Os estudos demonstram que a maior parte dos diabéticos em Portugal terão lesões oculares mais cedo ou mais tarde, entre estes casos existem milhares que levam à cegueira, que poderia ser evitada se fosse tratada no devido espaço de tempo! Existem no País entre 15 a 20 mil diabéticos em risco de cegar que esperam por um tratamento a laser que pode demorar um ano e meio e para uma simples consulta pode-se ter que esperar um ano!
O pior é que isto acontece sempre que se tenha que procurar especialista através do serviço público! Para se ir a um cardiologista, otorrinolaringologista ou seja qual for o especialista existe sempre um tempo de espera que dura meses ou anos e tem que se ter em consideração que muitos portugueses não têm dinheiro para recorrer a um tratamento no serviço de saúde privado!
Andam os portugueses a pagar impostos e mais impostos para ter serviços de saúde como este?
terça-feira, setembro 11, 2007
Saúde às escuras!
Uma psicose de Tânia Martins às 12:55 da manhã
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15 comentários:
A fotografia refere-se ao Canadá mas penso que serve de exemplo para o Serviço de Saúde Português!
Grande tema! Uma das grandes questões que o PS devia responder foi a extinção dos Hospitais SA e reconversão em EPE's (Entidades Públicas Empresariais) numa primeira fase, e recentemente voltarem a ponderar os SA.
Assim não há maneira de recuperar o SNS. Precisamos de reconsiderar a universalidade do SNS.
Com uma sociedade cada vez mais envelhecida - fruto da óptima notícia que é o aumento da esperança média de vida - os custos de saúde irão sempre aumentar. Para mais, a 4ª Idade confronta-nos com problemas médicos até hoje desconhecidos.
Confesso que neste tema sou menos que leigo.
O Serviço Nacional de Saúde está a ser cada vez menos um serviço, cada vez menos nacional e com muito pouca saúde.
Não sei onde começámos a falhar, onde começou o erro, mas sei que ele vai cair sobre nós.
Quais os rumos?
Como diz o Né, eis um tema para debate.
Eu sou uma acérrima defensora da privatização. Da saúde, da segurança social, etc.
Se não tivermos que garantir saúde a todos, podemos garantir melhor a quem realmente precisa.
A transformação dos hospitais em SA foram uma bom sinal de que a gestão das unidades hospitalares teria de ser feita com mais rigor e profissionalismo. Com esta ou aquela falha, penso que se baseou em bons princípios. O PS esteve mal ao retirar isso, tanto teve que repensou a estratégia.
Acho que falta coragem política para acabar com certas heranças socialistas/25 Abril como o SNS.
Talvez um dia...
Hoje em dia, a saúde, apesar de ser uma necessidade básica e essencial, só é satisfeita por carteiras bem preenchidas.
Cada vez mais a saúde é um negócio. Cada vez mais os Serviços de Exames Complementares de Diagnósticos e Exames Laboratoriais (análises, exames genéticos) estão nas mãos de privados. Quem tem os privilégios de suportar um seguro de saúde, tem resolvidos a maior parte dos seus problemas. Quem conta apenas com o SNS sujeita-se a enfrentar listas de espera para cirurgias, consultas de especialidade, que em casos mais extremos, podem fazer a diferença entre a saúde e a doença, ou mesmo, entre a vida e a morte.
O Serviço Nacional de Saúde não dá resposta em quantidade e em qualidade às necessidades das populações, sobretudo as que residem no interior do país e as de estratos económicos mais carenciados.
Como está consagrado na Constituação, a saúde é um direito fundamental que continua a ser insuficientemente assegurado pelo Estado português.
Pegando nas últimas palavras da Inês, perguto-me se deverá continuar a ser o Estado a assegurar, nos moldes actuais, o acesso à saúde.
Questiono-me se um professor com um ordenado de 1900€ deverá pagar o mesmo numa consulta num serviço de urgência que um calceteiro que apenas aspira auferir 500€ por mês durante os seus 40 anos de descontos.
