/75, pág. 6
(4) Estavam representados todos os núcleos com mais de cinco militantes, cabendo-lhes um delegado por cada trinta militantes.
(5) De Espanha, estiveram no Congresso organizações anti-fascistas clandestinas: Partido Social-Democrata Galego e a União Social-Democrata Espanhola. Do Reino Unido, uma organização ligada ao Partido Trabalhista. De Angola, os Jovens da Unita.
(6) Texto “Conclusões” do Povo Livre, 4/Junho/75, pág. 5

37 comentários:

Paulo Colaço disse...

Amanhã comemoramos o 33º aniversário da JSD.

Aqui publico um texto que escrevi há uns anos, quando o Pedro Duarte era líder da Jota.

Na altura pediram-me um texto sobre os primeiros passos da nossa grande instituição para ser lançado no CD de divulgação do hino da JSD.

Este texto esteve no site da Jota alguns anos, até que foi retirado a um ou dois meses do Congresso. Do meu texto inicial ficaram apenas meia dúzia de parágrafos desgarrados.

Carlos Carvalho disse...

A esta história mais pormenores poderiam ser adicionados. A esta história mais pedaços de orgulho laranja podiam ser acrescentados. Amanha celebramos todos a 3ª capícua da JSD com a esperança de que, até chegarmos à 4ª, alcancemos mais e maiores pedaços de orgulho para a juventude portuguesa.

Parabéns Jota!!

Marta Rocha disse...

Em primeiro lugar, parabéns JSD! É com orgulho que pertenço a esta juventude partidária e com vontade que pretendo deixar o meu contributo para engrandecê-la (sem falsas modéstias!).

E em segundo lugar, Carlos sê benvindo ao Psicolaranja meu amigo. Espero que voltes sempre. ;)

dalmata disse...

Nao queres vir para a Jamaica e fundar uma nova JSD, esta ja tem a Idade de Cristo, nao tarda corre o risco de ser crucificada...O drama e que nao encontro neste teclado os acentos e amanha vou tentar (vai ser giro) conduzir pela esquerda...

Beijos Grandes

Bruno disse...

Para alguém como eu que está a ficar velho sobra-me o consolo de a Jota ser ainda mais velha do que eu...

E não é a única! A Dálmata, apesar de estar na Jamaica, também é mais velha do que eu... e nessa nota-se bem o avançar da idade porque está cada vez mais rabugenta!

Quanto ao aniversário da nossa Jota, devo dizer que me dá sempre muitas razões para celebrar. Este ano apetece-me destacar esta: uma organização que se dá ao luxo de ter textos sobre a sua hisória escritos pelo Paulo Colaço é de certeza muito muito muito grande.

Parabéns Jota e Paulo por serem quem são!

Anónimo disse...

Carissimo Paulo,

Não tinha conhecimento da existência deste texto, e agora que o li, deixo o meu sincero abraço por partilhares a história da Jota, que desconhecia nestes moldes.

Na política encontramos aqueles que usam do poder em benefício próprio e outros que usam o poder do conhecimento para servir outros.

Abraço,
Fred

Paulo Colaço disse...

Foi muito bom ter escrito este texto.
Obrigou a pesquisa e algumas horas em frente do computador.

Carlos, bem-vindo a este teu espaço.

Dálmata: vê lá se trazes algo que se beba aí da Jamaica!

Marta e Bruno, como psicóticos, temos de continuar a ajudar a Jota a ter muitos momentos como a "Moção Q"!!!

Fred, obrigado por teres escrito: «Na política encontramos aqueles que usam do poder em benefício próprio e outros que usam o poder do conhecimento para servir outros»

Filipe de Arede Nunes disse...

Uma pequena referência ao jantar de aniversário: não gostei da ementa, e gostei ainda menos de achar que ia para um jantar da JSD e ter acabado num comicio do Negrão. É que eu nem sequer voto em Lisboa!
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Anónimo disse...

numa altura em que era preciso dar força a um candidato que concorre pelas nossas cores, seria muito mau que fossemos fazer uma festa para juntar 1000 pessoas fora do centro do combate.
Achei muito importante a JSD dar palco e transmitir energia a um homem condenado ao insucesso.

Estar com os candidatos do PSD em todas as circunstâncias também é patrimonio da jota.

(e parabens por este blog!!!!!!)

Anónimo disse...

"Uma pequena referência ao jantar de aniversário: não gostei da ementa". Era grátis , mas mais valia ser a pagar e ter alguma qualidade! A desorganização do sentar as pessoas!

Margarida Balseiro Lopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margarida Balseiro Lopes disse...

