Passados 8 dias de um Congresso sob a “súplica” da união, o PSD vê saneados três seus Deputados que exerciam funções institucionais no Parlamento.
Eram parlamentares que cumpriam com zelo as suas atribuições.
Não sei de quem é a culpa, mas já vi que com os novos senhores só pode haver união com a promoção dos seus (capazes ou ignaros) e a humilhação dos restantes.
Foi o meu mais curto período de benefício da dúvida: agora sei quem dirige este PSD.
Eram parlamentares que cumpriam com zelo as suas atribuições.
Não sei de quem é a culpa, mas já vi que com os novos senhores só pode haver união com a promoção dos seus (capazes ou ignaros) e a humilhação dos restantes.
Foi o meu mais curto período de benefício da dúvida: agora sei quem dirige este PSD.
21 comentários:
A palavra "saneados" parece-me forte demais...
Não estou por dentro do assunto...
mas tambem não seria de esperar que houvesse uma mudança na liderança e tudo ficasse na mesma.
Procurei na internet e encontrei este texto no blog do Santana Lopes. Não esclarece totalmente o assunto, pelo menos para mim, mas já é diferente do scenario de perseguição descrito pelo autor do post.
"A SIC Notícias, às 23hs, abriu o noticiário, com um a notícia sobre a substituição de Presidentes de Comissão na Assembleia da República. A notícia continha falsidades objectivas. Pedi, imediatamente, ao assessor de Imprensa, Zeca Mendonça - que tem décadas de experiência, para informar a jornalista, Ana Lourenço, das incorrecções. Ana Lourenço disse que ia tratar de repõr a verdade. Mas, agora, à meia - noite, a notícia saiu igual!...
PORQUÊ???... Será isto Informação?
Diz o texto lido que os três deputados foram apanhados de surpresa...
Por exemplo, um deles, há uma semana, que comunicou á liderança do Partido que entendia dever põr o seu lugar á disposição, para Luís Marques Guedes, que cessou funções como Presidente do Grupo Parlamentar, poder regressar às funções de Presidente da Comissão de Ética. Por isso, pelo menos, não seriam três, mas dois. Só que mais um cessou funções, mas, pelos vistos, não pertence a um grupo que se assume como "barrosista". Acontece que os dois substitutos também foram colaboradores e membros do Governo de Durão Barroso: Henrique de Freitas e Miguel Frasquilho.
Porquê este tipo de informação? Que rigor é este? Agora notícia é opinião?"
Essa história de colocar o lugar à disposição... rematas-te ao lado. Mas eu explico-te. Sempre que há eleições no grupo parlamentar (e não só no do PSD), os deputados com responsabilidades nas comissões (presidentes, vices e coordenadores) "põem o lugar à disposição" da nova direcção. Sempre foi assim. Normalmente são reconduzidos...
Não foi sempre assim.
O pior é ver que antes eu dizia "o grupo parlamentar do PSD é o mais fraco de sempre, o que vale é que há alguns bons que ainda cobrem os maus". Neste momento os que eram cobertos cobrem e cobram. Era uma boa altura para o Senhor Presidente falar da relação da boa com a má moeda. Agora sim a má moeda enguliu a boa. Continuo por fé a acreditar no líder da bancada, não acredito na triste equipa.
Claro, amigo Davide, que quando muda uma liderança, há ajustes decorrentes.
Essas mudanças aconteceram: os nomes da CPN são outros, os nomes da Direcção da Bancada são outros.
Que se chegasse a uma solução para o "caso" de Marques Guedes, compreendo.
Quanto ao mais acho excessivo: havia críticas ao seu desempenho? Não tinham crédito? Não souberam respeitar a disciplina partidária? Não tinham experiência?
Para quem queria união e gosta da pose de sentido de Estado, é justificação insuficiente dizer que os jornalistas fizeram um mau trabalho...
Precisamente, Tiago.
Triste foi o aproveitamento do "pro forma" de colocar o lugar à disposição para, efectivamente, dispor dele...
Embora eu refira que compreendo o "caso" Marques Guedes.
"Saneados"???
Quanto espanto ao perceber que só agora é que alguns iluminados se preocupam com "saneamentos"...
Quando havia militantes expulsos do partido por entenderem que o candidato x ou y eram os candidatos ideais nas suas concelhias não havia tanta preocupação.