Tenho dúvidas quanto à utilidade de se extinguir, por exemplo, a Caixa dos Jornalistas.
Como tal, concordo com o Né: temos aqui um grande tema para um debate!
"Correia de Campos, ministro da Saúde, assumiu ontem que o Serviço Nacional de Saúde falha na prestação de cuidados de saúde dentária e planeamento familiar e prometeu mudanças nessas áreas.
Essas mudanças serão anunciadas durante o debate sobre o Orçamento do Estado para 2008. No Parlamento, o ministro expressou ainda o desejo de ver “cada vez mais admissões” nas faculdades de Medicina."
in http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=257592&idCanal=10
Acredito, por um lado, na importância de existirem serviços de saúde privados. É um direito das pessoas que têm dinheiro poderem pagar por certos "extras".
Por outro lado, é um direito das pessoas que não têm dinheiro de não terem lá pessoas que não necessitam.
Ainda assim, sou muito crítico de uma privatização completa da saúde.
Existem mínimos indispensáveis (não tão irrelevantes/baratos quanto isso) que o Estado tem o dever estruturante de garantir.
Por outro lado, também não concordei com a transformação dos hospitais em S.A's.
Fez-se a mudança do regime legal antes de se darem as condições para que esse regime poder funcionar.
Não se mudam regimes formais antes dos materiais. Não se fazem casas pelo telhado.
O ministro Correia de Campos fala de falhas na saúde pública ao nível do clínica dentária, mas, relembro, que a medicina dentária é um sector quase totalmente privatizado e foi onde, recentemente se investiram milhões em materiais que estão, literalmente a "ganhar pó", no planeamento familiar, sou capaz de concordar com o ministro, porque, num país onde a política oficial da esquerda dos cifrões é abortar, não há muita necessidade de apostar na prevenção, como noutros países.
Um facto que gostaria de partilhar e que é útil para se compreender a visão dos Sócretinos do SNS: quando José Sócrates teve o seu baladado acidente de ski dirigiu-se, não a um hospital público, mas ao melhor do país, o Hospital da Força Aérea, onde fez um check-up dos mais avançados, no valor de 5000€.
Saudações.
Caro André Morais recordo-me vagamente desse acontecimento mas esclareça-me só uma coisa. Por acaso esses 5000euros saíram do bolso do senhor PM?
(dúvido mas só para confirmar)
Tânia:
Gostava de te poder dizer, penso que saíram dos bolsos dos contribuintes, mas não passam de um palpite, sob pena de errar não tenho certezas.
Podíamos privatizar completamente a saúde e os menos privilegiados continuarem a desfrutar de um sistema gratuito: é para isso que servem os seguros de saúde estatais.
Não se pode é insistir num modelo que está longe de ser universal e não é tão gratuito como isso.
É a perspectiva assistencialista: dar mais a quem precisa mais.
O problema é que a experiência de seguros de saúde (privados ou estatais) vem-nos demonstrar que continua a ter certas falhas.
Falhas não no sentido de funcionarem mal, mas precisamente no sentido de ser suposto funcionarem assim.
Por exemplo, o facto de haverem inúmeros procedimentos importantes mas (talvez mesmo por isso) caros e que não são cobertos pelo seguro.
Ou mesmo que seja um seguro muito bom, não deixa de operar nesses moldes: de seguro.
Assim, a maioria das vezes, o que acaba por resultar em termos práticos é que podes adoecer, mas não muito nem muitas vezes.
Está por fazer um psico-debate sobre as funções do Estado.
Falamos nisso amanhã no almoço de aniversário e prolongaremos a discussão pelo dia e noite dentro, na secção B.
Tal como o Colaço, também não cou um profundo conhecedor da matéria. No entanto, é bom de ver que o SNS não serve, neste momento, o cidadão porque não cumpre os mínimos das suas funções.
Penso que será inevitável avançar para uma políica de utilizador-pagador, discriminando positivamente que não tem possibilidades de pagar. Mas atenção: "quem não tem possibilidades de pagar" não é o mesmo que "quem acha que não deve pagar porque não é rico".
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