terça-feira, setembro 26, 2006

Lugares trocados


A PSP registou 295 ocorrências no primeiro semestre de 2006 de crianças que batem nos pais.

Dialética Hegeliana básica: Tese e antítese. Antes eram os papás que batiam nos meninos. Agora são os meninos que batem nos papás.

4 comentários:

antZ disse...

Defacto é triste ver como o mundo esta a evoluir de forma ingrata...
Se não devemos respeito e admiração aos nossos pais que espécie de animal somos nós?

Paulo Colaço disse...

A denuncia de crime é como uma casa com ursos, já lá dizia o Gato Fedorento: por cada urso visivel há logo sete (aqui a doutrina diverge quanto a números exactos).

Isto quer dizer que se a PSP registou 295 ocorrencias, entao devem ascender às 700 as situações.

Nao sei o que faz um pai bater no filho ou um filho bater no pai, mas sei que, em ambiente "familiar", os animais irracionais sao mais humanos que nós...

Rita disse...

A culpa é dos pais e das teorias educativas pós-modernas: não se pode dizer "não" que traumatiza, não se pode dar uma palmada que traumatiza, o professor não pode ralhar nem sequer passar TPC porque coitadinhas as crianças cansam-se muito.

Que tipo de pessoas estamos nós a criar?

Joana Nave disse...

As crianças são educadas através de maus exemplos, que começam em casa, onde os pais praticam violência doméstica como se de um desporto se tratasse.
Esta onda de violência que marca crianças, adolescentes e jovens é ainda fomentada, e até incentivada, pela sociedade de consumo em que vivemos.
A violência televisiva através de desenhos animados, programas infantis e juvenis, e ainda os jogos de computador com simulações dos mais diversos actos de violência, mostram claramente que a preocupação com a transmissão de valores não assenta nos vectores que devem nortear uma conduta de solidariedade, respeito e justiça.
Estamos a transmitir os valores errados às novas gerações, que acabam por ser o reflexo dos “maus tratos” físicos e, mais grave ainda, psicológicos.