Entendo e sempre entendi que a liderança deve ser congregadora mas que não deve ser estupidificada...
As equipas devem ser constituidas por quem quer trabalhar e não por quem se esconde das decisões à espera do melhor momento para aparecer...
Honestamente, acho que a única razão que fazia com que José Luis Arnaut ou Miguel Relvas fossem presidentes das respectivas comissões parlamentares (Neg. Estrangeiros e Obras Públicas) se prendia com a indicação do Partido. Nenhum deles se poderia considerar um "expert" nestas matérias.
A substituição de José Matos Correia prende-se com a saída de Marques Guedes, pelo que seria expectável. Isto não são saneamentos, são ajustes.
Já as indicações para empresas municipais que levaram MM a intervir por força da nomeação de um menezista...
Calma Colaço!
Sim. Assumo, o trabalho jornalístico foi ligeiro. Há que ter cuidado com as fontes parlamentares! Tenho pena que haja ainda profissionais que são arrastados nesta onda!
O que aconteceu é claro: Miguel Relvas é "perigoso" demais para ser deixado com rédea solta. Naõ se tratou de um mero ajuste: foi um ajuste de contas...
Sinceramente acho que se está a fazer uma tempestade num copo de água e sou forçado a concordar com o Nelson: Nem o José Luis Arnaut nem o Miguel Relvas têm grande "curriculum" para presidir às respectivas comissões dos negócios estrangeiros e das obras públicas.
Não vejo mais aqui que um mero ajuste de lugares, e não um "ajuste de contas" político como argumenta o António Pessoa...
E vou, definitivamente, pela mesma visão do Né. Acho que se está a fazer muito barulho à volta de algo que não merece.
Ajustes existem sempre. Houve eleições, as pessoas mudaram, por isso é natural que a confiança para certos papéis vá recair em deputados diferentes do antigamente.
E de facto, por serem os deputados em questão, face a esses lugares, definitivamente, não me choca.
Não é de estranhar, de todo, que a ignorância sobre os assuntos aliada à receptividade emotiva com que os cidadãos absorvem as "dicas" dos opinion makers (nomeadamente o populismo desta nova equipa do PSD, aventado em doses industriais) só se poderia traduzir nesse tão curto periodo de benefício de dúvida.
Naturalmente, a nossa estimada comentadora não sabe de quem é a culpa, também desconhece a causa e, na mesma tabela mensurável, não está informada se o "acto de substituição" é sanear ou substituir.
É o que na gíria eclesiástica latinista se chama "Ab argumentandum tantum".
Compreendo-a...
P.S. Já agora, exorto a caríssima para que tente, também, acertar no vernáculo. Periodo não leva acento. Cumprimentos.
- Pode ser falta de memória minha, mas não me lembro de alterações deste jaez nas diversas mudanças de líder que tivemos nos últimos anos;
- Podemos estar a falar de Deputados deslocados das suas áreas habituais, mas estavam a exercer as suas funções com zelo e respeitando as orientações do Partido, ainda que com prejuízo da sua imagem no seu distrito (caso de Miguel Relvas relativamente à Ota);
- Posso estar com um problema de semântica, mas para mim um ajuste abrange a parte e não o todo…
- Posso estar com excesso de exigência, mas seriedade era apresentar esta remodelação aquando da candidatura;
Eu vejo nisto uma aleivosia do pior, mas se há poucos a pensar assim, então é possível que esteja enganado. Pelo sim, pelo não, vou reter estes acontecimentos na memória para me lembrar no futuro.
Eu não sei a quem o antonio nunes estava a responder, mas faz-me espécie que cada vez que se discorda de alguém haja essa tentação de apelidar a opinião do outro de ignorante...
Tenho mais pena disso do que das mudanças na bancada parlamentar do PSD.
"Não era normal". E depois? Será que não é aceitável que um novo líder faça diferente?
"Estavam a cumprir bem as funções". A sério? Então e a tal história de o grupo parlamentar ser muito mau, "o pior de sempre"? Era culpa só dos outros? Dos que protagonizam menos?
"Purga! Saneamento!". Será? Relvas apoiou Mendes, é verdade. E Frasquilho, o seu substituto, apoiou quem? Quanto aos outros dois, o Colaço costuma citar Dante sobre o lugar que está destinado aos que se mantêm neutros...