Muitos anos passaram desde que tu, Paulo, escreveste este texto. Temos hoje uma JSD mais forte, mais dinâmica, mais irreverente, como disso é prova viva o “outdoor” do camelo! Obrigada Paulo, por teres dado tanto de ti a esta estrutura e por nos encheres de orgulho em sermos teus amigos.
O jantar do 33º aniversário mostrou, novamente, a grandeza da nossa estrutura. Que nos mantenhamos sempre assim: audazes, irreverentes, dinâmicos. É isto que faz da J a maior e a melhor juventude partidária do nosso país.

Bruno disse...

Percebo o Filipe mas não posso deixar de discordar dele por algumas razões:

1ª: a mim, avisaram-me que o Negrão ia lá estar;
2ª: acho que aquilo não foi um comício, foi um jantar com interevenções o que é perfeitamente normal;
3ª não tenho problemas nenhuns em aproveitarem a minha presença para apoiar um candidato do partido, seja eu ou não seu eleitor. A solidariedade e apoio dentro da estrutura é fundamental principalmente para quem, como nós no distrito Filipe, tem poucos militantes...

Paulo Colaço disse...

Concordo na íntegra contigo, Bruno. E ainda mais a propósito vem o que dizes sobre solidariedade nesta momento em que estou a tentar modificar a minha agenda para ir ao vosso jantar de Grandola.

Paulo Colaço disse...

Como dizes, Margarida, o jantar da Jota é uma boa mostra da grandeza da JSD.

Cerca de 300 pessoas vieram do distrito de Aveiro.

Elas sabiam que o Negrão ia falar e vieram na mesma. Não sabiam qual era a ementa, mas vieram na mesma. Decerto que de entre eles havia alguém vegetariano, ele pressupunha que o jantar fosse carne, mas veio na mesma. Os de fora (como é o meu caso) não votam em Lisboa mas vieram na mesma. Todos sabemos que a candidatura de Negrão tá complicada, mas viemos na mesma. Os comeres à borla são sempre mais fraquinhos, mas já comi pior e a pagar (e em muito pior companhia) - embora tendo ficado perto de ti ao jantar isso desqualifica outras companhias ehehehe.

A verdade é que quando tocou a rebate, estávamos 1000 pessoas na "arena" e cerca de 100 já não tiveram lugar. Foi pena, mas que haja mais jantares destes. Cheios!

Quanto àquilo que dei à Jota, foi muito, acho que sim, mas foi mais o que a Jota me deu a mim: um espaço de intervenção livre e democrática, ensinamentos para toda a vida, um ambiente de trabalho, um palco para actuar politicamente, um emprego (de dois intensos anos), e, claro, muitos e bons AMIGOS.

Não sei se é próprio de um espaço de debate político como o Psico, mas é incontornável dizer que conhecer-te foi o melhor que a Jota me deu.

Marta Rocha disse...

E o que é a política senão dizer o que sentimos perante a realidade que vivemos? O Psicolaranja é um espaço de verdade, por isso, aqui, cabe toda a generosidade de partilha da verdade.

Como disse um certo coordenador, tu, Paulo, és uma instituição na JSD! É bem que a Jota te tenha recompensado pelas tuas dádivas. Pese embora, a minha filha já constituir para ti enriquecimento sem causa. Heheheh :b

Eu, no breve percurso que tenho na Jota, também recebi essas bençãos: AMIGOS!

Beijinhos grandes cheios de saudades para todos os psicóticos e psico-convidados!

Dri disse...

O que se pretende de todos os seres humanos sejam politicos ou não é a verdade. E nada melhor que este espaço para transmitir verdade, transparencia, convivio e acima de tudo amizade. Acredito que também este espaço contribuiu mt para hoje em dia ter alguns amigos por este pais. espero mante-los e com eles seja na jota ou não contribuir para uma jsd mais forte e uma intervenção politica de excelência.

Lisete disse...

A JSD foi para mim a grande escola de cidadania. O aprender de muita coisa, sobretudo o de pessoas. O entusiasmo que se criou muitíssimas vezes à volta das causas por que lutávamos e acreditávamos só foi possível graças à sinergia que se conseguia congregar com as pessoas.
Parabéns à JSD por aquilo que nos deu, mas também por nos dar espaço a que sejamos também nós a dar!

Paulo Colaço disse...

Exactamente, Lisete: a jota fez de mim, de ti e do Bruno (pessoas que já saímos da jota) "professores de cidadania".
Ou seja, deu-nos a obrigação de passar aos outros (dentro e fora da política) o impulso da participação democrática e dá aos actuais militantes o balanço para construirem um país melhor!

Essa é a verdadeira JSD: espaço de contribuição e aprendizagem!

xana disse...

Eu também considero que acima de tudo a JSD dá-nos a hipótese de exercer a nossa cidadania de forma ideal. Se mantermos os bons principios claro...

E de facto, até agora, deu-me bons amigos. E isso é impagável, por isso, pr muitos anos que dê à Jota, nunca vou saldar a dívida!

Anónimo disse...

Fica a questão: onde foste buscar este texto Colaço?
a)ao fundo do baú?; ou
b)"where judas lost his boots?"

Parabéns a todos!

Bruno disse...

Ainda bem que o Né meteu a piada porque eu já estava a sentir um nó na garganta com a conversa do resto da malta. É que ainda por cima têm razão...

Este blog vai mesmo fazer história na vida política nacional!

José Pedro Salgado disse...

Dá para pararem de puxar o lustro ao Colaço?

É certo que o homem tem muito por onde ficar inchado (interpretação livre), mas olhem k ele é tímido.

E se diz k é Deus é só pk isso é um facto indiscutível...

Eu ainda ñ digo o k é k a J me deu. Já me deu muito, mas (porque não são só as idades avançadas que têm privilégios) ainda sou novo.

Olhem, nem que mais ñ seja deu-me um blog e 16 caramelos para aturar...

Paulo Colaço disse...

heheheh!

Bruno disse...

E eu digo mais: hehehehehehehehe!

Tânia Martins disse...

Eu também ainda sou beeeeeem nova por isso acho que a J ainda me vai "dar" mais, mas já me deu algumas coisas às quais dou bastante valor, os amigos que tenho hoje na J! A todos obrigada=)...

Paulo quanto a ti és mesmo parte da JSD, construiste parte daquilo que a JSD é hoje!

Filipe de Arede Nunes disse...

Recentrando a conversa na "vaca fria" e com o devido respeito que as opiniões do Bruno e do Paulo Colaço me merecem, bem como as outras que versaram no mesmo sentido, mas a mim - a culpa aqui é do Miguel Martins - ninguém me avisou que vinha para um comicio - e permitam-me que continue a usar a palavra comicio - do Negrão. Não tenho nada contra o nosso candidato, e já tinho, inclusivamente aqui defendido a sua rectidão e caracter, e até me acho um tipo solidário.
No entanto... Bem, não sei, talvez este não seja o espaço para falarmos sobre o que verdadeiramente pensamos da liderança do PSD... Não acredito da solidariedade cega! Sou um ser pensante e com ideias. Acredito que devemos ver um pouco mais ao longe do que aquilo que o Partido nos pede que façamos.
Em suma, para não me perder em deambulações metafisicas. Se soubesse que o jantar de aniversário da JSD Nacional iria servir para promover a candidatura do Negrão, eu não tinha ido.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
PS: Naturalmente que acompanho o teor da conversa que se foi desenvolvendo ao longo dos comentários posteriores ao meu primeiro.

Paulo Colaço disse...

Caro Filipe,
percebo o que queres dizer e talvez eu não tenha explicado bem o meu ponto de vista.

Em minha opinião a festa da JSD não poderia ter sido noutro local senão Lisboa.
Vejamos: vive-se em Lisboa um grande combate, em que o nosso candidato, embora sério e competente, tem tido dificuldades de campanha.

Eu ponho-me no lugar dos organizadores: que sítio melhor para juntar a Jota? Por outra: como é que poderia ser entendido pelos média, pelo próprio partido e pelos militantes (e eleitores) de Lisboa, se entendessemos fazer o debate em outro local?

Para mim, foi um "bom casamento": festa da Jota no sítio onde a Jota faz falta.

Paulo Colaço disse...

Tânia, obrigado!!!

O segredo é fazer tudo com muito empenho, companheirismo, sentido de responsabilidade e correcção.

Se lá pelo meio formos tendo ideias marcantes e que possam, à sua escala, melhorar a estrutura, melhor ainda.

Foi nessa esteira que me tentei mover. Os amigos que fiz são prova de um rumo mais vezes bem que mal.

Anónimo disse...

A ementa podia não ser das melhores, mas o que interessa é que socializamos e comemoramos!
Sou nova na JSD, apesar de já ter uma idade avançada no B.I. lol mas na primeira iniciativa que participei, a primeira frase que ouvi: "Somos a grande família laranja." Então? Não somos a grande família laranja? Nas famílias quando algum elemento precisa de apoio os outras dão-lhe. Negrão precisa de apoio, mais que nunca, e compete nós apoiarmos-o. Assim como outro companheiro que esteja nesta situação independentemento da região onde está.
Para que ningúem fique sem lugar e tenha que se ir embora...para a próxima deverão existir inscrições para o jantar de aniversário JSD, ou seja, quem quiser ir terá que enviar um email à organização, simples! Houve uma grande confusão no sentar.
Em relação ao local escolhido, considero que este fez sentido ser em Lisboa, pela a situação que se vive e porque horas antes decorreu o conselho nacional. No entanto, para a próxima deveria ser noutro local e noutro ponto do país.