Antes de me catalogarem de Menezista, ignorante ou cego deixem-me só dizer que o que fiz no comentário anterior foi mostrar porque é que os argumentos utilizados não me convencem. Mas poderei ser confrontado com outros melhores e mais convincetes...
Parece-me perfeitamente legitimo a nova direcção da bancada parlamentar renovar as suas figuras de prôa.
Se muda é porque muda, se nao muda é porque nao muda!
Saneados não foram! Nem serão!
Apenas pessoas mais jovens, com novo espirito! A mentalidade agora mudou, vamos rter mais e melhor oposição e não apenas o digno respeito e o falar baixinho perante a maioria socialista!
Agora vamos ter que ser nós a marcar a posição, a confrontar com rigor e determinação, mas sobretudo com mais energia e acutilância! Por isso, é pefeitamente natural a substiuição...e não saneamento!
Vamos no bom caminho no que concerne à bancada parlamentar!
Diogo,
Não querendo parecer anti-santanista primário (que por acaso até sou às vezes), pessoas mais jovens? O presidente da bancada é ex-primeiro ministro (algo que me faz confusão... a coisa do "a água não passa por baixo da mesma ponte duas vezes") e terá algumas fragilidades por ter sido primeiro ministro na altura que foi (não estou a discutir se foi "atraiçoado" ou não...)
Que não foram saneados concordo, dai até termos melhor oposição com a Santana à frente vai uma distancia
Espero que tenhas razão mas não deposito muito fé no Santana Lopes...
Sim, até porque depositar "só alguma" fé nele já exige um grande esforço...
Nota: saneamento é um nome forte, mas que foi feio, foi! Muito feio! Sobretudo a troca Frasquilho/Relvas. Se o segundo não eram bem da área de obras públicas, o outro só muito lateralmente se enquadra, mas as finanças foram para Dr. Jorge Neto.
Juventude nos 2 nomes em concreto para presidentes das comissões...
Que eu saiba henrique freitas e miguel frasquilho são mais jovens, rostos bem diferentes de arnaut e relvas...
Agora quanto ao líder parlamentar e saber se passa a água pela mesma ponte ou não, aí é uma questão de definição. Sim porque a água que lhe passou foi de um governo de outro, uma direcção de outro e um programa de governo de outro!
E aí não vai acontecer de novo e aí demonstra que agora ainda há espaço, para um program próprio, uma equipa própria e um tempo dele!
E sinceramente acho que nos irá surpreender quando for oposição a este governo que é fraco! É de longe o melhor orador daquele Parlamento e o mais bem preparado e por ter sido Primeiro Ministro 4 MESES tem todo o direito de lá estra e confrontar quem o substitui-o e mal!!!!
E isto tem que ser dito, o Eng. Sócrates não é assim tão poderoso!
Ele não venceu as eleições por mérito próprio, e sobretudo ele não fala! Ou quando falou prometeu tudo ao contrário do que hoje faz.Ele treme se é confrontado, ele é uma pessoa que se rodeia dos fracos, que não gosta de ter os melhores do seu partido à sua volta com medo das sombras!
Relembro o Zelele da UV 2007:
"Não sei falar de improviso ou tenho teleponto ou não me peçam para falar!"
É este político de plástico que tem que ser atacado!
E essa missão é de todos nós! Mas eu percebo o porquê de se falar de Santana Lopes...o mel está lá...
Caro Diogo,
"Ele não venceu as eleições por mérito próprio, e sobretudo ele não fala!" - Falaste muito bem e subscrevo a 200% esta frase. E repito-te a mesma frase que disse à 2 anos atrás no meu Blog:
"O eng. Socrates nada teve de fazer, o PSD fez por ele. O PS tem uma maioria absoluta não por ter as melhores ideias, pois ninguém viu um verdadeiro debate de ideias, mas pela forma como o PSD governou o País." - leia-se a acumulação da fuga de Barroso e o desastre dos 4 meses de Santana... mas isso dará outra discussão que não para este espaço de comentários.
Mais um dado para medidtar:
Para Manuela Ferreira Leite esta é uma situação “que cria algum desconforto e especialmente não faz acreditar as pessoas de que o objectivo é uma união do partido”. A ex-ministra salienta ainda que não estão em causa postos chave mas cargos relacionados com a actividade parlamentar que estavam a ser desempenhados “com competência”.
(do DN)
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