Um abraço a todos,

Anónimo disse...

é o que tem sido feito, rita-cipriano!
há muito tempo que não havia um aniversario da jota em lisboa!
axo que foi so por causa das eleições e de apoiarmos o Negrão!

venham mais jantares assim!

Bruno disse...

O Filipe é exigente! Não digo isto com qualquer ironia porque ele é mesmo exigente e quer sempre mais e melhor. Também é verdade que já o vi recomhecer quando acha que algo tem valor, foi bem feito ou está correcto.

Também por isso, percebo o que ele quis dizer com isto mas a verdade é que não deixou de ser o aniversário da JSD e também não deixou - como não podia deixar de ser - uma ocasião de reforçar o apoio a Fernando Negrão.

Quanto à liderança do partido... realmente não é este o post ideal. A nossa ideia ao criar este blog não era deitar abaixo o PSD mas também não queremos cortar a palavra a ninguém porque para atentar contra a liberdade de expressão já basta o Governo.

Mas Filipe, terás sempre aqui um espaço para fazeres as críticas que bem entenderes. Eu espero é que tu, com o teu sentido crítico atento, encontres mais razões para criticar os nossos adversários do que o PSD porque isso é sinal que o PSD estará a fazer bem o seu trabalho. Mas também será sempre verdade que por muito bem que o faça poderia sempre fazê-lo melhor...

PS(D): Não sei se a Xana ainda está a ler mas gostava que estivesse... para lhe passar também esta mensagem e já agora para lhe deixar um beijo grande ;)

Bruno disse...

Colaço e Lisete,

A Rita diz que tem uma idade avançada no BI... deve tar a gozar connosco não??? Qualquer dia ainda nos mandam pós CSD (Cotas Social-Democratas).

Anónimo disse...

Não digo que criem "CSD (Cotas Social-Democratas)" mas pós JSD, até não ficava mal. :-))
Eu não queria dizer que sou cota mas o tempo passa rápido e quando olhar para o lado já estou "fora".Sim, Bruno, padrinho,porque eu já não estou no secundário. Mt longe disso!

"é o que tem sido feito, rita-cipriano!(paa)" pois imagino que tenham sido fora de Lisboa mas como foi o primeiro que fui não imagino onde foram os anteriores!

Um abraço laranja,

Inês Rocheta Cassiano disse...

Peço desculpa pelo comentário tardio mas acho que mais vale tarde que nunca. Eu confesso, quando entrei na Jota há dois anos nunca pensei que viesse encontrar amigos verdadeiros. Tinha a ideia que a J era simplesmente um conjunto de pessoas a tentarem destruírem as outras para chegar ao cimo do poder. Não podia estar mais enganada. A Jota sobretudo deu-me amigos, verdadeiros. Não são só pessoas com quem faço política mas sim, são amigos.
No jantar do Sábado passado foi o reencontro que há muito esperava. Estava feliz. Aqueles abraços, aquelas palavras 'ai que saudades' fizeram-me mesmo perceber a sorte e a honra que tenho em pertencer a esta grande estrutura que é a JSD.
Quanto ao nosso comandante, acho que se hoje em dia a J é o que é, em muito é por tua causa. Chegaste e marcaste a diferença. Penso que é o mais importante.
Parabéns a todos!

Paulo Colaço disse...

Obrigado pelas tuas palavras Nês!

Como dizes, a jota um espaço difícil, em que nem tudo são rosas e amizades, mas há um reverso!

Ir àquele jantar, estar com a Margarida, ver-te a ti e aos outros psicóticos, rever amigos, foi do melhor!

Engraçado foi ter sido eu com a Zita a fechar a porta do Mercado da Ribeira. Fez lembrar outros tempos.

Ver a Ana Moura subir ao palco de microfone na mão, fez lembrar (a mim e ao Bruno) outros tempos de jota.

Foi tão bom estar lá! Tem sido óptimo continuar cá!

Já não sou dirigente, nem sequer filiado, mas hei-de ser sempre militante!

Por gratidão! É que dei muito à jota, mas não consigo quantificar tudo o que a jota me deu a mim...

Bruno disse...

Ver a Ana Moura (a nossa, não a fadista) subir ao palco de microfone na mão faz lembrar o que é o verdadeiro espírito da Jota. É que para quem não sabe, a Ana nunca foi militante da Jota mas já trabalhou mais do que muitos dirigentes...